Por Altamiro Borges
Mesmo sabotado pela mídia venal, que fatura milhões em publicidade com a jogatina digital, o relatório final da CPI da Bets segue gerando transtornos. Na semana passada, a relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), revelou que está sofrendo ameaças por ter pedido o indiciamento de 16 suspeitos, entre influenciadores digitais, como Virgínia Fonseca e Deolane Bezerra, e os ricos empresários das casas de apostas.
“Não tomo mais nem água nem café que venham de dentro do Senado. Estou andando com segurança armada até os dentes”, afirmou a parlamentar, que já procurou a Polícia Federal. “Se cair uma unha minha, de alguém da minha família ou de alguém da minha equipe, sei de quem é a culpa. Não vou dizer quem foi, mas, se analisar quem assinou pela abertura da CPI, quem virou membro e quem a sabotou, você saberá quem me caluniou e me difamou”.
Segundo matéria do site Metrópoles, antes mesmo da apresentação do relatório na semana retrasada, “a senadora já vinha se queixando nos bastidores do presidente da CPI, senador Dr. Hiran (PP-RR), a quem acusava de tentar esvaziar os trabalhos da comissão por orientação do presidente do PP, Ciro Nogueira”. Sob a sua sinistra presidência, o relatório foi rejeitado.
O pedido de exclusão do senador Ciro Nogueira
“As tensões aumentaram após a revelação de que Ciro Nogueira, integrante da CPI, viajou a Mônaco em jatinho do empresário Fernando Oliveira Lima – apontado pela relatora como ‘um dos principais nomes do setor de apostas online no Brasil’ e um dos alvos da comissão. A senadora chegou a pedir a exclusão de Ciro Nogueira da comissão sob o argumento de que era necessário ‘preservar a imparcialidade e a credibilidade dos trabalhos investigativos’. O pedido, no entanto, não foi acatado”.
Diante das graves acusações, o presidente da CPI tentou desqualificar a relatora. Ele acusou Soraya Thronicke de usar a investigação para se promover. “As acusações da senadora são infundadas e tentam transformar divergências legítimas em ataques pessoais”, afirmou Dr. Hiran em nota. Segundo ele, a rejeição do relatório foi “tomada com base na fragilidade jurídica de alguns pedidos de indiciamento. Ficou evidente ainda que houve tentativa de instrumentalizar a CPI para fins pessoais e midiáticos por parte da relatora”. Já o matreiro Ciro Nogueira preferiu ficar em silêncio, na moita.
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