Por Altamiro Borges

Nessa sexta-feira (30), a Justiça Eleitoral de São Paulo determinou a cassação do mandato do vereador Rubinho Nunes (União Brasil) por ter reproduzido em suas redes sociais um laudo falso postado nas eleições de 2024 pelo farsante Pablo Marçal que acusava criminosamente Guilherme Boulos do uso de cocaína. Em sua decisão, o juiz Antonio Maria Patiño Zorz ainda condenou o ex-dirigente do Movimento Brasil Livre (MBL) a oito anos de inelegibilidade.

Em sua defesa, o bolsonarista Rubinho Nunes, que é todo metido a valentão, acovardou-se e apresentou uma justificativa esfarrapada e cínica. “Em relação à repostagem do laudo, havia sido publicada pelo candidato a prefeito [Marçal], sem qualquer interferência minha. Tão logo surgiram notícias sobre a falsidade do laudo, a postagem foi imediatamente retirada”.

A desculpa, porém, não convenceu o juiz. “Entendo que o compartilhamento do laudo falso divulgado em meio de comunicação social, o Instagram do próprio candidato, encerra em si mesmo conduta ilícita que ostenta a potencialidade de lesar o bem jurídico protegido, a legitimidade das eleições”, afirmou Antonio Zorz. A 1ª Zona Eleitoral de São Paulo concluiu que Rubinho Nunes cometeu abuso de poder político mediante o uso indevido dos meios de comunicação social e fraude à legislação eleitoral. Ainda cabe recurso.

A decisão foi elogiada por Guilherme Boulos. “A cassação de Rubinho Nunes, bem como a denúncia contra Marçal, pela divulgação de fake news absurdas contra nossa candidatura em 2024 é uma vitória, ainda que tardia, da democracia. Que a Justiça seja feita e ambos paguem por seus crimes”, afirmou o deputado do Psol que disputou a prefeitura de São Paulo.