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Charge: Fraga |
O ex-presidente Fernando Collor de Mello, que sofreu impeachment por corrupção em 1992 e depois se converteu ao bolsonarismo, segue bastante enrolado na Justiça. Agora é a Polícia Civil de Alagoas que abriu inquérito para investigar a suspeita de fraude no processo de recuperação judicial da TV Gazeta, a afiliada da Globo no estado que pertence ao decadente político.
Segundo nota da Folha, “a abertura de inquérito foi solicitada pelo Ministério Público de Alagoas... Ao todo, já foram ouvidas cinco testemunhas, entre credores e ex-funcionários da TV Gazeta, que estão em uma briga para receber direitos trabalhistas e salários atrasados. A suspeita é de que a recuperação judicial da TV Gazeta pode estar sendo usada como estratégia para evitar pagamentos, o que configuraria um calote para antigos funcionários”.
A investigação da Polícia Civil reforça a decisão do império global de romper a longa parceria com a emissora alagoana. “Em outubro de 2023, a Globo comunicou à TV Gazeta que não renovaria o vínculo, por causa de escândalos envolvendo a TV de Alagoas nos últimos anos. Entre eles, está o uso da afiliada, por parte de Collor, para receber propina em um esquema de corrupção. Collor foi condenado a oito anos de prisão no STF em julho devido ao caso”, relembra o jornal.
A empresa de Fernando Collor, porém, entrou com pedido judicial para evitar o rompimento do contrato de afiliação. Em duas decisões do Tribunal de Justiça de Alagoas, que tem fortes ligações com a famiglia Collor de Mello, a Rede Globo foi derrotada. O caso foi levado ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas segue sem definição. Enquanto mantém a afiliação, a TV Gazeta agora passa a ser investigada pela Polícia Civil por fraude na própria recuperação judicial.
O velhaco bolsonarista pode ser preso em breve
Esse não é o único rolo envolvendo o velhaco bolsonarista. Em matéria publicada nesta quinta-feira (6), o jornal Estadão informou que “a defesa do ex-presidente Fernando Collor protocolou um novo recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão que o condenou a oito anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato... Caso o novo recurso seja negado, Collor poderá ser preso”.
O ex-presidente foi condenado pelo STF em maio de 2023. Na ocasião, a pena foi fixada em oito anos e dez meses de prisão. Ele foi acusado de receber propina de um esquema de corrupção na BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras. “Segundo a condenação, ele teria influenciado o comando e as diretorias da empresa, de 2010 a 2014, para garantir a assinatura de contratos da estatal com a construtora UTC. Em troca, Collor teria recebido R$ 20 milhões”, descreve matéria do site UOL.