Paulo Figueiredo, neto do ditador João Batista Figueiredo e ex-capanga da Jovem Pan, segue conspirando contra o Brasil no exterior. Nessa terça-feira (24), ele participou de uma sessão da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos e implorou por sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Os EUA têm ferramentas poderosas, como a Lei Magnistky. Eu urjo para recomendarem sanções a Moraes nos próximos 30 dias”, rosnou o fascistoide.
O fujão, que mora nos EUA há dez anos e virou réu no processo da trama golpista do 8 de janeiro de 2023, repetiu o mantra bolsonarista de que há uma ditadura no Brasil. Ele figurou como testemunha na audiência que ouviu outras cinco pessoas de nacionalidades diferentes sobre violações cometidas por agentes públicos dos seus países. O depoimento foi prestado diante do copresidente da comissão, o deputado James P. McGovern, do Partido Democrata.
Ex-capanga da Jovem Pan chama Moraes de ditador
Segundo matéria da Folha, “a oitiva de Figueiredo faz parte de movimento de aliados de Jair Bolsonaro, incluindo Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para que a Casa Branca puna o membro do STF. O filho do ex-presidente, inclusive, licenciou-se do mandato de deputado para morar nos EUA e negociar as sanções. A expectativa dos bolsonaristas é que o presidente Donald Trump chancele punições econômicas ao ministro, o que ainda não foi concretizado”.
O ex-capanga da “Jovem Klan” chamou Alexandre de Moraes de “ditador disfarçado de juiz” e citou outros alvos do ministro que residem nos EUA, como o blogueiro foragido Allan dos Santos, e os empresários Elon Musk, dono do X, e Chris Pavlovski, chefão do Rumble. “Hoje, Moraes me insulta me chamando de fugitivo. Ele alega que tem um mandado secreto contra mim”, choramingou o neto do sanguinário general-ditador.
Ridicularizado pelo deputado do Partido Democrata
Ainda segundo a Folha, a sessão parlamentar foi esvaziada e teve cenas constrangedoras. Em uma delas, James McGovern discordou do lesa-pátria brasileiro quando ele afirmou se sentir mais seguro nos EUA do que no Brasil, expondo seu mimimi vitimista de perseguido político. O deputado ianque rebateu dizendo que ele próprio não se sentia seguro no país governado por Donald Trump, citando vários casos recentes de perseguição política e violência policial.
“O brasileiro o questionou, então, se há políticos presos nos Estados Unidos, e o democrata respondeu que sim. Há duas semanas, o senador democrata Alex Padilla foi empurrado para fora de uma sala, jogado no chão e algemado por agentes de segurança. Ele tentava fazer uma pergunta durante entrevista coletiva da secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, sobre os protestos na Califórnia”, registra a Folha. McGovern também citou o assassinato da presidente da Câmara de Deputados de Minnesota, Melissa Hortman.
Para Jamil Chade, colunista do site UOL, Paulo Figueiredo “foi ironizado por um dos principais expoentes da defesa dos direitos humanos na Câmara dos Deputados dos EUA nesta terça-feira, em Washington... Se congressistas republicanos aliados ao movimento de extrema direita americana lhe dão atenção e se as chances são reais de que a Casa Branca opte por uma ofensiva contra o Brasil, a realidade foi bem diferente quando chegou a vez do deputado democrata Jim McGovern tomar a palavra”.
“Fico feliz que você (Figueiredo) se sinta seguro como jornalista nos EUA. Não tenho certeza se me sinto seguro como político nos EUA, mas essa é a realidade”, disse o copresidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, arrancando risadas da sala e rebatendo uma fala do brasileiro que fazia supostas denúncias de repressão no Brasil... Paulo Figueiredo tentou ser irônico, convidando o deputado americano a ir ao Brasil. ‘Estou tentando salvar a nossa democracia’, rebateu McGovern, encerrando o diálogo com o neto do ditador”.
