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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Licenciado sob CC (by)

Democratização da Comunicação, Reformas de Base e Direitos Humanos.


O pacote de Pezão ataca os mais pobres e preserva os ricos: veja as principais medidas

17 de Novembro de 2016, 9:12, por BlogueDoSouza


Manifestantes que foram à Alerj contra os ataques de Pezão sofreram forte repressão por parte da polícia e da Força de Segurança Nacional, inclusive dos policiais que participaram do ato e se colocaram contrários à presença de qualquer organização de esquerda e do sindicato dos servidores da educação, e chegaram a agredir professores e estudantes.

A crise do estado do Rio de Janeiro e o pacote de ajustes de Pezão estão colocando em pé uma grande luta dos servidores. A aprovação do pacote é prioridade não apenas para o governador, mas para Picciani, presidente da Alerj e seu principal aliado na cada parlamentar. Veja aqui quais são as medidas do pacote que mais afetam os trabalhadores e as parcelas mais pobres da população.

São muitas as medidas do pacote de Pezão, mas as principais e mais drásticas recaem sobretudo sobre os trabalhadores, já que, como o governador fez questão de deixar claro ainda antes de retornar ao cargo, ele pretende manter todas as isenções fiscais às grandes empresas.

Por enquanto, estão sendo realizadas sessões entre os deputados para negociar e debater entre os parlamentares as medidas propostas. A ideia de Picciani é que as votações comecem a partir do dia 6 de dezembro. De acordo com o deputado, se espera que as propostas mais polêmicas do pacote recebam mais de uma centena de emendas parlamentares para serem debatidas na casa.

Ataques nos salários, direitos e reajustes dos servidores estaduais

Nessa quinta-feira, 17, será debatida uma das medidas mais polêmicas, que ataca de forma aguda os servidores estaduais: o aumento na contribuição salarial dos servidores de 11% para 14%. A proposta inicial de Pezão, que foi devolvida pela Alerj ao governo após manifestações na semana passada, era de que a contribuição subisse para 30%.

No dia 22 será debatido também que sejam adiados em três anos todos os aumentos salariais de categorias que já haviam conquistado reajustes para 2017 e 2018. Ou seja, arrocho e calote nos trabalhadores.

Também nesse dia discutirão o fim do Instituto de Assistência do Servidor Estadual do Rio de Janeiro (IASERJ), que fornece assistência médica aos servidores. Isso não apenas representa um ataque ao acesso à saúde desses trabalhadores, como uma sobrecarga extra no SUS, que já hoje é totalmente incapaz de atender a sua demanda.

No dia 23 também se discutirá na Alerj o fim do Triênio, ou seja, o reajuste concedido a cada três anos para os funcionários do estado.

Aumento da taxação dos mais pobres: elevação do imposto regressivo ICMS

Na terça-feira, 22, será debatida outra proposta que a imprensa vem dizendo de forma enganadora que afetará sobretudo o empresariado; trata-se do aumento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um imposto regressivo, ou seja, que recai percentualmente muito mais sobre os mais pobres, já que é cobrado sobre o preço de produtos e não sobre a renda ou propriedade. Isso significa que o imposto pago por um banqueiro ou por um trabalhador precarizado ao comprar um maço de cigarro é exatamente a mesma, e, portanto, percentualmente muito maior para o trabalhador, que possui uma renda muito inferior.

É de praxe também que todo o aumento de custo que o empresariado tenha com essa sobretaxação seja repassado ao consumidor final, ou seja, novamente ao trabalhador.

Essa proposta inclui o aumento na tarifação de setores ou produtos como gasolina C (30% para 32%), fumo (25% para 27%), energia residencial acima de 200kw (25% para 27%), cerveja e chope (17% para 18%), refrigerante (16% para 18%) e telecomunicações (26% para 28%). Ou seja, itens de uso cotidiano na vida dos trabalhadores, nenhum produto de luxo ou de uso exclusivo do empresariado.

Fim dos programas sociais

Em um estado e um país com uma profunda desigualdade social, programas sociais mínimos estão longe de resolver o problema, mas muitas vezes representam a diferença entre ter ou não um prato de comida. Pois bem: é mais um ponto que será cortado no plano de Pezão. Também no dia 22 serão discutidos a extinção do programa Renda Melhor (que garante uma bolsa de R$ 30 a R$ 300 reais por família de baixa renda) e do Renda Melhor Jovem - que atribui uma bolsa adicional para o estudante que permanecer na escola, em uma cruel permuta de direitos básicos (alimentação e educação) que não são garantidos pelo estado.

Corte no Bilhete Único e subsídios de transporte

Uma das medidas de maior alcance sobre a população pobre e trabalhadora - que depende de forma insubstituível do precário e caríssimo transporte público - será debatida pelos deputados no dia 23. Trata-se de elevar a tarifa de integração do Bilhete Único de R$ 6,50 para R$ 7,50; aumento da tarifa intermunicipal; estabelecer um teto de até R$ 150 por mês para o subsídio ao direito e extinguir a gratuidade da barca pros moradores de Ilha Grande e Paquetá - que passarão a pagar uma tarifa de R$ 2,80. São os moradores da região metropolitana da baixada, em geral os trabalhadores mais precarizados e explorados, que serão afetados por essa medida.

Precarizar os serviços públicos com demissões e o fim das contratações

No dia 30 será debatida a medida que limita a despesa com folha de pagamento a até 70% da receita líquida do estado. Na prática, isso implica em uma "limpeza" no funcionalismo do estado que significará a precarização dos serviços públicos para toda a população.

Fim dos restaurantes populares

Essa medida na prática já vem sendo implementada, com fechamentos a conta-gotas que deixam a população mais pobre sem ter onde comer. O estado, para tentar se livrar do ônus de atacar um direito tão elementar de uma população que depende dele, diz que quer transferir os restaurantes para a prefeitura. Na prática, se a prefeitura não aceita, eles serão fechados.

Fim do aluguel social

Outra medida que já vem sendo aplicada, com atraso de pagamentos ou simplesmente ausência dos pagamentos, é a do aluguel social. O valor ínfimo de R$ 500, que é completamente insuficiente para garantir moradia para uma família, é pago em decorrência de crimes que os governantes praticam contra a população pobre. Seja pelas remoções forçadas que o governo fez às dezenas de milhares para os megaeventos, seja pelos mal chamados "desastres naturais" da época de chuvas todos os anos, verdadeiras tragédias anunciadas que matam e deixam famílias sem lar e são consequência da precariedade das moradias e da falta de política do governo para garantir casas para a população.

Para os políticos, juízes e empresários, todos os privilégios permanecem

Apesar de uma medida "para inglês ver" de reduzir seu salário e de seus secretários em 30% para poder aprovar seus ataques, Pezão faz isso para tentar esconder que onde ele não vai tocar é nos privilégios dos capitalistas e de seus principais aliados: juízes e políticos.

Como demonstramos aqui, em meio à crise esses setores mantém todos seus supersalários e regalias, e as isenções de Pezão para empresários se mantém de pé, enquanto os direitos mais mínimos da população pobre e trabalhadora são atacados ferrenhamente.

A única forma de efetivamente superar a crise com uma saída independente dos trabalhadores é ocuparmos as ruas, construirmos nossas ocupações e greves com um programa para que sejam os patrões que paguem pela crise. Com o fim do pagamento da dívida pública, a taxação das grandes fortunas, o estabelecimento de um salário de professora para políticos e juízes poderemos resolver a crise do estado sem tocar nos salários e direitos dos trabalhadores. - da Esquerda Diário


NINJA Ao vivo! ALERJ lotada de servidores públicos contra o pacote de maldades do Pezão




Dois PMs do Batalhão de Choque abandonam cerco na ALERJ e se juntam aos manifestantes -
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Destruição a Jato. A tragédia do Brasil de Moro num vídeo espetacular

13 de Novembro de 2016, 14:00, por BlogueDoSouza


Reserve  23 minutos do seu domingo. Chame o companheiro, a companheira, os filhos, os amigos que vêm almoçar.

Seu país e sua vida valem isso, a oportunidade de pensar, num vídeo fantástico, sobre o qual não posso nominar o roteiro, a edição e a direção – todos da melhor qualidade e técnica de documentário, embora feito com recursos amadores.

É um balanço cru e explícito do que o Brasil ganhou e perdeu com estes dois anos em que a Operação Lava jato passou a ser – à frente de tudo, da economia, do emprego, da vida humana –  a reitora da existência dos brasileiros.

A história de como se serviram de ladrões para nos roubar muito mais que eles. Em dinheiro, em trabalho, em sonhos e em destino.

Já falei demais.

Veja, os fatos falam por si. - https://youtu.be/o_c_-9uso4c 

Por Fernando Brito no Tijolaço
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Em seis meses, o Brasil ficou menor, injusto, menos democrático e irrelevante

13 de Novembro de 2016, 11:36, por BlogueDoSouza



Bastaram poucos meses para que o governo golpista dissesse a que veio: a desmontar o que de melhor havia sido feito neste século, no Brasil. O Estado brasileiro está sendo reduzido às suas proporções mínimas, deixando de garantir o patrimônio publico, os direitos sociais, a soberania internacional.

Tudo que o governo toca, ele reduz, ele transforma em irrisório, em medíocre, em intranscendente. De país respeitado pelo combate à fome e às desigualdades, rapidamente retornamos a país da exclusão social, que não deixa passar dia sem que se tirem dezenas de milhares de bolsas famílias de pessoas pobres, sem que percam o emprego milhares de trabalhadores, sem que a imagem externa do Brasil se deteriore cada vez mais, sem que um politico alçado por um golpe à presidência, degrade ainda mais sua imagem pública.

Em pouco tempo em termos de calendário, o pais voltou a se tornar cada vez mais desigual, mais injusto, mais excludente. O governo instaurou a norma da imoralidade, no seu comportamento e na composição da gangue que o compõe.

Em poucos meses o striptease do Judiciário e do Legislativo nos fizeram ver que não apenas a democracia foi gravemente ferida, mas também as instituições republicanas. A Câmara, o Senado, o STF, tornaram—se farsas de poder legislativo e judiciário.

A equipe econômica se encarrega de tratar de reduzir o pais à dimensões de um mercado controlado pelo capital financeiro – a que pertencem seus membros. Tudo o que se decide vai na direção de tirar direitos das pessoas e favorecer o capital especulativo. Volta-se a um acelerado processo de concentração de renda e de exclusão social.

Instaurou-se um governo de vingança contra os que haviam tido reconhecidos seus direitos. Dos que têm pouco, se tira tudo o que se possa. Aos que têm tudo, se lhes concede as melhores condições para que enriqueçam mais.

São seis meses em o Brasil não é levado em conta, interessa apenas o mercado. Em que o pais, a nação brasileira, a sociedade brasileira, são reduzidos às dimensões do duro ajuste fiscal.

Os direitos dos cidadãos são atingidos diariamente, como trabalhadores, como estudantes, como professores, como mulheres, como jovens, como negros. O Estado renuncia, todos os dias, às suas responsabilidade de cuidar do patrimônio nacional. Dia sim, dia não, aquele que usurpa o cargo de presidente da Petrobras, rifa o patrimônio brasileiro, entregando-o nas mãos das grandes corporações internacionais, ao mesmo tempo que anula os 10% para educação e saúde que o Brasil tinha democraticamente conquistado.

É uma horda de aventureiros que, galgados ao governo por meio de manobras ilegais, sob os olhares cúmplices e silenciosos do Judiciário, com a opinião publica forjada pelos monopólios privados dos meios de comunicação, assaltam o pais, para desnacionalizar a economia, desarticular o Estado, desfazer os direitos sociais da grande maioria, enlamear a imagem do Brasil no mundo.

Foram alguns dos piores meses da história do Brasil, pelo tamanho da agressão à democracia, pelos retrocessos sociais, pelo espetáculo imoral e sem pudor que ministros e parlamentares governistas dão diariamente. Tudo o que de melhor o Brasil havia conquistado neste século, está sendo colocado em questão, condenando o pais ao retorno ao Mapa da fome e ao FMI, à triste condição de pais mais desigual do continente mais desigual. O que havia de confiança no Judiciário foi dilapidado, pelas perseguições políticas e pelo perdão aos golpistas e corruptos que se assenhorearam do Estado e o assaltam como botim.

Quando o povo brasileiro conseguir recuperar seu legítimo direito democrático de decidir seus destinos, não será complacente com os responsáveis pela destruição da democracia, do patrimônio publico, dos direitos sociais e da soberania nacional. Sejam eles políticos, juízes, donos dos meios de comunicação – serão todos investigados e condenados pelos danos gravíssimos que impõe hoje, por meio de um golpe, ao pais. Uma nova Comissão da Verdade se encarregará de fazer justiça à democracia, aos direitos dos trabalhadores, às políticas sociais, à dignidade externa do Brasil.

O povo, conduzido por seus lideres democráticos, voltará a demonstrar que o Brasil é muito maior do que aquilo a querem reduzir. Que o potencial do pais não requer essa dilapidação do patrimônio publico mas, ao contrario, seu fortalecimento. Que distribuir renda permanentemente não é somente justo, como alavanca para a retomada do desenvolvimento. Que o Brasil não pertence aos que o degradam, mas ao seu povo, que derrotou a ditadura militar e derrotará esta nova ditadura.
Emir Sader no Brasil 247
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Conheça as nove decisões ilegais de Moro para dificultar defesa de Lula

12 de Novembro de 2016, 18:27, por BlogueDoSouza

O juiz paranaense Sérgio Moro; um olho no processo e o outro na mídia
Pedro de Oliveira/ ALEP

Defesa do ex-presidente expõe, ponto a ponto, todos os arbítrios que tornam o processo contra Lula uma farsa

O juiz federal de primeira instância no Paraná Sérgio Moro cometeu nove erros e omissões em decisão proferida no último dia 28 de outubro, em processo movido pelos procuradores do MPF-PR (Ministério Público Federal no Paraná) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no âmbito da Operação Lava Jato. A decisão de Moro foi contestada judicialmente pela Defesa do ex-presidente na última terça-feira, por meio de um recurso chamado embargo de declaração.
O caso é referente à acusação de que o ex-presidente seria dono de um apartamento no Guarujá, que não está e jamais esteve em seu nome, e que nunca foi utilizado por Lula ou qualquer pessoa de sua família. A fim de provar que a acusação dos procuradores paranaenses não possui qualquer ligação com a realidade, a Defesa de Lula, dirigida pelo advogado Cristiano Zanin, solicitou a produção de uma série de provas técnicas, a maioria envolvendo procedimentos periciais.
O juiz Moro, porém, negou este pedido, fazendo, assim, que o processo caminhe baseado apenas em delações de pessoas que confessaram ter cometido crimes e que assinaram seus depoimentos em troca de redução de suas penas, além da forte convicção dos procuradores da Lava Jato. Com isso, se livra das provas técnicas e faz o processo andar mais rápido, permitindo que ele possa vir a ser concluído antes das Eleições de 2018.
Para a Defesa de Lula, tal decisão de Moro é uma ofensa ao direito de defesa e aos princípios mais básicos do Direito Processual Penal. Por causa disso, o advogado Cristiano Zanin entrou com o embargo de declaração protocolado na última terça. Veja, agora, quais foram os noves pontos em que Moro errou ou cometeu omissões em sua decisão.

1 e 2 - Moro recusa perícias sobre reforma de apartamento no Guarujá
O MPF afirma que um apartamento no Guarujá construído e reformado pela OAS seria uma propriedade oculta de Lula. Acusa que a empreiteira teria feito essa reforma em 2011, em troca da ajuda de Lula para fechar três contratos fraudulentos com a Petrobras em 2007. Ou seja, teria pago por um favor ao suposto comandante do esquema não em dinheiro vivo e à vista, como receberam confessadamente todas as pessoas envolvidas em fraudes investigadas pela Lava Jato, mas com uma reforma em um apartamento que nem do ex-presidente era, e anos depois dele ter realizado o suposto favor.
Em que pese o surrealismo da tese, a Defesa de Lula é obrigada a leva-la a sério. Para derrubar esta versão, portanto, os advogados requeriram a cópia desses contratos e que fosse feita uma perícia para saber o quanto custou essa tal reforma, para ver se ela efetivamente custou o quanto alegam os procuradores que seria o valor pago a título de propina ao ex-presidente, na ordem de R$ 3,8 milhões.
Novamente, Moro simplesmente negou o pedido, dizendo que não há relação obrigatória entre o dinheiro que a OAS recebeu com esses contratos e o quanto ela teria pago de propina ao ex-presidente. Aqui, novamente, Moro contraria a própria denúncia que acatou.

3 - Moro nega prova sobre quem realmente é dono do apartamento do Guarujá
Lula está sendo acusado de ser o dono oculto de um apartamento que jamais utilizou e que visitou uma única vez, quando este estava em obras, declinando de adquiri-lo. A fim de entender como chegaram à tese criativa que Lula é o dono de algo que não está em seu nome e que ele nunca utilizou, os advogados do ex-presidente solicitaram os documentos do imóvel, referentes à data de conclusão da obra, seu cadastro no cartório de registro de imóveis, seus reais proprietários hoje e em tempos passados.
Sérgio Moro, porém, se recusou a permitir que esses documentos sejam levados em conta no processo. Disse que a questão referente a Lula ser o suposto dono oculto do imóvel resume-se às provas orais contidas no processo. Ou seja, resume-se às delações premiadas que supostamente diriam que Lula é o dono. Como a Defesa sequer pode ter acesso a tais delações, consuma-se assim a essência de um processo kafkiano, onde o acusado não sabe por que o acusam e nem pode tentar provar que a acusação é falsa.



4 - Moro proíbe análise de atas de reuniões da Petrobras
Os contratos que a Petrobras assina são baseados em seus planos de obras e investimentos, assim como os de todas as empresas. As promoções que seus executivos recebem são baseadas em mérito, tempo de casa ou, eventualmente, em razões ilícitas.
Lula é acusado de comandar um esquema que seria tocado basicamente por três ex-executivos da empresa, que teriam sido colocados em seus cargos, dizem os acusadores, por ordem de Lula. E daí teriam autorizado contratos fraudulentos para desviar dinheiro da empresa, ainda que fossem contrários aos interesses comerciais da companhia.
Para se defender de tais acusações, a Defesa requeriu os documentos que balizaram a contratação e promoção desses três executivos, para conhecer as circunstâncias em que chegaram a seus cargos, para poder provar que não interferiu no processo.
Também requeriu as atas das reuniões dos conselhos da Petrobras em que foram discutidos os investimentos que demandaram a contratação dos serviços ora colocados sob suspeição, para poder provar que não influenciou nessas decisões.
Mas Moro negou tudo isso, falando a mesma coisa que falou sobre as informações do imóvel do Guarujá: que não importam provas periciais, o que vale são os depoimentos dos delatores.
O quadro tétrico que se desenha nessa ação judicial comandada pelo juiz paranaense é assim resumido pelo advogado Cristiano Zanin: “O cerceamento de defesa é evidente. A acusação é totalmente baseada no que um delator está afirmando. Se pedimos algum tipo de prova concreta, que possa ser enfrentada, analisada, a resposta é não. Como se defender de algo que foi dito e não se pode provar nem pedir prova em contrário?”

5 - Recusa em analisar contratos supostamente fraudulentos da Petrobras
A denúncia do MPF que foi recebida por Sérgio Moro diz que Lula comandou um esquema de fraudes em contratos da Petrobras que durou todo o período de seus dois mandatos (2003 a 2009) e que seguiu até hoje, sempre com Lula supostamente à frente do esquema, mesmo já não exercendo nenhum cargo no governo. É isso que disseram os procuradores na ação.
Sendo assim, a Defesa de Lula pediu que fossem anexados todos os contratos referidos na acusação aceita por Moro, para que pudessem ser analisados e o ex-presidente tivesse a chance de mostrar que não teve nenhuma participação em supostas fraudes contidas nesses documentos.
O juiz Moro, no entanto, recusou-se a atender o pedido da Defesa, alegando que a acusação contra Lula refere-se apenas a três contratos específicos que a OAS assinou com a Petrobras. É isso mesmo, Moro contraria a própria denúncia que aceitou como verdadeira para impedir o acesso da Defesa aos contratos que a acusação acusa de serem fraudulentos.
Assim, no embargo de declaração protocolado na última terça, dizem os advogados do ex-presidente: “Toda a denúncia se baseia no suposto papel de comando de Lula em toda a organização criminosa que se desenvolveu na Petrobras. Se agora vossa excelência (Moro) aduz que a denúncia se limita ao objeto de três contratos, todo o restante dala deveria, pela lógica, ser considerada inepta”.

6 - Processo esconde da Defesa depoimentos em delação premiada
Praticamente a totalidade dos supostos indícios que baseiam a ação dos procuradores contra Lula são advindos de acordos de delação premiada feitos entre o MPF e réus confessos de corrupção que depuseram a fim de reduzir suas penas.
É com base no que disseram esses réus que o MPF acusa Lula. Assim, para poder exercer seu direito de defesa, os advogados do ex-presidente pediram para ter acesso aos tais depoimentos acordados em delação. Pediram acesso aos depoimentos de Pedro Corrêa, Ricardo Pessoa e mais 14 delatores. Tal pedido, porém, foi simplesmente ignorado por Sérgio Moro, obrigando a Defesa de Lula a se defender sem saber do que está se defendendo no processo em que o ex-presidente é réu.

7 - Denúncia fala em “Mensalão” mas não permite que assunto seja tratado no processo
Na denúncia aceita por Moro, os procuradores do Paraná afirmam que Lula teria tido participação ativa e de comando no suposto esquema de compra de votos de parlamentares que ficou conhecido como Mensalão. Os procuradores afirmam isso mesmo que decisão de última instância proferida pelo STF tenha demonstrado o contrário.
Assim, a fim de se defender de tal acusação - de resto já derrubada pela corte máxima do país - a Defesa pediu a anexação dos documentos que comprovariam a tese do MPF, sejam eles da CPI dos Correios, que se debruçou sobre o caso, seja os do processo do Mensalão que correu no STF.
Moro, porém, negou o pedido, dizendo que o assunto é alheio ao processo. Moro disse isso mesmo tendo aceitado a denúncia que diz o contrário disso. Como pode, então, a Defesa se defender das acusações proferidas? Assim, no embargo, afirmam os advogados de Lula: “Não pode este Juízo obrigar a Defesa a se contentar com ilações sem fundamento advindas do MPF”.

8  - Moro atropela ação que corre em instância superior
Sérgio Moro é um juiz de primeira instância, da 13ª Vara Federal de Curitiba. A ação que os procuradores movem contra Lula corre nesta vara. Ocorre, porém, que há um inquérito aberto no STF (Supremo Tribunal Federal) que investiga a existência da suposta organização criminosa que os procuradores afirmam ter convicção de que Lula faria parte.
Quando isso ocorre, quando dois procedimentos judiciais versam sobre o mesmo caso ou casos intrinsecamente relacionados, manda o Direito que haja o chamado “sobrestamento das ações”, ou seja, que a ação que corre na instância inferior permaneça condicionada à da instância superior.
Isso porque, na hipótese de o inquérito no STF chegar à conclusão de que Lula não fez parte de nenhuma organização criminosa, a ação na instância inferior - a de Moro - restaria prejudicada, pois não poderia chegar a conclusão diferente da que foi alcançada pela esfera superior da Justiça. O juiz do Paraná, no entanto, ignorou este apontamento da Defesa, deixando correr livre a ação dos procuradores da Lava Jato.



9 - Suspeição de procuradores não foi levada em conta
No dia 10 de outubro deste ano, a Defesa de Lula protocolou um recurso no processo em questão, chamado “Exceção de Suspeição”. Ele é contra os procuradores que comandam as investigações da Lava Jato e as acusações contra Lula, por estes terem protagonizado uma entrevista coletiva com espalhafato quando anunciaram a denúncia contra o ex-presidente.
Na ocasião, os procuradores utilizaram um arquivo em power point que não trazia qualquer prova, servia apenas para tentar caracterizar Lula como o suposto comandante de um esquema de corrupção, acusando-o, assim, de cometer o crime de organização criminosa. Ocorre, porém, que, na acusação que efetivamente levaram à Justiça, os procuradores não denunciaram o ex-presidente por tal delito, a entrevista que concederam foi além do que conseguiram apresentar à Justiça.Não denunciaram por dois motivos: o primeiro é que nunca investigaram tal possibilidade de crime. E nunca investigaram porque investigação sobre isso já existe, e está ao cargo da Procuradoria-Geral da República, e não dos procuradores de primeira instância do Paraná. Ou seja, não denunciaram porque nunca investigaram, e nunca investigaram porque legalmente não poderiam fazer isso.
Assim, na peça judicial em que apresentavam a defesa do ex-presidente, os advogados de Lula lembraram que, até que fosse julgada a exceção de suspeição que haviam protocolado, não seria possível dar prosseguimento ao processo. Moro, porém, se recusou a atentar para este fato, afirmando que “se houve algum excesso dos procuradores, trata-se de questão estranha à ação penal”.
Tal afirmação não corresponde aos fatos. Na verdade,em 18 de outubro, o próprio Moro determinou a intimação dos procuradores para se pronunciarem sobre a suspeição relatada, o que ainda não foi feito. O procedimento fora autuado sob o n.º 5051579-40.2016.4.04.7000, não sendo, então, ao contrário do que afirmou Moro, “questão estranha à ação penal”.
 LULA.COM.BR
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A escalada autoritária no Brasil

12 de Novembro de 2016, 17:36, por BlogueDoSouza


A invasão da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) pela Polícia Civil de São Paulo foi apenas mais um episódio da escalada antidemocrática por que passa o Brasil. Agentes do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) pularam uma janela e invadiram a escola de formação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), onde efetuaram disparos de armas de fogo.

"As agressões à nossa democracia se banalizam sem causar alarido e, de forma acelerada, retiram direitos e afrontam o Estado democrático de Direito", afirma o advogado e professor Pedro Estevam Serrano, colunista de CartaCapital. Confira, abaixo, dez exemplos recentes de autoritarismo à brasileira.


Polícia invade escola do MST

Agentes da Polícia Civil de São Paulo invadiram a escola Florestan Fernandes, em Guararema, na sexta-feira 4. A ação foi parte da Operação Castra, deflagrada no Paraná com o apoio de São Paulo e Mato Grosso do Sul para prender integrantes do MST acusados de crimes. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo tentou justificar a ação dizendo que os presentes "tentaram desarmar os agentes". Gilmar Mauro, liderança do MST que estava na escola do momento da invasão, disse que a versão da SSP é "fantasiosa".

Juiz autoriza técnicas de tortura contra estudantes

Em decisão do dia 30 de outubro, o juiz Alex Costa de Oliveira, da Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal, autorizou que a Polícia Militar utilizasse técnicas de torturapara forçar a desocupação do Centro de Ensino Médio Asa Branca (Cemab), em Taguatinga. O juiz autorizou, por exemplo, o corte do fornecimento de água, energia elétrica e gás de cozinha e permitiu o uso de "instrumentos sonoros contínuos" a fim de impedir o sono dos estudantes. Os alunos deixaram a escola no dia 1º de novembro, após cinco dias de ocupação.

Ator é preso por criticar a PM em peça

A apresentação do espetáculo Blitz – O Império que Nunca Dorme, da Trupe Olho da Rua, foi interrompida pela Polícia Militar na tarde do dia 30 de outubro, em uma praça de Santos, no litoral de São Paulo. De acordo com a Polícia Civil, a PM se sentiu ofendida pela peça, que faz críticas ao Estado, e prendeu o ator Caio Martinez Pacheco por desrespeito aos símbolos nacionais, além de desobediência e resistência. Os policiais também intimidaram parte do público que filmava a ação. A Trupe Olho da Rua afirmou que vai questionar a arbitrariedade no Ministério Público.

STF reduz direito de greve de servidores

Por seis votos a quatro, o Supremo Tribunal Federal validou o corte salarial automático de servidores públicos que decidirem entrar em greve. O ministro Marco Aurélio Mello, que votou contra o corte salarial, afirmou que a decisão “fulmina” o direito à greve. "Não concebo que o exercício de início de um direito constitucional possa de imediato implicar esse prejuízo de gradação maior, que é corte da subsistência do trabalhador e da respectiva família”, disse no julgamento, em 27 de outubro.

Promotor manda algemar estudantes

Em Miracema do Tocantins (TO), dois estudantes foram algemados durante a desocupação de uma escola pela Polícia Militar. O promotor Vilmar Ferreira de Oliveira foi procurado pela direção da escola, que alegou que entre os estudantes havia militantes do MST, da CUT e do PT. À Folha de S.Paulo, o promotor disse que foi até a escola, mas que não houve acordo. "Determinei que fossem algemados, para segurança deles e para impedir que agredissem os militares (...) Dentro de escola não é lugar para fazer manifestação, cultuar partido político", disse Oliveira ao jornal.

Ipea intimida pesquisadores

Nota técnica divulgada em setembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) provocou uma caça às bruxas no órgão. O documento concluiu, entre outras coisas, que a aprovação da PEC 241 (PEC 55 no Senado) poderá gerar uma perda de 743 bilhões de reais para saúde em 20 anos. O conteúdo do documento irritou o presidente do Ipea, Ernesto Lozardo, que usou o site e os canais de comunicação da instituição para questionar publicamente o estudo. A situação levou a pesquisadora Fabíola Sulpino Vieira, uma das autoras da nota, a pedir exoneração do cargo no início de outubro.

Justiça anula júris do Carandiru

No dia 27 de setembro, a 4ª Câmara Criminal do Tribunal do Júri do TJ-SP anulou os quatro julgamentos que condenaram 74 policiais militares pelo massacre do Carandiru, que terminou com a morte de 111 presos no dia 2 de outubro de 1992. Para os desembargadores, não há elementos que comprovem quais foram os crimes cometidos por cada um dos agentes, e novos julgamentos deverão ser realizados. O presidente da 4ª Câmara, Ivan Sartori, chegou a pedir a absolvição dos réus. “Não houve massacre, houve legítima defesa”, disse. A promotoria afirmou que entrará com recurso no Superior Tribunal de Justiça para manter as condenações.

Lava Jato não precisa seguir regras

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu que a Operação Lava Jato tem caráter “excepcional” e não precisa seguir as regras dos processos comuns. Em julgamento realizado no dia 22 de setembro, a Corte entendeu, por 13 votos a 1, que as ações da Lava Jato “trazem problemas inéditos e exigem soluções inéditas”. Esse foi o argumento usado para arquivar pedido de abertura de processo disciplinar contra o juiz federal Sergio Moro. Assinado por 19 advogados, a representação contestava a captação, o uso e a divulgação ilegais de conversas telefônicas entre a então presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, em março.

Capitão do Exército é infiltrado em grupo de manifestantes

O capitão do Exército Willian Pina Botelho usou um nome falso para se infiltrar em um grupo de manifestantes contrários a Michel Temer. A ação do capitão, que se apresentava nas redes sociais com o nome de Balta Nunes, resultou na prisão de 18 adultos e oito adolescentes no dia 5 de setembro, antes mesmo do início de um protesto contra Temer em São Paulo. O comandante-geral do Exército, general Eduardo da Costa Villas Bôas, afirmou ao El País que a operação contou com "absoluta interação" com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. O governo Geraldo Alckmin (PSDB), por sua vez, nega envolvimento.

Jovens criticam a PM nas redes sociais e acabam detidos

Postar críticas à Polícia Militar nas redes sociais também virou pretexto para prisão. Em junho foram registrados ao menos três casos de detenção por suposto desacato. De acordo com o Código Penal de 1940, o crime de desacato consiste em “desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela". No Ceará, um adolescente de 17 anos foi levado à delegacia para prestar em depoimento, sem a presença de um responsável. Em Rio Claro (SP), uma jovem foi detida enquanto trabalhava em um shopping. Em Pedregulho, também no interior de São Paulo, a PM algemou e prendeu um jogador de basquete de 19 anos.
 com informações do Blog do Miro
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