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April 3, 2011 21:00 , by Unknown - | No one following this article yet.

Para refletir e debater (25): Tempo da “gestão técnica” fica pra trás: Helena e Bernardo viram peça de museu

July 1, 2013 12:42, by Bertoni - 0no comments yet

Por Rodrigo Vianna - do Rio de Janeiro

A direita, meus amigos, vem babando. E ela não costuma fazer omeletes na cozinha do inimigo

A direita, meus amigos, vem babando. E ela não costuma fazer omeletes na cozinha do inimigo

Ninguém acha que é possível dirigir o Brasil como se fosse um grêmio estudantil ou uma associação de moradores.

Quem dirige o país, no Executivo, não pode tudo. Há que se respeitar a famosa “correlação de forças”. Isso é evidente.

Mas é evidente também que aqueles que ocupam o centro do governo (ainda mais se representam forças que historicamente lutaram por mudanças estruturais do Brasil) têm a obrigação de lutar para que a correlação de forças se altere e permita mais e mais reformas.

O governo Dilma, nesse sentido, é um equívoco completo. Concentrada em derrubar os juros e enfrentar os setores financeiros (associados ao monopólio midiático e à classe média tradicional, esses setores compõem o principal núcleo opositor ao governo petista), Dilma abriu mão de qualquer mexida na Comunicação. Abriu mão de disputar hegemonia e de lutar para mudar a correlação de forças. Nessa e em outras áreas.

A “Ley de Medios” foi enterrada. Bernardo (amigo das teles) e Helena (amigona da Globo) mandaram recados: tudo deve ficar como está na área da Comunicação. Dilma começou o governo preparando omeletes na Ana Maria Braga. Foi ao convescote da família Frias (dona da Folha) e ainda lançou a frase brilhante: “controle da Comunicação só se for o controle remoto”.

Agora, está aí o resultado. A velha mídia transformou as manifestações de rua (que eram contra aumento de ônibus e contra a violência policial) numa grande “festa cívica” cujo alvo era (e é) Dilma. A pesquisa DataFolha (por mais que desconfiemos do instituto da família Frias) é a demonstração de que a mídia quebrou os ovos e prepara-se pra transformar o governo Dilma num omelete: bom/ótimo recuaram de 57% para 30%.

Sinto-me à vontade para falar porque comentei nesse mesmo tom quando Dilma tinha 70% ou 80% de popularidade. Naquele tempo, trancada no palácio com marqueteiros e ministros medrosos, Dilma acreditou (?!) que tudo era uma questão de “gestão técnica”.

Aqui trecho do que escrevi em setembro de 2012, em “A Ilusão de um acordo com a mídia”:

A turma que cuida da Comunicação no governo Dilma parece dividir-se em duas: uma tem medo da Globo e da Abril, a outra quer garantir empregos na Globo e Abril quando terminar o mandato. Dilma segue popular. Mas a base tradicional lulista está ressabiada. A velha mídia e os tucanos perceberam a possibilidade de abrir uma cunha entre Dilma e o lulismo. A estratégia é simples: poupa-se Dilma agora, concentra-se todo o ódio no PT e em Lula. Com PT e Lula fracos, ficará mais fácil derrotar Dilma logo à frente.

A presidente, pessimamente aconselhada na área de Comunicações, parece acreditar na possibilidade de uma “bandeira branca” com a mídia. Não percebe que ali está o coração da oposição.

O primeiro texto sobre a escolha “centrista” de Dilma escrevi em fevereiro de 2011, logo que o governo começou. PT rumo ao centro e oposição na UTI:

Dilma capturou a simpatia (real? duradoura?) de setores da mídia que estiveram fechados com Serra durante a campanha. Faz o mesmo em relação à política internacional (menos “terceiro-mundista” do que Lula, como comemora a “Folha” em editorial nessa sexta-feira). E já há sinais de que o governo pode abandonar a proximidade estratégica que mantinha com movimentos como o MST.

As Rebeliões de Junho – ainda sem um desfecho claro – colocam Dilma e esse PT dominado pelo pragmatismo numa encruzilhada. Os tempos dos acertos de bastidor acabaram. A era dos Vacareza e Bernardos já era. Agora, é guerra aberta. E a disputa está nas ruas.

Sob a batuta da velha mídia, que pauta ruas e redes dominadas pela classe média, o Plebiscito da Dilma pode levar à vitória de bandeiras que interessam aos conservadores: voto distrital e rejeição do financiamento público de campanha. Podem apostar: Globo, Veja e classe média vão berrar nas telas e nas ruas que voto em lista e financiamento público são chavismo!

Dilma fará o que? Vai preparar um omelete com Ana Maria? Vai mandar o Bernardo falar na Veja?

Helena e Bernardo são os condutores de uma política que inundou com dinheiro público a empresa de comunicação que é acusada de sonegação milionária. Mesma empresa que, se pudesse, transformaria Dilma e Lula em dois omeletes.

A atual conjuntura mostra um governo relativamente fragilizado. Verdade que governadores tucanos e lideranças como Aécio não parecem ser a alternativa em 2014. Mas há outras. O conservadorismo é matreiro. E conta com aliados fortes no campo internacional. Os Estados Unidos estão loucos para botar o Brasil no velho trilho.

Se o país caminhar para a confrontação e abrir-se uma temporada de “caça ao lulismo”, Serra vem aí. Podem apostar. Ele é o “anti-Lula”. Desgastado, sem apoio interno no PSDB – mas com bons amigos na mídia, nos bancos e no exterior – obteve 45% dos votos.

Do outro lado, há Lula e um patrimônio político ainda importante. Mas vai falar através de quais canais? Qual controle remoto Dilma e Lula pretendem usar agora?

Para a esquerda, não há saída a não ser a radicalização do quadro político. Isso não significa jogar ao mar o “centro”. Mas significa ter disposição para luta aberta. É preciso isolar a direita e o conservadorismo. Paralisada e apegada às tentativas de acordos, Dilma será engolida pelos “profissionais”. Se o governo e o lulismo sairem da toca para o confronto, correm também risco de derrota. Mas não há outra escolha.

Inação e acordos de gabinete = derrota certa da centro-esquerda em 2014.

Mobilização e Política com “P” maiúsculo = uma chance para nova vitória da esquerda em 2014.

Essa nova vitória, se vier, terá que ser fruto de um novo acordo de forças, que reflita o novo momento do país. Será outra esquerda, com outra composição. Outro governo. É preciso lançar ao mar as Helenas, os Bernardos e os gatos gordos do petismo.

Os tempos são outros. Não está escrito em lugar nenhum (muito menos nessa pesquisa do DataFolha) que o lulismo estará derrotado em 2014. Mas, para ganhar, terá que ser outro lulismo. E terá que ser outra a esquerda.

A direita, meus amigos, vem babando. E ela não costuma fazer omeletes na cozinha do inimigo quando ganha a parada.

Rodrigo Vianna é jornalista, editor do blog Escrevinhador.



Os Três Desafios de Dilma Roussef

July 1, 2013 9:40, by Castor Filho - 0no comments yet

 

 

 

Coluna Econômica - 01/7/2013

 

O governo Dilma Rousseff tem três desafios.


O primeiro, superar o momento atual do esculacho, o enorme desabafo nacional que sacudiu todo o país. Os movimentos já atingiram o epicentro e começam a refluir.


O segundo, o de recuperar o protagonismo político e abafar o movimento “volta Lula”, ensaiado por setores do PT e do empresariado.


Bancada por duas grandes empreiteiras, recente pesquisa de opinião analisou perdedores e ganhadores do movimento das ruas. Dilma e Geraldo Alckmin (governador de São Paulo) caem, Dilma um pouco mais, Alckmin um pouco menos. O PT despenca e, junto com ele, o PSDB e Aécio Neves. Marina Silva sobe um tanto e Lula sobe mais.


Um eventual crescimento do sentimento “volta Lula” teria consequências imprevisíveis sobre a fervura política do país, razão pela qual o próprio Lula tem demovido os entusiastas de sua volta.


O fim antecipado do governo Dilma lançaria a economia em mares revoltos, justamente no momento em que haverá turbulências de monta com a decisão do FED (o banco central dos EUA) em voltar a subir os juros. O país poderia chegar às eleições caindo aos pedaços.


***


Sobre o quadro econômico, há a certeza, em setores influentes do empresariado e da própria oposição, da importância de não se permitir o desmanche do governo Dilma.


Também  não há interesse em criar uma instabilidade tal que provoque a volta de Lula – como candidato ou em uma eventual chapa com o governador pernambucano Eduardo Campos.


Todos esses fatores são elementos de fortalecimento de Dilma.


***


Na última semana, Dilma recuperou o protagonismo político com a proposta de plebiscito para a reforma política e a abertura dos portões do Palácio para interlocutores dos movimentos sociais e de minorias, das centrais sindicais e de outros órfãos do governo.


As lideranças rurais a estimam, as lideranças empresariais acreditam nas suas boas intenções, mas duvidam da sua capacidade operacional.


Assim como nos campeonatos de futebol, Dilma depende de seus jogos para se classificar.


***


Terá que mostrar que efetivamente mudou o estilo de governança. As provas passam pela redução da centralização excessiva da sua gestão, pela criação de canais institucionais de participação. O anúncio de uma rede social para que as minorias possam se expressar mostra que entendeu os novos tempos, mas não basta.


Para descentralizar, terá que montar um Ministério competente.


Houve erro nas escolhas de Ministros ou na sua alocação para áreas que não dominam. Aloizio Mercadante seria um ótimo articulador na Casa Civil. No Ministério da Educação, praticamente interrompeu os avanços da gestão anterior.


***


No meio empresarial, o grande desafio de Dilma será a próxima rodada de concessões. Se bem sucedida, recupera parte das esperanças perdidas; se mal sucedida, queima a última oportunidade de turbinar a economia no seu governo. Este é o segundo fator relevante.


***

 

O terceiro passo será completar o mais rápido possível os dois passos anteriores, para entrar inteira no grande desafio de enfrentar as turbulências externas e os problemas na conta corrente do país.

 



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Para refletir e debater (24): O retorno da velha dama

June 30, 2013 11:04, by Bertoni - 0no comments yet

Afora a manipulação da rede Globo e a hipocrisia dos que sempre criminalizam  os movimentos do sem nada e agora fingem apóia-los pra desestabilizar o governo Dilma, as manifestações são legitimas  e a esquerda deve estar muito atenta às ruas.

Os protestos expressam indignação face a tanto desrespeito à vida nas grandes cidades. São alvos dos manifestantes os governos federal, estaduais e municipais, os partidos de direita, centro e esquerda, o parlamento e o próprio Estado, tristemente simbolizado pela ocupação do Palácio do Itamaraty. A sociedade brasileira repudia com veemência este tipo de violência.

Mas também os movimentos sociais tradicionais são atacados, a começar pela CUT, a UNE, o MST. Risco imenso, pois são essas organizações, forjadas na resistência democrática,  que abrigam os de baixo diante da implacável guerra dos poderosos contra os seus direitos elementares. Risco imenso que não retira, repito, a legitimidade dos protestos.

Se a esquerda deseja sair do enorme embaraço em que foi mergulhada,  ela não  pode vacilar e tem que ir para as ruas. Mesmo porque se tornou evidente a participação nos protestos de grupos fascistas que pretendem se impor pela força ao conjunto do movimento.

Entre a urna e as ruas a esquerda deve se recriar. A presidente Dilma está certíssima  quando diz que o Brasil acordou mais forte depois dos primeiros protestos. E vai ficar ainda mais forte se a esquerda reconhecer o esgotamento do modelo político herdado da  transição conservadora e  recuperar sua capacidade de iniciativa.

A presidente soube reagir e saiu do imobilismo.   A Reforma Urbana, a Reforma Tributaria e a Reforma Política são agora pontos centrais da nova situação política nascida dos protestos.  Ao propor a convocação de uma Assembleia Constituinte Soberana para fazer a Reforma Política, Dilma mostrou grandeza e ousadia. Uma agenda ampla e progressista se descortina por aí: democratização da imprensa, democracia participativa, fim do controle econômico sobre os partidos, corrupção etc.

Finalmente, antes que a instabilidade política e a turbulência econômica se combinem, o Planalto deveria propor uma Reforma Tributaria: desonerar o médio e o pequeno, controlar  o capital especulativo e propor um novo pacto federativo. Não é fácil,  mas o motivo imediato dos protestos, focalizados nas desastrosas políticas  de educação, saúde e transporte, deve ser enfrentado pela raiz, isto é, quem vai pagar a conta? O setor privado também precisa colaborar.  Foi a direita que aboliu a CPMF, aprofundando a crise da saúde. A destinação integral dos  recursos do pre-sal para a educação  é uma  proposta do governo Dilma. A incorporação de médicos estrangeiros ao sistema público de saúde também.  Agilizar essas reformas é a melhor forma de desbloquear as políticas reclamadas pelos manifestantes, recuperando a capacidade de iniciativa do governo.

Renato Martins
Sociologia Unila



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June 30, 2013 10:40, by Bertoni - 0no comments yet



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