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Charge: Nando Motta/247 |
Após viajar ilegalmente para os Estados Unidos, o senador Marcos do Val (Podemos-ES), que é todo metido a valentão e jacta-se de ter sido “instrutor da Swat” ianque, agora está pedindo arrego. Seus advogados entraram na noite desta quinta-feira (31) com um pedido de habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF) implorando por um “salvo-conduto” para que ele não seja preso ao desembarcar no Brasil na próxima segunda-feira.
O bolsonarista, que teve solicitada a apreensão do seu passaporte estava expressamente proibido de deixar o país, embarcou às escondidas para os EUA na semana passada. Divulgou que viajou à Disney com a família. Diante da atitude irresponsável e de pura provocação, o ministro Alexandre de Moares determinou o bloqueio dos seus bens e a proibição do uso de cartões de crédito ou de fazer transferências via Pix. A decisão levou o ricaço parlamentar ao desespero e à pressa em retornar ao Brasil, mas com medo da prisão.
Como lembra o site UOL, que revelou a sinistra viagem, “antes desse bloqueio, ele já estava recebendo somente 30% de seu salário devido a outro bloqueio imposto por Moraes para que o senador quitasse uma multa de R$ 50 milhões por descumprir decisões do STF”. O Supremo ainda determinou o cancelamento e recolhimento de seus passaportes, incluindo o diplomático. “O parlamentar chegou a ser alvo de buscas, mas não devolveu o documento”.
Os crimes do senador capixaba
Em 16 de julho, Alexandre de Moraes negou o pedido do senador para deixar o país. “Alegou que a investigação envolvendo Marcos do Val segue em andamento, o que justificaria a manutenção do bloqueio de seus passaportes, e que a viagem de férias não justificaria ‘flexibilizar’ as restrições impostas. ‘Cumpre ressaltar que cabe ao requerente adequar suas atividades às medidas cautelares, e não o contrário’, assinalou o ministro na decisão”.
Conforme relembra o site, “Marcos do Val é alvo de duas investigações perante o STF. A primeira delas, por suposta tentativa de golpe de Estado, já foi relatada pela PF há dois anos. A segunda é sobre participação em uma campanha de intimidação de autoridades envolvidas nas investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Em ambos os casos, ele já foi alvo de diversos bloqueios de bens e de restrições, como a de utilizar redes sociais”.