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April 3, 2011 21:00 , par Inconnu - | 2 people following this article.
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Todo poder ao Parlamento!

August 10, 2017 11:13, par Feed RSS do(a) News

 

Carlos Motta


A nova que vem de Brasília dá conta que o Dr. Mesóclise e sua turma de picaretas estão bolando mais um plano para acabar de vez com as pretensões do ex-presidente Lula voltar a ocupar o cargo de chefe do Executivo central novamente. 

O truque da vez se chama parlamentarismo, esse sistema de governo no qual o presidente da República é uma figura decorativa e quem dá as cartas é o primeiro-ministro, escolhido pelo Congresso - ou Parlamento -, entre os seus.

Coisa de Primeiro Mundo.

Com isso, pensam os golpistas, o país ficará livre de vez do "Nine", esse sujeitinho que teima em ter votos, por mais condenado que seja, por mais que se diga, em tudo o que é jornal, revista, programa de rádio e televisão, sites da internet, redes sociais, que ele é um corrupto e ladrão, pois afinal tem um "triplex" na badalada Guarujá e um sítio na também charmosa Atibaia, e seu filho é dono da Friboi, tem uma Lamborghini de ouro, um iate de R$ 20 milhões, e uma fazenda que parece muito com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba, interior paulista.


Com o parlamentarismo, acreditam os usurpadores, não haverá a menor chance de o "Brahma" retornar ao Palácio do Planalto - existe uma ínfima possibilidade de ele concorrer na eleição do ano que vem, se o TRF-4 não julgar a tempo a sua apelação, ou se, num desses fenômenos da natureza, resolverem absolvê-lo.

O fato é que os golpistas morrem de medo do "Apedeuta".

Por isso têm de se cercar de todos os lados, garantir que ele nunca, em nenhuma hipótese, pela terceira vez, resolva garantir três refeições ao dia para os pobres, que, como sempre diz, são a solução e não o problema do Brasil. 

Imagine só alguém dar atenção a eles, fazer deles cidadãos e não mera mão de obra a ser explorada - ah, os bons tempos da escravidão...

Eles temem mesmo que, cumprindo uma pena de prisão perpétua na masmorra curitibana, o "Molusco" consiga passar um recado para os seus apoiadores - essas pragas vermelhas que insistem em não aceitar a modernização do país - votarem em outro comunistinha qualquer, esse Haddad das bicicletas e da velocidade baixa nas marginais paulistanas, ou até naquele boquirroto do Ciro Gomes, ou - é melhor nem pensar nisso - no tal Flávio Dino, que está dando um jeito no Maranhão, o Maranhão tão querido pelo nosso velho e bom Sarney, quem diria...

Por tudo isso, o jeito é o parlamentarismo.

Com ele, não há erro - o povo brasileiro, que nem sabe o que faz um prefeito, um vereador, um deputado ou um senador, e que acha que a culpa por sua rua ser toda esburacada é do presidente da República, vai saber escolher um Congresso só de luminares, exemplos de honestidade e dedicação ao serviço público, certamente vai votar em quem pretende doar seu trabalho e seu esforço para o desenvolvimento da nação, para o aperfeiçoamento da democracia e redução das desigualdades sociais.

Esse povo, que nunca, nenhuma vez, nem por sonhos, levou ao Parlamento figuras como o incrível Eduardo Cunha, a família Bolsonaro, Felicianos e Malafaias - amém! - e tantos outros, tatuados ou não, com certeza vai acompanhar, como se a seleção brasileira estivesse numa final de Copa do Mundo, a emocionante eleição do primeiro-ministro.

E, escolhido o vencedor, sairá às ruas, vestindo as camisetas verde-amarelas da CBF, a honesta, soltará rojões, e gritará, efusivamente, num Carnaval temporão, o nome desse messias que concluirá a travessia deste imenso transatlântico Brasil rumo ao porto seguro das crenças ancestrais, essas que não admitem experiências exóticas, nem aventuras perigosas, ou promessas despropositadas de dias melhores.



Contra os ataques do governo Temer ao Comitê Gestor da Internet no Brasil

August 9, 2017 16:24, par Feed RSS do(a) News

Coalizão direitos na rede internet sob ataque

Nota de repúdio

Contra os ataques do governo Temer ao Comitê Gestor da Internet no Brasil

English Version

A Coalizão Direitos na Rede vem a público repudiar e denunciar a mais recente medida da gestão Temer contra os direitos dos internautas no Brasil. De forma unilateral, o Governo Federal publicou nesta terça-feira, 8 de agosto, no Diário Oficial da União (D.O.U.), uma consulta pública visando alterações na composição, no processo de eleição e nas atribuições do Comitê Gestor da Internet (CGI.br).

Composto por representantes do governo, do setor privado, da sociedade civil e por especialistas técnicos e acadêmicos, o CGI.br é, desde sua criação, em 1995, responsável por estabelecer as normas e procedimentos para o uso e desenvolvimento da rede no Brasil. Referência internacional de governança multissetorial da Internet, o Comitê teve seu papel fortalecido após a promulgação do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014) e de seu decreto regulamentador, que estabelece que cabe ao órgão definir as diretrizes para todos os temas relacionados ao setor. A partir de então, o CGI.br passou a ser alvo de disputa e grande interesse do setor privado.

Ao publicar uma consulta para alterar significativamente o modelo do Comitê Gestor de forma unilateral e sem qualquer diálogo prévio no interior do próprio CGI.br, o Governo passa por cima da lei e quebra com a multissetorialidade que marca os debates sobre a Internet e sua governança no Brasil.

A consulta não foi pauta da última reunião do CGI.br, realizada em maio, e nesta segunda-feira, véspera da publicação no D.O.U., o coordenador do Comitê, Maximiliano Martinhão, apenas enviou um e-mail à lista dos conselheiros relatando que o Governo Federal pretendia debater a questão – sem, no entanto, informar que tudo já estava pronto, em vias de publicação oficial. Vale registrar que, no próximo dia 18 de agosto, ocorre a primeira reunião da nova gestão do CGI.br, e o governo poderia ter aguardado para pautar o tema de forma democrática com os conselheiros/as. Porém, preferiu agir de forma autocrática.

Desde sua posse à frente do CGI.br, no ano passado, Martinhão – que também é Secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – tem feito declarações públicas defendendo alterações no Comitê Gestor da Internet. Já em junho de 2016, na primeira reunião que presidiu no CGI.br, após a troca no comando do Governo Federal, ele declarou que estava “recebendo demandas de pequenos provedores, de provedores de conteúdos e de investidores” para alterar a composição do órgão.

A pressão para rever a força da sociedade civil no Comitê cresceu, principalmente por parte das operadoras de telecomunicações, apoiadoras do governo. Em dezembro, durante o Fórum de Governança da Internet no México, organizado pelas Nações Unidas, um conjunto de entidades da sociedade civil de mais de 20 países manifestou preocupação e denunciou as tentativas de enfraquecimento do CGI.br por parte da gestão Temer. No primeiro semestre de 2017, o Governo manobrou para impor uma paralisação de atividades em nome de uma questionável “economia de recursos”.

Martinhão e outros integrantes da gestão Kassab/Temer também têm defendido publicamente que sejam revistas conquistas obtidas no Marco Civil da Internet, propondo a flexibilização da neutralidade de rede e criticando a necessidade de consentimento dos usuários para o tratamento de seus dados pessoais. Neste contexto, a composição multissetorial do CGI.br tem sido fundamental para a defesa dos postulados do MCI e de princípios basilares para a garantia de uma internet livre, aberta e plural.

Por isso, esta Coalizão – articulação que reúne pesquisadores, acadêmicos, desenvolvedores, ativistas e entidades de defesa do consumidor e da liberdade de expressão – lançou, durante o último processo eleitoral do CGI, uma plataforma pública que clamava pelo “fortalecimento do Comitê Gestor da Internet no Brasil, preservando suas atribuições e seu caráter multissetorial, como garantia da governança multiparticipativa e democrática da Internet” no país. Afinal, mudar o CGI é estratégico para os setores que querem alterar os rumos das políticas de internet até então em curso no país.

Nesse sentido, considerando o que estabelece o Marco Civil da Internet, o caráter multissetorial do CGI e também o momento político que o país atravessa – de um governo interino, de legitimidade questionável para empreender tais mudanças – a Coalizão Direitos na Rede exige o cancelamento imediato desta consulta.

É repudiável que um processo diretamente relacionado à governança da Internet seja travestido de consulta pública sem que as linhas orientadoras para sua revisão tenham sido debatidas antes, internamente, pelo próprio CGI.br. É mais um exemplo do modus operandi da gestão que ocupa o Palácio do Planalto e que tem pouco apreço por processos democráticos. Seguiremos denunciando tais ataques e buscando apoio de diferentes setores, dentro e fora do Brasil, contra o desmonte do Comitê Gestor da Internet.

8 de agosto de 2017, Coalizão Direitos na Rede



Internet sob Ataque!

August 9, 2017 16:20, par Feed RSS do(a) News

Coalizão direitos na rede internet sob ataque

Manifesto da Coalizão Direitos na Rede

English Version

Diante de um cenário político de ameças constantes e crescentes às liberdades e direitos dos cidadãos e cidadãs na Internet, as entidades relacionadas abaixo decidiram juntar forças e lançar a Coalizão Direitos na Rede. Nosso objetivo é defender princípios fundamentais para a garantia de uma Internet com acesso universal, respeito à neutralidade da rede, liberdade de informação e de expressão, segurança e respeito à privacidade e aos dados pessoais, assim como assegurar mecanismos democráticos e multiparticipativos de governança.

Entre essas ameaças, destacamos uma série de ataques a direitos expressos na Constituição Federal e na Lei Geral de Telecomunicações, no que diz respeito à universalização da infraestrutura de telecomunicações que serve de suporte ao acesso à Internet, bem como aos direitos conquistados com o Marco Civil da Internet e seu regulamento, o Decreto 8.771, de abril de 2016.

  • O teor da Portaria 1.455, de abril de 2016, editada pelo extinto Ministério das Comunicações, que estabeleceu diretrizes para que a ANATEL promova a revisão do atual modelo de prestação dos serviços de telecomunicações. O texto minimiza obrigações de universalização e elimina o instituto da reversibilidade, relativizando a atribuição constitucional exclusiva da União de garantir o acesso às telecomunicações, e comprometendo a implantação democrática da infraestrutura de suporte de acesso à Internet;
  • As recorrentes violações ao Marco Civil da Internet na oferta de banda larga móvel, com a prática do zero-rating associada a franquias de dados extremamente reduzidas e ao bloqueio do acesso. A iniciativa das operadoras de telecomunicações de transferir esse modelo de negócios para a banda larga fixa, ampliando o desrespeito ao direito à não interrupção da conexão e à neutralidade da rede,nos termos do Marco Civil da Internet. Essas práticas aprofundam as desigualdades e vão de encontro ao reconhecimento do acesso à Internet como direito universal e como serviço essencial;
  • O relatório resultante da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Crimes Cibernéticos e suas respectivas propostas de projetos de lei que, assim como outros PLs em tramitação no Congresso Nacional, põem em risco os direitos estabelecidos pelo Marco Civil da Internet, em especial a privacidade, a liberdade de expressão e de informação nas redes. A ameaça é reforçada com a recente aprovação na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados de projeto de lei que autoriza o acesso sem ordem judicial a dados cadastrais (qualificação pessoal, endereço e filiação) pela polícia e pelo Ministério Público em qualquer investigação.
  • O bloqueio a sites e aplicativos com base em práticas correntes nas redes, como o compartilhamento de conteúdos e arquivos, e em decisões judiciais de primeira instância que têm afetado o acesso à informação e à liberdade de expressao de milhões de brasileiros;
  • O não reconhecimento da relevância da construção democrática e participativa do Projeto de Lei 5.276/2016, que trata de “dados pessoais para a garantia do livre desenvolvimento da personalidade e dignidade da pessoa natural”, secundarizando sua aprovação no Parlamento diante de outras propostas em tramitação no Legislativo e desconsiderando a maneira balanceada como, até então, o texto atende a padrões internacionais de proteção da privacidade.
  • A aprovação do Decreto Nº 8.789, de 29 de junho de 2016, que trata do compartilhamento de bases de dados na administração pública federal sem nenhuma consideração de privacidade ou anonimização dos dados dos cidadãos, particularmente neste contexto de ausência de uma lei de proteção de dados pessoais.
  • Os debates extraoficiais, noticiados pela imprensa especializada, de que se pretende enquadrar a Internet como serviço de telecomunicações, comprometendo sua governança multissetorial com a participação do Comitê Gestor da Internet no Brasil, conforme determina o Marco Civil da Internet e o Decreto 8.771, de 11 de maio de 2016.

Diante deste cenário, a Coalizão Direitos na Rede lança no VI Fórum da Internet no Brasil a campanha Internet sob Ataque, que denunciará as ameaças em curso e buscará promover um amplo debate com a sociedade brasileira sobre estes temas. A Coalizão também passará a atuar de maneira articulada para a proteção e defesa dos seguintes princípios:

1 - Acesso universal à infraestrutura de telecomunicações e ao serviço de conexão à Internet, com vistas a assegurar o caráter universal e a prestação contínua e sem limites, com qualidade dos serviços e com respeito à neutralidade da rede;

2 - Proteção da privacidade e dos dados pessoais, visando à aprovação de uma lei de proteção de dados pessoais, bem como a manutenção dos direitos estabelecidos no Marco Civil da Internet, entre outras legislações que tratam do tema. Assegurar que ninguém esteja sujeito à vigilância, interceptação de comunicações ou coleta arbitrária e ilegal de dados pessoais, nem mesmo para fins de segurança nacional.

3 - Garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento, inclusive com a manutenção das salvaguardas a intermediários estabelecidas no Marco Civil da Internet.

4 - Fortalecimento do Comitê Gestor da Internet no Brasil, preservando suas atribuições e seu caráter multissetorial, como garantia da governança multiparticipativa e democrática da Internet.

Porto Alegre, 13 de julho de 2016.

Assine e participe!

  • Actantes
  • Articulação Marco Civil Já
  • Artigo 19
  • ASL — Associação Software Livre
  • Casa da Cultura Digital de Porto Alegre
  • Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
  • Ciranda da Comunicação Compartilhada
  • Coding Rights
  • Colaboratório de Desenvolvimento e Participação — COLAB-USP
  • Coletivo Digital
  • Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV-RJ
  • Garoa Hacker Clube
  • Grupo de Estudos em Direito, Tecnologia e Inovação do Mackenzie
  • Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso a Informação/GPoPAI da USP
  • Idec — Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
  • Instituto Beta: Internet & Democracia
  • Instituto Bem-Estar Brasil
  • Intervozes — Coletivo Brasil de Comunicação Social
  • Instituto Iris
  • Instituto Igarapé
  • Instituto Nupef
  • ITS-Rio — Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro
  • LAVITS — Rede latina-americana de estudos sobre vigilância, tecnologia e Sociedade
  • Movimento Mega
  • Núcleo de Estudos em Tecnologia e Sociedade da USP — NETS/USP
  • PROTESTE — Associação de Consumidores
  • Internet Sem Fronteiras Brasil
  • Blogoosfero.cc
  • TIE-Brasil


A fila dos anti-Lula não para de andar

August 8, 2017 22:39, par Feed RSS do(a) News
 

Não bastasse o terrorismo de alguns "analistas" e das Empiricus da vida, e lá vem um dos mais notórios garotos-propaganda do deus mercado dizer, na também notória Folha de S. Paulo, que "uma guinada populista levará tudo para o brejo", claramente se referindo a uma eventual vitória do ex-presidente Lula em 2018.

 
O sujeito, uma das  maiores fortunas do Brasil, a vida toda ligada à especulação, não esconde, na entrevista, sua aversão a Lula, com alegações que o distanciam do modelo de intelectual, que sempre vestiu, e o trazem para o campo dos fundamentalistas boçais da extrema-direita: "Se Lula for candidato, vai voltar o mesmo padrão de mentiras e promessas de antes. Ele declarou outro dia que nunca o Brasil precisou tanto do PT quanto hoje. Para quê? Para quebrar de novo? Para enriquecer todos esses que estão aí mamando há tanto tempo? Acho que a campanha vai ser de baixíssimo nível."
 
Vale lembrar que esse nosso conceituado porta-voz das maravilhas do liberalismo, deu um ótimo exemplo de sua competência quando ocupou o cargo de presidente do Banco Central no governo FHC: no fim de seu mandato a inflação estava em 12,5%; já no seu início, aumentou a taxa básica de juros para incríveis 45%, fazendo a alegria dos seus amigos banqueiros.
 
O homem é um portento!
 
Mas, incrível, tem legiões de fãs de carteirinha, gente que vê nele o suprassumo da inteligência, da perspicácia, da autoridade para palpitar sobre o que é melhor para o país, justamente ele que pôde, nos seis anos em que trabalhou para o megaespeculador George Soros, aprender todos os truques possíveis para que o capital, no seu sobrevoo permanente ao redor do mundo, ataque sempre os cofres mais vulneráveis - e rentáveis.
 
Falam até que ele aspira posições mais elevadas que essa de "queridinho", ou guru, ou mesmo porta-voz, como queiram, dessa mais que poderosa instituição carinhosamente chamada de "mercado" - e de todos os que a bajulam ou rastejam aos seus pés.
 
Nestes tempos de nulidades como Dorias, Alckmins e Meirelles, vale qualquer coisa, até mesmo, num ato de total desespero, apostar que um tosco, primitivo e ignorante Bolsonaro poderá, ao menos, para que não pensem que o Brasil é mais que uma enorme plantação de bananas, mas uma selva completa, segurar seus ímpetos de eliminar fisicamente seus desafetos.
 
Por que não, então, um presidente Fraga?
 
Afinal, ele tem quase tudo o que os nossos endinheirados querem e não conseguiram achar em nenhuma de suas apostas para dar jeito neste Brasil.
 
E foram tantos, e tantas decepções...
 
Este Fraga é branco, milionário, fala inglês, entra e sai dos Estados Unidos quando quer, nunca se misturou com gente "feia", só frequenta os círculos dos homens de bem, conhece os VIPs do planeta todo.
 
E, além de tudo, odeia o Lula.
 
Misture tudo e daí sairá a mais completa promessa de um Brasil nos eixos.
 
O povo, como sempre, será convidado a fazer o que sempre fez, ou seja, trabalhar na mais perfeita ordem para o inexorável progresso da nação. (Carlos Motta)


A internet realmente existente pertence ao capital financeiro

August 8, 2017 12:39, par Feed RSS do(a) News

Recentemente o site Tecmundo publicou artigo baseado na tradução de uma entrevista concedida por Peter Sande, co-fundador do PirateBay ao site de The Next Web onde ele afirma categoricamente "perdemos a internet para os capitalistas"

Sem internet hoje

Praticamente na mesma época das declarações de Sande, o pesquisador brasileiro Marcos Dantas1, elaborou a Comunicação A internet realmente existente: entre o capital financeiro e a regulação público-estatal apresentada no Painel "Capitalismo financiero y Comunicación", durante o X Congresso Internacional da União Latina de Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura (ULEPICC), Quito (Equador) em 13/07/2017, onde demonstra com dados concretos o tamanho da dominação e concentração capitalista existente na internet atual.

Dantas nos mostra que o valor de mercado "das mais importantes plataformas de internet atingiu USD 3,9 trilhões (COM 2016). Esses números mostram que a internet já se tornou definitivamente um grande negócio. Se, até alguns anos atrás, ainda se visualizava essa emergente tecnologia como um novo espaço aberto para a construção de uma democrática esfera pública cidadã, hoje em dia já não deveria mais haver dúvidas de que a internet tornou-se mesmo, acima de tudo, uma grande praça de mercado (ou "marketplace" como se pode ler em diversos relatórios e estudos político-econômicos internacionais sobre a sua recente evolução), com os problemas ou soluções daí decorrentes.

Esse mercado é basicamente dominado por um punhado de grandes corporações estadunidenses, identificadas pela sigla GAFA: Google, Amazon, Facebook, Apple. No entanto, também tem-se observado a crescente presença nele de corporações chinesas, a exemplo da Alibaba, não esquecendo a liderança japonesa e coreana nas plataformas de videojogos."

Dentre os vários aspectos pesquisados por Dantas, tais como a praça de mercado, os aplicativos para celulares, a remuneração da plataformas, propriedade dos dados, privacidade, liberdade, controle. concentração, etc nos chamou atenção o fato de, praticamente, as mesmas empresas do setor financeiro controlarem parte significativa das empresas e plataformas de internet.

Segundo Dantas, a Verisign, empresa privada gestora do computador-raiz do registro de domínios ponto com, empregando pouco mais de mil pessoas, em 2014, obteve receita total de USD 1 bilhão e seu lucro líquido foi de USD 355,3 milhões. "Pouco mais de 61% do capital dessa empresa estão nas mãos de seis instituições financeiras: T. Rowe Price (16,5%), Capital World Investors (14,2%), o muito conhecido Warren Buffet (11,9%), The Vanguard Group (7,6%), BlackRock (5,9%), New Perspective Fund (5,3%). Ou seja, gerir a internet é um negócio altamente lucrativo para o capital financeiro."

Não bastasse isso, Dantas demonstra que "A VeriSign não é exceção mas regra no mundo da internet. No Facebook, 1.435 instituições financeiras, fundos mútuos de investimento ou outros investidores institucionais ou individuais detém 68% do capital social. Quase 30% estão nas mãos da T. Rowe Price (3,1%); Vanguard (6,4%); FMR, LLC (5,6%); State Street (3,9%); Morgan Stanley (1,2%); Fidelity (2,17%). No Google, somam-se 1.701 instituições e investidores que detém 73,1% do capital social. Mas os nomes dominantes, com cerca de 28% do capital total, quase se repetem: T. Rowe Price (2,94%); Vanguard (5,5%); FMR, LLC (4,1%); State Street (3,5%); Capital Research (1,3%); Fidelity (1,3%) etc."

"O típico dessa época já não são empresas que se entregam a uma "livre" concorrência, no interior de cada país e também entre os diferentes países; são sindicatos de empresários, trustes detentores de monopólios. O "soberano" de hoje já é o capital financeiro, particularmente móvel, e flexível , cujos fios se emaranhamtanto no interior de cada país como no plano internacional , que é anônimo e não tem vínculo direto com a produção, que se concentra com umafacilidade extraordinária - e que já é extremamente concentrado, visto que algumas centenas de multimilionários e de milionários detêm positivamente, em suas mãos, a sorte atual do mundo inteiro" 2

Infelizmente, muita gente de boas intenções e índole, ainda acredita que as chamadas redes socio-digitais norteamericanas sejam praças de democracia e liberdade de expressão, quando há muito tempo se tornaram praças de mercado onde o produto é o usuário e o (des)conhecimento deste a moeda de troca entre as corporações financeiras.

E como conclui Peter Sande "Nós estamos fumando nossas vidas em produtos de Big Data, e agora não conseguimos parar".

Quer saber mais sobre este e outros temas ligados a Liberdade de Expressão, Cibervigilância, Ciberguerra, Trabalho Gratuiro na internet, clique nos links abaixo:

Comunicação-2017_texto-final-1.pdf

Colaboração e Liberdade: estratégias de desenvolvimento tecnológico nacional

A Internet morreu! Viva a Internet!

Ciberguerra potencializa guerra informacional

Você sabe quem invade seu computador???

O caso Snowden e a espionagem que chegou ao Brasil

Geopolítica da espionagem: as Ramificações do Caso Edward Snowden

Las garras del Imperio sobre América Latina y el Caribe I y II

Como entender essas denúncias de vigilantismo global

500 años pra quê? 

Web precisa ser repensada para impedir espionagem, diz criador

Sem #neutralidadedarede não tem nem Internet nem Liberdade de Expressão!!!

La Primera Ciberguerra Mundial

Uma sociedade livre

Blogoosfero: quem somos nós? - Entrevista com Sérgio Luis Bertoni

Redes Informáticas: Mentiras, bromas, engaños y cadenas en Internet

Dilma, el espionaje electrónico y un cambio de paradigma

Teles não querem neutralidade da rede garantida por lei

Europa também põe neutralidade de rede em lei

Marco Civil da Internet: o Brasil na vanguarda mundial

Aprovado no Senado, Marco Civil da Internet segue à sanção da Presidenta Dilma!

Marco Civil: Dilma diz que texto será enviado à ONU

Sem #MarcoCivil da Internet apenas os ricos terão acesso ao conhecimento e à informação

«10 de métodos modernos de control mental de la población»

Las 10 claves que explican el Nuevo Sistema Mundo 

Guerras sin cañones (I, II y III Partes)

Notas sobre a “esquerda ruim de internet”

América Latina já tem alternativa LIVRE às redes digitais privadas e proprietárias

Por qué el futuro de Internet necesita movimientos de justicia social

Las 25 Noticias más censuradas por la prensa corporativa de Estados Unidos

Liberdade de Expressão na Internet: Direito Humano Inalienável

Carta de Princípios do Blogoosfero

La CIA pierde su ciber-arsenal: WikiLeaks filtra la mayor colección de datos sobre su hackeo

Participe do Desenvolvimento Tecnológico do Brasil Livre e Soberano, sem Tiranos Temerários

Olá, presidenta Rousseff… eu avisei!

Software livre é a alternativa contra espionagem eletrônica

12 de março: 28 anos da web e as preocupações de Tim Berners-Lee, seu criador

Internet: a última batalha do neoliberalismo

Mega ataque de ransomware pode ter usado ferramenta de exploit da NSA

Você sabe o que é DMCA - Digital Millennium Copyright Act???

Quem manda no Shopping Center é o dono

As redes sociais chocaram o ovo da serpente

MegaNet, una alternativa a Internet que será

Por que Blogoosfero?

 

1  Professor Titular da Escola de Comunicação da UFRJ. Doutor em Engenharia da Produção pela COPPE-UFRJ, professor e pesquisador dos Programas de Pós Graduação em Comunicação e Cultura (PPGCOM) da ECO-UFRJ e em Ciência da Informação (PPGCI) do IBICT/ECO-UFRJ. É membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).

2 Deixe nos comentários abaixo sua resposta a estas duas questões:
a) quem é o autor deste trecho?
b) em que ano foi escrito?
Dica, não é do Marcos Dantas nem do autor do presente artigo.



Uma Justiça feita de ternos importados

August 8, 2017 8:14, par Feed RSS do(a) News

Por Carlos Motta

A antecipação, por parte do presidente do TRF-4, de que o recurso do ex-presidente Lula contra a sua condenação, a ser apreciado por aquele tribunal, vai para a lata do lixo e a sua pena de prisão perpétua será mantida, foi recebida com surpresa por muita gente.

É incrível a ingenuidade dos brasileiros, mesmo da parcela da sociedade que se julga - e muitas vezes é - bem informada.

Parece, para essas pessoas, que o Brasil vive um momento de esplendor democrático, que as suas instituições estão, como se diz, "funcionando normalmente", com uma imprensa e meios de comunicação a serviço da sociedade, e onde o poder público faz o impossível para diminuir a desigualdade entre os cidadãos e tornar a sua vida cada vez melhor.

Ao contrário, o país vive uma das mais sérias crises - econômica, política e moral - de sua história, foi vítima de um golpe que trocou uma presidenta honesta por uma quadrilha de picaretas e corruptos, está vendo a suas riquezas serem assaltadas a cada dia e os direitos sociais assegurados pela Constituição de 88 virarem pó.

O momento, tudo indica, representa o "tudo ou nada" para os endinheirados que sempre - com exceções de alguns poucos anos - fizeram do Brasil a fonte de seus imensos privilégios.

A volúpia com que as "mudanças" vêm sendo empurradas na gargante da população lembra a blitzkrieg, a guerra-relâmpago com a qual os exércitos nazistas surpreenderam, no início de sua campanha, as forças inimigas, na Segunda Guerra Mundial.

No caso brasileiro, os "inimigos", ou seja, todos os que apoiavam os trabalhistas, mais de um ano depois de perderem a batalha pelo poder, ainda não se refizeram dos ataques, não juntaram as tropas, não foram capazes sequer de unir o comando, e, pior, ainda não estimaram o poder de fogo do inimigo.

O ex-presidente Lula, vítima da mais implacável perseguição jamais vista por estas terras, não é somente a maior liderança do campo progressista, apesar de todas as críticas que possam se feitas a ele. 

É também o alvo prioritário dos endinheirados, o símbolo de esperança para os miseráveis - que tem de ser destruído a qualquer custo.

A sentença que o condenou é esdrúxula, bizarra, kafkiana, absurda.

Mas é mais absurdo ainda supor que será revogada por um tribunal superior.

A Justiça brasileira não passa daquilo que o senso comum há muito lhe atribui - ela só vale para pretos, pobres, putas, e mais recentemente, para petistas.

Integrada pela fina flor do reacionarismo, ela sempre teve lado, e nunca foi aquele que pretende fazer deste um país menos desigual e mais democrático.

Ninguém mostrou com mais crueza o que é a Justiça brasileira que o ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo e atual secretário de Educação do Estado de São Paulo, José Renato Nalini, que, ao ser perguntado sobre a necessidade de os integrantes do Judiciário receberem um polpudo auxílio-moradia - além de vários outros - disse o seguinte, numa entrevista em 2014 para um jornal televisivo:

“Esse auxílio-moradia na verdade disfarça um aumento do subsídio que está defasado há muito tempo. Hoje, aparentemente o juiz brasileiro ganha bem, mas ele tem 27% de desconto de Imposto de Renda, ele tem que pagar plano de saúde, ele tem que comprar terno, não dá para ir toda hora a Miami comprar terno, que cada dia da semana ele tem que usar um terno diferente, ele tem que usar uma camisa razoável, um sapato decente, ele tem que ter um carro."

Pois é.

Ternos brasileiros não servem para vestir os nossos juízes.



O povo autoriza a corrupção e o golpe?

August 4, 2017 15:51, par Feed RSS do(a) News



Sou honesto como um corno

August 4, 2017 15:46, par Feed RSS do(a) News


A peça teatral de Dias Gomes "O Bem Amado", transformada em novela que marcou época na Globo e revelou para todos o protótipo do político brasileiro, o prefeito Odorico Paraguaçu, interpretado por Paulo Gracindo, foi inspirada num episódio que muitos juram ser real e alguns duvidam que tenha existido.

Contei essa historinha anos atrás, na crônica "País Calmoso e Hereditário", que virou título de meu e-book reunindo escritos sobre a vida brasileira. 

Para quem se interessar, o link da crônica está aqui

Mas para quem quiser partir para os "finalmentes", como diria Odorico, vai a seguir o "causo", que achei no Google anos atrás, num site da cidade de Guarapari, onde se passa a historinha, e cujo protagonista pode ser ainda visto em várias regiões do país onde haja uma tribuna, exalando toda a cultura e inteligência que marca o povo brasileiro.

Odorico Paraguaçu, para a nossa tristeza, está vivo, bem vivo, cada vez mais vivo.


Discurso proferido em Guarapari em 1916, por ocasião de uma visita oficial do presidente do Estado, cel. Marcondes de Alves de Souza, pelo vereador Belarmino Sant'Ana, um mulato escuro, pernóstico e rábula da comarca, na cerimônia de inauguração do cemitério da cidade

- Exm°. sr. presidente do Estado.

- Exm°. sr. padre Frois, digno representante do senhor bispo.

- Exm°. autoridades civis e militares.

- Minhas senhoras e meus senhores.

Guarapari é e sempre será o país da saúde e das maravilhas. Aqui nunca ninguém morre e nem se entristece, mesmo que queira. Tanto isso é uma verdade verdadeira que, para que fosse inaugurado este cemitério no dia de hoje, já feito e construído há mais de dez anos não se sabe para que e nem porquê, foi preciso que arrastasse as pressas um defunto emprestado em Benevente, aliás um defunto morto da pior espécie, pois não passa de um molambo, como todos podem ver.

O mundo todo sabe que Guarapari é um país calmoso e hereditário onde se respira o ar por conseqüência, pois de um lado (o orador esticou o braço em direção ao mar) tem o oceano marital e do outro lado (o orador esticou o outro braço e indicou a floresta ao longe) tem o oceano matagal.

(Ouviu-se uma voz na multidão: "Cala a boca negro burro.")

- Sou burro, sim, porém artista como uma locomotiva que gera no azul do firmamento.
Sou negro, sim, mas porém a cor do meu epiderme não inflói, nem contribói, como diria o grande marechal Hermes. Negro sim eu sou e repito, mas, todavia, honesto como um corno. Esse aparte que acabamos de ouvir, senhor presidente do Estado, é a prova provada das razões porque esta merda de cidade não vai adiante e eu me recuso a continuar falando para ignorantes e analfabetos. Tenho dito.

E desceu do palanque dando bananas para a multidão. (Carlos Motta)



Lula é parte da solução, não do problema

August 4, 2017 15:46, par Feed RSS do(a) News


O ex-presidente Lula é o homem mais odiado pela oligarquia nacional desde que por aqui aportou a esquadra de Pedro Álvares Cabral.

Nem Getúlio Vargas, nem Jango, igualmente políticos detestados pelos homens de bem, mereceram tratamento igual.

A perseguição a Lula é implacável, feroz, incansável.

Seu destino já está traçado: vai morrer numa cela, por crimes tão absurdos quanto a natureza do ódio que o vitima.

Para seus algozes, prendê-lo é pouca coisa - além disso, é necessário assassinar a sua reputação, humilhar o seu legado, punir todos os que têm admiração por ele, ou são seus amigos ou mesmo familiares.


Para os manda-chuvas do Brasil, Lula é tudo aquilo que não deveria ter ocorrido na história do país.

Não é só o velho ódio de classes que está explícito na caçada ao ex-presidente.

É a aversão radical a qualquer tipo de entendimento entre o capital e o trabalho, entre os servos e o senhor, entre a Casa Grande e a Senzala.

Para os endinheirados pouco importa que tenha sido Lula o único presidente que foi capaz de promover, em seus dois governos, a paz social, o diálogo entre os desiguais, a conciliação entre os opostos - ao mesmo tempo em que reduzia a miséria e a desigualdade, manchas de iniquidade que envergonham a nação perante as outras, e garantia que o andar de cima nadasse de braçadas num mar de prosperidade.

É inacreditável que hoje os que veem em Lula um inimigo mortal tenham se esquecido de quem foram os seus auxiliares, seus ministros, e mesmo o seu vice.

Para refrescar a memória dessa gente, vão aí alguns nomes que integraram o ministério da era Lula, nomes que, absolutamente não estavam - e nem estão - ligados àqueles que, pejorativamente, são chamados de "companheiros" do ex-presidente, ou sequer possam ser acusados de, alguma vez na vida, ter tido um pensamento "esquerdista":

Roberto Rodrigues, Luis Carlos Guedes Pinto, Reinhold Stephanes, Wagner Rossi, Roberto Mangabeira Unger, Eduardo Campos, Sérgio Machado Rezende, Eunício Oliveira, Hélio Costa, José Artur Filardi, Jorge Hage, Gilberto Gil, Nelson Jobim, Luiz Fernando Furlan,
Miguel Jorge, Cristovam Buarque,Pedro Brito, Geddel Vieira Lima, Marina Silva, Silas Rondeau, Márcio Zimmermann, Nelson José Hubner Moreira, Edison Lobão, Amir Lando,
Romero Jucá, José Saraiva Felipe, José Gomes Temporão, Carlos Lupi, Anderson Adauto,
Alfredo Nascimento, Valfrido dos Mares Guia, sem esquecer de seu vice, José Alencar.

Vários desses nomes são hoje inimigos declarados do ex-presidente, e partícipes do golpe que trocou uma presidenta honesta, eleita com mais de 54 milhões de votos, por um governo de corruptos e ladrões.

Há no Brasil poucas pessoas com a capacidade de diálogo de Lula. 

A cegueira ideológica e a doença mental de que são acometidos os donos do capital impedem, porém, que, em vez de ver o ex-presidente como parte da solução para os gravíssimos problemas em que meteram o Brasil, o vejam como o principal entrave para a superação dessa crise.

Matar Lula é matar qualquer esperança de ver o país progredir, ou sequer de que se transforme numa moderna democracia. (Carlos Motta)



Comédia à brasileira

August 4, 2017 15:46, par Feed RSS do(a) News

A direita brasileira é uma piada.
 
E uma piada pronta, como mostrou o deputado federal paraense com a sua grotesca tatuagem para louvar o chefe.
 
Ou como demonstra diariamente a incrível doutora Janaína com seus tuítes inacreditáveis.
 
Ou pelas análises dos jornalistas econômicos com seus óculos de Poliana.
 
Ou por meio das sentenças furibundas e repletas de convicções do juiz paranaense, sempre disposto a encarcerar qualquer um que vista vermelho.
 
Ou pelas entrevistas autolaudatórias de procuradores do Ministério Público, juízes de tribunais superiores e até mesmo delegados de polícia.
 
Ou quando o deputado fascista que é seguido por uma legião de seres unicelulares abre a boca.
 
E o que falar dos discursos do Dr. Mesóclise e do bando de picaretas que o rodeia?
 
Pois é, não faltam exemplos do quanto a direita brasileira é ridícula, divorciada da realidade, repleta de preconceitos e clichês, incapaz de se ater a um raciocínio lógico, com posições que beiram à patologia e, muitas vezes, mais tresloucada que qualquer Napoleão de hospício.
 
Mesmo assim, a direita tenta se passar como séria - e, verdade seja dita, convence muitos de que todos os disparates que diz e pratica são a mais incontestável verdade e a mais acabada receita de como se deve viver esta vida - e a outra, se há.
 
A direita brasileira é uma piada, mas uma daquelas piadas que de tão óbvias, de tão diretas, de tão grosseiras, provocam, no máximo, um sorriso complacente.
 
Não tem, nem de longe, a inteligência e sutileza dos direitistas de outrora, como o Nelson Rodrigues do "padre de passeata", da madame que leu a orelha do livro de Marcuse, das entrevistas imaginárias, à meia-noite, num terreno baldio, com personalidades tais como D. Helder Câmara ou Alceu Amoroso Lima, alguns de seus mais destacados opositores ideológicos, e que tinham como testemunha apenas uma cabra vadia.
 
Sem pessoas como ele, a direita de hoje só faz piada dela própria, pois ela é a própria piada, uma piada tão sem graça que mais parece um drama, uma tragédia de encharcar os lenços de lágrimas. (Carlos Motta)