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Voto de Moraes demole Bolsonaro

septiembre 10, 2025 8:16 , por Altamiro Borges - | No one following this article yet.
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Por Bepe Damasco, em seu blog:

Em um voto demolidor, no qual costurou os fatos e os encadeou com maestria, Alexandre de Moraes, ministro relator do processo da trama golpista, não deixou pedra sobre pedra, a ponto de alguns advogados de defesa admitirem sob anonimato para a imprensa seu desânimo em relação ao veredicto do julgamento.

Moraes votou pela condenação de todos os réus por tentativa de golpe de estado, abolição violenta do estado democrático de direito, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração do patrimônio tombado.

Mostrando um extremo conhecimento de todas as provas coletadas pela Polícia Federal e produzidas nos depoimentos, Moraes, durante mais de cinco horas, expôs as entranhas da organização golpista e sua atuação articulada, dissecando cada episódio da escalada criminosa.

Do 7 de setembro de 2021 e a reunião ministerial de 5 de julho de 2022 à consumação da tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023, passando pela reunião com os embaixadores para descredibilizar a justiça eleitoral, pelo quebra-quebra no dia da diplomação de Lula, pela bomba no aeroporto de Brasília, a concentração em frente aos quarteis e o monitoramento e ameaças de morte às autoridades, dentre outras ações delinquentes, nada escapou à lupa e ao relato detalhado do ministro.

Enfatizando sempre o papel de liderança exercido por Bolsonaro no grupo criminoso, culminando por citar essa condição como agravante para a condenação do ex-presidente, o relator dividiu seu voto em 13 atos executórios, fulminando a tese de vários advogados de defesa dos réus, segundo a qual as tramas golpistas não passaram de mero planejamento.

Foram 13 os atos executórios listados pelo ministro:

1) A utilização de orgãos públicos pela organização criminosa para monitoramento de adversários políticos e estruturação e execução da estratégia.

2) Graves ameaças à justiça eleitoral, como a live de 29 de setembro de 2021, a entrevista de 3 de agosto de 2021 e a live de 4 de agosto de 2021.

3) Tentativa, com grave ameaça, de restringir o exercício do Poder Judiciário, em 7 de setembro de 2021.

4) Reunião ministerial de 5 de julho de 2022.

5) Reunião com os embaixadores em 18 de julho de 2022.

6) Utilização indevida da estrutura da Polícia Rodoviária Federal no segundo turno da eleição de 2022.

7) Utilização indevida da estrutura das Forças Armadas - relatório de fiscalização do sistema eletrônico de votação do Ministério da Defesa.

8) Atos de caráter golpista após o segundo turno da eleição de 2022, como a live de 4 de novembro de 2022, ações de monitoramento das autoridades em 21 de novembro de 2022 e a reunião dos kids pretos em 28 de novembro de 2022, com a elaboração da carta ao comandante.

9) Plano Punhal Verde e Amarelo e Operação Copa 2022.

10) Atos executórios seguintes ao planejamento do Punhal Verde e Amarelo: o monitoramento do presidente e do vice-presidente eleitos, operação Luneta e operação 142.

11) Elaboração da minuta do golpe de estado e sua apresentação aos comandantes das Forças Armadas.

12) Tentativa de golpe de estado em 8 de janeiro de 2023.

13) Planos para a formação de um gabinete de crise após a consumação do golpe.

PS: Segundo a votar, o ministro Flávio Dino endossou o voto de relator, mas defendeu penas menores para Alexandre Ramagem, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, por considerar que esses réus tiveram uma participação menor na intentona golpista.
Origen: https://altamiroborges.blogspot.com/2025/09/voto-de-moraes-demole-bolsonaro.html