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Foto: Ahmed Jihad Ibrahim Al-arini/Anadolu/Getty Images |
Em nota divulgada nesta terça-feira (22), a Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) voltou a condenar o genocídio praticado pelo governo nazi-sionista de Israel contra o povo palestino. Entre outros crimes, o carniceiro Benjamin Netanyahu “está usando deliberadamente a fome como arma contra a população de Gaza, incluindo os profissionais da mídia, que são os únicos a testemunhar as atrocidades em meio à proibição israelense à imprensa estrangeira”, afirma a nota intitulada “Israel: Pare de matar jornalistas de Gaza de fome para silenciar a verdade”.
Diante das cenas de crueldade em áreas em que pessoas famintas se acotovelam por um pouco de comida e são abatidas por soldados israelenses, a FIJ “exige que governos em todo o mundo, a Assembleia Geral das Nações Unidas e a comunidade internacional tomem medidas urgentes para pôr fim às violações de direitos humanos cometidas por Israel em Gaza, incluindo as restrições à ajuda humanitária e o risco de vida a que jornalistas estão expostos”.
Matar de fome e silenciar a verdade
A entidade ainda reiterou o apelo ao governo sionista “para que permita o acesso de jornalistas estrangeiros ao enclave e pare de infringir o direito do público à informação... A proibição imposta à imprensa estrangeira, alegando ‘questões de segurança’, não só impede os jornalistas de fazerem seu trabalho, como também priva o público de seu direito à liberdade de expressão, que inclui o direito de receber e transmitir informações sem interferência de autoridades públicas e independentemente de fronteiras”.
Para Anthony Bellanger, secretário-geral da FIJ, “é imperativo que o governo israelense pare de usar a fome como arma contra o povo de Gaza. Repórteres locais são os únicos que testemunham as atrocidades de Israel, e matá-los de fome significa silenciar a verdade, o que é considerado um crime de guerra pelo Tribunal Penal Internacional”. Segundo balanço da entidade, desde o início da matança patrocinada por Israel a Gaza, mais de 170 profissionais de mídia palestinos já foram mortos na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023.
Já a crise de fome na região sitiada atingiu níveis assustadores, com um terço da população sem comer por vários dias seguidos, segundo balanço de um alto funcionário do Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas. De acordo com seu relatório, os moradores de Gaza estão morrendo por falta de assistência humanitária todos os dias. Entre os que passam fome estão os corajosos jornalistas, os únicos que têm noticiado as atrocidades cometidas por Israel.
O lobby sionista na mídia brasileira
Recentemente, a associação dos trabalhadores da Agência France-Presse (AFP), a “Société des Journalistes” (SDJ), divulgou comunicado afirmando que os profissionais em Gaza correm o sério risco de fome e exigiu intervenção urgente para evacuá-los. “Corremos o risco de saber de suas mortes a qualquer momento, e isso é insuportável para nós... Nos recusamos a vê-los morrer”. Já o presidente do Sindicato dos Jornalistas Palestinos (PJS), Nasser Abu Bakr, fez um apelo à mídia mundial para que “reportasse a tragédia sem precedentes que é o genocídio e a fome que estão ocorrendo em Gaza”.
A mídia colonizada do Brasil, que sofre enorme influência do lobby sionista, segue sem condenar com maior vigor o genocídio praticado por Israel. Ela só defende a “liberdade de expressão” quando lhe interessa!