Por Altamiro Borges
Na sexta-feira (10), um tribunal de San Francisco, nos EUA, condenou a venenosa multinacional Monsanto a pagar US$ 289 milhões ao jardineiro californiano Dewayne Johnson, vítima de um câncer em fase terminal. O júri considerou que a empresa, que impera no agronegócio, agiu com “malícia” ao não alertar que o glifosato contido em seu herbicida Roundup era cancerígeno. Ao final do julgamento, o trabalhador festejou: “Estou contente de poder ajudar em uma causa que vai além de mim. Espero que esta decisão dê ao assunto a atenção que necessita". Já a Monsanto, que goza de muita influência no Judiciário, anunciou que irá recorrer para “defender vigorosamente este produto com 40 anos de história e que continua sendo vital, efetivo e seguro para os agricultores”.
Esta é a primeira vez que a ianque Monsanto, recentemente comprada pela alemã Bayer, foi levada ao banco de réus em função dos potenciais efeitos cancerígenos dos seus produtos. Para o advogado Brent Wisner, que defendeu Dewayne Johnson, a decisão representa uma “esmagadora evidência” de que o glifosato é perigoso e será a “ponta de lança’ de outras ações contra a empresa. Robert Kennedy Jr., advogado e filho do finado senador democrata, também avalia que “o veredicto desencadeará uma enxurrada de novos casos. O júri enviou uma mensagem à Monsanto para que mude a forma como faz negócios”. Já para Zen Honeycutt, fundadora de uma ONG ambientalista, “o veredicto é uma vitória para toda a humanidade, para toda a vida na Terra. A maioria das nossas doenças e perda da qualidade do solo, água e vida silvestre está relacionada a estes produtos químicos tóxicos”.
Em meados de 2015, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), já havia classificado o glifosato como “provavelmente cancerígeno aos seres humanos”. A poderosa Monsanto, porém, nunca levou a sério as críticas e sempre negou qualquer relação entre o produto e a doença. Somente nos EUA, a empresa – que obteve em 2017 um lucro líquido de mais de 2 bilhões de dólares – já enfrenta mais de 5 mil processos similares. No Brasil, os produtos da Monsanto dominam a agricultura. A sentença do júri de San Francisco, porém, não teve maior realce na mídia nativa, que abocanha milhões em publicidade da multinacional. A TV Globo, que insiste em dizer que “o agro é pop”, evitou tratar do assunto venenoso.
Na sexta-feira (10), um tribunal de San Francisco, nos EUA, condenou a venenosa multinacional Monsanto a pagar US$ 289 milhões ao jardineiro californiano Dewayne Johnson, vítima de um câncer em fase terminal. O júri considerou que a empresa, que impera no agronegócio, agiu com “malícia” ao não alertar que o glifosato contido em seu herbicida Roundup era cancerígeno. Ao final do julgamento, o trabalhador festejou: “Estou contente de poder ajudar em uma causa que vai além de mim. Espero que esta decisão dê ao assunto a atenção que necessita". Já a Monsanto, que goza de muita influência no Judiciário, anunciou que irá recorrer para “defender vigorosamente este produto com 40 anos de história e que continua sendo vital, efetivo e seguro para os agricultores”.
Esta é a primeira vez que a ianque Monsanto, recentemente comprada pela alemã Bayer, foi levada ao banco de réus em função dos potenciais efeitos cancerígenos dos seus produtos. Para o advogado Brent Wisner, que defendeu Dewayne Johnson, a decisão representa uma “esmagadora evidência” de que o glifosato é perigoso e será a “ponta de lança’ de outras ações contra a empresa. Robert Kennedy Jr., advogado e filho do finado senador democrata, também avalia que “o veredicto desencadeará uma enxurrada de novos casos. O júri enviou uma mensagem à Monsanto para que mude a forma como faz negócios”. Já para Zen Honeycutt, fundadora de uma ONG ambientalista, “o veredicto é uma vitória para toda a humanidade, para toda a vida na Terra. A maioria das nossas doenças e perda da qualidade do solo, água e vida silvestre está relacionada a estes produtos químicos tóxicos”.
Em meados de 2015, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), já havia classificado o glifosato como “provavelmente cancerígeno aos seres humanos”. A poderosa Monsanto, porém, nunca levou a sério as críticas e sempre negou qualquer relação entre o produto e a doença. Somente nos EUA, a empresa – que obteve em 2017 um lucro líquido de mais de 2 bilhões de dólares – já enfrenta mais de 5 mil processos similares. No Brasil, os produtos da Monsanto dominam a agricultura. A sentença do júri de San Francisco, porém, não teve maior realce na mídia nativa, que abocanha milhões em publicidade da multinacional. A TV Globo, que insiste em dizer que “o agro é pop”, evitou tratar do assunto venenoso.