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Mídia quer que Lula se humilhe diante de Trump

7 de Agosto de 2025, 23:20 , por Altamiro Borges - | No one following this article yet.
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Foto: Ricardo Stuckert
Por Altamiro Borges


Em entrevista concedida à agência Reuters nesta quarta-feira (4), o presidente Lula voltou a se posicionar com altivez diante da arrogância imperial dos EUA e em defesa da soberania nacional. Ele afirmou que rejeita ser humilhado pelo “imperador” Donald Trump, que impôs um tarifaço absurdo contra o Brasil. “Pode ter certeza de uma coisa: o dia que a minha intuição me disser que o Trump está disposto a conversar, eu não terei dúvida de ligar para ele. Mas hoje a minha intuição diz que ele não quer conversar. E eu não vou me humilhar”.

Ao mesmo tempo, esbanjando habilidade, Lula afirmou que não desistiu das negociações com o governo ianque, apesar da sua intransigência e da obstrução dos canais de diálogo. Num primeiro momento, afirmou o presidente, o Brasil não pretende anunciar tarifas recíprocas – mas segue na manga com a Lei da Reciprocidade. Lembrou que o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Mauro Vieira, das Relações Exteriores, estão em campo com a missão de negociar. “O que nós não estamos encontrando é interlocução”, explicitou.

O governante brasileiro ainda enfatizou que o Brasil segue procurando diversificar suas relações comerciais. “Se os Estados Unidos não querem comprar, nós vamos procurar outro para vender; se a China não quiser comprar, nós vamos procurar outro pra vender. Se qualquer país não quiser comprar, a gente não vai ficar chorando e vamos procurar outros”. E lembrou que o comércio com os EUA representa apenas 12% da balança comercial brasileira, contra quase 30% da China.

Nesse esforço de diversificação das relações, de romper com as dependências, Lula enfatizou que seguirá priorizando o fortalecimento do Brics. “O que o presidente Trump está fazendo é tácito, ele quer acabar com o multilateralismo e criar o unilateralismo. Qual é o poder de negociação que tem um país pequeno com os Estados Unidos? Nenhum”. O presidente brasileiro informou à Reuters que ligaria de imediato para o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e para o presidente da China, Xi Jinping, para definir ações conjuntas contra o tarifaço de Donald Trump.

Estadão sugere rompimento com o Brics

Lula também voltou a condenar a tentativa do “imperador” Donald Trump de interferir na política brasileira e de atacar o Supremo Tribunal Federal. “Essas atitudes antipolíticas, anticivilizatórias, é que colocam problemas na relação que antes não existia. Nós já tínhamos perdoado a intromissão dos Estados Unidos no golpe de 1964. Esta não é uma intromissão pequena, é o presidente dos Estados Unidos achando que pode ditar regras a um país soberano como o Brasil. É inadmissível”.

Essa postura altiva, em defesa da soberania nacional, é oposta à conduta dos traidores da pátria do bolsonarismo e parece que também não agrada setores da cloaca burguesa e da sua mídia com complexo de vira-lata diante dos EUA. O que mais se vê nos telejornais e se lê nos jornalões são os “calunistas” implorando para que Lula “ligue” para Donald Trump e para que o Brasil ceda nas negociações. Alguns jornalistas até culpam o governo Lula pelas sanções de Donald Trump. O oligárquico jornal Estadão chegou a obrar um editorial sugerindo que Lula rompa com o Brics. Essa turma adoraria ver o governo brasileiro “se humilhar” diante do império em decadência.
Fonte: https://altamiroborges.blogspot.com/2025/08/midia-quer-que-lula-se-humilhe-diante.html