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April 3, 2011 21:00 , by Unknown - | 2 people following this article.
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Direita vence no Chile, com 52% de abstenção

December 17, 2017 22:16, by Feed RSS do(a) News

Chilenos repetem erro dos argentinos, por omissão, e Plano Condor Neoliberal avança na América Latina. Se houver eleição no Brasil em 2018 será farsa a legitimar o golpe de estado neoliberal.

Direita vence no Chile, com 52% de abstenção

Chile 17122017

Por Fernando Brito

Tido como um país de alta cultura, o Chile mostra o quanto avança o desinteresse pela política.

Sebastian Piñera, pela segunda vez, vai presidir o país, com 3,8 milhões de votos, 600 mil a mais que o seu contendor, Alejandro Gullier, um ex-jornalista vagamente de centro-esquerda.

Não se questiona a legitimidade da vitória, claro, mas é preocupante que os 7 milhões de votos (incluindo brancos e nulos) representem apenas 48% dos 14,3 milhões de eleitores chilenos.

Nas eleições de 1970, quando os chilenos elegeram Salvador Allende (na época, a eleição era em dois turnos, um direto e o segundo pelo Congresso), a participação foi de 83,7% dos eleitores populares.

Em 2013, o Chile  adotou primeira vez o voto facultativo em 2013. O resultado foi que a abstenção, que  girava em torno de 15%, saltou para a metade do eleitorado.

Não se surpreenda se, aqui, os adeptos da exclusão social partirem para a extinção do voto obrigatório.

A rejeição à política serve ao conservadorismo, que domina os meios de comunicação e joga sempre, como vemos agora, no “são todos a mesma porcaria”.

O voto direto e universal, conquista de milênios de história humana, é a partilha de um destino comum.

Piñera assumirá com o voto de 27,1% dos eleitores chilenos.

Quem não precisa da vontade nacional para se eleger, depende do poder econômico e da mídia para se sustentar.

 



Opinião de um militar golpista sobre o candidato dos neonazistas

December 12, 2017 22:37, by Feed RSS do(a) News

Quer saber quem é o militar-político que alguns chamam de mito?

Não perguntem a mim, mas sim ao General Ernesto Geisel, militar golpista, que governou o o regime militar entre 1975 e 1979.

O mais incrível será ver os malucos neonazistas dizendo que Geisel era comuna-lulo-petista!

Geisel 01

Geisel 02

Geisel 03



O povo também quer comer o biscoito fino da cultura

December 12, 2017 21:11, by Feed RSS do(a) News
 


Carlos Motta
 


O Brasil é um país de terceiro mundo com qualidade musical de primeiro mundo, diz a jornalista Maria Amélia Rocha Lopes. "Mas vivemos tempos nefastos. Lemos pouco, vemos muita televisão. O dinheiro é curto e, se for preciso cortar no orçamento familiar, será no destinado à cultura. Não estamos conseguindo ampliar o acesso a uma vida cultural intensa, formadora, que amplie horizontes", acrescenta. 

Maria Amélia faz, porém, uma ressalva importante: a população também gosta do biscoito fino. "Basta ver a frequência aos espetáculos ao ar livre, gratuitos. Ou aos shows de espaços como o Sesc, por exemplo, que vende ingressos a preços populares e oferece grande qualidade." 

O golpe que afastou Dilma Rousseff da presidência da República, diz, "a escola sem partido, o conservadorismo brutal que toma conta do país", tudo isso, explica, "faz piorar e muito esta situação - não há paticamente orçamento para cultura e os golpistas não tem a menor intenção de levar cultura às massas".

A opinião de Maria Amélia tem muito peso. 

Afinal, ela é uma das mais experientes jornalistas da área cultural do país, crítica musical respeitada, e, nos anos em que trabalhou, entre outros veículos, no saudoso "Jornal da Tarde" e no programa "Metrópolis", da TV Cultura, conheceu as mais destacadas personalidades brasileiras do setor artístico.

Nesta entrevista, Maria Amélia fala sobre o atual cenário da música popular brasileira, o jornalismo cultural que é feito hoje no Brasil, as novas formas de divulgação do trabalho dos artistas e a atuação do Estado na área da cultura e da arte. 

Nesse último tópico, ela é incisiva: "Falta tudo para o Estado fazer. De jeito algum ele vem atuando de forma eficiente. A Lei Rouanet, ao contrário do que a maioria desinformada espalha, não significa o governo sustentando vagabundo. Ela permite que empresas invistam parte do imposto de renda devido, em cultura. O problema é que as empresas só querem bancar o que lhes agrada", diz. E pergunta: "Quem quer financiar arte contestatória, espetáculos de vanguarda, artistas ainda não consagrados?"

Segundo Clichê - Como você vê o atual cenário da música popular brasileira? Falta qualidade?

Maria Amélia Rocha Lopes - Não creio que falte qualidade. O que falta é divulgação, espaço para a música consistente nos meios de comunicação de massa. Estamos vivendo a época da falsa sensação de identidade universal – parece que o país inteiro ama duplas, sertanejas ou não, e isso não é verdade. Segundo Adorno e Horkheimer, toda a cultura massificada é idêntica, causando uma aparente sensação de integração. A indústria cultural uniformiza e comercializa a arte em série. Não pretende dar espaço para individualidades e questionamentos. E vamos nós convivendo com esses trinados vocais difíceis de suportar.

Segundo Clichê - Com a queda brutal na venda de CDs, como os artistas estão se virando? A internet é o futuro para os artistas?

Maria Amélia - Acho que os artistas mais veteranos demoraram um pouco mais a perceber que o mercado da música havia mudado, que ninguém mais venderia milhões de CDs, que a música estava “solta no ar”, digital. Demoraram a se dar conta de que o melhor a fazer era lançar seu trabalho nas redes, esperar que se tornasse conhecido, viralizasse e, a partir daí, despertasse no público a vontade de ver o show daquelas canções, ao vivo. Tempos atrás os músicos lançavam seus CDs, vendiam bastante, eram valorizados por suas gravadoras e assinavam bons contratos. Poderiam ou não fazer shows. Tinham tempo. Isso se derreteu. Creio que a maioria deve estar vivendo de views na internet, de direitos autorais e shows.

Segundo Clichê - O Estado vem atuando de forma eficiente na área artístico-cultural? O que falta fazer?

Maria Amélia - Falta tudo. E, de jeito algum vem atuando de forma eficiente. Bem ao contrário. De um lado temos a Lei Rouanet que, ao contrário do que a maioria desinformada espalha, não significa o governo sustentando vagabundo. A lei permite que empresas invistam parte do imposto de renda devido, em cultura. O problema é que as empresas só querem bancar o que lhes agrada. Quem quer financiar arte contestatória, espetáculos de vanguarda, artistas ainda não consagrados? O Santander tentou lá no sul do país, mas voltou atrás correndo quando os inomináveis integrantes do MBL tomaram a exposição Queermuseu de assalto, enxergando sandices como incentivo à pedofilia, discussão de gênero, zoofilia. Talvez o momento mais interessante tenha acontecido durante a gestão de Gilberto Gil à frente do ministério com a criação dos Pontos de Cultura, uma inversão do que até então conhecíamos, com a questão cultural crescendo de baixo para cima. Até vou reproduzir um pequeno texto sobre o tema, que acho que vale a pena:

Trata-se de uma política cultural que, ao ganhar escala e articulação com programas sociais do governo e de outros ministérios, pode partir da Cultura para fazer a disputa simbólica e econômica na base da sociedade.

Esta base social também se amplia para outros segmentos sociais, alcançando os setores médios, em especial a juventude urbana, periférica, universitária, jovens artistas, novos arranjos econômicos e produtivos, toda uma nova economia que vem sendo inventada e experimentada daqueles que encontram no fazer cultural uma alternativa de trabalho, vida e inserção social.

Ficou no sonho.

Segundo Clichê - Por que a música instrumental brasileira é mais apreciada fora do país do que aqui?

Maria Amélia - Somos um país de terceiro mundo com uma qualidade musical de primeiro mundo. Mas vivemos tempos nefastos. Lemos pouco, vemos muita televisão. O dinheiro é curto e, se for preciso cortar no orçamento familiar, será no destinado à cultura. Não estamos conseguindo ampliar o acesso a uma vida cultural intensa, formadora, que amplie horizontes e nos prepare, por exemplo, para a sofisticação da música instrumental. Mas a população gosta também do biscoito fino. Basta ver a frequência aos espetáculos ao ar livre, gratuitos. Ou aos shows de espaços como o Sesc, por exemplo, que vende ingressos a preços populares e oferece grande qualidade. O golpe, a escola sem partido, o conservadorismo brutal que toma conta do país, tudo faz piorar e muito esta situação. Não há praticamente orçamento para cultura e os golpistas não tem a menor intenção de levar cultura às massas.

Segundo Clichê - Quem você destaca, entre os artistas mais novos, pela qualidade de seu trabalho? Quem merece tocar mais no rádio?

Maria Amélia - Estou ouvindo uma cantora baiana que me surpreendeu. Chama-se Jurema, é compositora e lançou há dois anos CD "Mestiça". Muito bom! E também o CD "Casa", do paulistano Tiago Frúgoli. O disco tem o baixista Noa Stroeter, o baterista João Fideles, além de Valério, Marcelo Miranda e Vitor Cabral. Música instrumental de gente muito jovem e imensamente talentosa.

Segundo Clichê - A geração dos festivais dos anos 60 teve sucessores? O que você acha do trabalho dessa turma hoje?

Maria Amélia - A geração dos festivais dos anos 60 foi grande, enorme. Escreveu e escreve a história da música popular brasileira até hoje. Eles conseguiram se reinventar, continuam produtivos, talvez não com o volume de antigamente, mas ainda com muita qualidade. Penso que existam ótimos compositores hoje, cantores nem tanto, mas acho que é preciso o tal do distanciamento histórico para medir o tamanho da nova geração.

Segundo Clichê - E sobre a imprensa especializada: há, nesta geração de jornalistas, críticos musicais, repórteres que entendem do assunto, ou vivemos a era dos "press releases"?

Maria Amélia - A imprensa, de maneira geral, caiu de qualidade. Nas redações, os mais experientes e, portanto, com melhor salário, foram substituídos por gente nova e disposta a ganhar o que oferecerem. É provável que existam talentos, mas não os tenho visto. Observando à distância, diria que você tem razão: vivemos a era dos press releases. Com a nova forma de fazer e distribuir música, os críticos perderam um pouco a razão de ser. A impressão que tenho é de que ninguém está muito interessado na opinião do outro sobre seu próprio trabalho. Mesmo que este outro tenha as ferramentas capazes de orientar, apontar defeitos e ressaltar virtudes, dar um norte, enfim.

Segundo Clichê - Sobre você: quem são seus artistas, brasileiros e de fora, preferidos? Você tem um gênero musical de preferência? Como se interessou profissionalmente por essa área? Onde você tem trabalhado atualmente?

Maria Amélia - Amo a música brasileira – de Donga e Pixinguinha a Emicida, passando por tudo o que tem no meio disso. Ando com muita saudade de grandes cantores e cantoras. Há boas novatas, mas poucas com personalidade marcante. Então, tenho garimpado coisas antigas de Gal, Elis, Bethânia (irresistível nos sambas do Recôncavo). Tenho ouvido muito Milton Nascimento, Gil, sempre, Caetano, Paulinho da Viola, Djavan, Chico, Tom, João Gilberto. Dificilmente vou dormir sem ouvir aqui no computador um pouco de Billie Holiday – ela canta "Speak Low", numa versão de 1952, que ouço praticamente todos os dias. Nina Simone, Ella e Sarah, também “sempre me visitam”. Não passo sem Beatles. Adoro o "Boogie Naipe", do Mano Brown. Gosto de Cassiano, Tim, Hyldon, Bob Marley. E tenho certeza absoluta de que estou esquecendo outros igualmente queridos. Música para mim é estado de espírito. Tem dias que só o "Acabou Chorare", dos Novos Baiano, resolve. Ou um Pablo Casals... Minha família sempre foi muito musical. Conheci o rock e a bossa-nova com meus tios. Um deles tocava bateria num trio de bossa. Minha mãe cantava muito bem, amava Orlando Silva e me passou esse gosto. Comecei no jornalismo na área de Variedades. Virar repórter especial e crítica de música foi quase um caminho natural. Atualmente, sou roteirista e apresentadora do" Bom para Todos", da TVT, um programa de serviço e informação, com temas que passam por saúde, educação, cultura, trabalho, cidadania e muito mais. Pode ser visto na página do http://facebook.com/redetvt .



Viemos dizer bem alto que a injustiça dói

December 12, 2017 21:11, by Feed RSS do(a) News

 

 

 

Carlos Motta


Uma das músicas mais tocadas e cantadas no carnaval pernambucano é "Madeira que Cupim não Rói", do mestre Capiba (Lourenço da Fonseca Barbosa, nascido em Surubim, 28 de outubro de 1904 e falecido no Recife, 31 de dezembro de 1997). 

É uma marcha-frevo de melodia simples, mas emocionante, como várias composições de Capiba.

Não sei por que, mas toda vez que a escuto, as comportas de alguma parte de meu cérebro se rompem e as lágrimas insistem em escorrer dos meus olhos.

"Madeira que Cupim Não Rói" foi feita como um desabafo pelo fato de o bloco carnavalesco de Capiba, o Madeira de Rosarinho, ter perdido o concurso para o Batutas de São José, em 1963.

O mestre, inconformado, compôs a música, que, para surpresa de todos, foi apresentada pelo bloco no desfile das vencedoras. 

A letra é poesia pura, e se pensarmos bem, reflete também, para muitos, o sentimento de se viver neste Brasil Novo, onde a injustiça cresce a cada dia, alimentada por uma porção da sociedade que não se conforma em ver uma ínfima parte de seus imensos privilégios serem trocados por uma vida um pouco melhor para milhões de pessoas para as quais a esperança sempre foi um sonho distante.

O cantor do vídeo é outro grande artista pernambucano, Claudionor Germano.

Coisa linda! 

Madeira do rosarinho
Venha à cidade sua fama mostrar
E traz, com o seu pessoal, seu estandarte tão original
Não vem pra fazer barulho
Vem só dizer
E com satisfação
Queiram ou não queiram os juízes
O nosso bloco é de fato campeão
E se aqui estamos cantando esta canção
Viemos defender a nossa tradição
E dizer bem alto
Que a injustiça dói
Nós somos madeira de lei que cupim não rói.



A esperança permanece, equilibrista

December 9, 2017 9:53, by Feed RSS do(a) News

Carlos Motta


Há músicas e músicas.

Há músicas que de tanto tocar no rádio acabam esquecidas: doces demais, enjoam. 

Há músicas que permanecem na memória coletiva porque representam um sentimento, uma época, um ideal.

É o caso de "Disparada", de Geraldo Vandré e Théo de Barros, vencedora do Festival da Música Popular Brasileira da TV Record, no ano de 1966, junto com "A Banda", de Chico Buarque, e de "Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores", do mesmo Vandré, que ficou em segundo lugar no Festival Internacional da Canção de 1968, promovido pela Rede Globo de Televisão.

As duas são exemplos claríssimos de que a arte pode ser uma manifestação política de alto teor explosivo.

"Disparada" e "Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores" são ouvidas e cantadas até hoje com a mesma carga emocional da época em que foram lançadas - uma época triste que viveu o Brasil, mergulhado nas trevas de uma ditadura.

As duas alcançaram status de hino contra a opressão, as injustiças, e de amor à liberdade.

"Mas o mundo foi rodando/Nas patas do meu cavalo/E nos sonhos/Que fui sonhando/As visões se clareando/As visões se clareando/Até que um dia acordei/Então não pude seguir/Valente em lugar tenente/E dono de gado e gente/Porque gado a gente marca/Tange, ferra, engorda e mata/Mas com gente é diferente" - diz a letra de "Disparada".

"Vem, vamos embora, que esperar não é saber/Quem sabe faz a hora, não espera acontecer" - clama o refrão de "Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores".

Outra canção, uma década depois dessas duas obras-primas de Vandré, também foi alçada à condição de hino, dessa feita em favor da anistia a quem bravamente combateu a ditadura e foi por ela perseguido e punido - "O Bêbado e a Equilibrista", de João Bosco e Aldir Blanc, uma das duplas mais afinadas e importantes da música popular brasileira.

Clarice ainda chorava a morte de seu marido Vladimir; o irmão do Henfil vivia exilado, longe de sua terra natal; a esperança dançava na corda bamba de sombrinha e em cada passo daquela linha podia se machucar.

Milhões ouviram a mensagem que aquele samba trazia - e se emocionaram.

João cantou, Elis encantou.

"O Bêbado e a Equilibrista" permanece com a sua beleza incólume - uma beleza que não pode ser apropriada por uma malta selvagem, cuja única linguagem é a da violência da pré-civilização.

O artista João Bosco se sentiu ofendido pelo roubo da "esperança equilibrista" que ajudou a transformar o Brasil: "Essa canção foi e permanece sendo, na memória coletiva do país, um hino à liberdade e à luta pela retomada do processo democrático. Não autorizo, politicamente, o uso dessa canção por quem trai seu desejo fundamental", escreveu em sua página no Facebook.

Seu desabafo é um importante documento de repúdio às práticas deste "Brasil Novo" e um alerta sobre os rumos que ele toma, em direção oposta à da democracia e da liberdade.

NOTA DE REPÚDIO À OPERAÇÃO "ESPERANÇA EQUILIBRISTA":

Recebi com indignação a notícia de que a Polícia Federal conduziu coercitivamente o reitor da Universidade Federal de Minas Gerais, Jaime Ramirez, entre outros professores dessa universidade. A ação faz parte da investigação da construção do Memorial da Anistia. Como vem se tornando regra no Brasil, além da coerção desnecessária (ao que consta, não houve pedido prévio, cuja desobediência justificasse a medida), consta ainda que os acusados e seus advogados foram impedidos de ter acesso ao próprio processo, e alguns deles nem sequer sabiam se eram levados como testemunha ou suspeitos. O conjunto dessas medidas fere os princípios elementares do devido processo legal. É uma violência à cidadania.

Isso seria motivo suficiente para minha indignação. Mas a operação da PF me toca de modo mais direto, pois foi batizada de “Esperança equilibrista”, em alusão à canção que Aldir Blanc e eu fizemos em honra a todos os que lutaram contra a ditadura brasileira. Essa canção foi e permanece sendo, na memória coletiva do país, um hino à liberdade e à luta pela retomada do processo democrático. Não autorizo, politicamente, o uso dessa canção por quem trai seu desejo fundamental.


Resta ainda um ponto. Há indícios que me levam a ver nessas medidas violentas um ato de ataque à universidade pública. Isso, num momento em que a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, estado onde moro, definha por conta de crimes cometidos por gestores públicos, e o ensino superior gratuito sofre ataques de grandes instituições (alinhadas a uma visão mais plutocrata do que democrática). Fica aqui portanto também a minha defesa veemente da universidade pública, espaço fundamental para a promoção de igualdades na sociedade brasileira. É essa a esperança equilibrista que tem que continuar.


João Bosco


07/12/2017



13º salário: lutas, conquista e impactos

December 5, 2017 22:12, by Feed RSS do(a) News

Globo jornal 13salario

Por Clemente Ganz Lúcio, Diretor Técnico do DIEESE

Mais uma vez, neste final de ano, a economia brasileira receberá a injeção de mais de R$ 200 bilhões decorrentes do pagamento do 13o salário, recebido por 83 milhões de pessoas, trabalhadores assalariados e beneficiários da previdência social (aposentados e pensionistas). Essas e outras estimativas estão na Nota à Imprensa divulgada pelo DIEESE, Economia do país deve receber R$ 200,5 bilhões com pagamento do 13o salário (disponível em www.dieese.org.br).

O pagamento do 13o salario já se incorporou à economia nacional, ampliando o mercado de consumo interno, com o aumento dos gastos das famílias, e movimentando boa parte do setor produtivo. As empresas programam a produção para atender o que o 13o salário criará de demanda adicional. Assim, o gasto do empregador, ao pagar os salários, retorna imediatamente como lucro, com o consumo de produtos ou serviços. O empregador investe na produção, contratando trabalhadores, gerando empregos e pagando salários, porque aposta e confia que terá retorno (lucro) a partir do consumo, que é resultado da soma dos salários pagos por toda a economia.

Mas não é fácil fazer a roda da economia girar a fim de dinamizar empregos e salários. No geral, são os próprios trabalhadores que, ao lutar por empregos e pela melhora dos salários, estimulam a economia. E mais: com essas lutas e as conquistas obtidas, conseguem melhorar a distribuição de renda e enfrentar o problema da desigualdade.

Muitas condições e benefícios que existem no cotidiano de todos nós e aparentam ser simplesmente “direitos naturais”, perenes, são, na realidade, resultado de muita luta. O 13o salário é um exemplo. Implementado em 13 de julho de 1962 pelo presidente João Goulart, surgiu da gratificação natalina que muitos trabalhadores conquistaram durante a década de 1950 e só se transformou em lei, num direito de todos, com longa luta institucional - da mesma forma, é consequência das lutas dos trabalhadores o direito às férias, às indenizações por demissões, à jornada de trabalho de 44 horas, entre tantos outros.

As reações contrárias existiram sempre, como as manifestações de empresários que afirmavam que a implantação do 13o salário seria desastrosa para o Brasil, inviabilizaria as empresas etc.

Hoje todo o meio empresarial incorporou a lei e compreende a importância do pagamento do 13o salário para a dinâmica econômica.

As mudanças distributivas são resultado de lutas sociais realizadas para vencer resistências e conquistar adeptos. Nessas disputas, sempre foi e será fundamental esclarecer detalhadamente o objetivo do projeto que se quer construir e no que o projeto consiste.

É importante lembrar e conhecer as histórias de tudo o que está no cotidiano atual e que, muitas vezes, aparece como situação natural, ou ainda como dádiva. Não se pode esquecer jamais que a base de todos os direitos tem como lastro a vida e o sangue de muita gente, que lutou arduamente e que, nem sempre, chegou a usufruir daquilo que ajudou a conquistar.

As lutas dos trabalhadores, ao longo da história, são responsáveis pela conquista de importantes avanços, não apenas trabalhistas, mas também sociais, em todo o mundo. É preciso lembrar sempre e fazer com que todos saibam disso.



Sair do Digital e Ocupar as Ruas

December 5, 2017 22:12, by Feed RSS do(a) News

Mememobilizanacional 05122017 contrareformaprevi O processo de Golpe e de desmonte da Soberania brasileira e da Cidadania está a pleno curso desde o processo, denominado, “Mensalão”.

O mais eminente ataque aos Direitos d@s trabalhador@s brasileir@s é a Reforma da Previdência promovida pelo Governo golpista, e usurpador, conduzido por Michel Temer.

Diante dessa conjuntura, a direção do Comitê do PCdoB Brasília orienta a tod@ sua miltância, @s filiad@s e aliad@s a participarem, permanentemente e ativamente, das mobilizações e ocupações de espaços públicos para lutar contra a Reforma e demais ataques a Democracia brasileira.

Convocamos assim para a participação no Ato de hoje, 05/12, às 18h no Museu da República, chamado pelas Centrais Sindicais

A CUT fará panfletagem às 16h na Rodoviária do Plano Piloto.

Hoje dia 5 de Dezembro, em Brasília, tomemos as ruas!

 

Comissão Política

PCdoB-Brasília



PGR investiga a Globo

December 4, 2017 22:37, by Feed RSS do(a) News

Processo encaminhado pela Procuradoria Geral da República é subdivido e donos da Globo passam a responder nas áreas cível e criminal.

 

Por Redação – do Rio de Janeiro

Oficialmente investigada agora, por corrupção, a família Marinho – dona da Rede Globo – passará a responder pelas Organizações Globo em duas ações diferentes. O processo foi encaminhado pela Procuradoria Geral da República (PGR) para o Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro. Nesta instância, a ação foi redistribuída e desmembrada em duas outras investigações: uma para a área criminal (nº 1.30.001.005032/2017-53) e outra para a área cível (nº 1.30.001.005032/2017-24), conforme apurou a reportagem do Correio do Brasil.

Roberto Irineu Marinho, o filho mais velho do fundador da TV Globo, Roberto Marinho

Roberto Irineu Marinho, diretor da TV Globo, responde pela empresa

Alvo de um rumoroso processo internacional, em que é acusada de distribuir propina aos dirigentes de federações desportivas, em troca da exclusividade na transmissão de campeonatos de futebol, a Rede Globo de TV, principal empresa da família Marinho — uma das mais ricas do país — também foi alvo de protesto público. A torcida do Atlético-MG subiu uma faixa gigante, na arquibancada do Estádio Independência, na capital mineira:

“Globo, corrupta, pagou propina no futebol. E aí?”.

Denúncia

Antes, a empresa disse, no Jornal Nacional, principal informativo da casa, que não tinha conhecimento do pagamento de propina alguma. Na semana passada, porém, mudou o tom. A emissora voltou a ser acusada de pagar propina a dirigentes por direitos de transmissão de jogos de futebol. De acordo com o empresário José Eladio Rodríguez, a T&T, uma offshore da Torneos y Competencias, foi criada na Holanda para receber pagamentos de grupos de mídia; entre eles a emissora brasileira. Ele apontou os caminhos percorridos pelo dinheiro sujo até os chefes das federações de futebol. A denúncia surgiu no julgamento do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin; no escândalo de corrupção da Fifa,

O ex-funcionário da empresa argentina Torneos y Competências (TyC) José Eladio Rodríguez, testemunha de acusação no julgamento do ex-presidente da CBF José Maria Marin, apresentou sua denúncia no Tribunal Federal do Brooklin, em Nova York. Ele mostrou as planilhas que registram pagamento de US$ 1 milhão ao ex-executivo da Rede Globo, Marcelo Campos Pinto. O atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, também aparece como destinatário de pagamentos ilícitos. A partir daí, o discurso da empresa mudou. Passou a admitir que havia um processo de corrupção em andamento; mas os donos não estariam cientes disso.

Propina

Acontece que Marcelo Campos Pinto, homem de confiança da família Marinho, negociou a compra de direitos de transmissão para o Grupo Globo até o final de 2015; quando deixou a empresa. De acordo com documentos apresentados por José Eládio Rodríguez, ele seria o “MCP”. A inicial consta de uma planilha de pagamentos ilegais da empresa argentina. Inicialmente, ele havia dito que a sigla era referente a Marco Polo Del Nero; depois corrigiu.

Os pagamentos teriam sido feitos em 2013. Mas o ex-funcionário da TyC, encarregado de fazer as remessas da empresa, disse ao júri que não conhecia Marcelo Campos Pinto. Nas planilhas também apareceu referência a “MP”, que seria Marco Polo Del Nero. Ao depor no dia anterior, na quarta-feira, José Eladio Rodríguez afirmou ter pago US$ 4,8 milhões em propinas para Del Nero e José Maria Marin. Na quinta-feira passada, a defesa do ex-presidente da CBF, que cumpre prisão domiciliar em Nova York, voltou a dizer ao júri que era Del Nero, e não Marin, que recebia propinas.

A denúncia, encaminhada primeiramente à Procuradoria-Geral da República (PGR), foi destinada ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPF-RJ). Segundo o pedido de investigação, a Rede Globo teria pago propina na compra de direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2026 e 2030; além de jogos da Libertadores e da Copa Sul-Americana.

Pablo Escobar

A nova linha de argumentação da emissora, no entanto, está em fase de testes. Apesar das fortes evidências de que a empresa corrompeu dirigentes desportivos para obter exclusividade no futebol, afirma que comprou os eventos de boa-fé. Diz, ainda, ter sido ludibriada pelos delatores que venderam a ela esses mesmos direitos de transmissão.

Na segunda nota, lida também por William Bonner, no JN, a Globo se disse “surpresa” ao saber das propinas pagas pela subsidiária da Globo à T&T, na Holanda. Ainda assim, os dois delatores dizem ter sido orientados pela própria Globo a abrir uma empresa no país europeu. Ao todo, o volume de propina já chega a R$ 50 milhões.

“A nota tem o mesmo valor que a declaração que Pablo Escobar dava quando, confrontado com acusação de tráfico, negava e dizia que era empresário. A Globo sempre pagou propina; ou esteve envolvida em irregularidades para obtenção de contratos”. A declaração é do jornalista  Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo.

O post Globo passa a ser investigada por corrupção, no Rio, nas áreas cível e criminal apareceu primeiro em Jornal Correio do Brasil.



PGR invetiga a Globo

December 4, 2017 22:37, by Feed RSS do(a) News

Processo encaminhado pela Procuradoria Geral da República é subdivido e donos da Globo passam a responder nas áreas cível e criminal.

 

Por Redação – do Rio de Janeiro

Oficialmente investigada agora, por corrupção, a família Marinho – dona da Rede Globo – passará a responder pelas Organizações Globo em duas ações diferentes. O processo foi encaminhado pela Procuradoria Geral da República (PGR) para o Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro. Nesta instância, a ação foi redistribuída e desmembrada em duas outras investigações: uma para a área criminal (nº 1.30.001.005032/2017-53) e outra para a área cível (nº 1.30.001.005032/2017-24), conforme apurou a reportagem do Correio do Brasil.

Roberto Irineu Marinho, o filho mais velho do fundador da TV Globo, Roberto Marinho

Roberto Irineu Marinho, diretor da TV Globo, responde pela empresa

Alvo de um rumoroso processo internacional, em que é acusada de distribuir propina aos dirigentes de federações desportivas, em troca da exclusividade na transmissão de campeonatos de futebol, a Rede Globo de TV, principal empresa da família Marinho — uma das mais ricas do país — também foi alvo de protesto público. A torcida do Atlético-MG subiu uma faixa gigante, na arquibancada do Estádio Independência, na capital mineira:

“Globo, corrupta, pagou propina no futebol. E aí?”.

Denúncia

Antes, a empresa disse, no Jornal Nacional, principal informativo da casa, que não tinha conhecimento do pagamento de propina alguma. Na semana passada, porém, mudou o tom. A emissora voltou a ser acusada de pagar propina a dirigentes por direitos de transmissão de jogos de futebol. De acordo com o empresário José Eladio Rodríguez, a T&T, uma offshore da Torneos y Competencias, foi criada na Holanda para receber pagamentos de grupos de mídia; entre eles a emissora brasileira. Ele apontou os caminhos percorridos pelo dinheiro sujo até os chefes das federações de futebol. A denúncia surgiu no julgamento do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin; no escândalo de corrupção da Fifa,

O ex-funcionário da empresa argentina Torneos y Competências (TyC) José Eladio Rodríguez, testemunha de acusação no julgamento do ex-presidente da CBF José Maria Marin, apresentou sua denúncia no Tribunal Federal do Brooklin, em Nova York. Ele mostrou as planilhas que registram pagamento de US$ 1 milhão ao ex-executivo da Rede Globo, Marcelo Campos Pinto. O atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, também aparece como destinatário de pagamentos ilícitos. A partir daí, o discurso da empresa mudou. Passou a admitir que havia um processo de corrupção em andamento; mas os donos não estariam cientes disso.

Propina

Acontece que Marcelo Campos Pinto, homem de confiança da família Marinho, negociou a compra de direitos de transmissão para o Grupo Globo até o final de 2015; quando deixou a empresa. De acordo com documentos apresentados por José Eládio Rodríguez, ele seria o “MCP”. A inicial consta de uma planilha de pagamentos ilegais da empresa argentina. Inicialmente, ele havia dito que a sigla era referente a Marco Polo Del Nero; depois corrigiu.

Os pagamentos teriam sido feitos em 2013. Mas o ex-funcionário da TyC, encarregado de fazer as remessas da empresa, disse ao júri que não conhecia Marcelo Campos Pinto. Nas planilhas também apareceu referência a “MP”, que seria Marco Polo Del Nero. Ao depor no dia anterior, na quarta-feira, José Eladio Rodríguez afirmou ter pago US$ 4,8 milhões em propinas para Del Nero e José Maria Marin. Na quinta-feira passada, a defesa do ex-presidente da CBF, que cumpre prisão domiciliar em Nova York, voltou a dizer ao júri que era Del Nero, e não Marin, que recebia propinas.

A denúncia, encaminhada primeiramente à Procuradoria-Geral da República (PGR), foi destinada ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPF-RJ). Segundo o pedido de investigação, a Rede Globo teria pago propina na compra de direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2026 e 2030; além de jogos da Libertadores e da Copa Sul-Americana.

Pablo Escobar

A nova linha de argumentação da emissora, no entanto, está em fase de testes. Apesar das fortes evidências de que a empresa corrompeu dirigentes desportivos para obter exclusividade no futebol, afirma que comprou os eventos de boa-fé. Diz, ainda, ter sido ludibriada pelos delatores que venderam a ela esses mesmos direitos de transmissão.

Na segunda nota, lida também por William Bonner, no JN, a Globo se disse “surpresa” ao saber das propinas pagas pela subsidiária da Globo à T&T, na Holanda. Ainda assim, os dois delatores dizem ter sido orientados pela própria Globo a abrir uma empresa no país europeu. Ao todo, o volume de propina já chega a R$ 50 milhões.

“A nota tem o mesmo valor que a declaração que Pablo Escobar dava quando, confrontado com acusação de tráfico, negava e dizia que era empresário. A Globo sempre pagou propina; ou esteve envolvida em irregularidades para obtenção de contratos”. A declaração é do jornalista  Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo.

O post Globo passa a ser investigada por corrupção, no Rio, nas áreas cível e criminal apareceu primeiro em Jornal Correio do Brasil.



Para desafinar o coro dos contentes

December 1, 2017 23:31, by Feed RSS do(a) News



Carlos Motta


Houve um tempo em que os músicos brasileiros ousavam, criavam, iam além das fórmulas estabelecidas e fáceis - arriscavam tudo, nome, carreira, em troca da liberdade para se indignar, de se expressar em meio à névoa cinza que obscurecia o Brasil de então.

Não foram compreendidos na época, ainda não são compreendidos tantos anos depois, ainda carregam nas costas o pesado rótulo de "malditos", como se fossem aberrações que vagam no mundo dos perfeitos e dos "normais".

Eram, antes de mais nada, corajosos, porque sabiam que não tinham de enfrentar apenas o desprezo popular, as vaias públicas, os xingamentos ostensivos dos cães de guarda do poder, mas também a possibilidade, tangível, ameaçadora, opressiva, das dores da tortura física e psicológica, e até a eliminação física.

De certa forma, foram heróis que souberam lutar contra a crueldade institucional com as armas que tinham - seu talento, sua voz, seu cérebro, sua emoção.

O mais emblemático de todos esses "malditos" talvez seja o carioca Jards Macalé, 74 anos de fina ironia.

Sua obra sintetiza este Brasil que tentou se modernizar e depois voltou a ser a vítima preferida de uma elite ignorante, burra, escravocrata e medieval.

Macalé segue cantando, hoje com mais admiradores, mas infelizmente com nenhum - ou quase nenhum - seguidor. 

Não fez escola, pois afinal, como dizem os versos de Torquato Neto, na canção "Let's Play That", da dupla, "quando eu nasci/um anjo louco muito louco/veio ler a minha mão/não era um anjo barroco/era um anjo muito louco, torto/com asas de avião/eis que esse anjo me disse/apertando a minha mão/com um sorriso entre dentes/vai bicho desafinar/o coro dos contentes".

E quem nasce para desafinar o coro dos contentes nunca será convidado para participar do banquete dos homens de bem.

Além disso, como esperar que alguém alcance a felicidade se nasceu em Gotham City, no céu alaranjado de Gotahm City, quando caçavam bruxas nos telhados de Gotham City no dia da independência nacional?

Let's play that!

Aos 15 anos eu nasci em Gotham city
Era um céu alaranjado em Gotham city
Caçavam bruxas nos telhados de Gotham city
No dia da independência nacional

Cuidado! Há um morcego na porta principal
Cuidado! Há um abismo na porta principal

Eu fiz um quarto quase azul em Gotham city

Sobre os muros altos da tradição de Gotham city
No cinto de utilidades as verdades Deus ajuda
A quem cedo madruga em Gotham city

Cuidado! Há um morcego na porta principal
Cuidado! Há um abismo na porta principal

Só serei livre se sair de Gotham city
Agora vivo como vivo em Gotham city
Mas vou fugir com meu amor de Gotham city
A saída é a porta principal

Cuidado! Há um morcego na porta principal
Cuidado! Há um abismo na porta principal

No céu de Gotham city há um sinal
Sistema elétrico e nervoso contra o mal
Meu amor não dorme, meu amor não sonha
Não se fala mais de amor em Gotham city

Cuidado! Há um morcego na porta principal
Cuidado! Há um abismo na porta principal

("Gotham City" - Jards Macalé/José Carlos Capinan)