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Charge: Mohammad Sabaaneh/Cartoon Movement |
Em reunião do seu Conselho Universitário nesta terça-feira (30), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior paulista, decidiu romper com o acordo de cooperação que mantinha com o Technion, o Instituto Israelense de Tecnologia. A decisão foi tomada após intensa mobilização de professores e estudantes, que exigiram o fim da parceria e acusaram a instituição de Israel de apoiar a “política bélica e genocida do país contra os palestinos”.
Em seu voto, o reitor Paulo Cesar Montagner, alegou que a situação em Gaza se “deteriorou de tal forma que as violações aos direitos humanos e à dignidade da população palestina se transformaram numa constante inaceitável... A Unicamp já se posicionou contra essa situação em duas oportunidades e reafirma seu posicionamento contrário ao genocídio da população palestina que fere todos os princípios e valores de nossa universidade... A reitoria da Unicamp determina providências para o rompimento unilateral do único acordo vigente com instituição universitária de ensino e pesquisa israelense”.
Instituição ligada à indústria bélica
A decisão foi festejada pelo Diretório Central do Estudantes (DCE) da Unicamp: “Depois de 2 anos de luta encerramos o Conselho Universitário desse dia 30 com o rompimento unilateral com o Instituto de Tecnologia de Israel (Technion). O convênio firmado em 2023 foi feito a portas fechadas e aproximava a Unicamp de uma instituição que contribui com a indústria bélica e a ocupação sionista dos territórios palestinos... Reconhecemos a vitória enquanto um grande passo para o boicote total a ‘Israel’ e continuaremos mobilizados nas ações de solidariedade ao povo palestino, em apoio à Global Sumud Flotilha, e atuando enquanto entidade estudantil para pressionar o governo federal no rompimento total com ‘Israel’”.
A batalha pela revogação do acordo foi prolongada e intensa. Segundo matéria da Folha, em moção apresentada por ativistas do Comitê Unicamp Palestina Livre foi enfatizado que “a Technion integra o complexo industrial militar de Israel. No documento, eles citam trechos de livros e entrevistas da pesquisadora israelense Maya Wind, que disse que ‘as maiores empresas da indústria militar de Israel – Israel Aerospace Industries, Rafael, Elbit Systems – nasceram dentro das universidades, em particular do Instituto Israelense de Tecnologia”.
O grupo também afirmava no documento que o acordo de cooperação com o instituto não teve nenhum retorno positivo desde a sua formalização em 2023. “Este fato evidencia que o convênio Unicamp-Technion – inteiramente destituído de qualquer significado acadêmico e científico real – apenas reforça um vínculo político-institucional da Unicamp com uma instituição que está profundamente envolvida com a política destrutiva das Forças Armadas de Israel”.
A batalha pela revogação do acordo foi prolongada e intensa. Segundo matéria da Folha, em moção apresentada por ativistas do Comitê Unicamp Palestina Livre foi enfatizado que “a Technion integra o complexo industrial militar de Israel. No documento, eles citam trechos de livros e entrevistas da pesquisadora israelense Maya Wind, que disse que ‘as maiores empresas da indústria militar de Israel – Israel Aerospace Industries, Rafael, Elbit Systems – nasceram dentro das universidades, em particular do Instituto Israelense de Tecnologia”.
O grupo também afirmava no documento que o acordo de cooperação com o instituto não teve nenhum retorno positivo desde a sua formalização em 2023. “Este fato evidencia que o convênio Unicamp-Technion – inteiramente destituído de qualquer significado acadêmico e científico real – apenas reforça um vínculo político-institucional da Unicamp com uma instituição que está profundamente envolvida com a política destrutiva das Forças Armadas de Israel”.