Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (20) mostra uma pequena melhora na popularidade do governo Lula, que obtém o seu melhor desempenho desde o início deste ano. Após um longo período de queda, em que o presidente se encontrava nas cordas, há sinais de recuperação. A desaprovação caiu de 53% para 51% e a aprovação subiu de 43% para 46%. A diferença entre os dois pólos, que em julho passado era de 10 pontos percentuais, caiu para 5 pontos em agosto.
A melhora da imagem se deu principalmente no Nordeste, onde a aprovação foi de 53% para 60% (mais 7 pontos) e a desaprovação foi de 44% para 37% (menos 7). Em Pernambuco, por exemplo, ela saltou de 49% para 62%. Outro dado marcante sobre a recuperação da popularidade de Lula aparece entre a população da baixa renda. A aprovação do governo cresceu de 46% para 55% (mais nove pontos) e a desaprovação foi de 49% para 40% (menos 9) neste estrato social.
"É o supermercado, estúpido"
Para o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest, essa melhora do desempenho se deve principalmente à economia. “É o supermercado, estúpido! Depois de mais de um ano e meio, a parcela de brasileiros que percebe alta no preço dos alimentos caiu para perto de 60%. Esse alívio no bolso impulsionou a popularidade do governo, sobretudo entre os mais pobres. A sensação de melhora nos preços dos alimentos vem sendo sentida em todas as regiões desde o começo do ano. Mas agora, sem as crises do PIX e do INSS, produz efeitos mais acentuados”.
O diretor da Quaest, porém, levanta outro aspecto importantíssimo da fase mais recente. Diante do cerco promovido pelo império decadente dos EUA, pelo “deus-mercado” e sua mídia rentista, Lula decidiu partir para o enfrentamento político. Após a acachapante derrota na batalha do IOF no Congresso Nacional, o governo foi para o ataque na chamada “disputa de narrativas”, expondo o conflito entre “super ricos e pobres”. A mesma postura altiva se expressou diante da arrogância imperial de Donald Trump, com suas sanções e ameaças. Lula não se acovardou diante dos EUA.
Postura altiva de Lula diante de Trump
Como explica Felipe Nunes, “outro fator decisivo para a melhora na aprovação do governo foi a postura de Lula diante do tarifaço imposto por Trump ao Brasil. Para 48% dos brasileiros, Lula e o PT estão se saindo melhor nesse embate contra os EUA, enquanto apenas 28% defendem Bolsonaro e seus aliados. Parece cada vez mais evidente que o clã Bolsonaro sai desgastado deste episódio: 69% dos brasileiros acreditam que Eduardo Bolsonaro defende apenas os interesses da própria família nos EUA, enquanto só 23% veem nele a defesa dos interesses do Brasil”.
Mas a melhora no desempenho do governo apontada pela Quaest não deve gerar qualquer ilusão. Os efeitos do tarifaço do “imperador” Trump ainda não foram sentidos no cotidiano. Além disso, a extrema-direita segue com força na sociedade – nas ruas, nas redes e na institucionalidade, como se viu no motim na Câmara Federal. Já as forças de direita ainda não definiram sua estratégia para as eleições presidenciais de 2023, mas já se armam – como ficou evidente no ato de criação da poderosa federação entre União Brasil e PP. O governo Lula só saiu das cordas e recuperou popularidade partindo para o enfrentamento – que deve se intensificar no próximo período.
O diretor da Quaest, porém, levanta outro aspecto importantíssimo da fase mais recente. Diante do cerco promovido pelo império decadente dos EUA, pelo “deus-mercado” e sua mídia rentista, Lula decidiu partir para o enfrentamento político. Após a acachapante derrota na batalha do IOF no Congresso Nacional, o governo foi para o ataque na chamada “disputa de narrativas”, expondo o conflito entre “super ricos e pobres”. A mesma postura altiva se expressou diante da arrogância imperial de Donald Trump, com suas sanções e ameaças. Lula não se acovardou diante dos EUA.
Postura altiva de Lula diante de Trump
Como explica Felipe Nunes, “outro fator decisivo para a melhora na aprovação do governo foi a postura de Lula diante do tarifaço imposto por Trump ao Brasil. Para 48% dos brasileiros, Lula e o PT estão se saindo melhor nesse embate contra os EUA, enquanto apenas 28% defendem Bolsonaro e seus aliados. Parece cada vez mais evidente que o clã Bolsonaro sai desgastado deste episódio: 69% dos brasileiros acreditam que Eduardo Bolsonaro defende apenas os interesses da própria família nos EUA, enquanto só 23% veem nele a defesa dos interesses do Brasil”.
Mas a melhora no desempenho do governo apontada pela Quaest não deve gerar qualquer ilusão. Os efeitos do tarifaço do “imperador” Trump ainda não foram sentidos no cotidiano. Além disso, a extrema-direita segue com força na sociedade – nas ruas, nas redes e na institucionalidade, como se viu no motim na Câmara Federal. Já as forças de direita ainda não definiram sua estratégia para as eleições presidenciais de 2023, mas já se armam – como ficou evidente no ato de criação da poderosa federação entre União Brasil e PP. O governo Lula só saiu das cordas e recuperou popularidade partindo para o enfrentamento – que deve se intensificar no próximo período.