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Zambelli: perda do mandato e 10 anos de cana?

May 11, 2025 21:18 , von Altamiro Borges - | No one following this article yet.
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Charge: Cacinho/Pavio Curto
Por Altamiro Borges


Renegada pelos próprios bolsonaristas – o “mito” avalia que perdeu a eleição presidencial de 2022 por sua culpa –, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) caminha para um triste fim da carreira política. Ela corre o sério risco de perder seu mandato e ainda ser presa por 10 anos. Na semana passada, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar a “pistoleira” e o hacker Walter Delgatti pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para inserção de documentos falsos.

Ao conferir o quarto voto favorável à condenação, a ministra Cármen Lúcia argumentou: “São graves as imputações apresentadas na denúncia. Buscou-se fragilizar e instabilizar não apenas instituições estatais e comprometer seus agentes, mas buscou-se o atingimento mesmo da segurança e da higidez do Estado Democrático de Direito”. Juntamente com Cristiano Zanin e Flávio Dino, a magistrada seguiu o voto do relator da ação, ministro Alexandre de Moraes. O julgamento deve terminar até o próximo dia 15. Falta apenas o voto de Luiz Fux.

Provas "inequívocas" da ação criminosa

Conforme registrou o jornal Estadão, a situação da bolsonarista-rejeitada é das mais difíceis. “O ministro-relator propôs uma pena de 10 anos de reclusão, em regime inicial fechado, para a deputada, e de 8 anos de 3 meses para Delgatti. Segundo Moraes, os crimes estão comprovados e a denúncia descreveu ‘todos os fatos que compuseram a cronologia do plano criminoso’. Para o ministro, a participação de Carla Zambelli como ‘instigadora e mandante’ do ataque é ‘inequívoca’”.

O ataque ao sistema do CNJ ocorreu em janeiro de 2023, quando foi emitido um mandado falso de prisão contra Alexandre de Moraes. “Expeça-se o mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L”, dizia o documento fake. Também foi produzido um recibo de bloqueio de R$ 22,9 milhões em bens do ministro – valor corresponde à multa imposta pelo ministro ao PL, o partido de aluguel de Jair Bolsonaro, por questionar as urnas eletrônicas nas eleições de 2022. Havia ainda uma ordem, também falsa, para quebrar o sigilo bancário do ministro.

De acordo com a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Carla Zambelli “comandou” o ataque cibernético. O hacker Walter Delgatti confessou os crimes. Ele narrou à Polícia Federal que recebeu cerca de R$ 40 mil para tentar invadir o sistema. A PF apontou, no relatório final da investigação, que os documentos apreendidos com a deputada correspondem, integral ou parcialmente, aos arquivos inseridos pelo hacker no sistema do CNJ, o que para os investigadores comprova que ela participou do ataque.

A situação da deputada-pistoleira pode se complicar ainda mais em outros processos. Como lembra o jornal, “Carla Zambelli responde a outro processo no STF por perseguir um homem com uma pistola na véspera do segundo turno das eleições de 2022. Há maioria formada para condenar a deputada por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo e cassar o mandato dela, mas o julgamento está suspenso por um pedido de vista do ministro Kassio Nunes Marques”.
Quelle: https://altamiroborges.blogspot.com/2025/05/zambelli-perda-do-mandato-e-10-anos-de.html