 |
| Charge: Brum |
A deputada-pistoleira Carla Zambelli (PL-SP), que fugiu para a Itália após a sua condenação a oito anos e três meses de cadeia e foi presa nesta terça-feira (29) em Roma, está desiludida com a primeira-ministra Giorgia Meloni. A ególatra avalia que foi abandonada pelos fascistas italianos – assim como já tinha sido rifada pelos bolsonaristas brasileiros. Questionada pelo jornal La Repubblica se estaria decepcionada com a falta de apoio político do governo e da extrema-direita do país, ela choramingou: “Decididamente, sim, esperava mais. De Matteo Salvini [vice-premiê italiano], mas também de Giorgia Meloni, que é amiga de Trump”.
A famosa difusora de fake news também apresentou uma sinistra versão sobre sua prisão. Em vídeo, ela jurou que se entregou à polícia e ainda bravateou sobre a sua possível deportação: "Se tiver que cumprir qualquer pena vai ser aqui na Itália... Mas estou segura que analisando todos os processos, eles vão perceber que eu sou inocente, porque eu não ordenei a invasão ao CNJ [Conselho Nacional de Justiça]”. Arrogante, a fujona já havia afirmado à CNN, no início de junho, que “eles vão tentar me prender na Itália, mas eu não temo, porque sou cidadã italiana e lá eu sou intocável... Estou pagando para ver”. Queimou a língua!
Fugitiva diz que se entregou; polícia nega
A versão de Carla Zambelli sobre a sua prisão, porém, é oposta à informação divulgada pelo governo brasileiro. Em nota, a Polícia Federal registrou que “autoridades italianas prenderam, na tarde de terça-feira, em Roma, uma brasileira [não cita seu nome] que se encontrava foragida no país. A medida é resultado de cooperação policial internacional entre a PF, a Interpol e agências da Itália”. Ou seja: a fujona foi presa e não se entregou. Seu esconderijo inclusive foi descoberto pelo deputado italiano Angelo Bonelli, do partido Europa Verde.
A bolsonarista renegada estava foragida desde maio, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) a condenou, por unanimidade, pela invasão de sistemas e adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena fixada foi de dez anos e três meses de prisão, além da perda do mandato parlamentar e do pagamento de multa. Em sua fuga, a deputada cruzou a fronteira com a Argentina, presidida por “El Loco” Javier Milei; depois rumou para os EUA, do “imperador” Donald Trump; para só então se refugiar na Itália, da neofascista Giorgi Meloni. Agora caberá à Justiça italiana analisar o pedido de sua extradição para o Brasil.
"Grande dia" e o agito nas redes digitais
A confirmação da prisão da fugitiva segue agitando as redes digitais. “Já Já é o Jair. Cuidado, Eduardo [Bolsonaro]. Todos os que tramaram golpe contra a democracia terão um só destino. Não tem chantagem alguma que vá mudar isso. Grande dia”, festejou o deputado Lindbergh Farias, líder da bancada do PT. Mais venenoso, André Janones (Avante-MT) postou: “Eu avisei na sua cara que você pagaria por todos os seus crimes, espanhola”. Já Fernanda Melchionna (Psol-RS), comentou: “Grande dia, encontraram a foragida”. E Duda Salabert (PDT-MG), opinou. "A prisão de Carla Zambelli é uma vitória do Estado democrático de Direito”.
Outro que comemorou a prisão foi o jornalista Luan Araújo, que sofreu uma perseguição armada da deputada na véspera do segundo turno da eleição de 2022. “Como vítima, confio que ela responderá por suas condutas e que o Supremo Tribunal Federal assegurará a verdade dos fatos. Fui diretamente atingido pelas ações dela e espero que agora a responsabilização ocorra de forma plena”, afirmou à jornalista Mônica Bergamo. E ainda vale citar a postagem da ex-deputada Joice Hasselmann, sua ex-amigona: “Enfim vai pagar pelos crimes que cometeu. Toc-toc-toc”.
