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Malafaia foge de intimação da Polícia Federal?

20 de Junho de 2025, 0:10 , por Altamiro Borges - | No one following this article yet.
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Charge: Johnny Brito
Por Altamiro Borges


Nesta terça-feira (17), o site Metrópoles destacou que “a Polícia Federal tentou intimar Silas Malafaia para prestar depoimento numa investigação que tem como alvos Jair Bolsonaro e o general Braga Netto, que concorreu como vice na chapa do então presidente. A PF procurou interrogar o pastor para apurar se Bolsonaro cometeu crime de peculato por suposto desvio de recursos públicos no ato que celebrou o bicentenário da Independência, em 2022”.

“Em cumprimento à determinação de Manoel Vieira da Paz Filho, Delegado de Polícia Federal, no uso da atribuição que lhe é conferida pelo art. 6º do Código de Processo Penal, determina a quem este couber que intime Silas Lima Malafaia”, registra documento interno da PF obtido pelo site. O depoimento do “pastor” deveria ter ocorrido em 11 de março deste ano, mas a escrivã da PF responsável por ouvi-lo informou que não conseguiu encontrá-lo:

“Certifico que tentei entrar em contato com Silas Malafaia por todos os canais telefônicos registrados na base de dados, porém não obtive êxito, sendo que nenhum dos números cadastrados foi atendido e não possuem WhatsApp”. O documento da PF registra ainda que “com relação a trio elétrico utilizado no evento do Rio de Janeiro [no bicentenário da independência], não foi possível determinar a propriedade e nem a forma que foi contratado”.

"Apropriação de bens simbólicos e vultosos recursos"

No julgamento que tornou Jair Bolsonaro e Braga Netto inelegíveis por oito anos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entendeu que o desfile do 7 de setembro de 2022 teve viés eleitoral com “apropriação de bens simbólicos” e “vultosos recursos”, no montante de R$ 12 milhões. Além da inelegibilidade, o ex-presidente fujão recebeu multa de R$ 425 mil e o general, de R$ 212 mil.

“Foram, ainda, ventiladas dúvidas consistentes sobre a identidade de agentes financiadores, que teriam patrocinado o evento, em especial, os custos com trio elétrico e outras estruturas montadas, bem como a forma como tais gastos foram contabilizados na prestação de contas da campanha eleitoral de 2022 e na prestação de contas com o poder público, pelo uso de verba pública”, prosseguiu o Ministério Público Federal, ao solicitar a oitiva de Silas Malafaia.

"Pastor" reage ao relato da PF

O “furo de reportagem” do site parece que desagradou o dono da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Um dia depois da matéria, o “pastor reagiu após a Polícia Federal relatar que não conseguiu encontrá-lo para prestar depoimento em investigação que mira o ex-presidente Jair Bolsonaro. ‘Eu moro no mesmo endereço desde 2008. Já recebi intimação de tudo o que é tipo, inclusive da Polícia Federal. Como não me acharam agora? É por telefone que se faz intimação agora? Isso é uma piada’, disse Malafaia à coluna”.

Em entrevista ao site, o mercador da fé bolsonarista também tratou da origem da grana para bancar eventos golpistas. “O trio elétrico do Rio de Janeiro, fui eu que paguei. Já o de Brasília, foi um grupo que não tem nenhuma relação comigo”, jurou. Ele apresentou uma nota fiscal no valor de R$ 34,7 mil do carro de som usado em Copacabana. A PF instaurou inquérito para investigar possíveis crimes de peculato e falsidade ideológica de Jair Bolsonaro e Braga Netto.
Fonte: https://altamiroborges.blogspot.com/2025/06/malafaia-foge-de-intimacao-da-policia.html