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abril 3, 2011 21:00 , por Desconocido - | 2 people following this article.
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Diretas Já ou Brasil nunca mais

abril 20, 2017 14:33, por Feed RSS do(a) News

Por Marcelo Zero – de São Paulo:

Os nossos moralistas de ocasião, que insuflaram paneleiros de classe média e procuradores messiânicos contra Dilma e o PT, com discurso raso e equivocado, agora se veem tragados pelo maelstrom das investigações “purificadoras”.

O governo ilegítimo de Temer só prolonga e aprofunda a crise política e econômica

Cometeram o mesmo erro de certos setores da classe política alemã, que acharam que Hitler podia ser útil no combate aos “comunistas”. Mas, uma vez deflagrados, esses processos de histeria coletiva adquirem dinâmica própria. Intensificando-se com a crise política e econômica.

A caixa de Pandora do protofascismo moralizante, uma vez aberta. É muito difícil de ser fechada. Em pouco tempo, o Reichstag (o parlamento). Já está pegando fogo e as instituições democráticas são reduzidas a cinzas.

No Brasil, com os últimos e sempre ilegais vazamentos da Lava Jato. O nosso Reichstag já está em chamas. Isso tem consequências sérias.

Com um presidente com 5% de popularidade, a tocar um ministério de acusados. E um parlamento reduzido a cinzas. O poder real no Brasil deslocou-se definitivamente do sistema de representação política para um consórcio formado pelo grande capital. Especialmente o internacional e o financeiro, o poder judiciário, o ministério público e a mídia oligopolizada.

Obviamente, essa não era a intenção inicial do golpe e da Lava Jato. O objetivo era (e é ) afastar, de forma definitiva, o PT e a esquerda do poder. Entretanto, não houve como circunscrever as investigações apenas ao PT. Como queriam.

Com o tempo, começou a ficar muito clara a seletividade escancarada e desavergonhada da Lava Jato, que criminalizava o “caixa um”. Legal, do PT e tentava ignorar as propinas, depositadas em contas no exterior, do PMDB e do PSDB. Os vazamentos e os indiciamentos tinham de se generalizar. Justamente para dar credibilidade à seletividade.

Alemanha

Na Alemanha, o sistema político foi destruído para que Hitler chegasse ao poder. No Brasil, o sistema político está sendo destruído para impedir que Lula volte ao poder. Vazamentos eventuais contra o PMDB, PSDB e DEM, apoiadores do golpe. São o dano colateral inevitável do maelstrom deflagrado contra o projeto progressista. Dano que poderá ser amainado nos misteriosos meandros da “justiça”.

Contudo, o prejuízo geral e grave à política, à economia e à democracia já está feito.

Isso suscita a questão: como o golpe e sua restauração neoliberal vão continuar? Como tocar reformas tão impopulares. Como a reforma da previdência e a trabalhista, sem voto. Sem legitimidade e com um Executivo e Legislativo com altíssima rejeição?

Acima de tudo, como o consórcio que concentra o poder real no país vai tirar o Brasil da pior crise da sua história. Com um governo sem nenhuma credibilidade e com o mais baixo índice de popularidade já registrado?

Há duas possibilidades: 1) continuar, aos trancos e barrancos, com a “solução” Temer até 2018, ou 2) dar o “golpe dentro do golpe” e eleger indiretamente um novo governo formado por figuras “ilibadas e técnicas”.

Ora, nenhuma das duas tem a menor condição de funcionar. A primeira por motivos bastante óbvios. Ninguém aguenta mais a “solução” Temer, que virou um problemão para os próprios apoiadores do golpe e, sobretudo, para o país.

O governo ilegítimo de Temer só prolonga e aprofunda a crise política e econômica. Mesmo que consiga aprovar as reformas impopulares e fazer o trabalho sujo para o consórcio golpista, não oferecerá saída viável para a crise. Falta-lhe um mínimo de credibilidade.

Solução

Já a solução ‘técnica’, que seria propiciada pelo “golpe dentro do golpe”. Esbarra numa contradição fundamental: nas condições atuais. Ela significaria o enterro da classe política vigente e das suas lideranças colocadas sob suspeita. Mas ela teria de ser votada por essa mesma classe. Com o PSDB atirado também no maelstrom, não sobraram atores políticos de relevo para o “golpe dentro do golpe”.

Porém, mesmo que fosse promovida, tal “solução” teria exatamente a mesma probabilidade de funcionar que a “solução Temer”. Pois ela também não possuiria credibilidade e legitimidade.

O grande engodo do golpe não foi ter substituído a presidente honesta pela “turma da sangria”. O grande engodo da Lava Jato partidarizada não foi ter levado a opinião pública a acreditar que o PT havia criado o “maior esquema de corrupção do Brasil”.

O grande engodo do golpe e da Lava Jato foi o de mudar em cento e 80 graus os rumos de todas as políticas do país (econômicas, sociais, externa, de educação, saúde, previdência, etc.). Sem fazer disputa política aberta e democrática. A grande fraude do golpe e da Lava a Jato é política e democrática. Roubaram da população o poder de decidir seu próprio destino.

Trabalho

Ou alguém aí votou para que se contribua meio século ininterruptamente para conseguir se aposentar com proventos integrais? Para que o trabalho precário e terceirizado, sem férias e outros direitos, se torne a norma no Brasil? Para vender o pré-sal e a Petrobras a preço de bananas podres?

Para vender as terras do Brasil a estrangeiros? Para acabar com o Ciência sem Fronteiras e a Farmácia Popular? Para “desinvestir” em Saúde e Educação por 20 anos? Claro que não. Foi necessário um golpe para se fazer tudo isso.

Roubaram do povo, fonte do poder democrático, a capacidade de decidir. A partir daí, a criminalização de toda a classe política era apenas uma questão de tempo. Não há corrupção pior do essa. Não há corrupção pior que o roubo da soberania popular. O Brasil está sendo vendido e destruído sem um único voto.

Crise

O cerne da crise brasileira é político. O Brasil não sairá da mais grave crise de sua história sem política. Não há nada crível para ser colocado no lugar do sistema de representação, mesmo com todos os seus problemas.

Banqueiros, donos de meios de comunicação, juízes e procuradores não têm voto. Uns têm dinheiro e outros têm fama e prestígio ocasionais. Nenhum tem legitimidade para governar, a não ser que se aposte numa nova forma de ditadura, com a substituição de militares por juízes e procuradores.

A política precisa reagir e sair do gueto moral em que foi jogada pelo golpismo e a Lava Jato messiânica e partidarizada.

Mas a classe política, por sua vez, não representará opção crível e legítima se não for renovada pelo crivo do voto.

Delatores

Não serão delatores e corruptores à procura de absolvição e procuradores e juízes à procura de holofotes que vão passar o “país a limpo”. A única coisa que passa um país democrático a limpo é o voto popular.

Portanto, a única saída para a classe política e para o Brasil são eleições diretas já. A urgência é necessária pela profundidade da crise e, sobretudo, para se evitar que país inteiro seja vendido e destruído pela agenda retrógrada do golpe.

Golpe

A construção civil pesada e a engenharia nacional já se foram. O pré-sal, nosso passaporte para o futuro, e a Petrobras estão sendo vendidos a preços aviltados. Vêm aí a venda das terras a estrangeiros e a abertura do espaço aéreo para o capital internacional.

Subsolo, solo e ar brasileiros serão leiloados. Prepara-se a privatização dos bancos públicos e, como disse o presidente ilegítimo, de “tudo o que for possível”. São grandes negociatas que renderão muito dinheiro ao capital internacional e aos seus associados golpistas. Procuradores, acredita-se, não interferirão. Continuarão a perseguir Lula e seus pedalinhos.

No próximo mês, o Estado de Bem Estar, já duramente golpeado pela emenda constitucional do congelamento dos investimentos, será praticamente destruído pela reforma contra a aposentadoria e a reforma contra o trabalhador.

No ritmo em que a destruição do país vai, não haverá mais um Brasil em 2018.

Diretas Já ou Brasil nunca mais.

Marcelo Zero é sociólogo, especialista em Relações Internacionais e membro do Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais (GR-RI).

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O país precisa, além de combater a corrupção, resolver em que sistema quer existir

abril 20, 2017 14:33, por Feed RSS do(a) News

“Il guerriero sà che il dubbio porta alla morte”

Ditado popular italiano do Século XI

 

Aqueles que trabalham pela revolução para o fim do sistema capitalista, cristalizado no Brasil desde o golpe de 1964, após o breve governo renovador de João Goulart, vivem nas sombras de uma sublevação social

 

Por Gilberto de Souza – do Rio de Janeiro

 

As esquerdas brasileiras, esse mosaico de práticas e pensamentos tantas vezes díspares, pontuado por partidos e correntes afinadas com este ou aquele líder, esta ou aquela interpretação do Manifesto Comunista, deveriam agir contra o pensamento liberal, sintetizado nas teses do economista britânico Adam Smith. E, normalmente, o fazem as esquerdas nos países que os militantes brasileiros geralmente tomam como referência para a organização interna de seus objetivos (Alemanha, França, Portugal, Rússia etc).

O Partido Comunista é, hoje, a segunda maior força política do Japão

No mundo, a bandeira do Comunismo é desfraldada da extrema esquerda ao centro

O pragmatismo dogmático, no entanto, é um ponto que perpassa a ampla maioria das legendas, das menores, na extrema esquerda, às mais numerosas, a exemplo do PT, do PCdoB, PDT e PSOL, que têm parlamentares e administram algumas prefeituras. À exceção dos comunistas radicais, situados em pequenas agremiações partidárias ou em grupos abrigados nestas próprias legendas, muitas vezes nos movimentos sociais, não é transparente a vontade de transformar o país em uma República Socialista, quiçá Comunista.

Memória de heróis

Aqueles que trabalham pela revolução e o encerramento do sistema capitalista, cristalizado no Brasil desde o golpe de 1964, após o breve governo renovador de João Goulart, vivem nas sombras de uma sublevação social que parece nunca acontecer. A mensagem revolucionária, com os meios de comunicação de que dispõe para chegar à consciência pública enfrenta barreiras, aparentemente, insuperáveis. Vide os grandes conglomerados que dominam a planície da Opinião Pública nacional.

Ainda assim, nestas ínfimas ações promovidas nas franjas do sistema, tais quais os periódicos de partidos como o PCB, o PCO e o PSTU, entre os mais relevantes, ainda se alimenta a chama da ruptura com o sistema predominante na sociedade convencional. Não fosse esse punhado de militantes e a história de heróis comunistas — como os três Carlos, Marighella, Lamarca e Prestes, para citar apenas alguns — estaria fadada ao desterro. Sobreviveria, talvez, em algum escaninho do Instituto Smithsonian, em Washington (DC).

Escolha um sistema

Resguardada a fundamentalidade das reservas revolucionárias no ideário das legendas situadas na extrema esquerda, resta o mingau evolucionário dominante. Este, salvo quase impossíveis exceções, tem um grau mais apurado de discordância com a Wall Street e a City londrina. Mas, de alguma forma, negocia com a banca internacional, com maior ou menor desenvoltura. Não são poucos os organismos ditos de esquerda, por exemplo, que recebem dinheiro do Instituto Ford.

Desde o período em que a política brasileira passou duas décadas sob a gestão golpista e violenta dos militares, a transição foi uma escorregada da ultradireita para a direita, nos períodos pré-FHC. Dali para o centro, nos oito anos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Descontinuado após cinco anos, o turbulento mandato da presidenta cassada Dilma Rousseff marca a ruptura deste caminho para a esquerda.

A queda do governo Dilma assinala a retomada imediata dos ajustes demandados contra direitos sociais conquistados nas últimas décadas. O dia exato está no Diário Oficial da União que publica o ingresso do economista Joaquim Levy, formado pela escola mais capitalista dos EUA, na máquina pública brasileira. O ponto de inflexão às forças conservadoras mundiais ocorre em momentos similares na América Latina. À exceção da Venezuela, Bolívia e Equador, que ainda resistem ao avanço da direita no Ocidente. Claro que não é de graça. Que o digam os movimentos patrocinados com recursos norte-americanos para bater panelas e vestir verdeamarelo nas ruas das capitais brasileiras.

Diz o ditado

Não cabe, portanto, em qualquer discussão séria sobre os destinos do país, apenas a defesa de um grau mais adequado de atendimento às exigências do 1% sobre os 99% restantes. O debate torna-se estéril quando se resume ao relacionamento de quase compadrio entre o estatal e o privado ou à submissão do primeiro aos conglomerados, nacionais e mundiais. Assim, da forma como ora ocorre no país, com as reformas trabalhista e previdenciária, e a venda de bens públicos a preços vis.

Esta, a linha que une parcelas da esquerda, da centro esquerda até a direita mais escancarada, não passa de um jogo de sombras. Com muito mais de 50 tons de permissividade com dinheiro público. Vai desde a compra de um miserável barquinho de alumínio para um sítio emprestado até o recebimento de somas milionárias em bancos suíços, com vinhos caríssimos de brinde. A hipocrisia, que permite a existência de um Estado mais ou menos capitalista ou mais ou menos socialista, é uma passagem de ida, apenas, ao abismo do improvável.

“O guerreiro sabe que a dúvida leva à morte”, como pontua o ditado popular italiano, no Século XI. Na época, a cristandade europeia se dividia entre o papa Bento IX, preferido dos alemães, e papa Clemente II, queridinho dos ingleses. Não prestou.

Greve geral

FHC tentou, na tal social democracia neoliberal, estabelecer um Estado mínimo. Minúsculo em direitos sociais e máximo em regalias ao establishment. Lula enriqueceu a banca e apoiou a indústria. E aquela financiou, com crédito fácil, a expansão da chamada ‘linha branca’ (equipamentos domésticos), em todas as faixas de renda. Em contrapartida, estabeleceu vigorosos programas sociais. Dilma tentou ampliar as conquistas populares e se atrapalhou. Foi atropelada por um golpe de Estado e fez a balança despencar para o lado do poderio capitalista.

Evidentemente, a greve geral convocada para o dia 28, no Brasil, faz parte do revide. Não se imagina que o Brasil seja vendido às glebas sem que milhões se levantem contra o entreguismo. As cartas estão na mesa. Mesmo sem partir — ainda — para as vias de fato de um Estado Comunista. Aqui e na Argentina, o movimentos sociais inspirados na resistência heróica da revolução bolivariana, na Venezuela, mantêm os dados rolando.

Por ora, o time da Avenida Paulista dá as cartas. Mas o jogo político tem um novo tempo, que começará em 2018, se nenhuma novidade ocorrer até lá.

Enquanto isso, há um tempo ainda para integrar o lado da civilização, contra a barbárie capitalista. Sem dúvidas.

Gilberto de Souza é jornalista, editor-chefe do jornal diário Correio do Brasil.

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Lula vencedor; Lula perdedor: qual pesquisa está certa?

abril 20, 2017 9:57, por Feed RSS do(a) News


Duas pesquisas divulgadas nestes dias mostram um cenário totalmente diverso para a eleição presidencial de 2018 e especificamente para o ex-presidente Lula.

Numa, feita pelo instituto Vox Populi, Lula aparece como favorito absoluto, com chances reais de liquidar a fatura já no primeiro turno.

Noutra, de responsabilidade do site Poder 360, Lula também está na frente, mas com uma rejeição que impossibilita a sua vitória num segundo turno. Nesse levantamento, as novidades são os números expressivos de intenção de voto nos fascistas Bolsonaro e Doria.

Numa situação dessas, a pergunta é inevitável: qual das pesquisas reflete com mais exatidão o sentimento do eleitor hoje?


Na verdade, qualquer resposta que se dê é a certa.

Pesquisas não são, como pretendem serem vistas, científicas, ou seja, não são exatas, pois têm componentes subjetivos que podem induzir a uma ou outra resposta.

No geral, elas acertam no atacado, mas muitas vezes erram feio no varejo.

Essas duas, por exemplo, são coincidentes quando apontam Lula em primeiro lugar, o que indica, que, se a eleição fosse hoje, o ex-presidente seria o candidato mais votado. Mas essa é a única certeza. No resto, os dois levantamentos são divergentes.

Outra verdade é que, apesar do bombardeio midiático que sofre, Lula possui um eleitorado fiel, que lhe dá, no mínimo, cerca de 20% dos votos - é com essa porcentagem que ele inicia a sua corrida pela presidência.

Historicamente, a esquerda - e mais especificamente, o PT - tem cerca de 30% dos votos, a direita raivosa antiesquerda (e anti-PT), outros 30%, e o restante dos eleitores vão de um lado para outro, dependendo de uma série de fatores.

Lula, portanto, é um candidato forte sob qualquer condição. 

Mas como, provavelmente, será impedido de concorrer, já que os lava-jatos vão se encarregar de condená-lo por qualquer coisa, o campo progressista deveria preparar com urgência um plano B, uma candidatura capaz de unir todos os que desejam ver o Brasil retomar o caminho da democracia. 

Uma missão difícil, mas não impossível. (Carlos Motta)



Greve geral, 28/04

abril 19, 2017 13:13, por Feed RSS do(a) News

Greve geral 28.04.17

Ou paramos o país ou Temer e seus golpistas tucanos acabam com a nossa nação!

Não espere que o outro pare. Pare você e mostre ao teu vizinho, amigo, parente que se não lutarmos contra a Terceirização, Reforma Trabalhista e da Previdência, não teremos como viver e trabalhar, pois os golpistas querem destruir os brasileiros e seus empregos.



Papa não tinha motivo para vir ao Brasil apoiar ‘golpista’

abril 19, 2017 13:01, por Feed RSS do(a) News

Para teólogo, ao recusar convite de Michel Temer para visitar o país, líder mundial da igreja católica é coerente com a opção pelos pobres: “Por causa disso ele não quis visitar a Argentina de Macri”

Por Leonardo Boff – do Rio de Janeiro:

 “O papa não tinha nenhuma razão para vir ao Brasil, apoiar um golpista. Ele é muito coerente com a opção que tem pelos pobres, pelos que sofrem violência e são marginalizados. Por causa disso ele não quis visitar a Argentina de (Mauricio) Macri. Por essa mesma razão ele não quis visitar o Brasil sob Temer.” A declaração é do frei e teólogo Leonardo Boff, sobre a carta enviada pelo papa Francisco ao presidente de facto Michel Temer, recusando o convite para visitar o país para as celebrações dos 300 anos da aparição da imagem de Nossa Senhora Aparecida. 

“Se papa viesse ao Brasil seria legitimar esse estado de coisas, o que ele nunca faria”, diz teólogo

Embora reconheça que a crise que o país enfrenta “não é de simples solução”, Francisco enfatiza. “Porém não posso deixar de pensar em tantas pessoas, sobretudo nos mais pobres. Muitas vezes se veem completamente abandonados e costumam ser aqueles que pagam o preço mais amargo e dilacerante de algumas soluções fáceis. E superficiais para crises que vão muito além da esfera meramente financeira”.

Para o frei, o papa deixa claro de que lado está. “Ao lado das vítimas, dos que sofrem, coisa que este governo está produzindo”. “Se ele viesse ao Brasil seria legitimar esse estado de coisas, o que ele nunca faria. Ele foi coerente ao não ir à Argentina e não vir ao Brasil. Enquanto houver formas duras. Ditatoriais, eu diria, de governo e de relação com o povo, o papa não dará seu apoio e não visitará essas terras e esses países.”  

Boff lembra que, após a abertura do processo do impeachment, o papa Francisco escreveu uma mensagem à então presidenta Dilma Rousseff. Já afastada, na qual demonstrou apoio. “O papa Francisco mandou uma carta à Dilma enquanto se fazia o julgamento dela. Apoiando-a pessoalmente porque ele a conhece. Eu vi isso, estive com Dilma”, disse Boff à RBA.

Para ele, considerado expoente da Teologia da Libertação e próximo a Francisco. Com atitudes como a recusa a vir ao Brasil governado por Michel Temer. O papa está indiretamente dando um recado aos governos “que fazem políticas superficiais. Que trazem dificuldades e injustiça para os pobres, e reformas que se fazem com alta velocidade e não atendem às necessidades do povo, são antipopulares e anticonstitucionais”.

Dificuldades

Apesar das enormes dificuldades pelas quais passa o país, “não há dificuldade que não possa ser resolvida” – diz Boff. “Já que os partidos estão corrompidos, com um vazio de lideranças, o grande lugar da pressão é a rua e a praça, com manifestações, grupos de discussão onde se discuta que Brasil nós queremos, que coisas principais devemos fazer para incluir a grande maioria que está à margem, superar a chaga da desigualdade, que é uma das piores do mundo”.

Apesar do pessimismo de parte da população brasileira com os ataques a direitos pelo governo e suas reformas, Leonardo Boff afirma acreditar que “esse caos, essa confusão que está havendo, lentamente vai criar uma claridade para ver o caminho que devemos seguir, um outro tipo de sociedade, de governo, que seja voltado para o povo, que realize direitos e não apenas defenda privilégios”. 

 

Leonardo Boff é teólogo, escritor e professor universitário, expoente mundial da Teologia da Libertação.

 

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Lula venceria eleições, se fossem hoje, em qualquer cenário, diz CUT

abril 19, 2017 12:47, por Feed RSS do(a) News

Pesquisa do Instituto Vox Populi mostram que o ex-presidente Lula voltaria ao Planalto no voto popular

Por Redação – de São Paulo

Se as eleições presidenciais fossem hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria eleito em primeiro turno, em todos os cenários pesquisados. A afirmativa está na pesquisa CUT/Vox Populi, realizada entre os dias 6 e 10 de abril e divulgada nesta terça-feira.

Lula estaria apto a pedir asilo em alguma embaixada, caso o juiz Moro venha a pedir a prisão preventiva do líder petista

Lula, se fosse candidato e as eleições ocorrem hoje, seria reeleito no primeiro turno, afirma pesquisa

Lula, segundo o estudo, detém de 44% a 45% dos votos válidos contra 32% a 35% da soma dos adversários nos três cenários da pesquisa estimulada. São os votos válidos, excluídos os nulos, em branco e abstenções, que valem para definir o resultado das eleições.

Na comparação com Aécio (13% em dezembro e 9% em abril), Lula subiu de 37% em dezembro para 44% em abril. Jair Bolsonaro (PSC-RJ) subiu de 7% para 11% das intenções de voto. Marina se manteve com 10% e Ciro Gomes (PDT-CE) os mesmos 4%. A soma dos adversários é de 34% dos votos válidos, os únicos contabilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Na comparação com Alckmin (10% em dezembro e 6% em abril), Lula sobe para 45% contra 38% em dezembro. Bolsonaro subiu de 7% para 12%. Marina caiu de 12% para 11% e Ciro de 5% para 4%. A soma dos adversários é de 33% das intenções de votos.

Na comparação com Doria, Lula tem 45% das intenções de voto. Marina e Bolsonaro empatam com 11%; Ciro e Doria empatam com 5%. Ninguém/ bancos/nulos têm 16%; não sabem/não responderam têm 7%. A soma dos adversários é de 32%.

Lula no segundo turno

Nas simulações de segundo turno, Lula também vence todos os candidatos. Se as eleições fossem hoje, Lula venceria Aécio Neves (PSDB-MG) por 50% a 17% das intenções de voto. Geraldo Alckmin (PSDB-SP) por 51% a 17%; Marina Silva (Rede-AC) por 49% a 19%; e João Doria (PSDB-SP) por 53% a 16%.

No voto espontâneo, quando os entrevistados não recebem as cartelas com os nomes dos candidatos, Lula também vence todos os possíveis candidatos. O líder petista tem 36% das intenções de voto – em dezembro eram 31%; Doria surgiu com 6% das intenções. Aécio, Marina e Alckmin registraram queda de intenção de votos em relação à pesquisa realizada em dezembro do ano passado.

Aécio caiu de 5% para 3%. Marina, de 4% para 2%. FHC, de 3% para 1%; e, Alckmin, de 2% para 1%. Oito por cento disseram que votariam em outros candidatos. Ninguém/branco/nulo totalizou 14% e não sabe/não responderam 29%.

Saudade

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, “quanto mais os brasileiros conhecem o presidente ilegítimo e golpista Michel Temer, mais avaliam seu desempenho como ruim e péssimo (65%) e mais sentem saudade do ex-presidente Lula”.

Vagner avalia que as medidas de arrocho, como o desmonte da Previdência (reprovado por 93% dos brasileiros) e a terceirização (reprovada por 80%), também contribuem para o crescimento das intenções de voto em Lula.

Para ele, Temer é um presidente sem projeto para o país, que não pensa na geração de emprego e renda; só pensa em ajuste fiscal nas costas dos trabalhadores e essa é das maiores razões para a avaliação negativa do ilegítimo.

Temer mal avaliado

Algumas perguntas feitas pela pesquisa CUT-VOX confirmam a tese do presidente da CUT. À pergunta quem é o melhor presidente que o Brasil já teve 50% responderam que é Lula (em dezembro eram 43%). O segundo colocado é FHC, que registrou queda na preferência do povo: 11% em abril contra 13% em dezembro/2016.

Apesar do massacre da mídia e da perseguição do Judiciário nos últimos anos, a maioria dos brasileiros diz que ele é trabalhador (66%), um líder e um bom político (64%), bom administrador/competente (58%), é capaz de enfrentar uma crise (58%), entende e se preocupa com os problemas das pessoas (57%), é sincero/tem credibilidade (45%) e é honesto (32%).

Aumentou para 57% o percentual de brasileiros que acham que Lula tem mais qualidades que defeitos (35%). Em dezembro do ano passado, 52% achavam que ele tinha mais qualidade e 39% mais defeitos.

Também aumentou para 66% (em dezembro eram 58%), o percentual dos entrevistados que acham que Lula cometeu erros, mas fez muito mais coisas boas pelo povo e pelo Brasil. Já os que acham que ele errou muito mais do que acertou caiu de 34% em dezembro para 28% em abril.

Lava Jato ajuda

Já em relação aos que admiram Lula, apesar da perseguição cruel da Lava Jato, aumentou de 33% para 35% o percentual dos que admiram Lula. Em dezembro de 2016, 33% dos entrevistados admiravam/gostavam muito de Lula; em abril o percentual aumentou para 35%. Já o percentual dos que não admiram/nem gostam caiu de 37% no ano passado para 33% este ano.

O mais admirado e também o presidente que melhorou a vida do povo. Para 58% dos brasileiros, a vida melhorou nos 12 anos de governos do PT, com Lula e Dilma. Apenas 13% disseram que piorou e 28% responderam que nem melhorou/nem piorou. A pesquisa CUT-VOX POPULI entrevistou 2 mil pessoas, em 118 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2,2 %, estimada em um intervalo de confiança de 95%.

Foram ouvidas pessoas com mais de 16 anos, residentes em áreas urbanas e rurais, de todos os Estados e do Distrito Federal, em capitais, Regiões Metropolitanas e no interior.

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A flor, o amor, e a ferocidade do inimigo

abril 19, 2017 12:47, por Feed RSS do(a) News


Os puristas de sempre, aquela turma que acha que a política é uma fonte de água cristalina, pura e fresca, estão de volta com seus muxoxos, indignados porque souberam, da boca de bandidos da pior espécie, esses que delatam até a mãe para aliviar as suas penas, que o ex-presidente Lula é um homem como todos nós, de carne e osso, razão e emoção, defeitos e virtudes.

O Lula, quem diria, tartamudeiam esses seres angelicais, como ele foi capaz de fazer isso ou aquilo, de conversar com fulano e beltrano, de pedir favores aqui e acolá...

E por aí vão os nossos cavaleiros da triste figura ingenuamente engrossar o exército dos saqueadores da pátria, corroborando, com suas lamúrias, o coro de trivialidades que uma imensa máquina de propaganda transforma num festival de monstruosidades éticas e morais - em inomináveis crimes, enfim.


Pois é isso tão somente o que os nossos vestais vêem, a versão distorcida de uma série de banalidades, de fatos e feitos que praticamente todos os humanos se enredam em suas vidas.

Se esses paladinos deixassem de lado a ficção e atentassem ao que realmente foi dito pelos alcaguetes certamente teriam um choque, pois os terríveis pecados atribuídos ao ex-presidente não passam de banalidades, claras e infantis invencionices, daquelas coisas que todos nós, simples mortais, cansamos de fazer.

A situação do Brasil é terrível.

O país está em frangalhos, à beira do caos.

O assalto à democracia foi, é, e continuará a ser, brutal.

E só se completará quando Lula e o que resta das esquerdas for destruído.

É nesse contexto que se deve travar a batalha - com a percepção de que o inimigo é impiedoso.

O ex-presidente é, no momento, a única esperança para a volta da civilização no país.

Favorito disparado para voltar à Presidência da República em 2018, cada vez mais se torna o alvo prioritário das forças oligárquicas.

A ordem é abatê-lo, a qualquer custo.

Dar ouvidos à voz da propaganda de guerra produzida pela mídia movida a cifrões, ódio e preconceito de classe, é enfraquecê-lo, é ajudar o inimigo, é trair a causa da luta por um país mais justo e democrático.

Os puristas que me perdoem, mas a sua ingenuidade pode ter consequências desastrosas para eles e para todos nós. (Carlos Motta)



Recusa do papa a convite de Temer expõe isolamento do Brasil pós-golpe

abril 19, 2017 12:47, por Feed RSS do(a) News

Isolado até pelo papa, Temer conta apenas com o que resta da base parlamentar, após delações de executivos da Odebrecht, enquanto é torpedeado por Eduardo Cunha, seu ex-aliado e hoje presidiário em Curitiba

Por Redação – de Brasília

Com a diplomacia em frangalhos após a passagem dos senadores José Serra (PSDB-SP) e seu substituto, Aloysio Nunes, tucano por São Paulo, no Itamaraty, o Brasil tem sido afastado dos centros de decisão aos quais frequentava no tempo em que durou a democracia no país. Em meio a um golpe de Estado que acaba de completar um ano, tanto Serra quanto Nunes foram citados por delatores da Operação Lava Jato como corruptos. Ambos teriam recebido dinheiro de propina, em contas no exterior. São investigados, agora, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

Papa Francisco

Papa Francisco, em carta a Temer, pede que não dê tanto peso assim aos investidores e passe a ver o lado das pessoas mais pobres

Diante do quadro gravíssimo que se configura no Ministério das Relações Exteriores, entre outros também comandados por suspeitos de integrar uma quadrilha formada para assaltar os cofres públicos, a recusa do papa Francisco ao convite do presidente de facto, Michel Temer, resume o isolamento de seu governo.

Em carta, o papa informa a Temer de sua recusa ao convite para visitar o Brasil para as celebrações dos 300 anos da aparição de Nossa Senhora Aparecida, completados em 2017. O convite partiu de Temer, já no Palácio do Planalto, após a cassação da presidenta Dilma Rousseff, no final do ano passado.

Convite recusado

Em seu estilo direto, ainda que terno, Francisco não se furta a uma repreensão àqueles que integram o governo brasileiro. Em especial, o mandatário imposto após o golpe de Estado, em curso no país. Francisco cobra o fim das medidas que agravam a situação de miséria em que se encontra a parcela mais carente dos brasileiros, atingida por sucessivas perdas de direitos sociais.

“Sei bem que a crise que o país enfrenta não é de simples solução, uma vez que tem raízes sócio-político-econômicas, e não corresponde à Igreja nem ao Papa dar uma receita concreta para resolver algo tão complexo”, diz ele em um trecho do documento.

“Porém não posso deixar de pensar em tantas pessoas, sobretudo nos mais pobres, que muitas vezes se veem completamente abandonados e costumam ser aqueles que pagam o preço mais amargo e dilacerante de algumas soluções fáceis e superficiais para crises que vão muito além da esfera meramente financeira”, acrescentou.

Diplomaticamente, Francisco atribui a recusa do convite de Temer à sua intensa agenda. Mas afirma que acompanha “com atenção” os acontecimentos na maior nação da América Latina. Por último, o papa adverte Temer a não “confiar nas forças cegas e na mão invisível do mercado”, em um momento em que o governo tenta aprovar reformas que agradem os investidores.

Em agosto do ano passado, Francisco enviou uma carta em apoio a Dilma Rousseff. O golpe já estava em marcha.

Temer e Cunha

Para agravar, ainda mais, o quadro de iniquidade que envolve os atuais inquilinos do Palácio do Planalto, o presidiário Eduardo Cunha, deputado cassado do PMDB fluminense, conseguiu vazar um bilhete, de sua cela, no qual aponta Temer como cúmplice na obtenção de dinheiro sujo. Do complexo penal onde está preso, em Curitiba, Cunha fez chegar a um dos diários conservadores paulistanos um bilhete no qual rebate as declarações de Temer a um canal da TV aberta.

Cunha aborda dois pontos da entrevista concedida por Temer, no sábado. O presidiário retifica o que disse o ex-companheiro de legenda quanto à reunião com um executivo da Odebrecht. No encontro, teria acertado o repasse de US$ 40 milhões em propina para o PMDB. O encontro ocorreu em julho de 2010, segundo o delator da empreiteira, e teve a participação de Cunha.

A reunião foi “agendada diretamente com” o hoje presidente de facto do país.

‘Se equivocou’

“A referida reunião não foi por mim marcada. O fato é que estava em São Paulo, juntamente com Henrique Alves. Almoçamos os três juntos no restaurante Senzala, ao lado do escritório político dele. Após outra reunião, fomos convidados a participar dessa reunião já agendada diretamente com ele”, afirma Cunha, no bilhete. E acrescenta que Temer “se equivocou nos detalhes”.

Cunha acrescenta, porém, que na reunião “não se tratou de valor nem (houve) referência a qualquer contrato daquela empresa”.

“A conversa girou sobre a possibilidade de possível doação. Não corresponde a verdade o depoimento do executivo”, afirma o deputado cassado. Temer já confirmou, em nota, a existência da reunião, mas também nega ter pedido repasse de propina durante o encontro.

Vice sabia

O preso afirma, também, que discutiu com Temer a decisão de abrir o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Em dezembro de 2015, ele teria discutido o assunto com o então vice-presidente, dois dias antes de oficializar a decisão. Cunha diz que o parecer foi “debatido e considerado por ele correto do ponto de vista jurídico”.

Na entrevista, Temer contou que foi informado por Cunha de que ele não abriria os processos. O PT prometera votos favoráveis a ele no Conselho de Ética. Mas que depois informou que o acordo havia ruído, uma vez que o PT mudara de ideia. A direção petista, no entanto, nega qualquer tratativa com Eduardo Cunha sobre o assunto.

O post Recusa do papa a convite de Temer expõe isolamento do Brasil pós-golpe apareceu primeiro em Jornal Correio do Brasil.



O renascimento do bebê diabo

abril 17, 2017 16:25, por Feed RSS do(a) News
 
Se os lava-jatos estão aí para, além de destruir boa parte da economia nacional e criminalizar a atividade política, condenar o ex-presidente Lula, tornando inviável sua participação na campanha eleitoral de 2018, o único trabalho da imprensa nativa é confundir o público, agindo em conjunto com os outros protagonistas do desmanche da nação.


Os jornalões perderam totalmente o pudor e praticam selvagemente o chamado "jornalismo de guerra", um eufemismo para a mais descarada propaganda contra Lula e tudo aquilo ligado a ele.

Mentiras ganham as manchetes com a naturalidade de quem ou acredita nelas, e por isso sofre de doença mental, ou faz isso deliberadamente, e nesse caso é um criminoso.

Para se contrapor a esse bombardeio de iniquidades, resta apenas a internet, com seus sites e blogs desvinculados da oligarquia, e as redes sociais.

Trata-se de uma batalha entre Davi e Golias.

Mas que tem de ser travada, sob o risco de o país sucumbir à barbárie  rapidamente.

No caso específico de Lula, as delações dos bandidos da Odebrecht têm sido sistematicamente torcidas e retorcidas, alteradas e inventadas, com o único propósito de jogar lama na figura do ex-presidente, às vésperas do seu tão aguardado depoimento ao juiz lava-jato.

Sobre o assunto, a sua defesa preparou um didático texto, que explica, tim-tim por tim-tim, cada uma das lorotas plantadas pelos seus inimigos e diariamente repercutidas pela máquina de propaganda dos vendilhões da pátria.

É um documento de máxima importância para quem, ao menos, está interessado em conhecer o outro lado da história:

O ex-presidente Lula está mais uma vez no centro de intenso bombardeio midiático. Na liderança do ataque, o Jornal Nacional da Rede Globo divulgou 40 minutos de noticiário negativo em apenas 4 edições. Como vem ocorrendo há mais de dois anos, Lula é alvo de acusações frívolas e ilações que, apesar da virulência dos acusadores, não apontam qualquer conduta ilegal ou amparada em provas. Desta vez, no entanto, além de tentar incriminar Lula à força, há um esforço deliberado de reescrever a biografia do maior líder popular da história do Brasil.

Os depoimentos negociados pelos donos e executivos da Odebrecht – em troca da redução de penas pelos crimes que confessaram – estão sendo manipulados para falsificar a história do governo Lula. Insistem em tratar como crime, ou favorecimento, políticas públicas de governo voltadas para o desenvolvimento do país e aprovadas pela população em quatro eleições presidenciais.

São políticas públicas transparentes que beneficiaram o Brasil como um todo – não apenas esta ou aquela empresa – como a adoção de conteúdo nacional nas compras da Petrobras, a construção de usinas e integração do sistema elétrico, o financiamento da agricultura, o apoio às regiões Norte e Nordeste, a ampliação do crédito a valorização do salário e as transferências de renda que promoveram o consumo e dinamizaram a economia, multiplicando por quatro o PIB do país.

Estas políticas não foram adotadas em troca de supostos benefícios pessoais, como querem os falsificadores da história. Elas resultaram do compromisso do ex-presidente Lula de proporcionar uma vida mais digna a milhões de brasileiros.

Por isso Lula deixou o governo com 87% de aprovação e é apontado pela grade maioria como o melhor presidente de todos os tempos. É contra esse reconhecimento popular que tentam criar um falso Lula, apelando para o preconceito e até para supostas opiniões de quem chefiou a ditadura, de quem mandou prender Lula por lutar pela democracia e pelos direitos dos trabalhadores.

No verdadeiro frenesi provocado pela edição dos depoimentos da Odebrecht, é preciso lembrar que estes e outros delatores da Lava Jato foram pressionados a apresentar versões que comprometessem Lula. Mas tudo o que apresentaram, antes e agora, são ilações sem provas.

E é preciso lembrar também que essa teia de mentiras está sendo lançada contra Lula às vésperas do julgamento de uma ação na Vara da Lava Jato que pretende condená-lo não apenas sem provas, mas contra todas as provas testemunhais e documentais de sua inocência.

E lembrar ainda que o novo bombardeio de mídia foi deflagrado no momento em que, mesmo não sendo candidato, Lula é apontado crescentemente nas pesquisas como o favorito para as eleições presidenciais.

Por tudo isso, é necessário analisar cada uma das ilações apresentadas, para desfazer cada fio dessa a teia de mentiras.

Há algum ato ilegal de Lula relatado na delação da Odebrecht?

Não há. Delações não são provas, mas informações prestadas por réus confessos que apenas podem dar origem a uma investigação. A legislação brasileira proíbe expressamente condenações baseadas somente em delações, negociadas em troca da obtenção de benefícios penais por réus confessos. As delações devem ser investigadas e os depoimentos de delatores expostos ao questionamento dos advogados de defesa. Por enquanto, o que existe, são depoimentos feitos aos procuradores, a acusação, divulgados de forma espetacular antes dos advogados terem acesso a eles. 

No passado, depoimentos divulgados de forma semelhante - como os de Paulo Roberto da Costa, Nestor Cerveró e Delcídio do Amaral - quando confrontados com depoimentos em juízo dos mesmos colaboradores não revelaram qualquer crime ou prova contra o ex-presidente Lula.

É parte da estratégia de lawfare e uso da opinião pública da Lava Jato, teorizada por Sérgio Moro em artigo de 2004, "deslegitimar o sistema político" usando a mídia, e destruir a imagem pública dos seus alvos para substituir o devido processo legal pela difamação midiática.

Sítio em Atibaia

Há mais de um ano a Lava Jato investiga um sítio no interior de São Paulo. Os proprietários do sítio, que não é do ex-presidente Lula, já provaram a propriedade e a origem dos recursos para a compra do sítio. Mesmo o relato de Emílio Odebrecht e Alexandrino Alencar indicam que eles desconhecem de quem é a propriedade, além do que ouviram em boatos, e de que a reforma de tal sítio seria uma surpresa para o ex-presidente, dentro de uma ação que não o envolveu em uma propriedade que não é sua. É estranho nesse contexto que Emílio Odebrecht diga que na véspera do fim do mandato tenha "avisado" Lula da obra. E é inadmissível que o silêncio de Lula, diante do suposto aviso, seja interpretado como evidência. O sítio não é do ex-presidente, não há nenhum ato dele em relação ao sítio, nem vantagem indevida, patrimônio oculto ou contrapartida.

"Terreno"  e doações ao Instituto Lula

Como já foi repetido várias vezes e comprovado nos depoimentos e documentos, o Instituto Lula jamais recebeu qualquer terreno da Odebrecht. Ele funciona em um sobrado adquirido em 1991. O tal terreno foi recusado. E foi recusado porque sequer havia sido solicitado pelo Instituto ou por Lula. É prova do lawfare e perseguição a Lula que um terreno recusado seja objeto de uma ação penal.

O Instituto recebeu doações de dezenas de empresas e indivíduos diferentes. Todas registradas. As doações da Odebrecht não representam nem 15% do valor total arrecadado pelo Instituto antes do início de uma perseguição judicial. Todas as doações foram encaminhadas por meio de diretores com o devido registro fiscal. Jamais houve envolvimento de Antonio Palocci ou de qualquer intermediário nos pedidos de doação ao Instituto. Os depoimentos de delatores Alexandrino Alencar e Marcelo Odebrecht inclusive se contradizem sobre esse assunto.

“Conta amigo”, os milhões virtuais que Lula nunca recebeu

Esta é a mais absurda de todas as ilações no depoimento de Marcelo Odebrecht. Ele disse que Lula teria uma "conta corrente" na empresa. Ora diz que essa conta seria de 35 milhões, ora seria de 40 milhões, mas ressalva que jamais conversou com Lula sobre essa conta. Narra uma confusa movimentação de saída e entrada de recursos, citando a compra de um terreno (depois devolvido), uma doação ao Instituto Lula e supostas entregas em dinheiro vivo a Branislav Kontic, totalizando R$ 13 milhões. Diz ainda que parte da reserva continuou na tal conta.

Se for verdadeiro o depoimento, Marcelo Odebrecht teria feito, na verdade, um aprovisionamento em sua contabilidade para eventuais e futuros transferências ou pagamentos. Isso é muito diferente de dizer que havia uma “conta Lula” na Odebrecht, como reproduzem as manchetes levianas. A ser verdadeira, trata-se, como está claro, de uma decisão interna da empresa. Uma “conta” meramente virtual, que nunca foi transferida, nem no todo nem em parte, que nunca se materializou em benefícios diretos ou indiretos para Lula.

O fato é que Lula nunca pediu, autorizou ou sequer teve conhecimento do suposto aprovisionamento.

As três supostas evidências apresentadas sobre a conta virtual desmoronam diante da realidade, a saber: a) o terreno comprado supostamente para o Instituto Lula nunca foi entregue, porque nunca foi pedido por quem de direito; b) as doações da Odebrecht para o Instituto Lula foram feitas às claras, em valores contabilizados na origem e no destino, e informadas à Receita Federal, em transação transparente; c) a defesa de Branislav Kontic negou, em nota ao Jornal Nacional, que seu cliente tenha praticado as ações citadas pelos delatores.

Todos os sigilos de Lula e sua família - bancários, fiscal, telefônico - foram quebrados. O Ministério Público sabe a origem de todos os recursos recebidos por Lula, o destino de cada centavo ganho pelo ex-presidente com palestras e que Lula vive em um apartamento em São Bernardo do Campo desde a década de 1990. Onde estão os R$ 40 milhões?

Palestras

Após deixar a presidência da República, com aprovação de 87% e reconhecimento mundial, Lula fez 72 palestras para mais de 40 empresas. Entre elas Pirelli, Itaú e Infoglobo. Em todas as palestras foram cobrados os mesmos valores. Todas foram realizadas, e a comprovação de tudo relacionado as palestras já está na mão do Ministério Público do Distrito Federal e do Paraná. A imprensa deu a entender que a Odebrecht teria "inventado" essas palestras. Isso não foi dito de forma alguma mesmo nos depoimentos, que indicaram que as palestras eram lícitas e legítimas. E a Odebercht não foi a primeira empresa, nem a segunda, nem a terceira a contratar palestras de Lula. Microsoft, LG e Ambev, por exemplo, contrataram palestras pelos mesmos valores ANTES da Odebrecht. Segue a relação completa de paletsras entre 2011 e 2015: http://institutolula.org/uploads/relatoriopalestraslils20160323.pdf

A legislação brasileira não impede que ex-presidentes deem palestras. Não impediria que eles fossem diretores de empresa, o que Lula nunca foi. 

Ajuda ao filho

Após deixar a presidência Lula não é mais funcionário público. Mesmo considerando real o relato de delatores que precisam de provas, Emílio Odebrecht e Alexandrino Alencar relatam que a ajuda para o filho de Lula iniciar um campeonato de futebol americano foi voluntária e após diversas conversas e análises do projeto. A expressão inserida em depoimento de "contrapartida"  de melhorar as relações entre Dilma e Marcelo Odebrecht  é genérica e de novo, mesmo que fosse real, não incide em nenhuma infração penal. Em 2011, anos dos relatos, Lula não ocupava nenhuma função pública. 

A liga de futebol americano existiu e não teve a participação ou sequer o acompanhamento de Lula. Os filhos do ex-presidente são vítimas há anos de boatos na internet de que seriam bilionários. Tiveram suas contas quebradas e atividades analisadas. E não são nem bilionários, nem donos de fazendas ou da Friboi.            

Frei Chico

De novo, mesmo considerando o relato dos delatores, que necessitam de provas, eventual relação entre a Odebrecht e o irmão de Lula eram relações privadas. Lula não tem tutela sobre seu irmão mais velho e não solicitou ajuda a ele, nem cuidava de sua vida. Não há relato de infração, nem de contrapartida, nem de que tenha sido o ex-presidente que tenha solicitado qualquer ajuda ao irmão.

Carta Capital

A breve menção a revista indica que Lula falou para Emílio Odebrecht ver o que poderia fazer e se poderia fazer algo para ajudar a revista, novamente após ter deixado a presidência da República. A relação entre dois outros entes privados  (Carta Capital e Odebrecht) não tem qualquer contato com Lula a partir disso e o pedido de verificação se poderiam anunciar na revista não implica em nenhum ilícito. Os executivos da Odebrecht mencionaram que o grupo prestou ajuda a diversos outros veículos de imprensa, podendo ser citado como exemplo o jornal O Estado de S.Paulo.

Angola

O depoimento de Emílio Odebrecht indica que os serviços contratados da empresa Exergia, para prestar serviços em Angola, foram efetivamente prestados. A Exergia tem como um dos seus sócios Taiguara dos Santos, filho do irmão da primeira esposa de Lula. Se posteriormente a queda de serviços em Angola houve um adiantamento de recursos entre as duas partes privadas, ele não teve qualquer envolvimento do já ex-presidente, nem isso é mencionado nos depoimentos. Lula jamais recebeu qualquer recurso da empresa Exergia ou de Taiguara, e isso já foi objeto de investigação da Polícia Federal, que não achou nenhum recurso dessa empresa nas contas de Lula.

Esse caso já é analisado em uma ação penal na Justiça Federal de Brasília. Comprovando-se a verdade dos depoimentos dos delatores, a tese da ação penal se mostra improcedente, a acusação de que não houve prestação de serviços e que eles seriam algum tipo de propina ou lavagem cai por terra. Ou seja, nesse caso os depoimentos não só não indicam qualquer crime como inocentam Lula nessa ação penal.

Doações eleitorais

O depoimento de Emílio Odebrecht é explícito ao dizer que nunca discutiu valores ou forma de doações eleitorais com o ex-presidente Lula. Lula não cuidava das finanças de campanha ou partidárias.

O PT e o ex-presidente sempre defenderam o fim de qualquer financiamento privado de campanhas eleitorais. Mas o Supremo Tribunal Federal só determinou o fim de contribuição de pessoas jurídicas em 2015.

O ex-presidente nunca autorizou ninguém a pedir doações de qualquer tipo em contrapartida de atos governamentais de qualquer tipo.

Estádio do Corinthians

Mesmo tomando como verdade os relatos de delatores, não há nenhum ato ilegal relatado do ex-presidente em relação ao Estádio Privado do Sport Club Corinthians. Em 2011 havia o risco de São Paulo ficar fora da Copa do Mundo. O ex-presidente sempre defendeu o uso do Estádio do Morumbi, como registrou publicamente o falecido presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, mas em 2011 esse estádio foi vetado pela FIFA.O estádio do Corinthians de fato era um projeto menor. Com a possibilidade de sediar a abertura da Copa, o Corinthians construiu um estádio maior. O estádio, e isso é óbvio, não é do Lula, mas do Corinthians. Não só tem público lotado constantemente como a Rede Globo, empresa privada com fins lucrativos, já até usou o estádio vazio como estúdio dos seus programas de TV. 

Lula e a presidência

Lula é considerado em todas as pesquisas o melhor presidente brasileiro de todos os tempos, mesmo com a intensa campanha midiática contra ele. Lula também é o único presidente da história da República de origem na classe trabalhadora, nascido na miséria do sertão nordestino, migrante criado pela mãe. O único que superou todas essas condições adversas para ser o presidente que mais elevou o nome do Brasil no mundo.

Lula sempre agiu dentro da lei e a favor do Brasil antes, durante e depois da presidência, quando voltou para o mesmo apartamento que residia em São Bernardo do Campo antes de ir para Brasília.

Não foi só a Odebrecht que cresceu durante o governo Lula. A grande maioria das empresas brasileiras, pequenas, médias e grandes, cresceram no período. Milhões de empregos foram gerados e a pobreza e fome reduzidas de forma inédita no país. Foi todo o Brasil que cresceu no período de maior prosperidade econômica da democracia brasileira.

É hora de perguntar a quem interessa destruir Lula, quando o ex-presidente se posiciona contra o fim dos direitos trabalhistas e previdenciários. A quem interessa destruir Lula, quando o patrimônio brasileiro - reservas minerais na Amazônia, o pré-sal, estatais - são colocados a venda a preço de banana? A quem interessa reescrever a biografia do maior líder popular do país?



Todos os políticos usam caixa 2. Vamos processar todos?

abril 15, 2017 9:18, por Feed RSS do(a) News

Se o que o empresário Marcelo Odebrecht disse, em um dos seus depoimentos de "delação premiada", for verdade, o melhor que se tem a fazer, para que o Brasil continue existindo, é simplesmente deixar tudo como está, já que, se for para cumprir a lei, não se fará outra coisa no Brasil a não ser investigar e processar todos os que se aventuraram no mundo da político: segundo ele, todos os políticos usam recursos de caixa 2 para financiar suas campanhas. 

"Eu não conheço nenhum político no Brasil que tenha conseguido fazer qualquer eleição sem caixa dois. O cara pode até dizer que não sabia, mas recebeu dinheiro do partido que era caixa 2. O político que disser que não recebeu caixa 2 está mentindo", disse o alcagueta.

No mesmo depoimento, Marcelo Odebrecht disse que o repasse via caixa 2 era predominante para políticos que tinham bom relacionamento com a empresa. "Todo lugar onde a gente tinha uma relação forte ou uma presença forte, com certeza teve caixa 2."

Preso preventivamente na Lava Jato desde 2015, Marcelo decidiu delatar o esquema de corrupção em campanhas políticas depois de ser condenado a 19 anos e quatro meses de prisão em uma das ações a que responde na 13ª Vara Federal em Curitiba, comandada pelo juiz (sic) Sérgio Moro. Se não se dobrasse à tortura a que foi submetido, certamente seria condenado à prisão perpétua.



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