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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | 2 people following this article.
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A lista e o caos

15 de Abril de 2017, 9:18, por Feed RSS do(a) News
 

As repercussões da lista de Fachin vão muito além do que ela, concretamente, representa, ou seja, a possibilidade de condenação de expressiva parcela do mundo político brasileiro.

De certa forma, essa é a sua consequência menos importante.
 
O fim dos processos - por enquanto, o Supremo Tribunal Federal apenas permite a abertura de inquéritos para investigar a veracidade das acusações dos delatores - vai ocorrer daqui a muito tempo, e nem todos os nomes da lista serão condenados.
 
As sequelas mais profundas para o país são outras.
 
Aí vão algumas, as mais visíveis:
 
1) Aprofundar na opinião pública a percepção de que todos os políticos são ladrões e a política é suja;
 
2) Abrir caminho, nessa esteira de criminalização da política, para a ascensão dos chamados "salvadores da pátria", pessoas como os fascistas Bolsonaro e Doria, abutres que se aproveitam desses momentos de fraqueza democrática para atingir seus sonhos de poder;
 
3) Fixar a ideia de que as fontes da corrupção são algumas empresas, como a Odebrecht, com suas dezenas de delatores, e os políticos em geral, deixando de lado setores inteiros, como o Judiciário, o Ministério Público e a imprensa, suspeitíssimos de também terem em seus quadros malandros e picaretas de todos os calibres;
 
4) Acabar com um dos pilares fundamentais da democracia, a independência e harmonia entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, já que os dois primeiros estarão em farrapos, enquanto caberá ao último, intacto em sua pureza, executar a tarefa de livrar o país do mal.
 
Cabe aos chamados "cientistas sociais" dissecar os efeitos da lista de Fachin na vida brasileira.
 
Uma coisa, porém, é certa: em vez de ajudar, ela aumenta a maior crise político-econômica da história do Brasil.
 
A situação nunca deveria ter chegado onde chegou.
 
A nação está em cacos, estraçalhada, e sem perspectiva de que, desse caos, nasça algo benéfico, a lírica flor do pântano.
 
A única possibilidade de o Brasil superar este momento delicadíssimo seria a concretização de um amplo pacto de pacificação entre todos os atores desta tragicomédia - algo que, pelas peculiaridades dos atores, é simplesmente impossível de ser feito. (Carlos Motta)


O mal absoluto em quatro letras

15 de Abril de 2017, 9:18, por Feed RSS do(a) News


Posso estar completamente enganado, mas um país cujos meios de comunicação e grande parcela de sua sociedade se mostram refém de uma paranoia não tem a menor condição de ser alguma coisa que preste.

Esse Brasil, de alguns anos para cá, e especialmente nestes últimos, não fala, não pensa, dorme e acorda com esse nome próprio de quatro letras na cabeça, como se ele fosse o diabo, o demônio, o coisa-ruim, o capeta, o cão, o satanás, o belzebu, o anjo caído capaz de atormentar toda a coletividade e cada consciência dos homens de bem,

Lula, o mal absoluto.

Xingado de todos os nomes, odiado com o máximo ardor, o ex-presidente é notícia todos os dias, faça chuva ou sol, morram quantas pessoas morram no atentado da hora, caiam quantas bombas caiam no povoado sírio da vez. 

Nunca se viu algo igual na história do Brasil - talvez, se alguém se dispuser a pesquisar, do mundo.

E as notícias, se são inúmeras, no fundo se resumem a uma só: Lula é bandido, Lula é ladrão, Lula é corrupto, Lula tem de ser preso.

Sobre essa última assertiva - ou desejo -, o ex-ministro Nelson Jobim, de quem se pode dizer qualquer coisa, menos de que seja um "lulista", escreveu um interessante artigo, bem coloquial e didático, para o jornal porto-alegrense Zero Hora, amplamente repercutido na chamada blogosfera.

Ele é curto, vale a pena lê-lo:


Quando o ex-presidente Lula será preso?

É pergunta recorrente.

Ouvi em palestras, festas, bares, encontros casuais etc.

Alguns complementam: "Foste Ministro de Lula e da Dilma, tens que saber..."

Não perguntam qual conduta de Lula seria delituosa.

Nem mesmo perguntam sobre ser, ou não, culpado.

Eles têm como certo a ocorrência do delito, sem descreve-lo.

Pergunto do que se está falando.

A resposta é genérica: é a "lava jato".

Pergunto sobre quais são os fatos e os processos judiciais.

Quais as acusações?

Nada sobre fatos, acusações e processos.

Alguns referem-se, por alto, ao sítio de ... (não sabem onde se localiza), ao apartamento do Guarujá, às afirmações do ex-Senador Delcidio Amaral, à Petrobrás, ao PT...

Sobre o ex-Senador dizem que ele teria dito algo que não lembram.
E completam: "está na cara que tem que ser preso".

Dos fatos não descritos e, mesmo, desconhecidos, e da culpa afirmada em abstrato se segue a indignação por Lula não ter sido, ainda, preso!

[Lembro da ironia de J.L. Borges: "Mas não vamos falar sobre fatos. Ninguém se importa com os fatos. Eles são meros pontos de partida para a invenção e o raciocínio".]

Tal indignação, para alguns, verte-se em espanto e raiva, ao mencionarem pesquisas eleitorais, para 2018, em que Lula aparece em primeiro lugar.

Dizem: "Essa gente é maluca; esse país não dá..."

Qual a origem dessa dispensa de descrição e apuração de fatos?

Por que a desnecessidade de uma sentença?

Por que a presunção absoluta e certa da culpa?

Por que tal certeza?

Especulo.

Uns, de um facciosismo raivoso, intransigente, esterilizador da razão, dizem que a Justiça deve ser feita com antecipação.

Sem saber, relacionam e, mesmo, identificam Justiça com vingança.

Querem penas radicais e se deliciam com as midiáticas conduções coercitivas.

Orgulham-se com o histerismo de suas paixões ou ódios.

Lutam por "uma verdade" e não "pela verdade".

Alguns, porque olham 2018, esperam por uma condenação rápida, que torne Lula inelegível.

Outros, simplesmente são meros espectadores.

Nada é com eles.

Entre estes, tem os que não concordam com o atropelo, mas não se manifestam.

Parecem sensíveis a uma "patrulha", que decorre da exaltação das emoções, sabotadora da razão e das garantias constitucionais.

Ora, o delito é um atentado à vida coletiva.

Exige repressão.

Mas tanto é usurpação impedir a repressão do delito, como o é o desprezo às garantias individuais.

A tolerância e o diálogo são uma exigência da democracia — asseguram o convívio.


Nietzsche está certo: As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras.

...

Pois é, as convicções...

Não dá para esperar muita coisa de um país que ignora os fatos, rejeita a experiência concreta, vive no abstrato, aceita mentiras como verdades, despreza a inteligência e cultua a violência e o ódio como se fossem a solução de seus problemas.

As convicções...

Se a humanidade tivesse se prendido a elas, estaríamos hoje ainda habitando cavernas, nus, e brandindo tacapes. (Carlos Motta)



O povo que destrói seu próprio país

15 de Abril de 2017, 9:18, por Feed RSS do(a) News


É importante lembrar, em tudo o que se lê, se vê e se fala sobre o nível baixíssimo do atual Congresso Nacional e dos políticos brasileiros em geral, que eles não são fruto de geração espontânea - eles chegaram à condição de governadores, senadores, deputados federais e estaduais, vereadores, e à Presidência da República, por meio do voto popular, ou seja, foram escolhidos pelo povo.

Dessa forma, eles representam, queiram ou não, o povo brasileiro.

São a cara do povo brasileiro.


Roubam, se roubam, porque o povo brasileiro permitiu e permite que eles ajam assim.

O povo brasileiro não precisa esperar que se abram inquéritos para investigar condutas ilícitas de políticos.

O povo brasileiro pode punir o mau político, o político corrupto, simplesmente não o reelegendo.

E se ele não faz isso, se ele vota em desclassificados, estelionatários, ladrões, vagabundos, picaretas, é porque quer votar, ninguém o obriga a isso.

Se o povo brasileiro quisesse, teria um Congresso de nível da Suécia, e chefes de Executivo tais como os das democracias mais avançadas do mundo.

Mas o povo brasileiro não quer isso.

Quer ser representado, no Parlamento e no Executivo, por essa escumalha que aí está.

Talvez porque essa escória reflita, de forma crua e nua, o que é, na essência, o povo brasileiro - uma massa ignorante, facilmente manipulável, sem noções elementares de cidadania, e seguidora cega de uma só lei, aquela que diz que o importante é levar vantagem em tudo. 

O povo brasileiro, cantado em prosa e verso, mitificado por artistas, é o maior responsável pela destruição de seu país. (Carlos Motta)



Combata a doença, o vírus e seus transmissores!

15 de Abril de 2017, 9:18, por Feed RSS do(a) News

Embora concorde que não devemos ficar repetindo e divulgando os nomes de certas pessoas, evitando, desta forma fazer-lhes propaganda gratuita e contribuir para que as medições de citações destas pessoas nas redes digitais sejam supervalorizadas e usadas como argumento de "popularidade", noto que não podemos separar as pessoas das ideologias como se as últimas fossem uma criação metafísica ou sobrenatural que nada tem a ver com as pessoas.

Evitar fazer propaganda gratuita para entreguistas e colonizados que posam de nazi-fascistas para surfar na onda conservadora neoliberal e neopentecostal é uma coisa. Dizer que as pessoas que portam as ideologias não são o problema em si é outra completamente diferente.

As pessoas e as ideologias estão intrinsicamente ligadas. Ideologias são criadas por pessoas, por elas são transmitidas e propagadas. E são as pessoas as portadoras de ideologia.

Por mais paradoxal que possa parecer são pessoas, humanos, que criam ideologias anti-humanas. O capitalismo e seus irmãos o nazismo e o fascismo, que colocam o capital e o lucro acima da vida Humana, não são uma criação do além nem tampouco da natureza. São criações humanas, criações lógicas e humanamente racionalizadas para garantir o domínio de umas poucas pessoas sobre milhões de Seres Humanos.

Logo, ao combater as ideologias temos sim que combater as pessoas que as criam, transmitem e as portam.

Não tem como fazer de outra forma. Irmao contra irmao[4]

Não vamos combater pessoas, vamos combater ideologias

Vamos parar de citar o nome das pessoas que acabam reproduzindo, acabam dando voz a uma maioria silenciosa de fascistas, de racistas, de preconceituosos ou de pessoas que acabam maquiando um tipo de ideologia reacionária com o slogan de não sou político, sou trabalhador.

Por Ana Roxo

Talvez uma estratégia inteligente de combate no momento seria a gente parar de falar o nome dessas pessoas que acabam representando um tipo de ideologia, um tipo de pensamento fascista, preconceituoso, racista. Vamos parar de citar o nome das pessoas que acabam reproduzindo, acabam dando voz a uma maioria silenciosa de fascistas, de racistas, de preconceituosos ou de pessoas que acabam maquiando um tipo de ideologia reacionária com o slogan de não sou político, sou trabalhador.

Porque essas pessoas em si não são o problema. O problema é a ideologia. E essa ideologia, esse tipo de pensamento, o preconceito, o racismo, o machismo, a exclusão social, a violência, mesmo que a violência seja simbólica. Isso que tem que ser combatido. Não são as pessoas.

O exemplo de que não adianta combater pessoas é que a gente estava aí achando que ia ter que lidar com o picolé de chuchu e o picolé de chuchu apresenta o seu amiguinho trabalhador como alternativa. Então não são as pessoas. Se a gente combate pessoas a gente tem derruba pessoas. Se a gente combate ideologia a gente muda as ideologias. A gente derruba as ideologias. E é isso que precisa ser mudado.

Não dá mais para citar o nome. Se a gente for falar daquele tal mito. E acho que mito no sentido de mentira né? Porque a pessoa é a mentira em si. A pessoa não tem nada a acrescentar na sociedade, além de ficar dando voz a um pensamento racista, raivoso, ignorante. Um tipo de pensamento cuja a sofisticação é tão profunda quanto o pires e que a gente fica combatendo como se isso fosse digno de pauta.

Tem uma velha máxima da publicidade que é falem mal, mas falem de mim. Se a gente parar de falar dessas pessoas metade da publicidade sai. Porque na raiva a gente quer falar mesmo. Não vamos combater o capitão do mato, vamos combater a escola sem partido. O tipo de ideologia que gera um projeto como escola sem partido.

Não vamos combater uma tal palestra que um tal filhote de Hitler deu justo onde? Vamos combater o que faz essa pessoa ter voz. Essas pessoas elas não estão implantando uma ideologia. Não tem nada de novo no que elas falam. É o bom e velho preconceito. É o bom e velho machismo. É o bom e velho escravagismo. Aquele pensamento aquele pensamento colonialista, coronelista que continua aí. Que continua estrutural no nosso pensamento, que continua estrutural na nossa sociedade.

Então, não se trata mais de falar dessas pessoas. Se trata de combater a ideologia que elas vociferam.



Web precisa ser repensada para impedir espionagem, diz criador

10 de Abril de 2017, 14:32, por Feed RSS do(a) News

Berners-Lee, um cientista que inventou a Web afirmou que sua intenção foi permitir que o público fizesse “coisas boas” e compartilhasse ideias entre si

Por Redação, com Reuters – de Londres/Seul/São Paulo:

A World Wide Web precisa ser completamente repensada para impedir espionagem e disseminação de “ideias malignas e nefastas” por redes sociais, disse o inventor da rede mundial de computadores, Tim Berners-Lee, nesta segunda-feira.

Web precisa ser repensada para para impedir espionagem e disseminação de “ideias malignas e nefastas”

Berners-Lee, um cientista de computadores que inventou a Web como uma plataforma sobre a Internet em 1989. Ele afirmou que sua intenção foi permitir que o público fizesse “coisas boas” e compartilhasse ideias entre si. Como foi o caso da enciclopédia Wikipedia.

Em vez disso, ideais negativas estão proliferando por sites de mídia social, disse ele. Enquanto a privacidade também está sendo comprometida por espionagem online.

– Precisamos repensar a maneira como construímos a sociedade sobre estas páginas da Web – disse Berners-Lee em um fórum de tecnologia realizado em Londres.

– Como é que ideias nefastas e malignas algumas vezes parecem prevalecer mais que ideias construtivas no Twitter? Foi a forma com foi projetado? O Twitter pode ser ajustado? – Disse Berners-Lee.

– Não podemos deixar as pessoas fazerem o que quiserem das redes sociais – disse ele.

Google

O Google ofereceu investir pelo menos 1 trilhão de wons (US$ 880,29 milhões). Para ajudar a sul-coreana LG Display a aumentar a produção de telas com tecnologia Oled para smartphones. Publicou o Electronic Times, sem citar fontes.

O jornal afirmou que o Google ofereceu o investimento para assegurar um fornecimento estável de telas Oled flexíveis para os celulares Pixel. A Samsung Electronics usa telas curvas em seus smartphones e Apple deve começar a usá-las em pelo menos um dos próximos modelos do iPhone.

Representantes da LG Display não comentaram o assunto e o Google não pode ser imediatamente contatado para se pronunciar.

Positivo

A fabricante brasileira de computadores e celulares Positivo Informática informou nesta segunda-feira que vai mudar seu nome para Positivo Tecnologia. Para melhor refletir a diversificação da companhia.

– Hoje a companhia atua com um variado portfólio de marcas, públicos-alvo. Segmentos de negócio e geografias – afirmou a Positivo em comunicado ao mercado.

A empresa afirmou que a mudança reflete eventos como o crescimento da importância do segmento de celulares. Que representaram no ano passado um terço do faturamento. Além de licenciamento da marca de computadores premium Vaio no Brasil, Argentina, Uruguai e Chile.

Além da atuação em computadores e celulares. A empresa também citou aquisição de 50 %  da companhia iniciante de equipamentos médicos Hi Technologies, que está em “preparativos finais para o lançamento de produtos disruptivos na área de tecnologia médica em 2017”.

A assembleia de acionistas que votará a mudança no nome da Positivo foi marcada para 28 de abril.

O post Web precisa ser repensada para impedir espionagem, diz criador apareceu primeiro em Jornal Correio do Brasil.



O discurso do pastor alemão

10 de Abril de 2017, 12:51, por Feed RSS do(a) News

Discurso do pastor niemöller



Globo delírio: o vale-tudo para sustentar o golpe de estado

8 de Abril de 2017, 11:23, por Feed RSS do(a) News

Novo programa na grade da venus platinada: é o Globo Delírio!

Globo delírio

As organizações da famíglia Marinho realmente não estão nem aí com a verdade, com a lógica, razão e fatos.

Nada disso importa.

Eles precisam sustentar o governo golpista que ajudaram a instalar e para isso vale-tudo.

Afinal eles nunca respeitaram a inteligência alheia e tem certeza de que brasileiro é o povo mais imbecil e idiota do planeta.

Zombam e debocham na cara dura.

E se continuarmos calados, eles podem ter razão...



Terceirização: Dunga voltou

7 de Abril de 2017, 17:48, por Feed RSS do(a) News

Laerte terceirização Por Clemente Ganz Lúcio 1

A Câmara dos Deputados aprovou o PL 4302, proposto em 1998, para regular o trabalho temporário, uma das dezenas de medidas legislativas da época que flexibilizaram ou precarizaram as condições de trabalho. Nesse caso, o trâmite do Projeto estendeu direitos e ampliou a possibilidade do trabalho temporário até 270 dias, que pode ainda ser alterado em negociação/acordo/convenção.

Na segunda parte do mesmo projeto de duas décadas atrás, Dunga, como legislador, se propôs a organizar os processos de terceirização no país. Dá para imaginar o desastre em que se transformou a já problemática questão da terceirização?

A terceirização atinge um quarto dos trabalhadores assalariados, que ganham menos, trabalhando em jornadas maiores, em precárias condições, enfrentam rotatividade mais intensa, menos segurança e, consequentemente, adoecem mais. Esse diagnóstico está atualizado em números na Nota Técnica 172, que o DIEESE acabou de divulgar, Terceirização e precarização das condições de trabalho: condições de trabalho e remuneração em atividades tipicamente terceirizadas e contratantes, disponível no site da entidade: www.dieese.org.br.

Muitas empresas terceirizam para reduzir custos. Outras, de prestação de serviço, buscam o ganho fácil e fraudulento, evadindo tributos e não pagando os trabalhadores. A vida de milhões de trabalhadores terceirizados é muito difícil. Empresas sérias são enganadas e acumulam passivos imensos. Milhões de trabalhadores são roubados e ficam sem direitos. Essa realidade precisa ser modificada por uma legislação moderna.

Os sindicatos atuam, lutam e milhares de ações lotam a Justiça do Trabalho. Os conflitos ganham contornos dramáticos e há enorme insegurança para empresas, o que afeta negativamente a produtividade.

Uma legislação moderna deveria incentivar um ambiente que eliminasse as péssimas práticas, a fim de favorecer uma conduta decente em relação a emprego, salário, condições de trabalho e proteção sindical.

Infelizmente, a Câmara dos Deputados acaba de fazer o oposto, aprovando uma lei que autoriza as atrocidades citadas aqui. Sem base social e desconectada da complexidade do problema, essa Lei, se sancionada, aumentará os conflitos e a insegurança para as empresas, governantes e gestores públicos e, sobretudo, para os trabalhadores. Todos perdem com essa lei.

Ainda há tempo para corrigir esse grave erro e produzir uma legislação adequada, com a qual ganhem todos: trabalhadores, empregadores e o país. Tite já mostrou que dá para fazer diferente, com resultados incomparavelmente melhores, e incrível, com praticamente o mesmo elenco. O país não merece a seleção de Dunga, assim como os trabalhadores e as empresas não merecem essa lei. Sabemos que podemos jogar muito melhor.

1 Diretor técnico do DIEESE.



Reformas trabalhistas pelo mundo

7 de Abril de 2017, 17:48, por Feed RSS do(a) News

Temer ponte Por Clemente Ganz Lúcio 1

A grande crise econômica criou uma dinâmica de ajuste econômico e fiscal e uma grande mobilização de reformas trabalhistas, implementadas em mais de uma centena de países. A recessão, o desemprego, o aumento da desigualdade e da pobreza e a crise fiscal, entre outros aspectos, formam um quadro comum, com impacto sobre a maioria dos países.

A OIT (Organização Internacional do Trabalho) publicou um estudo (Drivers and effects of labour market reforms: Evidence from a novel policy compendium), produzido pelos pesquisadores Dragos Adascalieti e Clemente Pignatti Morano, sobre reformas legislativas laborais e de mercado de trabalho em 110 países, promovidas no período de 2008 a 2014 A pesquisa atualiza investigações anteriores, bem como faz comparações com estudos do FMI (Fundo Monetário Internacional), Banco Mundial e da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

O fundamento comum observado nas diversas inciativas de reformas, no contexto da grave crise e da estagnação econômica com desemprego, foi o de aumentar a competitividade das economias ou de criar postos de trabalho.

Nos países desenvolvidos predominam iniciativas para reformar a legislação do mercado de trabalho, no que se refere aos contratos permanentes. Já nos países em desenvolvimento, observaram ênfase maior em reformas das instituições da negociação coletiva. As duas dimensões estão presentes, com maior ou menor intensidade, na maioria dos projetos de reforma implementados. Outra observação geral indica que a maioria das reformas diminuiu o nível de regulamentação existente e teve caráter definitivo. Foram analisadas 642 mudanças nos sistemas laborais nos 110 países. Em 55% dos casos, as reformas visaram reduzir a proteção ao emprego, atingindo toda a população, tinham caráter permanente, produzindo uma mudança de longo prazo na regulamentação do mercado de trabalho no mundo.

As altas e crescentes taxas de desemprego formam o contexto que criou o ambiente para catalisar as iniciativas de reformas e disputar a opinião da sociedade sobre elas. De outro lado, os resultados encontrados no estudo não indicam que as reformas de redução ou aumento da regulação do mercado de trabalho tenham gerado efeitos ou promovido mudanças na situação do desemprego.

Vale prestar muita atenção ao fato de o estudo indicar que mudanças como essas na legislação trabalhista, realizadas em período de crise e que visam reduzir a proteção, aumentam a taxa de desemprego no curto prazo. Também não se observou nenhum efeito estatístico relevante quando essas mudanças foram implementadas em períodos de estabilidade ou expansão da atividade econômica. Mais grave ainda, as reformas “liberalizadoras”, que facilitam o processo de demissão, tenderam a gerar aumento do desemprego no curto prazo. Esses resultados são corroborados por outros estudos produzidos pelo FMI e pela OCDE (2016).

Do total de reformas, destacam-se aquelas que diminuem os níveis de regulação, das quais: 74% trataram de jornada de trabalho, 65% de contratos de trabalho temporário, 62% de demissões coletivas, 59% de contratos permanentes, 46% de negociações coletivas e 28% de outras formas de emprego.

No Brasil, esta mesma agenda ganhou extrema intensidade por inciativa dos três poderes. Neste ano, há um amplo e profundo processo de negociações e proposições em torno de projetos no Senado e na Câmara Federal, bem como inciativas do governo e deliberações da Justiça. As necessárias mobilizações exigirão altíssima capacidade de intervenção institucional nos processos deliberativos dos três poderes. É bom que se tenha claro que a agenda de promoção de reformas está em curso no Brasil, com muita força e capacidade de realização.   

1 Diretor técnico do DIEESE.



E o patinho da FIESP também levou dinheiro sujo

6 de Abril de 2017, 16:49, por Feed RSS do(a) News

Duda Mendonça, várias vezes citado em delações premiadas de executivos da empreiteira Odebrecht por receber recursos não contabilizados em campanhas eleitorais, não negou o ilícito na campanha de Skaf

Por Redação – de Curitiba e São Paulo

O publicitário Duda Mendonça, que fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF), informou aos investigadores que recebeu por meio de caixa 2 na campanha ao governo de São Paulo, em 2014. O candidato, atual presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiesp), Paulo Skaf, teria usado dinheiro sujo para custear as despesas de campanha. Trata-se de um dos principais aliados políticos e do mesmo partido do presidente de facto, Michel Temer (PMDB).

Duda Mendonça

Duda Mendonça disse que Paulo Skaf usou dinheiro sujo na campanha ao governo de SP

Mendonça, várias vezes citado em delações premiadas de executivos da empreiteira Odebrecht por receber recursos não contabilizados em campanhas eleitorais, não negou o ilícito na campanha de Skaf. Como sua delação cita também autoridades com foro privilegiado, as acusações feitas pelo publicitário foram remetidas ao STF. Caberá ao ministro Edson Fachin decidir se homologa, ou não, as declarações feitas por ele.

Dinheiro sujo

Em um trecho de sua delação, o publicitário disse aos policiais que parte dos recursos recebidos ao longo da campanha de Skaf foi repassado em dinheiro vivo, de procedência duvidosa. Ele afirmou que o acerto de contas, segundo apurou a agência inglesa de notícias Reuters com uma fonte da PF, teria sido feito pela Odebrecht.

Em nota, a assessoria de imprensa de Skaf disse que todas as doações recebidas pela campanha dele ao governo paulista estão ˜”devidamente registradas na Justiça Eleitoral, que aprovou sua prestação de contas sem qualquer reparo. Paulo Skaf nunca pediu e nem autorizou ninguém a pedir qualquer contribuição de campanha que não as regularmente declaradas”.

Representante da ultradireita, no país, Skaf terminou aquela disputa eleitoral em segundo lugar. Na ocasião foi reeleito em primeiro turno o governador Geraldo Alckmin (PSDB). O presidente da Fiesp representa o meio empresarial e, no ano passado, apoiou o golpe de Estado que cassou a presidenta Dilma Rousseff.

Delação premiada

O marqueteiro Duda Mendonça atuou na primeira campanha vitoriosa do PT ao Palácio do Planalto, em 2002. Na época, elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Três anos depois, durante o ‘mensalão’, confessou durante uma CPI do Congresso ter recebido caixa 2 no exterior. Disse ter sido como pagamento pela campanha de Lula. Em 2012, entretanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) absolveu-o. Tanto dos crimes de lavagem de dinheiro quanto evasão de divisas no julgamento da Ação Penal 470.

Por meio de advogados, Mendonça tentou, desde o ano passado, fazer delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Mas as negociações não avançaram. Os defensores dele decidiram, então, procurar a Polícia Federal em Brasília para que ele confessasse crimes. A PGR preferiu não se pronunciar.

Esta semana, Fachin homologou as delações premiadas do casal de marqueteiros Mônica Moura e João Santana. Deles e de um funcionário do casal, André Santana. Eles trabalharam nas campanhas à reeleição de Lula em 2006 e com Dilma Rousseff, em 2010 e de 2014.

O post Duda Mendonça diz à Justiça que Paulo Skaf usou dinheiro sujo apareceu primeiro em Jornal Correio do Brasil.



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