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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Licenciado sob CC (by)

Democratização da Comunicação, Reformas de Base e Direitos Humanos.


‘Vivemos uma situação ditatorial’, afirma Belluzzo

7 de Agosto de 2017, 10:05, por BlogueDoSouza

"Eu não vou falar em elite porque o Brasil não tem elite. O Brasil tem ricos, em geral incultos e acostumados a dizer barbaridades sobre tudo. Essa gente foi responsável pelo impeachment."

Segundo o economista as medidas do governo Temer, que classifica como ilegítimo, contrariam aspirações da população.

Luis Gonzaga Belluzzo, professor aposentado da Unicamp, não tem dúvida de que o Brasil vive atualmente uma situação ditatorial. Segundo ele, um exemplo do autoritarismo exercido pelo governo Temer, que ele classifica como “ilegítimo”, é o fato de as medidas presidenciais irem contra as aspirações da maioria da população, como a recente reforma trabalhista. Em entrevista ao Jornal da Unicamp, Belluzzo fala das “consequências desastrosas” da gestão do peemedebista e critica a postura das classes dominantes brasileiras que promoveram o impeachment da presidente Dilma Rousseff, processo que denominou de “revolta dos enriquecidos e dos candidatos a enriquecidos”. Belluzzo participou na última terça-feira (1º) do seminário “Para além da Política Econômica - Crescimento, desaceleração e crise no experimento desenvolvimentista", promovido pelo Instituto de Economia (IE) da Universidade.


Jornal da Unicamp – Professor, quão prejudiciais têm sido para o Brasil - e a economia brasileira em particular - as inúmeras idas e vindas da “novela Temer”?
Luis Gonzaga Belluzzo – Esta situação em que foi enfiada a economia brasileira teve origem em um inconformismo das classes dirigentes e dominantes do Brasil com o que seria mais um mandato comprometido com um certo projeto de sociedade, com um projeto de avanço social. Aí se manifestou o caráter mais que conservador, o caráter reacionário da sociedade brasileira. Um segmento que tolerou, mas nunca absorveu a eleição de um metalúrgico, um homem das classes populares como presidente do país. Para mim, aí está a origem da situação atual.
Isso precisa ser explicado com certo distanciamento. Quando terminou a eleição de 2014, com a vitória da presidente Dilma, o mercado que exprime esse sentimento do qual estamos tratando, o mercado financeiro principalmente, começou a alardear um desastre econômico que não existia. Os dados mostram que isso era uma mentira. A economia vinha de uma desaceleração forte nos anos 2012 a 2014, mas ainda estava com crescimento positivo. Durante todo o período, exceto 2014, houve superávit primário. Em 2014, houve déficit de 0,6, que se comprado ao desempenho dos demais países, seria considerado um sucesso numa fase de desaceleração econômica.

JU – Nada disso foi levado em conta no processo de impeachment?
Beluzzo – Aí entra no jogo um fator importante que é o peso desses grupos na sociedade, que no fundo exigia um ajuste, alegando que a situação fiscal era desastrosa, o que, vou repetir, era mentira. Isso ficou expresso na escolha de Joaquim Levy como ministro da Fazenda. Ele executou o que estava no projeto desses grupos. A expressão desses interesses está na macroeconomia que foi difundida não somente pelos economistas, mas também pela mídia.
Todo mundo comprou a ideia de que era preciso fazer um ajustamento. As medidas adotadas, porém, provocaram um grande desajustamento. Qual foi a sequência? Um choque de tarifas, coordenado com o aumento da taxa de juros. Com o choque de tarifas, o aumento da taxa de juros e o corte de investimentos públicos, a queda no desempenho da economia atingiu 3,5% em 2015 e mais de 3% em 2016. Então, o impeachment da presidente sofreu influência desse contexto. O impeachment foi decidido a partir de alegações muito levianas e insubstanciais.

JU – O senhor defendeu a presidente Dilma durante o julgamento no Senado ...
Beluzzo – Sim, eu fui lá defender a presidente. Ainda que eu tivesse dito que discordava da maneira como ela fez as coisas, eu fui dizer que as medidas não eram motivo para o seu impedimento. Foi uma leviandade o que fizeram. Isso tem a ver com a forma como o poder real no Brasil - como parte da sociedade civil e a mídia - resolveu abraçar o impeachment porque considerava intolerável ter mais quatro anos de um governo popular. Isso foi o que a gente poderia chamar de revolta dos enriquecidos e dos candidatos a enriquecidos. Eu não vou falar em elite porque o Brasil não tem elite. O Brasil tem ricos, em geral incultos e acostumados a dizer barbaridades sobre tudo. Essa gente foi responsável pelo impeachment.
No fundo, isso não teve nada a ver com política econômica e combate à corrupção. Essa é a essência da constituição deste governo, que é ilegítimo. E cuja ilegitimidade está produzindo efeitos deploráveis.

JU – A democracia não é suficiente para regular esses conflitos de interesses?
Beluzzo – A democracia e o estado de direito não são exatamente os valores que essa gente que foi às ruas de camisa amarela prega. Tanto que eles vão à rua para pedir também intervenção militar. Eles não têm nada a ver com a democracia. Eles se colocam fora desse projeto democrático. Não foi fácil redemocratizar o Brasil. A democracia é o regime dos fracos. É através dela que os fracos podem se exprimir. Em geral, essa parte da sociedade tende a reproduzir episódios de autoritarismo.
Nós estamos vivendo uma situação ditatorial. As pesquisas de opinião demonstram o que a população pensa, e eles fazem justamente o oposto. O Brasil repete mais um episódio de rebelião dos que têm poder real contra a possibilidade de avanço das camadas populares. É simples assim.

JU – A recém-aprovada reforma trabalhista seria um desses efeitos deploráveis que o senhor citou?
Beluzzo – Sem dúvida. É ridículo o governo fazer a afirmação de que essa reforma gerará emprego. No mundo inteiro as reformas trabalhistas redundaram em precarização do trabalho e perda de qualidade de vida dos assalariados. Isso aconteceu na Espanha, Itália e Portugal, sendo que Portugal melhorou um pouco recentemente. No fundo, as reformas trabalhistas são realizadas com o argumento de se ganhar competitividade. Só que o ganho de competitividade não se realiza e você acaba precarizando o emprego. Isso enfraquece o poder de barganha dos trabalhadores. Para se colocar o negociado sobre o legislado seria preciso ter uma estrutura sindical diferente, fortalecida.

JU – E quanto à reforma da Previdência?
Beluzzo – Nós temos questões no sistema previdenciário brasileiro, como as diferenças gritantes entre o regime próprio, que é dos funcionários públicos, e o regime geral. Há uma distância muito grande entre eles, e isso é um fator que aprofunda as desigualdades. Outra questão é que nós estamos avançando na direção de uma transformação tecnológica e econômica que promoverá a redução da demanda de trabalho. Isso nos obrigará a criar um sistema previdenciário não para os mais velhos, mas para os que estarão empregados, mas não terão renda suficiente para comprar os produtos que a indústria gerará. Então, nós teremos além de um problema econômico, também um problema social. Nós vamos ter que criar um programa de renda básica de cidadania, como defendia o ex-senador Eduardo Suplicy. O debate sobre esse tema está ocorrendo no mundo inteiro. Nós, porém, estamos fazendo uma coisa muito atrasada.

JU – Não é um futuro alentador, não é?
Beluzzo – Eu estava conversando ontem com meu filho, dizendo que estava preocupado com o futuro dele e do meu neto. Não quero parecer pessimista, mas disse que ele terá que lutar para manter as condições de vida decente para um cidadão brasileiro. O governo já está dizendo que se não conseguir aprovar a reforma da Previdência, terá que cortar recursos da educação. Isso é de uma insensatez e de um desconhecimento total de como funciona o orçamento numa sociedade democrática. O orçamento é um âmbito em que você decide quem paga e quem recebe.
Aqui, quem paga para si mesmo são os mais pobres. São eles que dão a maior receita fiscal através dos impostos indiretos. Os ricos pagam pouco. Mas alguém discute isso? Não há interesse. O que me mais me preocupa é esse arranjo social e a manifestação de poder dessas camadas que não têm identidade com a população mais pobre. O rentismo, aqui, se dá numa relação de predação. A ordem é tirar tudo o que puder e, de preferência, transferir para um paraíso fiscal ou ir para Miami. Isso é inequívoco, é o ponto central.

JU – Em 2018 nós teremos eleições gerais, exceto no plano municipal. É possível ter esperança de mudanças a partir desse pleito?
Beluzzo – É uma esperança. Esperança, por exemplo, de recuperação sobre a economia. Isso vai exigir que tenhamos candidaturas que sejam capazes de fazer isso. Acho que temos. Não se vai eliminar o conflito, mas a eleição dará legitimidade para o governo tomar as decisões que precisam ser tomadas. Hoje, o governo não tem legitimidade e adota medidas que são contra as aspirações da maioria da população. Nesse sentido, a eleição é uma esperança. Nesse quadro, fica muito mais difícil fazer com que o mercado financeiro e seus asseclas imponham uma política econômica ao governo.
Aliás, é preciso ter claro que é um movimento de parcela da sociedade, mas que se expressa através de duas instituições: mercado financeiro e mídia. Enquanto não tiver democratização da mídia, fica difícil. Não se trata de propor a estatização da Rede Globo. É preciso criar pontos divergentes. Nenhum país do mundo pode ter democracia com uma concentração midiática deste tamanho.
Com informações do Jornal da Unicamp
BlogueDoSouza - Democratização da Comunicação, Reformas de Base e Direitos Humanos.



O Movimento Nacional pela Anulação do Impeachment encaminha ação popular ao STF

6 de Agosto de 2017, 11:24, por BlogueDoSouza


Volta, querida! Movimento lança ação popular pela anulação do impeachment de Dilma Rousseff. Abaixo-assinado pretende colher 1,3 milhões de assinaturas e encaminhá-las ao STF para questionar o mérito do processo que determinou o afastamento da presidenta eleita.
São Paulo – O Movimento Nacional pela Anulação do Impeachment está recolhendo assinaturas que deverão sustentar ação popular em favor da anulação do afastamento da presidenta eleita Dilma Rousseff. A coleta de assinaturas teve início na última sexta-feira (30) durante o dia nacional de paralisação convocado pelas centrais sindicais e movimentos sociais que protestaram contra as reformas do governo Temer.

Na ação, o grupo contesta o mérito do processo de impeachment, apesar do seguimento dos ritos legais durante o processo, e reafirma não ter havido crime de responsabilidade cometido pela então presidenta Dilma.

"O impeachment foi movido por RAZÕES POLÍTICAS, de sorte a retirar do poder um governo disposto a combater a prática endêmica de corrupção, interromper um projeto de país mais inclusivo e justo e implantar um governo de política voltada totalmente aos interesses neoliberais, que coloca os direitos básicos sob risco e a soberania nacional em segundo plano", diz trecho do cabeçalho do abaixo-assinado criado pelo grupo.

O movimento, que conta com comitês que funcionam em diversas cidades do Brasil e do exterior, pretende reunir 1,3 milhão de assinaturas – ou 1% do eleitorado –, que estão sendo coletadas no papel, em vez de virtualmente. O resultado será então encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), para pressioná-lo a revisar o mérito do processo do impeachment.

"A gente sabe que o Supremo é golpista, que está alinhado com as forças do golpe, mas a gente tem que fazer um contraponto, uma oposição a isso. Se o povo pressionar, vai ser outra força e vai fazê-los pensar. É isso que está faltando aqui no Brasil, essa resistência popular de fato", afirma a enfermeira aposentada e militante Edva Aguilar, que está centralizando a coleta.

A ação começou em São Paulo, durante as manifestações da sexta-feira, 30 de junho. Edva conta que a iniciativa foi recebida com forte adesão e espera, em breve, entregar ao STF um calhamaço de assinaturas. "Não precisamos nem fazer discurso de convencimento, as pessoas vinham e assinavam espontaneamente, tinha até fila", lembra a ativista.

Ela orienta a colher as assinaturas no papel – modalidade comprovadamente mais eficaz que os similares e petições virtuais e, posteriormente, a ela encaminhadas. O modelo pode ser copiado a partir da imagem ao fim desta matéria. Para solicitar ao movimento o arquivo com o texto, além de encaminhar as assinaturas colhidas, deve-se contactar Edva Aguilar pelo e-mail edvamab@uol.com.br.
Rede Brasil Atual
BlogueDoSouza - Democratização da Comunicação, Reformas de Base e Direitos Humanos.



Dom Demétrio: O silêncio das ruas e a falta de esperança nas instituições

5 de Agosto de 2017, 21:30, por BlogueDoSouza

Em entrevista ao portal CNBB, bispo-emérito afirma que “se torna necessário ajudar povo brasileiro a reencontrar sua identidade e destino históricos”
 
Para ajudar na compreensão deste Brasil pós-golpe em que a população brasileira assiste mansamente aos mesmos deputados que cassaram uma presidenta honesta salvarem um mandatário usurpador, a Agência PT publica as seguintes entrevistas: com Dom Luiz Demétrio Valentini, bispo-emérito de Jales (SP), publicada originalmente no portal da CNBB, e com os professores Carlos Pereira (FGV) e William Nozaki (FESP-SP), publicada originalmente no portal Nexo.
Dom Luiz Demétrio Valentini, bispo-emérito de Jales (SP), esteve em Brasília-DF, dias 31 de julho e 1º de agosto, para o encontro dos bispos da área social e os que integram a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Natural de São Valentim (RS), o religioso, que presidiu a Cáritas Brasileira por dois mandatos, concedeu entrevista ao Portal da CNBB sobre a crise brasileira.

Para ele, o silêncio das ruas não é uma concordância tácita com o que está acontecendo, como alguns querem fazer acreditar. Pelo contrário, “é um sintoma preocupante de que não temos mais esperanças e sinais concretos para recuperar o rumo da caminhada histórica do Brasil”.

De acordo com o bispo-emérito, o poder Judiciário e o Congresso Nacional estão instrumentalizados para salvar os seus próprios privilégios.

“Não se pode permitir que ministros do Supremo Tribunal Federal façam do seu cargo uma opção política partidária a ser defendida publicamente. Isto diminui a legitimidade, a confiança e é perigoso para uma nação”, disse.

Dom Demétrio disse que os grandes interesses convergiram e o presidente que temos agora serve de instrumento da execução destes interesses escusos que não são publicados.

Segundo o bispo, “o trecho do cântico de Jeremias (Cântico Jr 14,17-21): “Até o profeta e o sacerdote perambulam pela terra sem saber o que se passa”, é uma descrição simbólica do que estamos vivendo no país.

O religioso afirma que torna-se necessário ajudar o povo brasileiro a reencontrar sua identidade e destino históricos, sua feição cultural, sua tradição e fazer convergir todas estas realidades para que a cidadania brasileira reencontre os rumos do país.

Leia abaixo:

Portal CNBB: Como avalia a crise política brasileira?
Dom Demétrio: Certamente, estamos vivendo um momento difícil, todos reconhecem, no qual há uma perca da identidade do povo brasileiro. Se torna necessário ajudar o povo brasileiro a reencontrar sua identidade e destino históricos, sua feição cultural, sua tradição e fazer convergir todas estas realidades para recuperarmos um projeto de Nação.

Estamos esquecendo nosso projeto de nação. Estamos sentindo novamente a necessidade de fazer, por exemplo, uma nova semana social brasileira para que a Igreja possa cumprir esta tarefa importante que tem de identificar e saber o que está acontecendo.

Como diz o cântico de Jeremias: “Até o sacerdote e o profeta perambulam pela rua sem saber o que acontece”. É um pouco a descrição simbólica da realidade que estamos vivendo agora. A ausência de posicionamento revela de um lado um descrédito muito grande. Uma distância sempre crescente entre as estruturas sociais políticas e a vida do povo brasileiro.

De tal modo que há um descrédito generalizado. Não é uma concordância tácita não, como alguns pretendem instrumentalizar este silêncio das ruas. É um sintoma preocupante de que não temos mais esperanças, sinais concretos de referências práticas para recuperar o rumo da nossa caminhada histórica do Brasil.

Estamos vivendo um momento difícil que se caracteriza, sobretudo, pelo descrédito das instituições e por sua incapacidade em recuperar e superar a pecha sempre crescente da sua falta de legitimidade perante o povo brasileiro.

Estamos vivendo um momento muito difícil no Brasil e precisamos nos rearticular, enquanto Pastorais Sociais da CNBB como um todo, e retomar nossa missão profética de questionar os equívocos que estão acontecendo, os erros praticados e projetar para frente um novo projeto de Brasil que queremos.

Como avalia os passos do Michel Temer depois do impeachment da presidenta Dilma Rousseff?
Se há dificuldades de convergências em torno de um projeto de país por outro se criou uma convergência que assusta. Interesses que estão se consolidando e convergindo para que se instrumentalizem o Congresso Nacional e o poder judiciário para salvar os próprios privilégios.

Há uma espécie de trama que está sendo orquestrada para que isto se torne invisível e leve o Congresso a retrocessos políticos como, por exemplo, o que estamos assistindo com a nova lei trabalhista aprovada e a nova a lei da previdência social que estão propondo.

Existe um interesse do liberalismo econômico que está voltando com força, como se a solução do Brasil fosse voltarmos aos tempos da revolução industrial em que se confrontavam os pequenos contra os poderosos, sempre com desvantagem evidente para os pequenos.

Agora estamos assistindo a esta realidade em que os grandes interesses convergiram e o presidente que temos serve de instrumento da execução destes interesses escusos que não são publicados, mas que aos poucos precisamos identificar para nos posicionar diante da crise política que estamos vivendo.
Leia a íntegra no Portal CNBB
BlogueDoSouza - Democratização da Comunicação, Reformas de Base e Direitos Humanos.



Tornar a indignação contra Temer em luta

5 de Agosto de 2017, 10:47, por BlogueDoSouza

O presidente ilegítimo, Michel Temer, conseguiu, em votação apertada (263 votos a seu favor e 227 contra), arquivar a denúncia cujo acatamento o afastaria do governo. A vitória do usurpador foi custosa ao país, literalmente. Enquanto o Estado brasileiro, sob seu comando, não oferece serviços mínimos à população, aproximando-se de situações de colapso em alguns setores, milhões foram movimentados para arregimentar os votos necessários ao arquivamento da denúncia.

Vitorioso nessa batalha, Temer virá em ofensiva renovada para a aprovação das reformas que interessam aos grandes financistas e ao imperialismo. Terá que mostrar aos que sustentaram o golpe contra a presidenta Dilma que, apesar de abatido pelas denúncias e pela rejeição popular, ainda pode ser o agente do serviço sujo em função do qual foi levado ao poder.

Mas a tarefa não será simples. A votação da denúncia mostrou que existem dissensões importantes na base do governo, motivadas, de forma geral, pelo forte rechaço popular de que Temer é alvo. Se em votações anteriores a oposição havia amealhado pouco mais de 100 votos, dessa vez 227 votaram contra o governo. É claro que parte desses deputados defende as reformas, mas a votação de ontem demonstrou que o instinto de sobrevivência eleitoral pode ser um bom conselheiro também no caso da aprovação de medidas impopulares.

Passada essa batalha, os setores democráticos e comprometidos com o futuro do país precisam se mobilizar de forma redobrada contra a pauta do governo, derrotando-a. Para tanto duas questões, que não são excludentes, mas complementares, se impõem de forma imediata.

A primeira delas é retomada da luta de massas contra o golpe. Os setores democráticos têm diante de si um desafio fundamental: transformar a ampla indignação contra Temer em mobilização do povo. A impopularidade do governo não será suficiente para barrar a ofensiva que se avizinha. Para que este caminho tenha sucesso é necessário partir de bandeiras de mobilização de amplo apelo popular, que sejam capazes de catalisar setores ampliados e não só a vanguarda mais consciente.

A segunda tarefa é a construção de uma ampla frente política e social em torno da retomada do desenvolvimento. Não há possibilidade de saídas consistentes para o Brasil sem crescimento econômico e, especialmente, sem retomada da atividade industrial, fortemente deprimida pelas políticas contracionistas. O governo Temer, através, por exemplo, da extinção da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), praticada pelo BNDES em seus empréstimos, quer destruir de forma definitiva qualquer possibilidade de desenvolvimento da indústria nacional. Cada vez mais setores têm se pronunciado contra tal medida. Aí está uma pauta justa, ampla, na qual é possível construir uma maioria que derrote o usurpador e o mercado financeiro.

Frente ampla contra Temer e sua pauta e encontrar os caminhos para transformar a indignação popular em luta de massas, eis dois dos desafios que os patriotas e democratas têm pela frente no próximo período.
Editorial de O Vermelho
BlogueDoSouza - Democratização da Comunicação, Reformas de Base e Direitos Humanos.



Lula cresce mesmo após caçada judicial e vence fácil em 2018, aponta Vox

4 de Agosto de 2017, 9:04, por BlogueDoSouza

A condenação e a caçada judicial contra Luiz Inácio Lula da Silva não foram suficientes para tirá-lo da liderança da corrida presidencial de 2018; nova pesquisa CUT-Vox Populi, realizada entre os dias 29 e 31 de julho, mostra que o ex-presidente Lula lidera as intenções de voto em todos os cenários pesquisados: contra Jair Bolsonaro (PEN-RJ) ou João Doria (PSDB-SP), Lula alcança 53% das intenções de voto; se os candidatos forem Geraldo Alckmin (PSDB-SP) ou Marina Silva (Rede-AC), Lula bate ambos com 52% dos votos; para Marcos Coimbra, diretor do Instituto Vox Populi, vários dados pesquisa podem explicar porque Moro não acabou com as intenções de voto positivas no ex-presidente, como o fato de muitos eleitores julgarem que ele não conseguiu apresentar provas contra Lula no caso do triplex do Guarujá

Brasil247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue líder absoluto nas intenções de voto para o Planalto em 2018, apesar da caçada judicial de que tem sido vítima.

A nova rodada da pesquisa CUT-Vox Populi, realizada entre os dias 29 e 31 de julho, mostra que o ex-presidente Lula lidera as intenções de voto para presidência da República no segundo turno nos quatro cenários pesquisados: contra Jair Bolsonaro (PEN-RJ) ou João Doria (PSDB-SP), Lula alcança 53% das intenções de voto; se os candidatos forem Geraldo Alckmin (PSDB-SP) ou Marina Silva (Rede-AC), Lula bate ambos com 52% dos votos.

Nesses cenários imaginados pela pesquisa, Bolsonaro teria 17% dos votos. Já Alckmin, Doria e Marina alcançariam, no máximo, 15% do total de votos, cada um.

A intenção de voto espontânea em Lula também aumentou depois que o juiz Sérgio Moro condenou o ex-presidente, sem nenhuma prova, por crime de corrupção passiva no caso do tríplex do Guarujá. Em junho, antes da sentença, 40% dos entrevistados disseram que votariam no ex-presidente. No fim de julho, o percentual aumentou para 42%.

Para Marcos Coimbra, diretor do Instituto Vox Populi, vários dados pesquisa podem explicar porque Moro não acabou com as intenções de voto positivas no ex-presidente.

“Um deles, muito importante, é que, para 42% dos entrevistados, Moro não provou a culpa de Lula no caso do tríplex do Guarujá. Para 32%, Moro provou e, outros, 27% não souberam ou não quiseram responder”.

Outros candidatos

No cenário em que os entrevistados não recebem cartela com nomes e citam espontaneamente em quem pretendem votar para presidente da República em 2018, o segundo colocado é Bolsonaro, com 8% das intenções de voto.

Marina vem em terceiro, com 2%; e, embolados com apenas 1% dos votos aparecem Moro (sem partido), Ciro Gomes (PDT-CE), Joaquim Barbosa (sem partido), Doria, Fernando Henrique e Alckmin.

Aécio Neves (PSDB-MG) zerou novamente, como havia zerado em junho, após as denúncias de corrupção feitas pela PGR – Procuradoria Geral da República.

Intenção de voto estimulada

No cenário em que a intenção de voto foi estimulada com Alckmin, o tucano atinge 6% das intenções de voto e Lula, 47%. Bolsonaro tem 13%, Marina, 7%, e Ciro, 3%.

Na estimulada com Doria, Lula tem 48% das intenções de voto, Bolsonaro manteve os 13%, Marina subiu para 8% e o prefeito de São Paulo empatou com Ciro Gomes, com 4%.

O pessimismo dos brasileiros com o momento econômico e político atual e o descrédito no governo Temer, aliados as lembranças de um passado recente de que a vida era melhor nos governos do PT, ajudam a explicar porque as intenções de voto no presidente Lula são as que mais crescem em todos os cenários da pesquisa”, analisa Coimbra.

Segundo ele, outros dados da pesquisa CUT-Vox, ajudam a entender essa tese. Um deles é o aumento de 49% para 55%, entre junho e julho deste ano, do percentual de entrevistados que apontam Lula como o melhor presidente que o Brasil já teve - o outro nome lembrado é o de Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), com 15%.

Além disso, 58% dos brasileiros consideram Lula um bom administrador, 65% dizem que ele é trabalhador e 61% afirmam que a vida melhorou nos 12 anos de governos do PT.

Já o presidente da CUT, Vagner Freitas, ressalta que o pessimismo dos brasileiros com o governo Temer vem aumentando rapidamente mês a mês por causa do desemprego recorde – mais de 13,5 milhões de trabalhadores estão desempregados – e das medidas de arrocho salarial, previdenciário e social.

Para Vagner, isso explica dados da pesquisa como os de que, com Temer, a vida piorou para 61% dos entrevistados – em junho o percentual era de 52%.

Aumentou também o pessimismo e a descrença quanto a capacidade de Temer de controlar a inflação – em junho, 62% achavam que a inflação ia aumentar. Em julho, esse percentual pulou para 75%. Cresceu também o percentual dos que acham que vai aumentar o desemprego no Brasil - de 68% em junho para 72% em julho.

“O povo quer votar em quem tem compromisso com a classe trabalhadora tanto para voltar a ter uma vida melhor, quanto para reverter as medidas que Temer tomou para acabar com a CLT e a aposentadoria, entre tantas outras desgraças desta gestão golpista”, conclui Vagner.

A pesquisa UT/Vox Populi, realizada nos dias 29 e 31 de julho, entrevistou 1999 pessoas com mais de 16 anos, em 118 municípios, em áreas urbanas e rurais de todos os estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior.

A margem de erro é de 2,2 %, estimada em um intervalo de confiança de 95%.
BlogueDoSouza - Democratização da Comunicação, Reformas de Base e Direitos Humanos.



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