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| Charge: Thiago |
Em julgamento virtual concluído nesta sexta-feira (22), a “deputada-pistoleira” Carla Zambelli (PL-SP) foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a mais cinco anos e três meses de cadeia. A pena foi aplicada por porte ilegal de arma de fogo e por ter perseguido nas ruas do bairro dos Jardins, na capital paulista, um jovem negro apoiador do presidente Lula, com um revólver em punho, na véspera do segundo turno da eleição presidencial de 2022.
O placar final do julgamento foi de nove votos a dois pela punição. Somente os dois ministros indicados pelo “capetão” Jair Bolsonaro – o “terrivelmente evangélico” André Mendonça e o sinistro Nunes Marques – votaram contra. Esta é a segunda condenação de Carla Zambelli em curto espaço de tempo. Em maio, ela pegou 10 anos de prisão por comandar a invasão hacker do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para inserir documentos falsos.
No final de maio, a bolsonarista metida a valentona fugiu para a Argentina, presidida por “El Loco” Javier Milei. Na sequência, foi para os EUA, do “imperador” Donaldo Trump, e, depois, em junho, para a Itália, da neofascista Giorgia Meloni. Jactou-se que nesse país ela seria “intocável”. No final de julho, porém, a deputada-pistoleira foi presa e transferida para a penitenciária superlotada de Rebibbia, nos arredores de Roma.
Defesa da pistoleira alega "distúrbios mentais"
Na semana passada, tentando escapar do xilindró italiano, a defesa de Carla Zambelli passou a alegar que ela sofre de “distúrbios mentais” e, segundo o site Metrópoles, “contratou os serviços da Vida Mental Perícias, do psiquiatra Hewdy Lobo Ribeiro, para prestar serviços de psiquiatria forense e psicológica jurídica... Hewdy já trabalhou em outros casos que também tiveram repercussão nacional, como o de Suzane von Richthofen, condenada por matar os pais, a ex-deputada federal Flordelis, condenada por participação no assassinato do marido, e Adélio Bispo, autor da facada no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018”.
Ainda de acordo com a postagem, “a estratégia da defesa, comandada pelo advogado Fábio Pagnozzi, é uma aposta para liberar Zambelli da prisão na Itália por meio de alegações de fragilidade em sua saúde mental até uma decisão final sobre sua extradição. Os advogados da deputada também veem no parecer médico uma possibilidade de contestar as acusações contra Zambelli no caso do porte ilegal de arma de fogo, alegando um estado ‘alterado’ da deputada no momento do episódio”. Haja malabarismo para salvar a deputada-pistoleira!
