Democratização da Comunicação, Reformas de Base e Direitos Humanos.
Copa no Brasil revela a degradação moral da mídia
12 de Julho de 2014, 8:44 - sem comentários ainda
Repórter Ricardo Amaral, um dos mais consagrados profissionais da imprensa brasileira, diz ter saudades do bom futebol e do bom jornalismo; no passado, a imprensa tinha sensibilidade para se solidarizar com o povo brasileiro; hoje, cega por sua agenda política, trata com rancor, escárnio e até xenofobia o fracasso da seleção brasileira na Copa
Sou de uma geração privilegiada. Tínhamos o melhor futebol do mundo, e jornais que buscavam sintonia com a alma do país, na vitória e na derrota. Hoje não temos uma coisa nem outra. Basta comparar como os jornais brasileiros se comportaram em dois momentos de dor nacional: as derrotas da Seleção na Copa de 1982 e na de 2014.
Jornalismo e sensibilidade na capa do Jornal da Tarde em 82. Escárnio e grosseria nas capas de hoje:
Em 82, fomos consolados pela crônica de Carlos Drummond de Andrade, elevada a capa de Esportes do Jornal Brasil e ilustrada por um Chico Caruso que não existe mais. Drummond lambia paternalmente as feridas de um país atônito, e nos convocava a retomar a vida:
Perder, Ganhar, Viver
Vi gente chorando na rua, quando o juiz apitou o final do jogo perdido; vi homens e mulheres pisando com ódio os plásticos verde-amarelos que até minutos antes eram sagrados; vi bêbados inconsoláveis que já não sabiam por que não achavam consolo na bebida; vi rapazes e moças festejando a derrota para não deixarem de festejar qualquer coisa, pois seus corações estavam programados para a alegria; vi o técnico incansável e teimoso da Seleção xingado de bandido e queimado vivo sob a aparência de um boneco, enquanto o jogador que errara muitas vezes ao chutar em gol era declarado o último dos traidores da pátria; vi a notícia do suicida do Ceará e dos mortos do coração por motivo do fracasso esportivo; vi a dor dissolvida em uísque escocês da classe média alta e o surdo clamor de desespero dos pequeninos, pela mesma causa; vi o garotão mudar o gênero das palavras, acusando a mina de pé-fria; vi a decepção controlada do presidente, que se preparava, como torcedor número um do país, para viver o seu grande momento de euforia pessoal e nacional, depois de curtir tantas desilusões de governo; vi os candidatos do partido da situação aturdidos por um malogro que lhes roubava um trunfo poderoso para a campanha eleitoral; vi as oposições divididas, unificadas na mesma perplexidade diante da catástrofe que levará talvez o povo a se desencantar de tudo, inclusive das eleições; vi a aflição dos produtores e vendedores de bandeirinhas, flâmuIas e símbolos diversos do esperado e exigido título de campeões do mundo pela quarta vez, e já agora destinados à ironia do lixo; vi a tristeza dos varredores da limpeza pública e dos faxineiros de edifícios, removendo os destroços da esperança; vi tanta coisa, senti tanta coisa nas almas…
Chego à conclusão de que a derrota, para a qual nunca estamos preparados, de tanto não a desejarmos nem a admitirmos previamente, é afinal instrumento de renovação da vida. Tanto quanto a vitória estabelece o jogo dialético que constitui o próprio modo de estar no mundo. Se uma sucessão de derrotas é arrasadora, também a sucessão constante de vitórias traz consigo o germe de apodrecimento das vontades, a languidez dos estados pós-voluptuosos, que inutiliza o indivíduo e a comunidade atuantes. Perder implica remoção de detritos: começar de novo.
Certamente, fizemos tudo para ganhar esta caprichosa Copa do Mundo. Mas será suficiente fazer tudo, e exigir da sorte um resultado infalível? Não é mais sensato atribuir ao acaso, ao imponderável, até mesmo ao absurdo, um poder de transformação das coisas, capaz de anular os cálculos mais científicos? Se a Seleção fosse à Espanha, terra de castelos míticos, apenas para pegar o caneco e trazê-lo na mala, como propriedade exclusiva e inalienável do Brasil, que mérito haveria nisso? Na realidade, nós fomos lá pelo gosto do incerto, do difícil, da fantasia e do risco, e não para recolher um objeto roubado. A verdade é que não voltamos de mãos vazias porque não trouxemos a taça. Trouxemos alguma coisa boa e palpável, conquista do espírito de competição. Suplantamos quatro seleções igualmente ambiciosas e perdemos para a quinta. A Itália não tinha obrigação de perder para o nosso gênio futebolístico. Em peleja de igual para igual, a sorte não nos contemplou. Paciência, não vamos transformar em desastre nacional o que foi apenas uma experiência, como tantas outras, da volubilidade das coisas.
Perdendo, após o emocionalismo das lágrimas, readquirimos ou adquirimos, na maioria das cabeças, o senso da moderação, do real contraditório, mas rico de possibilidades, a verdadeira dimensão da vida. Não somos invencíveis. Também não somos uns pobres diabos que jamais atingirão a grandeza, este valor tão relativo, com tendência a evaporar-se. Eu gostaria de passar a mão na cabeça de Telê Santana e de seus jogadores, reservas e reservas de reservas, como Roberto Dinamite, o viajante não utilizado, e dizer-lhes, com esse gesto, o que em palavras seria enfático e meio bobo. Mas o gesto vale por tudo, e bem o compreendemos em sua doçura solidária. Ora, o Telê! Ora, os atletas! Ora, a sorte! A Copa do Mundo de 82 acabou para nós, mas o mundo não acabou. Nem o Brasil, com suas dores e bens. E há um lindo sol lá fora, o sol de nós todos.
E agora, amigos torcedores, que tal a gente começar a trabalhar, que o ano já está na segunda metade?
Ontem, na capa do UOL, rancor e xenofobia sem sentido contra a Argentina; resumo do incontido desejo de vingança contra a realização bem-sucedida da Copa no Brasil:
Minha geração conheceu o JT, o JB e Telê. Não vou chorar.
Por Ricardo Amaral no Brasil 247
Barão de Itararé denuncia à imprensa internacional a sonegação da Globo
10 de Julho de 2014, 21:42 - sem comentários ainda
p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120%; }a:link { } Com essa os Marinho e os Kamel não contavam.
O processo da Globo apareceu!
Mal digeriram o “vexame” dos 7 x 1, que trataram editorialmente como uma vitória da teoria deles, dos vira-latas, de que o Brasil é mesmo uma merda, e agora podem ter uma indigestão.
O processo da Receita Federal, contendo todos os detalhes da sonegação da Globo nas Ilhas Virgens Britânicas, finalmente apareceu.
No ano passado, os blogs vazaram apenas algumas páginas. - http://www.ocafezinho.com/2013/06/27/bomba-o-mensalao-da-globo/
Agora ele será vazado na íntegra.
A bomba foi agendada para explodir neste domingo.
Nesta sexta, pela manhã, serão distribuídos no Centro Aberto de Mídia da Copa, no Rio de Janeiro, resumos em português, espanhol e inglês, para toda a imprensa internacional.
A sonegação da Globo se deu, segundo apontaram os auditores da Receita, durante a compra dos direitos de transmissão da Copa de 2002.
Essa é a Copa das Copas! - - Leia mais em: http://www.ocafezinho.com/2014/07/10/processo-da-globo-apareceu/#sthash.SfbE3FJr.dpuf
E leia o texto do Alexandre Teixeira, do blog Megacidadania:
O Núcleo Barão de Itararé RJ acaba de confirmar que a íntegra do processo “sumido” de dentro da Receita Federal será divulgado a partir deste domingo 13/07.
Apareceu a íntegra original do processo da Receita Federal que estava sumido. Com aproximadamente duas mil páginas ele contém documentos comprovando o envolvimento da própria família Marinho na fraude contra o sistema financeiro além da já conhecida sonegação bilionária.
O Núcleo Barão de Itararé RJ irá nesta sexta-feira, dia 11/07, ao Centro Aberto de Mídia do RJ distribuir informativo à imprensa internacional informando a existência deste explosivo material.
É importante destacar que no recente encontro nacional de blogueiros realizado em SP, mais de 500 participantes aprovaram a campanha MOSTRA O DARF REDE GLOBO
Já foram feitas diversas cópias do material que está sendo distribuído aos principais blogs brasileiros para divulgação ao distinto público a partir do fim da Copa.
No momento em que o tema corrupção é tratado como aspecto central para a eleição de outubro, fica evidente que a divulgação desta monumental documentação, com toda certeza, poderá ser um balizador para se entender como funciona e se sustenta o império Rede Globo e suas relações com a FIFA e o submundo do crime internacional.
FACEBOOK: https://www.facebook.com/pages/Mostra-o-Darf-Rede-Globo/250421645160657?fref=ts
BLOG: http://mostraodarfglobo.wordpress.com/
TWITTER: https://twitter.com/Mostraodarf
Confirme seu interesse em auxiliar na ampla divulgação pelo e-mail: mostraodarfglobo@gmail.com
Os blogs O Cafezinho, Megacidadania, Correio do Brasil e Tijolaço, que integram o Núcleo Barão de Itararé RJ, participam do esforço cívico de levar ao conhecimento do distinto público mais esta importante informação que é sonegada pela velha mídia empresarial.
ALEXANDRE Cesar Costa TEIXEIRA - http://www.megacidadania.com.br/
As lições do desastre do Mineirão
10 de Julho de 2014, 20:12 - sem comentários ainda-
acabar com o monopólio das transmissões esportivas e com toda forma de abuso de poder;
-
mudar a lei que permite a eternização dos dirigentes, permitindo inclusive a criação de modelos de capital aberto;
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enquadrar os clubes esportivos, visando a transparência e a solidez financeira;
-
uma ação pesada das autoridades contra as práticas criminosas comuns no setor, especialmente aquelas ligadas à lavagem de dinheiro.
Luis Nassif no GGN
Contee: A luta pela democratização da comunicação
10 de Julho de 2014, 7:40 - sem comentários ainda
Em época de campanha eleitoral, como a que teve início nesta semana, é possível perceber ainda mais acintosamente a relação perniciosa entre mídia e poder no Brasil e o modo como a “grande imprensa” atua não somente como o 33º partido político do país, mas como um dos que buscam exercer mais influência – sob o disfarce da pseudoimparcialidade – no resultado das eleições.
A concentração da mídia nacional, com apenas seis famílias controlando cerca de 70% da imprensa brasileira e os barões da mídia ocupando cadeiras no Congresso Nacional, desequilibra o jogo político não apenas no setor de comunicação, mas em todos os campos, impedindo a consolidação da democracia e comprometendo preceitos basilares, como a liberdade de expressão e o direito à informação.
Por isso, nesta campanha, uma das principais pautas da Contee e dos trabalhadores e trabalhadoras em educação que atuam no setor privado – bem como de toda a classe trabalhadora – é a luta pela democratização da comunicação, com a devida regulamentação dos artigos da Constituição que tratam do tema.
Só a garantia de uma mídia democrática, aliada a uma reforma política plena, pode romper com a lógica de oligopólica e oligárquica que imperar tanto na comunicação como no sistema político brasileiro. Afinal, apesar de termos avançado desde 2003, com o início dos governos progressistas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff, ainda temos legislativos dominados, em grande parte, por interesses conservadores e privatistas que impedem a concretização das reformas essenciais para o povo brasileiro – incluindo a própria reforma política e a democratização dos meios de comunicação.
Por isso, neste período de debates, é fundamental não perder de vista o engajamento na mobilização em prol do recolhimento de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Mídia Democrática (acesse aqui o texto do PLIP e o kit de coleta de assinaturas). Como entidade sindical e educacional, integrante do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), a Contee acredita nesta bandeira que, conforme manifesto na campanha, busca a transformação da nossa realidade num tempo “de buscar igualdade também nas condições para expressar a liberdade” e de “afirmar o direito à comunicação para todos e todas”.
CONTEE - Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino
A Alemanha não é tão boa assim e o Brasil não é tão ruim
9 de Julho de 2014, 5:14 - sem comentários ainda
Analisando os jogos da Alemanha e Brasil, verifica-se que a seleção alemã não é tão boa assim, assim como a seleção brasileira não foi tão ruim.
A Alemanha ganhou de um medíocre time de Portugal por 4 X 0, e todos achavam que a seleção alemã seria o bicho papão da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Mas logo depois a Alemanha empatou com a mediana seleção de Gana por 2 a 2. Depois ganhou dos Estados Unidos por tímido 1 a 0, com feito nos acréscimos do segundo tempo. Portanto, primeira fase mediana.
Nas oitavas-de-final ganhou de apenas 2 a 1 da Argélia, na prorrogação, em jogo bem difícil que quase foi para os pênaltis.
Nas quartas-de-final ganhou de 1 a 0 da razoável França em jogo morno.
E o Brasil?
O Brasil ganhou da Croácia na abertura por 3 a 1, lembrando que era uma abertura da Copa e sempre difícil.
Depois empatou do forte México por 0 a 0, México que quase tirou a Holanda da Copa nas oitavas-de-final.
E ganhou dos Camarões por 4 a 1.
Depois da fase classificatória o Brasil ganhou de dois times sul-americanos que podiam até ser campeões do Mundo pela qualidade do futebol.
Nas oitavas-de-final o Brasil ganhou do Chile nos pênaltis. O Chile que foi uma das sensações da Copa, time que ganhou da Espanha por 2 a zero e deu muito trabalho para a Holanda, mas perdeu por 2 a 0.
O Brasil ganhou da fortíssima Colômbia por 2 a 1. Mas perdeu Neymar por contusão e Thiago Silva por cartão nesse jogo.
Se o Brasil tivesse os dois em campo contra a Alemanha, e sem Fred mas com Paulinho, a seleção poderia ter jogado de igual para igual com a Alemanha.
Como já apontei em outro post, a culpa pela derrota humilhante por 7 a 1 foi do Felipão e CBF, mas não precisava ter ocorrido.
do Blog do Tarso