Por João Guilherme Vargas Netto
Quero fazer meus os termos da indiscrição de Rubens Ricupero, trinta anos atrás e falar de coisas boas sem mencionar as desagradáveis.
A primeira grande notícia é a aprovação pelos metalúrgicos da Renault, no Paraná, depois de uma greve que durou um mês inteiro e dirigidos pelo sindicato da Grande Curitiba (filiado à FS), do acordo coletivo que costeou a intransigência da empresa garantindo aumento real nos salários e no vale mercado, uma PLR de 25 mil reais e melhorias nas condições de saúde e segurança com postos de trabalho humanizados.
Superada essa fase o sindicato se compromete e exige da empresa a continuidade de negociações voltadas às melhorias necessárias em saúde e segurança e para o exercício das atividades cotidianas.
Outra notícia auspiciosa é a preparação da campanha salarial nacional dos bancários, que têm data-base em 1º de setembro.
Para garantir negociações efetivas com os banqueiros a direção sindical da Contraf – Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (filiada à CUT), preocupada também com a unidade e mobilização dos trabalhadores, realizou uma conferência nacional que reuniu, em São Paulo, 632 delegados e delegadas de todo país (alguns gaúchos participaram pela internet).
Eles aprovaram uma pauta de nove pontos com ênfase em aumento real de 5%, fim do assédio e dos causadores de doenças e ampliação da sindicalização e representação. A pauta segue sendo discutida em assembleias sindicais e, durante a realização da conferência e das discussões houve 147 mil interações pela internet, o que demonstra o alto grau de participação das bancárias (os).
O movimento sindical com estes dois exemplos a serem valorizados demonstra sua relevância e reforça seu papel na normalização da vida nacional, com os trabalhadores e trabalhadoras ativamente envolvidos (as).
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