A partir dessa semana, a trama golpista dos bolsonaristas ficará mais exposta à sociedade. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começa a ouvir as 82 testemunhas da orquestração antidemocrática que culminou com a ação terrorista do 8 de janeiro de 2023. Os criminosos até tentaram evitar o início dos depoimentos, mas o ministro Alexandre de Moraes rejeitou os pedidos de adiamento feitos pelos advogados de Jair Bolsonaro e do general Augusto Heleno.
As oitivas começam pelas testemunhas de acusação. Nessa segunda-feira (19) serão ouvidos os indicados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Na quinta-feira (22) serão escutadas as testemunhas arroladas pelo tenente-coronel Mauro Cid, o ex-faz-tudo do ex-presidente. E partir da próxima semana, começam a ser ouvidas as testemunhas de defesa dos réus. O prazo previsto para essa fase inicial do julgamento vai até 2 de junho.
Depoimento do general Freire Gomes
O primeiro a depor na condição de testemunha será o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, que confessou ter sido pressionado por Jair Bolsonaro a dar um golpe após sua derrota nas eleições de 2022. O militar é uma peça-chave da acusação. Logo no início das investigações da Polícia Federal (PF), ele revelou que o ex-presidente apresentou aos chefes das Forças Armadas a chamada “minuta do golpe”, documento que previa uma intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para impedir a posse do presidente Lula.
Freire Gomes e o então comandante da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior, teriam rejeitado a proposta do golpe. Já o ex-chefe da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, colocou suas “tropas” a serviço para a tentativa de ruptura democrática. “Acredita, pelo que se recorda, que o almirante Garnier teria se colocado à disposição do presidente da República”, afirmou o general do Exército no depoimento à PF.
Os depoimentos nas próximas duas semanas serão feitos por videoconferência e conduzidos por juízes auxiliares do gabinete de Alexandre de Moraes. As sessões são acompanhadas pelas defesas dos réus e representantes da PGR, mas a gravação de áudio ou vídeo está proibida. “A expectativa recai, ainda esta semana, sobre o depoimento do brigadeiro Carlos Baptista Júnior, que estava em viagem e deve depor na quarta-feira (21). Testemunhas indicadas pela defesa de Bolsonaro, como o governador Tarcísio de Freitas e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, estão agendadas para o dia 30”, detalha a revista Fórum.
Freire Gomes e o então comandante da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior, teriam rejeitado a proposta do golpe. Já o ex-chefe da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, colocou suas “tropas” a serviço para a tentativa de ruptura democrática. “Acredita, pelo que se recorda, que o almirante Garnier teria se colocado à disposição do presidente da República”, afirmou o general do Exército no depoimento à PF.
Os depoimentos nas próximas duas semanas serão feitos por videoconferência e conduzidos por juízes auxiliares do gabinete de Alexandre de Moraes. As sessões são acompanhadas pelas defesas dos réus e representantes da PGR, mas a gravação de áudio ou vídeo está proibida. “A expectativa recai, ainda esta semana, sobre o depoimento do brigadeiro Carlos Baptista Júnior, que estava em viagem e deve depor na quarta-feira (21). Testemunhas indicadas pela defesa de Bolsonaro, como o governador Tarcísio de Freitas e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, estão agendadas para o dia 30”, detalha a revista Fórum.
