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Motta

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Segundo Clichê

27 de Fevereiro de 2017, 15:48 , por Blogoosfero - | 1 person following this article.

E o "Mito" virou marchinha de carnaval...

11 de Janeiro de 2018, 11:04, por segundo clichê




Carlos Motta

As marchinhas de carnaval, que dominaram completamente a folia entre as décadas de 30 e 60 do século passado, usaram e abusaram do humor e da crítica social, principalmente a de costumes.

Muitas delas, como "Cabeleira do Zezé" (João Roberto Kelly e Roberto Faissal) e "Maria Sapatão" (João Roberto Kelly), não passariam, se lançadas hoje, no teste do politicamente correto - a turma que aplica esse vestibular é tão rígida que chegou a condenar o verdadeiro hino do carnaval brasileiro que é "O Teu Cabelo Não Nega" (Lamartine Babo e Irmãos Valença).

Com o correr do tempo, outros ritmos chegaram a dominar o carnaval, mas as marchinhas nunca deixaram de ser tocadas - são a alma da festa.

Os blocos de rua, surgidos aos milhares em todo o país, deram fôlego extra ao gênero.

Em Belo Horizonte, a Orquestra Royal tem feito sucesso, com suas marchinhas políticas. Em 2012 o grupo fez sucesso com "Coxinha da Madrasta", uma crítica ao então presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Léo Burgues. Depois dela vieram "Imagina na Copa", "Baile do Pó Royal", "Rejeitados de Guarapari", "Prefeito, libera o Cooler" e "Não Enche o Saco do Chico". 

Para este ano foi composta - e já está na rede - a marchinha "Bolsomico", que destrói o deputado fascista e fanfarrão que pretende ser presidente da República - Deus nos livre!

A música foi lançada na segunda-feira, 8 de janeiro:

https://www.youtube.com/watch?time_continue=30&v=tRusmBrTLWE

Sua letra pega pesado no ídolo das viúvas da ditadura. 

Rir é o melhor remédio.

Tem que ter QI de mico
Pra ficar lambendo bota de milico
Cérebro de periquito
Pra chamar esse boçal de mito
Memória de tanajura
Pra dizer que nunca houve ditadura
Cabeça de camarão
Pra querer voltar pros tempos da inquisição
É melhor Jair
Já ir embora
Sair correndo para a aula de história
É melhor Jair
Já ir embora
E leve o prefeito Dória
Leve também a turma desses idiotas
MBL
Crivella
Alexandre Frota
Pra completar na verdade o bom seria
Levar o mico pra aula de economia




Baixo Augusta faz o esquenta do carnaval paulistano

11 de Janeiro de 2018, 9:40, por segundo clichê


A Casa do Baixo Augusta promove, até o dia 31 de janeiro, em São Paulo, o primeiro Festival de Pré-Carnaval do Baixo Augusta. 

Com rodas de samba, blocos, fanfarras, festas e oficinas, o Festival de Pré-Carnaval oferece uma programação vasta e quase toda gratuita para abrir o calendário da folia paulistana. “O Acadêmicos do Baixo Augusta acredita que o carnaval de rua é respaldado em duas questões fundamentais: comunidade e tradição. Por isso, a proposta é reunir diversas expressões da comunidade e da tradição dessa festa, de manifestações que acontecem há muito tempo e que, cada uma a seu jeito, contribuíram para a criação dessa cultura de carnaval que a cidade tem”, diz Ale Youssef, diretor da Associação Acadêmicos do Baixo Augusta. “O festival é uma grande mostra dessa variedade do carnaval paulistano.” faz 

Para marcar a abertura do festival, nesta quinta-feira a cantora Mariana Aydar faz uma apresentação especial para o lançamento do bloco “Forrozin”, que tem produção do Acadêmicos do Baixo Augusta. Com participação especial de Gilberto Gil, o bloco sai no dia 12 de fevereiro e busca valorizar a música regional e nordestina no carnaval paulistano. 

O Festival de Pré-Carnaval reúne ainda alguns dos maiores blocos de rua de São Paulo, em ensaios especiais. No dia 21, a Roda de Samba do Acadêmicos do Baixo Augusta recebe a Confraria do Pasmado, da Vila Madalena. No dia 25, a festa será junto com o Tarado Ni Você. Já no dia 31, para encerrar a programação, a Casa recebe o bloco Casa Comigo. 

Os ensaios também unem grupos como o Unidos do Swing, que traz uma pitada de jazz para o carnaval de rua, o Samba da Vela (19), tradicional roda de Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo, e o Samba do Sol (14), que busca resgatar o samba de raiz paulista, além do show do Charanga do França (18), que faz referência às tradicionais charangas que costumavam animar as torcidas de futebol nos estádios brasileiros.

As festas Pardieiro (13), Selvagem (26) e Venga Venga (27) também fazem parte da programação, com edições especiais dentro da Casa do Baixo Augusta, com contribuição de R$ 20.  

No domingo, 28 de janeiro, a partir das 11 horas, as crianças têm o Bloco Baixinho Augusta, para reunir toda a família.

Além de ensaios, festas e encontros, o Festival de Pré Carnaval do Baixo Augusta ainda oferece oficinas de drag queen (15 a 20), que vai dar dicas de make e beleza, além de oficina de máscaras (15 a 16) para a folia. No dia 30, recebe ainda o lançamento do livro “Pecados Carnavais”, de Rafael Guedes. “Toda cidade que tem uma cultura de carnaval tem algum tipo de ação pré-carnavalesca. E como São Paulo se transformou, nos últimos anos, numa das capitais do carnaval de rua, faz sentido a gente ter um aquecimento bastante intenso, por meio de um festival como esse”, ressalta Youssef. 

A Casa do Baixo Augusta é o projeto sociocultural e sede da Associação Cultural Acadêmicos do Baixo Augusta, entidade sem fins lucrativos que realiza anualmente, desde 2009, o desfile do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, maior manifestação carnavalesca da cidade e precursora da retomada do carnaval de rua de São Paulo. 

O espaço é o local oficial dos eventos do bloco e de seus parceiros e a programação - que mistura ativismo, criatividade, cultura alternativa e carnaval, com o objetivo de promover durante todo o ano a união e a celebração da diversidade característicos do Carnaval, além de estimular o pensamento crítico e o debate em torno de temas importantes do momento. 

Com 400 metros quadrados, a casa ocupa a loja e a sobreloja de um edifício comercial na esquina das ruas Consolação e Rego Freitas, no centro de São Paulo. No térreo, com entrada pela rua da Consolação em frente à Praça Roosevelt, fica localizado o Espaço de Eventos da Casa do Baixo Augusta com palco, arquibancada e bar. Na sobreloja – primeiro andar do edifício - se localiza a Escola Livre, espaço para atividades diurnas da Casa do Baixo Augusta, como cursos e oficinas.

Jegue Elétrico

Amanhã, sexta-feira, o bloco Jegue Elétrico, que completa 18 anos de atividades, faz a festa no Espaço Pinheiros (Rua Padre Carvalho, 540), a partir das 18 horas. O bloco é um dos mais tradicionais e animados da região Vila Madalena/Pinheiros.



Sem dinheiro, Casa do Jongo suspende atividades

10 de Janeiro de 2018, 10:13, por segundo clichê


Lar oficial do jongo no Rio de Janeiro, a sede do tradicional Grupo Cultural Jongo da Serrinha, em Madureira, na zona norte da capital, está de portas fechadas. A Casa do Jongo suspendeu as atividades na semana passada por falta de verbas.

Para cobrar políticas públicas para a salvaguarda do patrimônio imaterial – tombado pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2005 – e manutenção das atividades da casa, frequentadores, alunos e apoiadores protestaram na Cinelândia, no centro do Rio.


Inaugurada em 2015, a Casa do Jongo é resultado da dedicação de mestres jongueiros desde o século 20 para que não haja o desaparecimento da dança. O grupo cultural foi fundado para ampliar as rodas de jongo e profissionalizar atividades, daí, a necessidade de ter um espaço próprio.


Com apoio da prefeitura do Rio que, em 2013, comprou e reformou o imóvel onde funciona hoje a instituição, a Casa do Jongo abriu as portas. Este é o último núcleo na cidade, herança do Mestre Darcy e Vovó Maria e berço da escola de samba Império Serrano.


Até o ano passado, o local atendia 400 alunos de todas idades, com aulas de percussão, canto, esportes, práticas culturais, além de servir de ponto de encontro para artistas do bairro. Três mil pessoas circularam ali em 2017.


Com a suspensão do edital de fomento aprovado na gestão do prefeito anterior, Eduardo Paes, e principal forma de financiamento das atividades da instituição, os problemas começaram. A verba captada com empresas por meio da lei de incentivo fiscal é insuficiente para manter as atividades da casa, cujo, custo mensal é de R$ 40 mil com infraestrutura e pagamento de 23 funcionários.


A diretora da casa, Dionne Boy, conta que tentou por um ano apoio da Secretaria Municipal de Cultura, por meio de um aporte direto, nos moldes do investimento concedido a outras instituições culturais, como a companhia de dança Deborah Colker e o Museu do Amanhã, porém não teve retorno. A diretora questiona os critérios para investimento em projetos que trabalham com patrimônio imaterial.


“Não achamos que temos de ser sustentados somente pela prefeitura, mas quais são os critérios [para os repasses diretos]? Isso não está claro”, questionou Dyonne. “Estamos lutando o tempo todo para ter uma política para o patrimônio imaterial da cidade. Grupos de que tem 50 anos, 60 anos, como o Filhos de Gandhi, o Jongo da Serrinha, o Trem do Samba, são projetos que são a própria identidade da cidade do Rio e que estão à míngua, fazendo cultura com o próprio bolso, mas que, na crise, são os que mais sofrem", disse.

Segundo Dyonne, esses grupos têm mais dificuldade de captar patrocínio em comparação a instituições que estão na mídia. “Estamos dentro de uma favela, atendendo, especialmente crianças, deveríamos ter prioridade”, defendeu.


Em relação ao repasse direto de recursos para a Casa do Jongo, a secretária municipal de Cultura, Nilcemar Nogueira, disse que não foi possível por causa da queda da arrecadação na cidade. Ela informa que, por meio da lei de incentivo fiscal, a Casa do Jongo captou, até agora, R$ 120 mil a serem pagos no ano. Sobre os repasses para a companhia de dança Deborah Colker, a secretária argumenta que o grupo é referência no país e internacionalmente, desenvolve um trabalho social - como apresentação gratuita - e o apoio da secretaria foi reduzido de R$ 2 milhões para R$ 400 mil.

Outra alternativa para conseguir recursos, segundo Nilcemar, foram os três editais abertos pela secretaria no ano passado. Um deles destinou R$ 500 mil para iniciativas com ênfase na cultura de matriz africana, distribuídos em linhas entre R$ 10 mil e R$ 50 mil.

A Casa do Jongo não concorreu aos editais, segundo a diretora Dionne Boy, pois o teto das linhas eram baixos. “Nós não temos projetos nesses valores. Temos projetos para um ano e não um mês. E entendemos, além do mais, que valores tão baixos precarizam a atividade cultural”, afirmou.

Segundo ela, desde o ano passado, mesmo com verbas de incentivo fiscal, os apoiadores do jongo estavam tirando dinheiro do próprio bolso. “Estávamos bancando isso com dinheiro do nosso, esses 23 professores não recebem, eles são parceiros que dão aulas em outros lugares e fazem trabalho voluntário na Serrinha. A gente, da coordenação, sete pessoas, estamos igual aos funcionários do estado (com salários parcelados). Isso é um escândalo para a cidade".

Na avaliação da diretora e demais produtores culturais da cidade que lançaram uma carta pública em defesa da Casa do Jongo durante o protesto, a prefeitura tem deixado de lado manifestações e grupos culturais vinculados à cultura negra. “Há um componente de perseguição às culturas de matriz africana, à cultura popular, sem dúvida”, criticou a gestora cultural.

Já a secretária Nilcemar Nogueira nega que projetos ligados à cultura afro-brasileira estejam sendo relegados na gestão do prefeito Marcelo Crivella. Porém reconheceu que iniciativas ligadas à memória afro-brasileira ou ao patrimônio imaterial têm mais dificuldade de se manter, inclusive as vinculadas ao samba.

“Hoje não temos uma valorização de nada que venha de matriz africana. Isso é uma discussão a ser feita com a sociedade inteira. Porque se a sociedade inteira entendesse essa importância, não estava acontecendo isso com a Casa do Jongo, nem com o samba, nem com a Folia de Reis. Nós ainda pensamos de forma apartada.” (Agência Brasil)



Preservação do patrimônio é tema de exposição em SP

10 de Janeiro de 2018, 10:02, por segundo clichê


A Caixa Cultural São Paulo (Praça da Sé, 111) apresenta, até o dia 4 de março, cerca de 150 obras, entre fotografias, aquarelas, desenhos, documentos, esculturas e azulejos, na exposição A Construção do Patrimônio. O objetivo é mostrar um panorama da história das políticas públicas de preservação no Brasil, além dos desafios que envolvem a expansão do conceito de patrimônio.

Com curadoria do ex-presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) Luiz Fernando de Almeida, a exposição faz parte da programação das comemorações dos 80 anos de criação do Iphan, a primeira instituição dedicada à preservação e à promoção do patrimônio cultural na América Latina. No acervo estão registros e obras de Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Lucio Costa, Marcel Gautherot, Germano Graeser, Eric Hess, Oscar Niemeyer, Pierre Verger e uma réplica de Aleijadinho.


“A exposição traz uma espécie de provocação sobre o que temos hoje projetado para o futuro. Reflete sobre o que aconteceu com o nosso patrimônio no intervalo entre o século 20 e hoje. Nossas noções de patrimônio, o que era considerado patrimônio. Cada vez mais, a ideia não é muito consolidada. Patrimônio é uma construção a partir dos processos que nós fizemos na contemporaneidade", disse o curador.


Luiz Fernando de Almeida receberá o público no dia 1º de fevereiro para uma visita guiada. Na ocasião, também será realizado um debate com a participação de Anna Beatriz Galvão, doutora em arquitetura e urbanismo pela Universidade de São Paulo.


“Uma exposição que fala de patrimônio é uma reflexão sobre nós e o lugar em que vivemos. Sobre nós como sociedade e como país. De certa maneira, ao falar do Brasil nos faz pensar sobre o país, sobre o que queremos projetar para o futuro como nação e coletividade", acrescentou Almeida. A Caixa Cultural São Paulo funciona de terça a domingo, das 9  às 19 horas, com entrada gratuita. (Agência Brasil)



Exposição reúne material das expedições de Flávio de Carvalho

9 de Janeiro de 2018, 14:14, por segundo clichê


A exposição "Flávio de Carvalho – Expedicionário", aberta na Caixa Cultural (Praça da Sé, São Paulo), reúne o material produzido pelo artista modernista em cinco viagens pelo Brasil e ao exterior. São documentos, textos, fotografias e objetos que recontam parte dessas jornadas de pesquisa realizadas entre 1934 e 1956. “Algumas das ações que ele fez no passado têm sido resgatadas como pioneiras na mistura entre arte e ciência. Nossa abordagem é sobre as expedições que ele fez pensando-as como intervenções artísticas. O conceito de artista-etnógrafo é posterior ao Flávio, ganha relevância nos anos 1970”, explica Renato Rezende, um dos curadores da mostra.

Parte do material, como as fotos tiradas por Flávio no Peru, na expedição aos Andes, nunca foi exposta, de acordo com o curador. Essa coleção, em especial, foi organizada por um método semelhante ao proposto pelo filósofo alemão Aby Warburg, em que as imagens são agrupadas por semelhanças, em detrimento de critérios espaciais ou históricos. “A maneira como ele dispõe as fotografias no álbum, nas pranchas, lembra muito os procedimentos do Warburg. Fazendo relações entre imagens que se repetem”, enfatiza o curador. Porém, apesar da semelhança no método, Rezende destaca que Flávio não conhecia o trabalho do alemão.

Os registros foram selecionados a partir do acervo deixado pelo multiartista – Flávio foi pintor, desenhista, arquiteto, cenógrafo, decorador, escritor, teatrólogo, engenheiro e performer – para a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A primeira das viagens de Flávio, realizada entre 1934 e 1935, foi a expedição à Europa, que rendeu uma série de ensaios reunidos no livro Os Ossos do Mundo.


Podem ser vistas também imagens da jornada à Amazônia (1956), amplamente noticiada pela imprensa à época devido a série de extravagâncias do projeto. Flávio pretendia fazer um longa-metragem colorido – A Deusa Branca –, misturando ficção e documentação. Na exposição será exibido um filme que retrata os diversos percalços enfrentados pelo grupo e os equipamentos cinematográficos na floresta.


Além da abordagem não usual de pensar Flávio de Carvalho como um artista-etnográfico, Rezende explica que a mostra também leva a compreender a arte brasileira que surge depois do neoconcretismo, que tem como nomes-chave Hélio Oiticica e Lygia Clark.


Uma das ações mais conhecidas de Flávio é a Experiência nº 2, quando, em 1931 quase foi linchado por uma multidão ao caminhar contra uma procissão usando boné, em sinal de evidente desrespeito. Em 1956, desfilou com uma espécie de vestido pelas ruas da cidade de São Paulo, novamente provocando espanto. (Agência Brasil)



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