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April 3, 2011 21:00 , by Unknown - | 2 people following this article.
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Apesar da crise, preço dos alimentos dispara em todo o país

December 6, 2018 19:40, by Feed RSS do(a) News

De outubro a novembro deste ano, os alimentos que apresentaram alta na maior parte das capitais pesquisadas foram tomate, batata, óleo de soja, pão francês e carne bovina de primeira. Já o leite integral teve queda de preços em 16 capitais.

 

Por Redação – de São Paulo

 

O preço dos alimentos da cesta básica aumentou em 16 das 18 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos ( Dieese). As altas mais expressivas foram em Belo Horizonte (7,81%), São Luís (6,44%), Campo Grande (6,05%) e São Paulo (5,68%). Houve queda em Vitória (-2,65%) e Salvador (-0,26%).

A inflação tem subido, embora os índices macroeconômicos apontem para uma recessão prolongadaA inflação tem subido, embora os índices macroeconômicos apontem para uma recessão prolongada

A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 471,37), seguida pela de Porto Alegre (R$ 463,09), Rio de Janeiro (R$ 460,24) e Florianópolis (R$ 454,87). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 330,17) e Natal (R$ 332,21). Durante o ano de 2018, todas as capitais acumularam alta, com destaque para Campo Grande (14,89%), Brasília (13,44%) e Fortaleza (12,03%).

De outubro a novembro deste ano, os alimentos que apresentaram alta na maior parte das capitais pesquisadas foram tomate, batata, óleo de soja, pão francês e carne bovina de primeira. Já o leite integral teve queda de preços em 16 capitais.

Cesta básica

Com base nesses valores, o Dieese estimou em R$ 3.959,98 o salário mínimo necessário para a uma família de quatro pessoas no mês de novembro, o equivalente a 4,15 vezes o mínimo atual, de R$ 954. Em outubro, o salário mínimo foi estimado em R$ 3.783,39.

O tempo médio que um trabalhador levou para adquirir os produtos da cesta básica, em novembro, foi de 91 horas e 13 minutos. Em outubro de 2018, ficou em 88 horas e 30 minutos.

Poupança

Não bastasse a falta de liquidez, a poupança também apresenta recuo na crise econômica, em curso. A caderneta de poupança registrou entrada líquida de R$ 684,548 milhões em novembro, pior resultado para o mês desde 2015, divulgou o Banco Central nesta quinta-feira.

No mês passado, os depósitos superaram os saques em R$ 1,950 bilhão no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Na poupança rural, contudo, houve saída de R$ 1,266 bilhão.

No acumulado dos 11 meses do ano, a poupança registrou ingresso líquido de R$ 23,653 bilhões, numa melhora expressiva ante a retirada de 2,246 bilhões de reais no mesmo período de 2017.



A ELITE DO ATRASO - trechos do livro de Jessé Souza

December 6, 2018 19:40, by Feed RSS do(a) News

A ELITE DO ATRASO - trechos do livro de Jessé Souza.

(Livro: A Elite do Atraso: da escravidão à Lava Jato. Um livro que analisa o pacto dos donos do poder para perpetuar uma sociedade cruel forjada na escravidão. Jessé Souza. Editora Casa da Palavra. Rio, 2017.)

 

RACISMO, CULTURALISMO E A TEORIA DA MODERNIZAÇÃO.

A colonização da elite brasileira mais mesquinha sobre toda a população só foi e é ainda posssível pelo uso, contra a própria população indefesa, de um racismo travestido em culturalismo que possibilita a legitimação para todo ataque contra qualquer governo popular.

Todo racismo, inclusive o culturalismo racista dominante no mundo inteiro, precisa escravizar o oprimido no seu espírito e não apenas no seu corpo. Colonizar o espírito e as idéias de alguém é o primeiro passo para controlar seu corpo e seu bolso.

 

No mundo moderno, a dominação de fato tem que ser legitimada cientificamente. Quem atribui prestígio hoje em dia a uma idéia é o prestígio científico, assim como antes era o prestígio religioso ou supostamente divino. É a ciência hoje, mais que a religião, quem decide o que é verdadeiro ou falso no mundo. Por conta disso, toda informação midiática, no jornal ou na TV, procura se legitimar com algum especialista na matéria que esteja sendo discutida. ….é a posse do que é tido como verdadeiro que permite também se apoderar do que é percebido como justo e injusto, honesto ou desonesto, correto ou incorreto, bem ou mal e assim por diante…...Não por acaso, a dominação do culturalismo racista é um efeito da dominação americana a partir do século XX…..o racismo cultural americano vai substituir – com enormes vantagens – o racismo fenotípico ou racial do racismo científico que vigorou no colonialismo europeu…

 

O novo racismo culturalista americano foi implementado como política de Estado e não foi deixado à ação espontânea de ninguém. A teoria da modernização recebeu dinheiro pesado do departamento de Estado americano sob o comando de Harry Truman no pós-guerra, para se tornar paradigma universal. A partir daí, a teoria da modernização americana virou uma espécie de coqueluche mundial. Milhares de trabalhos foram realizados nas duas décadas seguintes… e os EUA viraram modelo universal para o planeta. Todos os outros países eram uma espécie de realização incompleta desse modelo. ….. Mas no Brasil onde a comparação com os EUA foi a obsessão de todos os intelectuais desde o começo do século XIX, a elaboração de nosso culturalismo racista invertido (contra nós mesmos) foi realizada por mãos nativas...a elaboração de teorias racistas que nos rebaixam e humilham foi relativamente independente do movimento internacional…..

 

Assim enquanto na década de 1930, Talcott Parsons dava os primeiros passos em seu engenhoso esquema da teoria da modernização no mundo e construia a imagem dos americanos superiores como objetivos, pragmáticos, antitradicionais, universalistas e produtivos…..no Brasil a sua contraparte “vira-lata”…nossos pensadores mais influentes iriam construir o brasileiro como pré-moderno, tradicional, particularista, afetivo e com uma “tendência irresistível à desonestidade.”…. Gilberto Freyre foi a figura demiúrgica desse período…. Freyre foi o criador do paradigma culturalista brasileiro vigente até hoje dominado pelas falsas idéias da continuidade com Portugal e da emotividade como traço singular dessa cultura. ….Freyre literalmente construiu a versão dominante da identidade nacional em um país que, antes dele, não tinha construído nada realmente eficaz nesse sentido. … Sérgio Buarque de Holanda vai aproveitar todas as idéias de Freyre…. Todo o esforço de Freyre em ver aspectos positivos ou pelo menos ambíguos no que ele via como “legado brasileiro” foi invertido e transformado em unicamente negativo…. Sérgio Buarque constrói a idéia do “homem cordial” como expressão mais acabada do brasileiro…. O culturalismo racista, na versão vira lata de Buarque se torna o porta-voz oficial do liberalismo conservador brasileiro. …. a legitimação perfeita para o tipo de interesse econômico e político da elite econômica que manda no mercado e se tornaria a interpretação dominante da sociedade brasileira até hoje.

 

Sérgio Buarque ao negar Freyre, aceita a vira-latice do brasileiro como lixo da história de bom grado e degrada e distorce a percepção de todo um povo como intrinsecamente inferior. E ainda tira onda de crítico, seguido por cerca de 90% da intelectualidade nacional, por ter supostamente descoberto as razões da fraqueza nacional. O embuste se torna completo por ter também inventado o conceito mais fajuto e mais influente de todo o pensamento social brasileiro , que é a noção de patrimonialismo. O patrimonialismo defende que o Estado no Brasil é um alongamento institucionalizado do homem cordial e tão vira lata quanto ele. Abriga elites que roubam o povo e privatizam o bem público…. Essa noção é um contrabando malfeito da noção weberiana inutilizável no caso brasileiro…..mas esta noção se tornou dominante…. É a própria interpretação dominante dos brasileiros sobre si mesmo, seja na direita seja na esquerda do espectro político. ….os discípulos apenas repetem o paradigma….é a visão da singularidade brasileira a partir do homem cordial, do homem emotivo como negatividade e como potencialmente corrupto, já que dividiria o mundo entre amigos e inimigos e não de modo “impessoal”…. O Estado patrimonialista seria a principal herança do homem cordial e principal problema nacional. ….. está criada a ideologia do vira lata brasileiro, inferior, posto que percebido como afeto e, portanto, como corpo, opondo-se ao espírito do americano e europeu idealizado, como se não houvesse personalismo e relações pessoais fundando todo tipo de privilégio também nos EUA e Europa. …..

 

A emoção nos animalizaria, enquanto o espírito tornaria divinos americanos e europeus.

Como seres divinos os americanos seriam seres especiais que põem a impessoalidade acima de suas preferências, explicando com isso a excelência de sua democracia, assim como sua honestidade e incorruptibilidade. O capital do homem cordial é o capital de relações pessoais, ou aquilo que Roberto DaMatta, discípulo de Sérgio Buarque como quase todos, chamaria mais tarde de “jeitinho brasileiro”, uma suprema bobagem infelizmente naturalizada pela repetição e usada como explicação fácil em todos os botecos de esquina do Brasil. …. Sua explicação nega portanto a origem de toda a desigualdade que separa classes com acesso privilegiado aos capitais econômico e cultural das classes que foram excluídas de todo acesso a esses capitais.

 

Mas Sérgio Buarque cria muito especialmente a “Geni” brasileira….que seria o Estado sempre corrupto. O mercado é divinizado pela mera oposição com o Estado definido como corrupto, e sua corrupção tanto “legal” quanto “ilegal”, tornada invisível. Sérgio Buarque ao localizar a “elite maldita” no Estado, torna literalmente invisível a verdadeira elite de rapina que se encontra no mercado. O Estado se torna o suspeito preferido de todos os malfeitos…..essa idéia favorece os golpes de Estado baseados na corrupção seletiva…. Como acontece até hoje, essa concepção tornou possível fazer do mote da corrupção apenas do Estado o núcleo de uma concepção de mundo que permite a elite mais mesquinha fazer todo um povo de tolo. Todo brasileiro aprende na formação escolar a perceber o Brasil com os pressupostos envenenados desta teoria culturalista e da corrupção só no Estado e assim não perceber os reais problemas brasileiros. É por meio desses “óculos” composto por idéias que se tornam tão óbvias que não mais refletimos sobre elas, que não mais percebemos o mundo que nos rodeia.

 

Restou à mídia apenas o trabalho facilitado de selecionar contra quem seria mobilizado o ataque moralista conservador que nossos intelectuais construíram contra o povo e em benefício de uma ínfima elite….. Sem esse consenso intelectual prévio a mídia não poderia ter sido tão eficaz na sua obra de fraudar sistematicamente a realidade para a legitimação da trama do golpe de 2016.

 

A ESCRAVIDÃO MODERNA….O excluído, majoritariamente negro e mestiço, é estigmatizado como perigoso e inferior e perseguido não mais pelo capitão do mato, mas, sim, pelas viaturas de polícia com licença para matar pobre e preto. E essa continuação da escravidão com outros meios se utilizou e se utiliza da mesma perseguição e da mesma opressão cotidiana e selvagem para quebrar a resistência e a dignidade dos excluídos. O resumo dessa passagem dramática entre as duas formas de escravidão pode ser visto deste modo: como a escravidão exige a tortura física e psíquica cotidiana como único meio de dobrar a resistência do escravo a abdicar da própria vontade, as elites que comandaram esse processo foram as mesmas que abandonaram os seres humilhados e sem auto estima e autoconfiança e os deixaram à própria sorte. Depois, como se não tivessem nada a ver com esse genocídio de classe, buscaram imigrantes com um passado e um ponto de partida muito diferente para contraporem o mérito de um e de outro, aprofundando ainda mais a humilhação e a injustiça. Esse esquema funciona até os dias de hoje, sem qualquer diferença. Esse abandono e essa injustiça flagrante é o real câncer brasileiro e a causa de todos os reais problemas nacionais.

 

O Brasil passou de um mercado de trabalho escravocrata para formalmente livre, mas manteve todas as virtualidades do escravismo na nova situação. Os ex-escravos da “ralé de novos escravos” continuam sendo explorados na sua “tração muscular”, como cavalos aos quais os escravos de ontem e de hoje ainda se assemelham. Os carregadores de lixo das grandes cidades são chamados literalmente, de cavalos. O recurso que as empregadas domésticas usam é, antes de tudo, o corpo, trabalhando horas de pé em funções repetitivas, com a barriga no fogão quente, do mesmo modo que faxineiras, motoboys, cortadores de cana, serventes de pedreiros, etc. Uma classe reduzida ao corpo, que representa o que há de mais baixo na escala valorativa do Ocidente. ….essa mesma classe, do mesmo modo que os escravos, é desumanizada e animalizada. A ralé de novos escravos será não só a classe que todas as outras vão procurar se distinguir e se afastar, mas, também, vão procurar explorar o trabalho farto e barato.

 

NADA DE NOVO EM RELAÇÃO AO PASSADO ESCRAVISTA. Ela permite que todas as classes acima se sintam superiores a ela e possam explorá-la se possível sem limites legais. A reação violenta da classe média à lei das empregadas domésticas, que procura limitar e garantir direitos mínimos, comprova sobejamente o que estamos dizendo. A grande questão econômica, social e política do Brasil é a existência continuada dessa ralé de novos escravos….. A escola republicana igual para todos, conquistada pelos franceses a partir da Revolução Francesa, jamais aconteceu entre nós. Iniciativas como a escola de tempo integral de Brizola, foram destruídas no nascedouro com apoio da mídia elitista, como sempre, com a Rede Globo à frente. A tentativa light petista de melhorar minimamente as condições dessa classe levou ao golpe de 2016 com amplo apoio midiático da classe média e até de setores populares. ….. se um governo existir para redimí-los (a ralé de novos escravos) deve ser derrubado sob qualquer pretexto de ocasião. … pois é necessário continuar a escravidão com outros meios….. é isso que explica o golpe recente no seu conteúdo mais importante e mais assustador. … Por que nossa elite trata a ralé dos novos escravos como sub-humanos com tamanha violência material e simbólica e não os consideram seres humanos ? Essa é a principal herança da escravidão para o Brasil moderno….a naturalização de um ódio tão mesquinho em circunstâncias modernas…..essa é a grande questão brasileira do momento… nenhuma outra se compara a ela em magnitude e urgência.

 

A OPERAÇÃO LAVA-JATO foi desde seu começo uma caça aos petistas e a seu líder maior, como forma de garantir e assegurar a mesma distância social em relação aos pobres que não os torne tão ameaçadores como eles haviam se tornado com Lula. O maior perigo representado pelos pobres foi quando eles começaram a poder entrar para a universidade pública, reduto dos privilegiados da classe média, pois durante a administração do PT aumentou de 3 para 8 milhões o número de matriculados. Se não fosse essa a razão, o que faria os “camisas amarelas” ficarem em casa quietinhos, agora, em meados de 2017, quando a corrupção real mostra sua pior face ? Se fosse a corrupção que indignasse esse povo, o panelaço deveria ser ensurdecedor agora, não concorda, caro leitor ? É a seletividade da corrupção não só apenas no Estado, mas apenas dos partidos de esquerda, que querem diminuir a distância entre as classes sociais, o que verdadeiramente move e comove nossos “camisas amarelas”.

 

PATRIMONIALISMO E ESCRAVIDÃO. A noção de patrimonialismo passa a ser fundamental exatamente por sua imprecisão conceitual. Ela está no lugar da noção de escravidão e serve para tornar invisíveis as relações sociais de humilhação e subordinação criados nesse contexto. ….Somos nós brasileiros, portanto, filhos de um ambiente escravocrata, que cria um tipo de família específica, uma Justiça específica, uma economia específica. Aqui valia tomar a terra dos outros à fôrça para acumular capital, como acontece até hoje, e condenar os mais frágeis ao abandono e à humilhação cotidiana. Isso é herança escravocrata e não portuguesa. O patrimonialismo, percebido como herança portuguesa, substitui a escravidão como núcleo explicativo de nossa formação. Essa é sua função real. Por conta disso, até hoje, reproduzimos padrões de sociabilidade escravagistas, como exclusão social massiva, a violência indiscriminada contra os pobres, chacinas contra pobres indefesos que são comemoradas pela população, etc. O patrimonialismo esconde as reais bases do poder social entre nós…..uma noção do senso comum, uma noção absurda, mas tida como verdade acima de qualquer suspeita – a noção de que a elite poderosa está no Estado, com isso invisibilizando a ação da elite real, que está no mercado. O conceito de patrimonialismo serve para encobrir os interesses organizados no mercado. A real função da noção de patrimonialismo é fazer o povo de tolo e manter a dominação mais tosca e abusiva de um mercado desregulado completamente invisível.

 

A elite do atraso e seu braço midiático fazem parte, portanto, do mesmo esquema de depenar a população em seu benefício. É o que explica a constante necessidade de criar espantalhos para desviar a atenção do público do que lhe é surrupiado e explicar a penúria que seu saque provoca por outras causas. O espantalho da criminalização da política só serve para que a economia dispense a mediação da política e ponha seus lacaios sem voto e que se vangloriam de sua impopularidade vendida como cartão de visitas para a elite do atraso,…. Já o espantalho da criminalização da esquerda e do princípio da igualdade social só serve para que a justa raiva e o ressentimento da população, que sofre sem entender os reais motivos do sofrimento, percam sua expressão política e racional possível.

 

MÍDIA E BOLSONARO. Foi assim que a mídia irresponsável possibilitou e pavimentou o caminho para a violência fascista do ódio cego dos bolsonaros da vida. O ódio fomentado todos os dias ao PT e a Lula produziu, inevitavelmente, Bolsonaro e sua violência em estado puro, agressividade burra e covarde. Agora, uma população pobre e à mercê de demagogos religiosos está minando as poucas bases civilizadas que ainda restam à sociedade brasileira. Essa dívida tem que ser cobrada da mídia que cometeu esse crime. …. A conta do ódio aos pobres foi o empobrecimento de todos. Será que valeu a pena tudo isso para pagar salários de fome às empregadas domésticas e não ver mais pobres nos aeroportos, nos shopping centers e, principalmente, nas universidades ? Afinal, a educação, a saúde e a previdência, agora sucateadas pelo Estado capturado, abrem caminho para que essas áreas se tornem o novo negócio dos bancos…. Será que vale a pena tudo isso para manter os escravos no seu lugar ?

 

Daniel Miranda Soares é economista, ex-professor e mestre pela UFV.



China e EUA concordam com trégua específica na guerra comercial

December 6, 2018 19:40, by Feed RSS do(a) News

Os dois lados também terão novas negociações comerciais para tratar de assuntos que incluem transferência de tecnologia, entre outros pontos.

 

Por Redação, com Reuters – de Buenos Aires

 

A China e os Estados Unidos concordaram em não aplicar tarifas adicionais, em um acordo que evita que a guerra comercial cresça, no momento em que ambos os lados tentam resolver as divergências em novas negociações que visam alcançar um acordo dentro de 90 dias.

Xi Jinping concordou em estabelecer uma trégua negociada com Donald Trump

A Casa Branca disse no sábado que o presidente dos EUA, Donald Trump, falou ao presidente chinês, Xi Jinping, durante negociações de grande importância na Argentina que ele não aumentará as tarifas sobre US$ 200 bilhões em bens chineses para 25 por cento em 1 de janeiro, como anunciado anteriormente.

Pequim, por sua vez, concordou em comprar uma quantidade não especificada, mas “muito substancial” de produtos agrícolas, energéticos e industriais, disse a Casa Branca em comunicado.

Os dois lados também terão novas negociações comerciais para tratar de assuntos que incluem transferência de tecnologia, propriedade intelectual, barreiras não-tarifárias, roubo cibernético e agricultura, afirmou Washington.

Tarifas

Caso não se chegue a um acordo dentro de 90 dias, ambos os lados concordaram que as tarifas de 10 por cento serão elevadas para 25 por cento, disse a Casa Branca. Neste domingo, a mídia estatal da China saudou o “importante consenso” alcançado pelos dois líderes, mas não mencionou o prazo de 90 dias.

Trump impôs tarifas de 10 por cento sobre US$ 200 bilhões em bens chineses em setembro. A China respondeu com suas próprias tarifas.

O presidente norte-americano também ameaçou aplicar tarifas sobre adicionais US$ 267 bilhões em bens chineses, e a relação entre os dois países pareceu se agravar nas semanas antes do encontro na Argentina.

— Eu não acho que isso é um avanço – é mais para evitar um colapso. Esse não é o pior resultado, mas o trabalho duro está pela frente. Os chineses precisam entrar (nas negociações) com um senso de urgência — disse Paul Haenle, diretor do Carnegie-Tsinghua Center em Pequim.

Acordo

Como parte do acordo, a China concordou em começar a comprar produtos agrícolas de produtores dos Estados Unidos imediatamente, afirmou a Casa Branca. Falando a repórteres no Air Force One, Trump elogiou seu acordo com Xi.

— É um acordo incrível. O que eu estaria fazendo é segurando a mão nas tarifas. A China estará se abrindo. A China se livrará das tarifas — afirmou.

Ele disse que sob o acordo a China comprará uma “quantidade tremenda de produtos agrícolas e outros” dos EUA.

— Terá um impacto incrivelmente positivo sobre a agricultura — acrescentou.

Fricções

O conselheiro estatal Wang Yi, principal diplomata do governo chinês, disse a repórteres em Buenos Aires que os dois lados acreditam que o acordo “efetivamente previne a expansão de fricções econômicas entre os dois países”.

— Fatos mostram que os interesses conjuntos de China e EUA são maiores que as disputas, e a necessidade de cooperação é maior do que as fricções — afirmou.

Companhias dos EUA e consumidores estão arcando com parte do preço das tarifas dos EUA sobre a China ao pagar preços mais altos por bens, e muitas empresas aumentaram os preços de produtos importados.

Ao mesmo tempo, produtores dos EUA foram prejudicados por menores importações chinesas de soja e outros produtos.



A milagrosa festa do jazz manouche

December 2, 2018 15:27, by Feed RSS do(a) News



Carlos Motta

Depois de seis horas de música, os participantes do 6º Festival de Jazz Manouche de Piracicaba foram chamados, no domingo, 25 de novembro, ao palco montado atrás do Teatro Erotides de Campos, no belo conjunto cultural do Engenho Central, às margens do Rio Piracicaba. Alguns deles já tinham ido embora, mas mesmo assim, o palco ficou cheio. Eram brasileiros, argentinos, colombianos, venezuelanos, e um romeno, o violinista Florian Cristea, que mora no Brasil há 20 anos. 


E foi ao som de "Besame Mucho", clássico bolero da mexicana Consuelo Velásquez, uma obra atemporal, que a grande festa musical terminou. Violões, violinos, contrabaixos, acordeão e trumpete se fundiram no ritmo inconfundível criado pelo belga Django Reinhardt para acompanhar o  chileno Sebastian Abuter, que trocou seu clarinete pela voz. "Besame, besame mucho", cantou, ao que o coro de três dezenas de vozes, "regido" pelo violonista Bina Coquet, respondeu: "Mucho, mucho"...


Foi um final surpreendente para uma tarde/noite igualmente surpreendente, pela qualidade dos artistas que se apresentaram e pelas próprias características do festival, idealizado e organizado por José Fernando Seifarth de Freitas, um juiz de direito que leva a música muito a sério: na adolescência, integrou o conjunto Bombom, que estourou no Brasil com o hit "Vamos a la Playa", e anos depois foi um dos fundadores do Hot Club de Piracicaba, um dos grupos pioneiros do jazz manouche, ou cigano, no Brasil.

José Fernando já gravou vários discos e participou de inúmeros shows com seu violão rítmico no Brasil e exterior. Na grande apresentação de domingo, porém, tocou pouco. Foi mais visto nos bastidores, na plateia, nos arredores do palco, infatigável. Pegou o microfone apenas para anunciar as atrações. Numa dessas vezes, agradeceu o apoio recebido para pôr de pé o festival - uma lista que inclui desde a prefeitura de Piracicaba até uma padaria.


Por mais que tenha sido extensa a lista - José Fernando confessou, na hora, que não se lembrava de todos os que precisava agradecer -, ela, à primeira vista, parece ser insuficiente para realizar o milagre que é organizar um concerto com tal qualidade artística.

Seja como for, o fato é que nem a forte chuva no começo da noite atrapalhou o festival. O som estava ótimo, o público não cansou de aplaudir, muitas vezes entusiasticamente, os artistas, e eles, pela expressão em seus rostos, pareciam também estar, mais que satisfeitos com suas performances, felizes por participar da festa.

Pois o jazz manouche, além de um gênero musical arrebatador, é justamente isso, uma festa. Uma festa mais que necessária nestes tempos confusos em que vivemos.

(Nas fotos de Liliana Akstein, Bina Coquet, Florian Cristea e Sandro Haick. No vídeo, o argentino Ricardo Pellican e os brasileiros Marcelo Cigano, Sandro Haick e Danilo Vianna mostram com quantas notas se faz uma música de altíssima qualidade)

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Alemanha: a cada cinco minutos uma mulher é vítima de violência

November 25, 2018 16:03, by Feed RSS do(a) News

Assim como em muitos países, mulheres são principais alvos de violência doméstica na Alemanha. A cada três dias uma é morta pelo parceiro ou ex-parceiro.

Por Redação, com DW – Berlim

A violência contra as mulheres ocorre no quarto de dormir, na sala de estar, por vezes em festas familiares e aniversários. Também na Alemanha, onde elas supostamente deveriam se sentir seguras.

Número de ocorrências deve ser bem maior do que mostram as estatísticas, pois muitos delitos não são reportados

A cada cinco minutos uma mulher é ameaçada, espancada, perseguida, psiquicamente pressionada, assediada sexualmente ou violentada no país, segundo os estudos mais recentes do Departamento Federal de Investigações (BKA).

Os agressores são, em geral, o marido, companheiro ou familiar do sexo masculino entre 30 e 39 anos. De 2013 a 2017, o número de vítimas da violência no relacionamento ou doméstica na Alemanha subiu de 121 mil para quase 140 mil por ano, sendo a maioria mulheres. Pior de tudo, a cada três dias, uma mulher foi morta pelo parceiro ou ex-parceiro.

No entanto, “o problema é definitivamente maior do que refletem os números”, comenta à agência alemã de notícias DW Dominic Schreiner, porta-voz da organização Weisser Ring (anel branco), de assistência às vítimas da criminalidade. Em geral, as mulheres estão mais ameaçadas de violência doméstica do que de outros delitos violentos, como lesões corporais ou assalto.

O número de ocorrências deve ser bem maior do que mostram as estatísticas, pois muitos delitos não são reportados. “No máximo 20% das atingidas procuram ajuda, portanto é de se contar que haja muito mais vítimas”, revela Schreiner.

Como explicou na TV ARD a ministra alemã da Justiça, Katarina Barley, isso se deve ao fato de a violência contra a mulher ainda ser muito associada à vergonha, pois é costumeiro impingir-se às mulheres que “elas próprias são culpadas por esse estado de coisas”.

As mulheres têm vergonha de levar seus problemas a grupos de proteção a vítimas ou às autoridades especialmente quando o agressor é uma pessoa próxima.

– Por isso é tão importante nós trazermos o tema a público e dizermos: ‘Você não está sozinha’ – frisou Barley.

Dia interncional contra a violência 

Neste domingo, a Organização das Nações Unidas chama a atenção para os abusos com o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher.

A ONU também inicia na data sua campanha 16 Dias Contra a violência de Gênero, que todos os anos vai até 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos. Durante os 16 dias realizam-se por todo o mundo eventos e ações, e prédios e locais representativos são coloridos de alaranjado, cor que simboliza um futuro livre de violência. O slogan de 2018 é “Não deixar ninguém para trás”.

Antes da campanha, o governo alemão divulgou novos planos para combater a violência contra as mulheres. Na última terça-feira, a ministra da Família, Franziska Giffey, apresentou em Berlim o relatório Avaliação criminal-estatística sobre violência no relacionamento 2017.

Na ocasião, anunciou que seriam investidos 35 milhões de euros num programa de ação antiviolência, além de reivindicar mais postos de aconselhamento, abrigos para mulheres e endurecimento das leis.

Para as vítimas, há a possibilidade de recorrer a organizações como o Weisser Ring, ou ao telefone de emergência “Gewalt gegen Frauen” (violência contra mulheres), do Departamento Federal para a Família e Tarefas da Sociedade Civil (BAFzA), que oferece assistência 24 horas por dia, de modo anônimo, em 17 idiomas.

Impulso do #MeToo

As que utilizam esse telefone provêm de todas as faixas de instrução, idade e renda, nacionalidades e religiões, revela Petra Söchting, diretora do serviço. “Fica configurado exatamente o fenômeno que também vemos em outras partes: toda mulher está sujeita à violência.”

Nos últimos anos, o número de telefonemas vem crescendo, e apenas em 2017 a organização registrou 38 mil pedidos de aconselhamento. Em 60% dos casos tratava-se de violência doméstica.

Tanto a divulgação crescente da “Gewalt gegen Frauen” quanto campanhas como a #MeToo ajudaram a “trazer a público o tema da violência antifeminina e libertá-lo de tabus”, crê Söchting. Tais movimentos mostraram quão quotidiana essa violência é, “tornando mais fácil para as atingidas se manifestarem”.

Apesar de ainda haver muito a ser feito para proteger as mulheres, não há como ignorar melhoras significativas no direito penal, nos últimos anos, aponta a ministra Barley. “Quase não dá para acreditar: há 20 e poucos anos, o estupro no casamento não era punível. Agora introduzimos no direito penal sexual o princípio do ‘não é não’.”

Por outro lado, critica, não se deveria tornar os processos tão duros para as mulheres. “Sabe-se que muitas não denunciam porque têm que depor tantas vezes”, num procedimento penoso. A sugestão de Barley é fazer-se um único interrogatório em vídeo, a ser reutilizado quando necessário.

Alemanha, país machista?

Outro ponto que exige mudanças são os tradicionais papéis dos gêneros na Alemanha. “Essa alta proporção de violência contra mulheres que registramos aqui é expressão de uma desigualdade existente entre homens e mulheres”, constata Söchting. Até o momento não se conseguiu uma equiparação em todas as questões sociais.

Schreiner, da organização Weisser Ring, diz haver até mesmo um condicionamento social, que “continua designando ao homem uma espécie de papel de senhor entre as próprias quatro paredes”. Isso agrava o perigo de que ele exerça seu poder com violência.

– Talvez a Alemanha não seja tão moderna assim, no que diz respeito à concepção dos papéis e aos clichês de gênero – diz.



Sim, o PT errou

November 20, 2018 23:10, by Feed RSS do(a) News

Eu queria saber quem foram as misérias que convenceram Lula e Dilma a indicarem para o STF – Superior Tribunal Federal, pessoas como Carmem Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Luiz Roberto Barroso, Edson Fachim e Ricardo Lewandowski. Porque, se era para fazer injustiça não deveriam ter sidos nomeados. Não vou nem falar do Joaquim Barbosa. Esse é um caso de vergonha a parte.


Não, eu defendo que se tivesse nomeado alguém filiado ao Partido dos Trabalhadores, mas bem que podiam ter ouvido outras vozes que não as do grupo mais próximos vindos de São Paulo. E por falar em São Paulo, não o Santo, mas o estado, muitas decisões equivocadas partiram de lá. Não quero que estes magistrados cometam algum crime para salvar um filiado, seja ele quem for, do PT. Isto não! Mas bem que eles podiam fazer Justiça.


José Sarney indicou Celso de Mello, Fernando Collor Marco Aurélio Mello, FHC o Gilmar Mendes, esse dispensa gastar toques no teclado. Até o Temer deu um jeito de empurrar alguém, o Alexandre de Moraes. E o que vemos diariamente são atos dos amigos favorecendo as suas turmas. O PT indicou gente que nunca foi da sua convivência e isto foi um grande erro. E hoje paga caro com a condenação e prisão do seu maior líder político em um processo sem provas, mas com a convicção de um juiz de que deve ser eliminado.


Ou o Partido dos Trabalhadores aprende agora com a passagem de Temer e a eleição de Bolsonaro, de como indicar pessoas chaves alinhadas diretamente ao seu pensamento político, ou vai cometer novamente erros quando retornar ao poder.


Os seus líderes precisam, também, compreender que a eleição de 2022 já começou e montar uma estratégia para obter sucesso, passa, como já avisados anteriormente, pela militância virtual. Essa é de graça e ama a causa, mas tem que ser agrupada. Atualmente está dispersa e desnorteada.




Florian Cristea, o virtuose romeno que descobriu a MPB

November 20, 2018 23:10, by Feed RSS do(a) News



Carlos Motta

O romeno Florian Cristea é o único artista não nascido na América do Sul a participar do 6º Festival de Jazz Manouche de Piracicaba, que começa amanhã, quarta-feira, 21 de novembro, com o show do violonista Mauro Albert e seu quarteto, às 20 horas, no Sesc daquela cidade do interior paulista. Neste ano, o festival, que já trouxe ao Brasil artistas europeus e norte-americanos, vai apresentar um resumo do jazz manouche, ou cigano, feito no Brasil, Argentina, Chile e Colômbia. 

Florian pode ser uma exceção entre os músicos participantes do festival deste ano, mas certamente é uma unanimidade entre eles, graças ao seu virtuosismo no instrumento que toca desde criança, o violino. 

Nascido em uma família de músicos, ele vive no Brasil há 20 anos e nessas duas décadas integra a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp). Foi contratado a pedido do violinista e maestro Cláudio Cruz, na época spalla da Osesp, que havia recebido de John Neschling, substituto de Eleazar de Carvalho na direção artística do conjunto, a missão de garimpar profissionais para a seção de cordas na Romênia, até hoje uma referência na formação de músicos eruditos.

Isso foi em 1997. Mas Florian se recorda bem de como foi descoberto pelo pessoal da Osesp:

- Eu tocava num restaurante em Bucareste e eles foram lá jantar. No dia seguinte, depois de várias audições com músicos locais, voltariam ao Brasil. Ficaram impressionados comigo, me chamaram e disseram "olha, ouvimos músicos formados em faculdades, com mestrado e tudo, e não sabíamos que íamos encontrar num restaurante o melhor violinista da Romênia..." Pediram que eu fizesse um teste na manhã seguinte, lá mesmo o hotel onde estavam, antes e embarcarem de volta ao Brasil. Estudei duas horas duas músicas, toquei e fui aprovado. Vim ao Brasil, fiquei até dezembro, voltei à Romênia, e me mudei definitivamente em 1999, contratado pela Osesp.

Embora tenha tido uma formação acadêmica, Florian diz que sempre adorou a música popular. "Na faculdade, quando víamos, num intervalo das aulas, uma sala que não estava sendo usada, com algum instrumento, como um piano, eu e alguns colegas corríamos para lá e ficávamos tocando, jazz principalmente." 

Para ele, então, transitar entre os dois gêneros é algo perfeitamente natural. E, com toda a experiência que acumulou em décadas de dedicação ao violino, tocando na Europa e no Brasil, Florian diz que sem o gênio e o talento não existem grandes músicos, e se tiverem como base a música erudita, o estudo formal, tudo vai ser mais fácil para eles. "Estudando com bons professores, você economiza o tempo que gastaria aprendendo sozinho e pode se dedicar a outros objetivos. A melhor combinação é estudo e talento: já vi músicos 'sem estudo' que tocam muito bem, e outros que cursaram faculdade e não têm valor artístico, porque lhes falta o talento."

FLorian conhecia pouco da música popular brasileira quando vivia na Romênia. Bossa nova, principalmente. Tom Jobim, quase exclusivamente. "Até 1989 a Romênia era um país socialista, fechado, não tínhamos muito contato com a música do exterior. Lógico que ouvíamos jazz, conhecíamos a bossa nova, mas pouco. No Brasil tive um choque cultural e meio, quando entrei em contato com os outros gêneros musicais populares, como o chorinho. Nunca tinha ouvido falar em Pixinguinha, antes!"

Hoje, familiarizado com a produção do país, Florian é taxativo em afirmar que, "sem querer ofender ninguém", a música "é uma das melhores coisas que o Brasil trouxe a este mundo". Por isso, em seus planos está a formação de um grupo, com o violonista Bina Coquet, para intensificar suas apresentações de música popular - Bina tem se dedicado a transformar em jazz manouche sambas, chorinhos e outros ritmos populares brasileiros. "Tenho uma grande ligação com o Bina, acho que seria muito interessante a mistura de minha formação europeia com a brasilidade dele." 

Florian não se considera um violinista de jazz. "Vou tocando e aprendendo", diz. Dedica-se ao jazz manouche porque acha que ele "é mais acessível que, por exemplo, o jazz contemporâneo, e dá ao músico uma possibilidade de improvisação maior". E testemunha o crescimento que o gênero vem tendo no Brasil: "Na década de 1990, começo dos anos 2000 era bem pouca gente que tocava jazz manouche no Brasil. Sabíamos alguma coisa sobre o gênero, mas não me lembro de ter escutado ninguém tocar aqui naquela época. 
Agora não, tem festivais, como o de Piracicaba, tem músicos de manouche no Brasil todo.
O crescimento é notável."

E isso se explica facilmente: com músicos como Florian Cristea tocando, dificilmente alguém não vai gostar do manouche.

Programação do 6º Festival de Jazz Manouche de Piracicaba

Sesc Piracicaba - de 21 a 24/11 - 20 horas

21/11/2018 – Jazz manouche brasileiro - Mauro Albert Quarteto
22/11/2018 – Jazz manouche argentino - Fran Seglie, Federico Felix e Ricardo Pellican, com Bina Coquet, Nando Vicencio  e Sebastian Abuter
23/11/2018 – Jazz manouche chileno - Los Temibles Sandovales
24/11/2018 – Jazz manouche colombiano - Merender Swing

Engenho central - palco externo do Teatro Erotides de Campos – dia 25/11 - das 14h30 às 20h30

14h30 – abertura – Hot Club de Piracicaba e Renata Meirelles/Guilherme (lindy hop)
14h50/15h30 - Merender Swing (Colômbia)
15h40 /16h20 – Federico Felix (La Plata/Argentina), com Mauro Albert (Florianópolis),
Nando Vicencio (baixo), Thadeu Romano (acordeão) e Sebastian Abuter (clarinete)
16h30/17h00 - Bina Coquet Trio com convidados
17h10/17h50 - Fran Seglie (Argentina), com Bina Coquet (violão), Florian Cristea
(violino) e Danilo Viana (baixo)
18h00/18h40 - Jazz Cigano Quinteto (Curitiba)
18h50/19h30 – Los Temibles Sandovales (Chile)
19h40/20h20 - Ricardo Pellican (Argentina) e Sandro Haick, com Marcelo Cigano (acordeão) e Seo Manouche (baixo).

São Paulo - 23 e 30 de novembro de 2018 (Jazz Nos Fundos)

23/11: Vinicius Araújo e Marcelo Cigano (Curitiba)
Ricardo Pellican, Fran Seglie e Federico Felix (Argentina), com a cantora Lucia Zorzi e os músicos Bina Coquet (violão), Ernani Teixeira (violino) e Danilo Viana (contrabaixo)
30/11: Los Temibles Sandovales (Chile)
Bina Coquet Quarteto

Campinas

28/11 - Los Temibles Sandovales - Alma Coliving (19 horas)

Jam sessions

20 e 25/11 - Galeria 335 (Piracicaba)
21 e 26/11 - Primo Luiz (Piracicaba)
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O drama humanitário da caravana aos EUA

November 19, 2018 23:45, by Feed RSS do(a) News

Caravana honduras126686
 
Do site Vermelho:

O drama da caravana com milhares de migrantes da Guatemala, Honduras e El Salvador com destino aos Estados Unidos retrata a catástrofe social e econômica do modelo econômico e social que vem sendo reinserido na América Latina. Fala-se em sete mil pessoas, mas há jornais que calculam o dobro disto.

Nos Estados Unidos, a resposta do presidente Donald Trump tem sido à base das ameaças e da truculência. Além das represálias econômicas aos países originários da marcha, mesmo com governos servis ao regime de Washington, ele mobiliza seu aparato militar para conter os migrantes.

Coincidentemente, a marcha acontece próximo ao “Dia Internacional do Migrante”, em 18 de dezembro, definido pela Organização das Nações Unidas. Segundo seu secretário-geral, António Guterres, existem cerca de 258 milhões de migrantes atualmente no mundo. Em 2017, eles enviaram US$ 450 bilhões aos países em desenvolvimento, segundo o Banco Mundial. Guterres pediu mais cooperação e solidariedade para com os migrantes, "uma vez que o sentimento de hostilidade tem crescido, infelizmente, ao redor do mundo”. “E, por isso mesmo, a solidariedade nunca foi tão urgente como agora", alertou.

A migração é, de fato, um drama contemporâneo. Segundo a ONU, cerca de 244 milhões de pessoas em todo o mundo já não vivem no país onde nasceram - em 1990 eles eram cerca de 153 milhões de pessoas. Segundo uma pesquisa da Organização Internacional para as Migrações (OIM) realizada em 160 países, cerca de 23 milhões de pessoas estão se preparando para emigrar. Nas Américas, de acordo com estimativas do Instituto de Políticas de Migração dos Estados Unidos, cerca de 11 milhões de imigrantes vivem neste país.

De acordo com a Anistia Internacional, enquanto até 2010 principalmente homens jovens fugiam em direção ao norte, agora famílias inteiras estão se deslocando para escapar da crise e da violência social. A pobreza e a brutalidade das gangues que atuam em alguns países da América Central são os principais motivos citados pelos migrantes para deixarem seu país de origem. Diante do drama da caravana, em comunicado os bispos da Conferência Episcopal de Honduras manifestaram pesar e séria preocupação pela “tragédia humana”, como chamou o Papa Francisco.

Segundo o comunicado da Igreja Católica hondurenha, a caravana é uma realidade abominável, causada pela atual situação de crise de Honduras, obrigando as pessoas a abandonarem o pouco que possuem para se aventurarem sem nenhuma certeza na rota migratória para os Estados Unidos. Com o desejo de chegar à terra prometida, e do “sonho americano”, tentam resolver seus problemas econômicos e melhorar suas condições de vida e de seus familiares, e em muitos casos garantir a tão sonhada segurança física, disserem os prelados.

O fundo da questão é o agravamento da crise econômica global e a restauração da ordem neoliberal na América Latina. Honduras foi o ponto de partida da atual onda de golpes de Estado na região, que no Brasil se manifestou na forma da fraude do impeachment da presidente Dilma Roussef, em 2016. Essa pode ser considerada a terceira ofensiva do projeto neoliberal na região.

A primeira foi marcada pela condução anglo-saxã de Reagan e Thatcher, com seus correspondentes latino-americanos - Augusto Pinochet (Chile), Carlos Menen (Argentina), Carlos Salinas de Gortari (México), Alberto Fujimori (Peru), Andrés Perez (Venezuela) e Fernando Collor de Mello (Brasil). Depois, o modelo sofreu readequações, devido aos desgastes, e iniciou a era de novos governos de direita, novamente sob a condução anglo-saxã, desta vez com Bill Clinton e Tony Blair, interrompida pelas eleições de governos progressistas.

Essa caravana pode ser considerada o símbolo da mais recente restauração da ordem neoliberal na região. Em pouco tempo, esse modelo econômico e social mostrou seus resultados, com índices vergonhosos de injustiças sociais e violência. O desafio é transformar essa tragédia humanitária em manifestação política organizada, com consistência para a retomada de uma união latino-americana, a retomada da luta histórica progressista que já custou tanto sangue pela dignidade, libertação e honra de seus povos.



O jazz manouche sul-americano invade Piracicaba

November 19, 2018 23:45, by Feed RSS do(a) News


Carlos Motta


Um dos mais importantes festivais de música do Brasil, o de jazz manouche de Piracicaba, começa nesta quarta-feira, 21 de novembro, no teatro do Sesc da cidade, com o show do violonista Mauro Albert, acompanhado por um trio formado por Gabriel Vieira, Nando Vicencio e José Fernando, a partir das 20 horas. 

Piracicaba já pode ser considerada a capital brasileira do jazz manouche, ou cigano, subgênero "inventado" pelo guitarrista belga radicado na França Django Reinhardt nos anos 30 do século passado, e que se espalhou pelo mundo todo. O festival está em sua sexta edição. E existe por causa da persistência e amor ao gênero de José Fernando, que desenvolve uma carreira artística em paralelo à de juiz de direito - adolescente, ele fez parte do grupo Bombom, que ficou conhecido no Brasil pelo hit "Vamos a La Playa".

Nos anos anteriores, o palco externo do Teatro Erotides de Campos, no belíssimo complexo cultural do Engenho Central, às margens do Rio Piracicaba, recebeu inúmeros expoentes do jazz manouche do Brasil e do exterior. José Fernando, porém, diz que se sentia a ausência de integração com o pessoal dos países vizinhos, onde também o "jazz gitano" é celebrado. "Depois de uma reunião virtual, pelas redes sociais, entre os organizadores dos festivais latino-americanos, conseguimos nos aproximar deles, e nesta sexta edição, o festival de Piracicaba terá, pela primeira vez, somente artistas sul-americanos, do Brasil, Argentina, Chile e Colômbia, com exceção do virtuoso violinista romeno Florian Cristea, que vive no Brasil há muitos anos e faz parte da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo", diz  ele. 

A escolha dos artistas, explica, "foi justamente pelo contato pessoal que eu e Bina Coquet [violonista brasileiro que participou de outras edições do festival e vai tocar também neste] tivemos nos festivais de que participamos nestes dois últimos anos". O interessante para o público, destaca José Fernando, é que ele vai poder ouvir, pela primeira vez, ao vivo, o jazz manouche tocado sob a influência da cultura de países da América do Sul, "e aí se fundamenta a riqueza desses encontros".

O segredo para realizar um festival de música internacional nestes tempos de crise econômica, afirma José Fernando, é organizá-lo da "forma mais simples possível". Ele conta com colaboração da prefeitura, que cede o palco externo do Teatro Erotides de Campos para um dia de shows com todos os participantes, e, por sua vez, o Sesc organiza os concertos individuais com os artistas brasileiros e estrangeiros,"ocasião em que todos os grupos têm a possibilidade de fazer uma abordagem mais aprofundada de seu trabalho".

Parte dos artistas, informa José Fernando, viajará com seus próprios recursos, "assim como ocorre em festivais em outros países". E há apoiadores para o custeio da locação do equipamento de som, alimentação e transporte. "Sobretudo, há muita colaboração de amigos e dos músicos brasileiros e eu e minha esposa patrocinamos boa parte do evento", diz o músico e juiz de direito.

Os ingressos para os espetáculos de domingo, 25 de novembro, custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). A renda líquida da bilheteria será destinada à Associação Aliança de Misericórdia de Piracicaba. 

Programação

Teatro do Sesc de Piracicaba - de 21 a 24/11 - 20 horas

21/11/2018 – Jazz manouche brasileiro - Mauro Albert Quarteto
22/11/2018 – Jazz manouche argentino - Fran Seglie, Federico Felix e Ricardo Pellican, com Bina Coquet, Nando Vicencio E Sebastian Abuter
23/11/2018 – Jazz manouche chileno - Los Temibles Sandovales
24/11/2018 – Jazz manouche colombiano - Merender Swing

Engenho central - palco Externo do Teatro Erotides de Campos – dia 25/11 - das 14h30 às 20h30

14h30 – abertura – Hot Club de Piracicaba e Renata Meirelles/Guilherme (lindy hop)
14h50/15h30 - Merender Swing (Colômbia)
15h40 /16h20 – Federico Felix (La Plata/Argentina), com Mauro Albert (Florianópolis),
Nando Vicencio (baixo), Thadeu Romano (acordeão) e Sebastian Abuter (clarinete)
16h30/17h00 - Bina Coquet Trio com convidados
17h10/17h50 - Fran Seglie (Argentina), com Bina Coquet (violão), Florian Cristea
(violino) e Danilo Viana (baixo)
18h00/18h40 - Jazz Cigano Quinteto (Curitiba)
18h50/19h30 – Los Temibles Sandovales (Chile)
19h40/20h20 - Ricardo Pellican (Argentina) e Sandro Haick, com Marcelo Cigano (acordeão) e Seo Manouche (baixo).

São Paulo - 23 e 30 de novembro de 2018 (Jazz Nos Fundos)

23/11: Vinicius Araújo e Marcelo Cigano (Curitiba)
Ricardo Pellican, Fran Seglie e Federico Felix (Argentina), com a cantora Lucia Zorzi e os músicos Bina Coquet (violão), Ernani Teixeira (violino) e Danilo Viana (contrabaixo)
30/11: Los Temibles Sandovales (Chile)
Bina Coquet Quarteto

Campinas

28/11 - Los Temibles Sandovales - Alma Coliving (19 horas)

Jam sessions

20 e 25/11 - Galeria 335 (Piracicaba)
21 e 26/11 - Primo Luiz (Piracicaba)
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Bilionários pelo mundo ficam 20% mais ricos em 2017

November 19, 2018 10:39, by Feed RSS do(a) News


Resultado de imagem para Dolar

Fortunas têm se expandindo junto com a capacidade de influência política dos super-ricos. Ricaços brasileiros também acumularam ainda mais patrimônio no ano passado

RBA - Os chamados super-ricos do planeta, que correspondem a 2.158 pessoas, aumentaram suas fortunas em quase 20% em 2017, ano em que acumularam um montante calculado em 8,9 trilhões de dólares – algo como 4,1 bilhões de dólares cada uma. Os dados, que fazem parte do levantamento UBS Billionaires Report 2018 divulgado pelo banco suíço UBS e pela consultora PwC, mostram que a soma dessas fortunas são superiores, inclusive, ao Produto Interno Bruto (PIB) de alguns países, entre eles, Espanha e Austrália, que no mesmo ano registraram anualmente US$ 1,31 trilhão e US$ 1,32 trilhão, respectivamente.

No Brasil, 42 bilionários também tiveram aumento de suas fortunas na comparação com 2016, quando acumulavam US$ 173,4 bilhões e passaram a US$ 176,7 bilhões no ano passado.

Em análise para o Seu Jornal, da TVT, o comentarista internacional Flávio Aguiar ressalta que entre 179 novos super-ricos, registrados pelo relatório, 44 passaram a ter este status por meio de herança.

O analista ressalta a desigualdade em termos de distribuição regional, afirmando que "nenhum desses bilionários pertencem à África chamada subsaariana, uma das regiões em que sabidamente mais há pobres do mundo". Os Estados Unidos é o país que historicamente concentra o maior número de bilionários, mas é a China que tem expandindo este número, informa Flavio.

Assista ao comentário completo:


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