Go to the content

redecastorphoto

Full screen Suggest an article

Blog

Aprile 3, 2011 21:00 , by Unknown - | No one following this article yet.

A Evolução do Comércio Eletrônico no Brasil

Luglio 26, 2013 21:37, by Castor Filho - 0no comments yet

 

 

Coluna Econômica - 26/7/2013


O comércio eletrônico tem crescido no Brasil a taxas de dois dígitos - acompanhando o ritmo de crescimento da Internet. Em geral, o segundo semestre costuma ser mais aquecido, devido às vendas de Natal. Mesmo assim, no primeiro semestre deste ano houve crescimento de 20 % em relação ao segundo do ano passado. De 2008 a 2012, um crescimento médio de 28% ao ano.


E ainda há bom espaço para crescimento. O país tem 193,9 milhões de habitantes, dos quais 91,1 milhões (47%) acessam a Internet e 42,2 milhões (22%) já realizaram alguma compra na Internet. O crescimento da venda online é diretamente proporcional ao da banda larga.


No Brasil, as vendas eletrônicas representam 3% do comércio total; nos Estados Unidos, chegam a 10%. Lá, os dispositivos móveis (celular e tablet) respondem por 17% dos acessos à Internet; no Brasil, apenas 7%. Dos 30 maiores sites de comércio eletrônico brasileiros, apenas dez estão adaptados para dispositivos móveis.


***


É um mercado que comporta algumas formas variadas de negócio. A mais comum é o da loja offline que vende também pela Internet. É o caso das Americanas e da Submarino. Há os modelos de marketplace - locais que concentram vendedores e compradores,, nos quais a empresa de comércio eletrônico faz apenas a intermediação. Não se envolve com capital de giro, estoques, emissão de notas fiscais. Apenas coloca compradores em contato com vendedores. Entra aí o Mercado Livre.


E há, finalmente, os sites de compras coletivas, como Peixe Urbano e Groupon.


Em 2012, o e-commerce no Brasil faturou R$ 22,5 bilhões (73,2%), o marktplace R$ 6,6 bi (21,4%) e as compras coletivas R$ 1,6 bi (5,4%).


***


Nascido na Argentina, o Mercado Livre é o 10o maior site de e-commerce no mundo, em uma lista liderada pela Amazon e Alibaba. Dos dez maiores, apenas 4 são marketplaces.


Atua essencialmente na América Latina e Portugal, tem 85,7 milhões de usuários cadastrados. Tem ações na Nasdaq (a bolsa de tecnologia dos EUA) e um valor de mercado de US$ 5 bilhões.


Sua trajetória é significativa do desenvolvimento do setor.  Foi lançado em 1999, como uma autêntica startup (empresa iniciante), nascida em Stanford, de uma tese de mestrado do seu fundador, argentino.


Começou como leilão de produtos ofertados por pessoas físicas. Na mesma época, surgiram mais 30 sites de leilão. Ele acabou adquirindo os três maiores concorrentes, Local, iBazar e Arremate.


Em 2002, mudou o modelo de negócio e passou e vender produtos novos, na modalidade de preço fixo - o chamado B2C, venda de empresas para consumidores.


Em 2004 lançou o Mercadopago (sistema de pagamentos) e os Classificados. Em 2010, o Mercadoshops, com lojas virtuais de terceiros. Em 2013, o Mercadoenvio, uma parceria com os Correios para remeter as compras para os consumidores.


***


É curiosa a trajetória do site pelos Classificados, tomando dos jornais um território secular. No caso de Veículos, a Mercado Livre é líder de audiência; é a terceira do setor de imóveis. Entre os três primeiros, apenas o Zaz, o site de imóveis criado pelo Globo e Estadão.


 

O diretor geral Helisson Lemos nega que Verônica Serra seja sócia do Mercado Livre. Ele representa o fundo Pacific que tem 10% do capital.

 

 


Email: luisnassif@ig.com.br

Blog: www.luisnassif.com.br

Portal: www.luisnassif.com 


"Todos os direitos reservados, sendo proibida a reprodução total ou parcial por meio impresso"


Visite o BLOG e confira outras crônicas

 



Para Entender a Lógica de Dilma

Luglio 25, 2013 13:26, by Castor Filho - 0no comments yet

 

 

 

Coluna Econômica - 25/7/2013



 

As manifestações de junho pegaram o governo desprevenido. Até então, tinha-se a ilusão de que os indicadores de popularidade superavam qualquer deficiência. Agora, sabe-se que, até o final do mandato de Dilma, vai haver luta ferrenha e diuturna.


Mesmo assim, em círculos próximos a Dilma, considera-se que ela já teria superado a fase mais difícil, que era sair das cordas após as manifestações.


O governo Dilma sempre enfrentou problemas com a base de apoio.


Ao propor o plebiscito e a ênfase nos serviços públicos, considera-se que tenha passado a bola para frente. Com todas as ressalvas que se possa fazer, o tema reforma política saiu do Congresso e ganhou as discussões gerais.


***


O clamor das ruas fez também com que, nas últimas semanas, Dilma se abrisse para a interlocução geral. E colocasse na agenda os temas preferidos dos manifestantes, como a mobilidade urbana.


Mas não se deve esperar mudanças ministeriais. Menos ainda no Ministério da Fazenda.


No segundo governo Lula, cogitou-se na demissão do presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Lula foi demovido com a justificativa de que, faltando um ano e meio para o fim do governo, seria impossível construir um novo discurso econômico.


Foi-lhe lembrado o segundo governo FHC. Após a crise do câmbio, caiu o presidente do BC, Francisco Lopes, substituído por Armínio Fraga. Depois da mudança, o Ministro da Fazenda Pedro Malan teria sido completamente apagado.

 

Até o final do governo, o discurso econômico nunca mais foi refeito.


***


No caso de Guido Mantega ocorreria o mesmo com o sucessor, estimam esses analistas. Considera-se que, apesar de erros pontuais, especialmente o da distribuição indiscriminada de isenções fiscais, as linhas gerais da política econômica estariam corretas. E nenhum sucessor teria tempo de refazer o discurso.


Há a visão de que as críticas contra Guido originam-se da redução da taxa Selic, que teria prejudicado inclusive os empresários do setor produtivo.


De minha parte, não vejo assim. Mas, enfim, é a visão que prevalece no governo.


***


Do mesmo modo, não se deve esperar por reforma ministerial que, segundo essas análises, mais levanta poeira do que ajuda a assentar. Será possível esperar alguns ajustes pontuais, de troca de Ministros. Mas nada de muito drástico.


***


Nessa avaliação, Dilma já teria batido no fundo do poço, mas em um quadro bastante favorável para a recuperação. Especialmente porque preservou a base original do PT, no nordeste e junto aos setores de menor renda. 


Nos setores mais esclarecidos, quem cresceu foi Marina Silva. Mas assim que for instada a expor suas opiniões – sobre os mais diversos assuntos – se perceberá um discurso em conflito com o que pensam os setores mais alfabetizados da população.


***


Considera que, primeiros alvos das manifestações foram os governantes da linha de frente. A maioria se reposicionou atendendo ao clamor das ruas.


Em situação mais difícil fica o poder legislativo e alguns grandes órgãos de mídia, como a TV Globo.

 

Assim como Dilma, ela terá que se reinventar para fugir ao desgaste. Terá comando para tanto?

 

 


Email: luisnassif@ig.com.br

Blog: www.luisnassif.com.br

Portal: www.luisnassif.com


"Todos os direitos reservados, sendo proibida a reprodução total ou parcial por meio impresso"


Visite o BLOG e confira outras crônicas



Os Desafios do Papa Francisco

Luglio 24, 2013 6:56, by Castor Filho - 0no comments yet

 

 

 

Coluna Econômica - 24/7/2013



 

O publicitário Alex Periscinoto dizia que a Igreja Católica foi a primeira organização mundial a adotar ferramentas de marketing. Incluía ai o sino, o cerimonial das missas, a figura dos santos.


Pode parecer uma dessacralização excessiva da fé. Mas o recente avanço das chamadas igrejas eletrônicas em todo mundo mostra que a disputa entre as religiões se dá no campo da fé, mas também do marketing e das estratégias de comercialização de seu principal produto: o apoio espiritual/emocional.


***


Nas últimas décadas, a Igreja Católica se distanciou extraordinariamente dos países emergentes, no justo momento em que eles... emergiam.


Do lado asiático, o mercado da fé já estava ocupado pelas religiões históricas da região das asiáticas às arábicas. O grande mercado católico se situava no sul, nos países latinoamericanos e nas migrações latinas para outros continentes.


***


Em outros momentos, a Igreja avançava em todas as frentes. Nos anos 60 a 80, havia uma Igreja oficial, de dom Carlos Carmello Mottas, de dom Eugênio Salles, de grande peso político; outra que atuava na periferia e junto aos movimentos sociais; uma terceira, que atendia à demanda por apoio espiritual. E, também, uma Igreja interessada em participar da vida das famílias, os famosos encontros de casais dos anos 60 e 70 que juntavam de famílias de cabeça aberta de São Paulo às famílias de cidades pequenas, recém-urbanizadas..


***


Um a um a Igreja foi perdendo esses públicos. Os antigos príncipes da Igreja, cardeal Motta, dom Eugênio Salles, dom Paulo Evaristo Arns, os irmãos Lorscheider, independentemente da inclinação política, tinham ascendência sobre vastos setores relevantes da opinião pública. A geração atual de cardeais é inexpressiva no debate político.


Nas periferias, junto ao público mais politizado e o mais crente, a Igreja assistiu a invasão das religiões evangélicas. Enfrentou a modernização dos costumes ferozmente encastelada em princípios estáticos, sem entender os novos tempos. Os seminários deixaram de atrair quadros de bom nível. A bandeira da evangelização - que sempre foi o maior motor da Igreja, não apenas para os padres seculares como para as congregações - esgarçou-se. Sem a utopia da evangelização, sem uma bandeira maior para defender, houve uma profunda deterioração da ética interna, como uma empresa que perdeu valores e chefia. O resultado foi o estouro de escândalos em várias partes do mundo.


***


Por trás dessa crise, a doença que afeta toda grande organização: o encastelamento em si, o comando centralizado que perde o contato com as pontas; as disputas internas que colocam o jogo interno de poder acima dos objetivos maiores da companhia; o deslumbramento e a submissão ao fausto e ao poder. Em suma, a burocracia do Vaticano.


***


Esse será o duplo desafio do papa Francisco. De um lado, superar a cúpula do Vaticano, que enredou a Igreja em um universo de corrupção financeira e sexual. De outro, ampliar novamente o escopo de atuação da Igreja, voltando a dar atenção preferencial às novas classes que emergem nos países do sul.


Apenas um Papa logrou dominar essas duas frentes: João 23. Até hoje provoca enormes saudades na juventude daquela época, dos religiosos aos que perderam a fé.

 

 


Email: luisnassif@ig.com.br

Blog: www.luisnassif.com.br

Portal: www.luisnassif.com 


"Todos os direitos reservados, sendo proibida a reprodução total ou parcial por meio impresso"


Visite o BLOG e confira outras crônicas

 



A Proposta de Reforma Política da OAB

Luglio 23, 2013 10:24, by Castor Filho - 0no comments yet

 

 

 

Coluna Econômica - 23/7/2013


 

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) começa a sair da longa hibernação que a acometeu nas últimas décadas. Sua proposta de reforma política é o que de mais substantivo apareceu até agora nas discussões públicas.


Em síntese, ela propõe uma eleição em dois turnos também para deputados. No primeiro turno - casando com o primeiro turno para cargos executivos - os eleitores votariam nos partidos políticos. Essa votação definiria o número de deputados a que cada partido teria direito.


No segundo turno, os partidos apresentariam uma lista de candidatos equivalente a duas vezes a bancada a que terá direito.


Eleitores poderão votar em um candidato de qualquer partido - não necessariamente do partido em que votou no primeiro turno. Se julgar que os candidatos do seu partido são representativos, poderá votar em candidatos de outro partido, para enriquecer a representação parlamentar.


***


Há um conjunto de vantagens nessa proposta.


A primeira é a de fortalecer a coesão partidária. Os partidos sairão à luta, no primeiro turno, amarrados à candidatura do Executivo, expondo seus programas e seus candidatos.


A segunda é a de permitir a chamada eleição transparente - a votação em segundo turno em uma lista que vai além das listas fechadas dos diretórios políticos.


É melhor do que o voto distrital, que consagraria definitivamente o deputado vereador - de visão estritamente provinciana. E mais aberta do que o sistema de listas fechadas dos candidatos, defendido por alguns setores.


***


Por estar amarrada às eleições majoritárias - para presidente e governadores - o modelo permitirá que os candidatos mais votados arrastem votos para seu partido. Há o lado positivo de fortalecer a bancada dos candidatos majoritários e de também permitir o crescimento de partidos menores.


Mas também abrem espaço para o surgimento de bancadas medíocres - se bem que, pior do que está, não fica.


Supondo que fosse aplicado nas eleições que elegeram Fernando Collor, por exemplo, dariam uma base de sustentação para o presidente eleito mas levariam à formação de uma bancada de aventureiros.


***


A proposta terá que vir acompanhada de aprimoramento em vários pontos da legislação eleitoral. Terá que fechar questão em torno da fidelidade partidária. Defenderá também o chamado financiamento cidadão - no qual as contribuições deverão ser apenas de pessoas físicas, amarradas a um teto de R$ 700 por eleitor -associado ao financiamento público. Imporá limites ao surgimento da partidos de aluguel.


Há que se legislar também sobre as coligações partidárias, reduzindo os graus de dependência do Executivo em relação ao Congresso.


***


Mas - repito o que já escrevi - limita-se a tentar melhorar o sistema já vigente, a recauchutar o velho. Na nova realidade política das redes sociais, há que se começar a discutir mais objetivamente  questão da democracia digital.

 

Não se poderá passar ao largo das redes sociais, que se tornaram definitivamente o Ágora dos novos tempos democráticos.


Email: luisnassif@ig.com.br

Blog: www.luisnassif.com.br

Portal: www.luisnassif.com



"Todos os direitos reservados, sendo proibida a reprodução total ou parcial por meio impresso" 


Visite o BLOG e confira outras crônicas

 



O Novo Cenário do Comércio Mundial

Luglio 22, 2013 7:22, by Castor Filho - 0no comments yet

 

 

 

Coluna Econômica - 22/7/2013



 

Novo diretor geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), Roberto Azevêdo traçou na última reunião do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) um quadro complexo do comércio mundial.


2008 ainda é a referência máxima, em termos de comércio e economia mundial. Cinco anos importantíssimos, explica ele, porque o cenário internacional experimentou mudanças extraordinárias, do ponto de vista econômico e político.

Dentre essas novas características:


1. Quadro econômico muito mais instável do que antes.


2. No plano estritamente comercial, o protecionismo voltou de maneira mais sofisticada, em  políticas estatais de apoio a setores fragilizados, apoio ao sistema financeiro ou automotivo por determinados países, subsídios domésticos que não podem ser questionados. Países com mais recursos para apoiar os seus levam vantagem.


3. Um volume de capital que atravessa fronteiras, infinitamente maior do que 10 anos atrás. Não existe nenhum tipo de mecanismo de detecção prematura de desequilíbrios, uma governança supranacional. Mundo continua desgovernado na área financeira.


4. Existe a percepção de que superação da crise de 2008 não vai ser rápida. Vai demorar a situação de desemprego alto, exacerbando a sensibilidade política desses países..


5. A crise marcou a ascensão dos emergentes, um um círculo imediato, composto por Brasil, Rússia, China e Índia. Mas tem outros, como Turquia, Indonésia, asiáticos em geral, Egito.


***


Os emergentes não são mais vistos como países em desenvolvimento, o que propiciava disposição inicial de ajuda, por parte dos desenvolvidos. 


Agora, são cobrados para contribuir com os mais pobres, comprando mais, abrindo mercados, aumentando o consumo doméstico para ajudar os países do norte, compartilhar responsabilidades em fóruns internacionais. 


Os desenvolvidos pretendem que esses países participem do jogo econômico em vigor, comprando “sharing”, isto é, ampliando sua presença.


Esse é o dilema: integrar-se ou criar o contraponto, novas maneiras de perseguir o desenvolvimento econômico. Vão hospedar investimentos de países ricos ou criar empresas e formas de produção que irão competir com os desenvolvidos?


***


O espaço de negociação se estreitou em qualquer foro internacional. Para qualquer concessão, os desenvolvidos irão pedir esforço mais que proporcional dos emergentes.


Alianças com países em desenvolvimento serão muito mais relevantes do que antes de 2008. Há a necessidade de mais pensamento estratégico nas conversas dos BRICs e uma aproximação com os demais emergentes que passe pela cooperação técnica, solidariedade, articulação política. Considera que o governo Dilma tem ideias bem focadas nessa direção.


Cenário econômico comercial tem repercussão na áreas politica, por envolver temas de direitos humanos (níveis salariais, custos sociais, condições de trabalho etc), meio ambiente, controle de matriz energética e outros com relação direta com a competitividade. 


Essa discussão será pautada no novo cenário. E há questões mal resolvidas, como o conceito de economia verde, que pode conflitar com o de sustentabilidade.


Enfim, o mundo está menos sensível ao desenvolvimentismo.