Democracias e ditadura
апреля 26, 2013 21:00 - no comments yetCopyleftado do mural de Leonardo Favio De La Tablada
Assim os ideologo$ de cá e de lá vende a propaganda gringa contra os governos que não se alinham ao neoliberalismo.
Para ele$ só há Democracia quando o neoliberali$mo e os ricaço$ são defendidos com unhas, dentes e porretes policiais.
Não há vida no capitali$mo. Só Matrix!
RodapéNews - 27/04/2013, Sábado: CANALHICE de Mercadante Sobre Colaboração da Folha de SP com a Ditadura MILICANALHA
апреля 26, 2013 21:00 - no comments yet
(informações de rodapé e outras que talvez você não tenha visto)
De: Paulo Dantas
ANOS DE CHUMBO - ASSOCIAÇÃO DA MÍDIA, ENTRE AS QUAIS A FOLHA DE SP, COM A DITADURA
PALPITE CANALHA DE ALOIZIO MERCANDANTE (clique aqui), MINISTRO DA EDUCAÇÃO, NA CARTA PUBLICADA PELO PAINEL DO LEITOR DA FOLHA DESTA SEXTA
O QUE ALOIZIO MERCADANTE FEZ, NÃO TEM NOME
FILHO DE MILICANALHA SÓ PODERIA SER O QUE É
Viomundo
Eduardo Guimarães: Na Folha, Mercadante afronta vítimas da ditadura
O que Aloizio Mercadante fez, não tem nome. Nem covardia e oportunismo definem seu ato. O petista, porém, engana-se sobre a Folha. Se for candidato a governador, ano que vem, terá oposição feroz do jornal. Sua bajulação foi inútil.
Concluo este texto, portanto, com uma promessa: enquanto eu viver, esse político nunca mais receberá um voto meu. Além disso, exorto quem me lê e concorda com o que aqui foi dito a fazer o mesmo, pois quem age como o ministro Aloizio Mercandante agiu não só não merece confiança, mas merece muita desconfiança.
http://www.viomundo.com.br/politica/eduardo-guimaraes-mercadante-bajula-a-folha-e.html
CARTA DE MERCADANTE É UM RECADO DE DILMA OU UM RECADO PESSOAL?
Escrevinhador
Frias, ditadura: o ministro que mercadeja
É um recado do governo Dilma (afinal, ele assina como “ministro da Educação”) para a velha mídia? Algo assim: “Fiquem tranquilos, Dilma e a Comissão da Verdade não irão atrás dos pecados que Frias, Marinhos e outros cometeram, em sua associação com a ditadura” – é isso? Há gente que não aceitaria mandar um recado desses…
Ou seria um recado pessoal: “turma da Folha, eu sou confiável, estou com vocês, lembrem-se disso quando eu for candidato a governador (ou a presidente, pois este é o novo delírio a embalar as pretensões do ministro, pelo que dizem em Brasília).
Seja como for, Mercadante ficou pequeno. Minúsculo
Lembrando:
CartaCapital
O algoz e o crematório
O ex-delegado capixaba Cláudio Guerra, um dos que denunciaram a Folha como colaboradora da ditadura militar, é autor do livro "Memórias de uma guerra suja"
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-algoz-e-o-crematorio/
NOTÍCIAS DE SP
MERCADANTE DESISTE DE CANDIDATURA AO GOVERNO DE SÃO PAULO
Estadão
Mercadante diz que não será candidato ao governo de SP em 2014
Petista tinha apoio da sigla, mas preferiu continuar à frente da pasta por considerar área 'estratégica' do País
NOME DO BOLSO DO COLETE
Época
O sonho de parte do PT: Mantega governador de SP
Para petistas, entre eles o ex-presidente Lula, o ministro pode ser a novidade para tirar o PSDB do Bandeirantes
MÁFIA DO ASFALTO DO ESP
Estadão
Deputado prometeu emitir notas fiscais a acusado de fraude
Grampos revelam que Roque Barbiere (PTB) também combinou com empreiteiro maquiagem de obra em Birigui
NACIONAL
"RELATÓRIO FIGUEIREDO" EXPÕE FUNCIONAMENTO DA POLÍTICA DE CORRUPÇÃO E VIOLÊNCIA CONTRA ÍNDIOS ANTES E DURANTE A DITADURA MILITAR
IstoÉ
A verdade sobre a tortura dos índios
Descoberta de documento - denominado Relatório Figueiredo, feito pelo procurador federal Jáder Figueiredo entre 1967 e 1968 - que permaneceu oculto por mais de quatro décadas expõe como funcionou a política de corrupção, violência e extermínio do Serviço de Proteção aos Índios antes e durante a ditadura.
Depois de quatro décadas longe do escrutínio público, o relatório foi finalmente redescoberto pelo pesquisador Marcelo Zelic, vice-presidente do grupo Tortura Nunca Mais, de São Paulo. Ele procurava há tempos o documento, mas o encontrou, por acaso, no arquivo do Museu do Índio, no Rio de Janeiro (leia quadro abaixo). Com o AI-5, o material ficou esquecido nos arquivos da Funai. Inclusive, muitos pesquisadores acreditavam que ele teria sido perdido em um incêndio no Ministério da Agricultura – na verdade, a tragédia aconteceu às vésperas da Comissão de Inquérito de Figueiredo. Agora, uma cópia está com o grupo de trabalho “Graves Violações de Direitos Humanos no Campo e/ou Contra Indígenas” da Comissão Nacional da Verdade.
O procurador federal Jáder Figueiredo entre 1967 e 1968 a pedido do extinto Ministério do Interior. O trabalho mostra a corrupção endêmica, os métodos de tortura e escravização e a exploração do patrimônio indígena por funcionários do extinto SPI – órgão antecessor à Fundação Nacional do Índio (Funai).
http://www.istoe.com.br/reportagens/294080_A+VERDADE+SOBRE+A+TORTURA+DOS+INDIOS
PSB EM FOCO
GOTA D'ÁGUA NA COALIZÃO?
Estadão - 27/04/2013
Dilma já planeja retirada de aliados de Eduardo Campos do governo federal
Ao receber de assessores o relato sobre o conteúdo do programa do PSB veiculado na quinta, presidente teria se irritado e interpretado as críticas do governador como um sinal de que ele será candidato em 2014 e de que o PSB deixará de integrar a coalizão
http://digital.estadao.com.br/download/pdf/2013/04/27/a4.pdf
PEDRA NO SAPATO
IstoÉ
Movido pela vingança
Preterido pelo PSB na disputa pela Presidência em 2010, Ciro Gomes dá o troco, torna-se uma pedra no sapato da candidatura de Eduardo Campos e pode até deixar a legenda
http://www.istoe.com.br/reportagens/294202_MOVIDO+PELA+VINGANCA
CONGRESSO x SUPREMO
CA
Henrique se ajoelha diante de Gilmar
http://www.conversaafiada.com.br/politica/2013/04/27/henrique-se-ajoelha-diante-de-gilmar/
CA
Davis: Gilmar quer governar o Brasil com a caneta
“Prefiro o barulho do Congresso ao silêncio sorrateiro do STF”. Carlos Frank, amigo navegante do Conversa Afiada
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2013/04/27/davis-gilmar-que-governar-o-brasil-com-a-caneta/
REVISTA DENÚNCIA ESQUEMA GAROTINHO NO RIO
Época
Investigação expõe irregularidades na campanha de candidato do grupo de Garotinho
Um esquema que envolve o deputado Anthony Garotinho no Rio de Janeiro é enrolado como a trama de um filme policial – cujo final pode estar próximo
CONSAGRAÇÃO DA IMPUNIDADE NO CASO DEMÓSTENES TORRES TEM AVAL DE ROBERTO GURGEL
IstoÉ
Crime e prêmio
Por sete votos a quatro, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), consagra a impunidade ao garantir uma aposentadoria de R$ 24 mil a Demóstenes Torres, mesmo que ele seja afastadp.
Entre estes sete votos favoráveis, consta o do Procurador-geral da República, Roberto Gurgel
http://www.istoe.com.br/reportagens/294138_CRIME+E+PREMIO+
INVESTIGAÇÃO OU COAÇÃO
Época - Coluna do Patury
Deputados acusam Roberto Gurgel
Denúncia: Prefeitura de Fortaleza desmobiliza Laboratórios de Informática e ataca Software Livre
апреля 26, 2013 21:00 - no comments yetReproduzimos aqui o conteúdo do e-mail enviado Marco Aureliopc à lista do #2ParanáBlogs
Pra quem é de Fortaleza:
está indo para o mesmo destino sombrio que aqui no Paraná, temos que lutar para manter o uso de software livre, para nós não tornarmos escravos ou tecnocratas da micro$oft com sua ditadura do software proprietário.
Abaixo o relato que recebi por email de uma lista de professores.
Marco Aureliopc
Olá colegas do grupo,
Não sei se vocês estão acompanhando a situação em Fortaleza, mas a coisa lá está bem complicada. No dia 16 de abril a prefeitura publicou em seu sítio que todos os laboratórios de informática da rede municipal de educação seriam fechados e os professores deveriam voltar para salas de aula (e isso bem no meio do semestre, ou seja, como ficam as vagas que esses professores deverão ocupar nas escolas?).
E o argumento é "a necessidade de ressignificaro trabalho desenvolvido nos laboratórios de informática e nas bibliotecas das escolas sob sua jurisdição e suprir carências de professores afastados por licenças médicas" (o texto completo está no sítio da Secretaria de Educação:
Estava esperando a Lidu ou a Gle publicarem algo aqui, mas como elas
estão com a cabeça a mil, tomei a liberdade de fazê-lo até mesmo para que isso ganhe o máximo de divulgação. Inclusive, também com a autorização da Gle, republico abaixo um desabafo que ela escreveu. =====
No LIE - Laborotario de Informatica Educativa - as aulas acontecem de forma lúdica, prazerosa, num ambiente interativo. Nesses espaços os alunos não são meros expectadores,são autores do conhecimento, percebem que além de ser útil aprender, também pode ser prazeroso.
Estamos vivendo numa época diferente, onde há inúmeras tecnologias que são extremamente atrativas e isso acaba desviando a atenção dos alunos. A escola não pode continuar a usar apenas pincel, quadro e papel, dai a importância de um professor nesses ambientes, as aulas são planejadas, com conteúdos e objetivos específicos, não são aulas técnicas, onde o aluno aprende a abrir uma pasta, ou fazer uma planilha...
Os professores lotados nesse ambiente são especialistas formados pela UFC, PUC, UECE, comprometidos acima de tudo com a Educação.
Quando uma gestão toma uma medida desastrosa como essa: retirar os professores especialistas desses ambientes, ela mostra o nível de comprometimento com a qualidade de ensino.
Uma sala de aula superlotada, mal iluminada, pouco ventilada não garante e nunca vai garantir um salto de qualidade na Educação, oque me leva a concluir que a qualificação tão alardeada se resume em preparar o filho do trabalhador pra servir os empresários, numa relação de FEUDO e VASSALAGEM!
=====
Essa foi uma perda enorme para a educação e o software livre, especialmente se considerarmos a qualidade do trabalho que vinha sendo executado lá.
Era perfeito?
Não, assim como não é perfeita nenhuma outra atividade humana. Mas se algo está errado, compete aos interessados corrigir os erros e não eliminar o processo. E convém acompanhar essa situação, inclusive porque receio que esse seja somente o primeiro passo em uma estratégia maior, que envolva, inclusive, uma migração para o software proprietário(a exemplo do que está acontecendo no Paraná).
Um abraço e até mais.
Fred
O JUDICIÁRIO
апреля 26, 2013 21:00 - no comments yetLaerte Braga
Segundo o jornal FOLHA DE SÃO PAULO, parte da mídia de esgoto, 16% dos integrantes do Judiciário no Estado do Rio são parentes de outros membros desse poder. As indicações refletem o nepotismo e a descaracterização desse poder.
No Paraná o presidente do Tribunal de Justiça está sendo objeto de investigações, as suspeitas sobre crimes cometidos são vários. No Espírito Santo, desembargadores do Tribunal de Justiça têm o rabo preso e há cerca de dois anos vários deles foram presos.
Esse caráter contumaz que transforma o Judiciário num grande clube de amigos e inimigos cordiais, tudo em detrimento da Justiça e da manutenção de uma ordem precária e fundada numa Constituição furada, remendada e constantemente desrespeitada, mostra o caráter precário da democracia brasileira.
A recente decisão do ministro Gilmar Mendes, tucano e ex Advogado Geral da União no desgoverno FHC, um dos mais controversos – para ser bondoso – da Corte Suprema, paralisando a discussão e votação de um projeto de lei no Congresso Nacional, dá a medida do caos que é a democracia brasileira e os limites da competência de cada poder.
Funcionam os interesses político-partidários acima do princípio da Justiça e não há escrúpulos em disfarçar esse caráter. Ou temos ministros prevaricadores como Mendes, Fux, Tófoli e alguns outros, ou temos ministros desprovidos do preceito constitucional de “notável saber jurídico e ilibada reputação. Poucos os que se salvam.
A corrupção e o nepotismo no Judiciário têm efeito cascata. O exemplo maior dessa forma de ser vem desde a frase de Nélson Jobim, que diante das dificuldades de FHC em aplicar o plano de privatizações, nomeou seu então ministro da Justiça que, ao tomar posse, declarou que “sou aqui o líder do governo no STF”.
Uma Corte Suprema não tem líder do governo, mas compromisso com a Justiça. E nem o nepotismo começou por aí.
É possível condenar uma cidadã por roubar uma caixa de manteiga a três anos de prisão, ignorando o estado de necessidade e manter soltos Gildevan Alves Fernandes (PV) e Jorge Donati (PSDB), respectivamente deputado estadual e prefeito, acusados e estupro e assassinato.
E é possível tentar manter privilégios vetando ao Poder Legislativo o direito de legislar, numa simples medida de um ministro que concedeu dois habeas corpus em menos de 24 horas a um banqueiro criminoso condenado e a um estuprador comprovado (que fugiu do Brasil).
O jornalista Luís Nassif, de caráter e ética indiscutíveis, afirma que Gilmar Mendes “não tem estatura de Ministro do STF. Sua decisão de hoje visa apenas jogar gasolina na fogueira, apostar na crise permanente”. Na prática se imagina dono do STF, disputa a posição com seu antigo algoz, Joaquim Barbosa.
Não importa o juízo que se faça do Congresso. É um dos poderes autônomos da República, legisla sobre matéria pertinente e chega a ser curioso que o STF queira intrometer-se em discussões sobre legislação partidária, onde, num País como o nosso, três dissidentes formam um partido, num emaranhado que fragiliza a democracia, aprisiona governos em situações complicadas e mantém o atual estado de coisas, um País “avançando” em casuísmos governamentais.
Uma espécie de corda bamba onde cada qual busca manter-se num espaço limitado, mas sujeito a chuvas e trovoadas como agora.
Há uma intromissão indébita do STF nas atribuições e competências do Legislativo e isso tem um único objetivo: o de evitar a reeleição da presidente da República.
É a campanha onde os olhos azuis do governador Eduardo Campos pretende superar o “charme de Aécio e a “virgindade” política de Marina da Silva, associada a grandes grupos, na falácia do desenvolvimento sustentável. Pretendem se transformar em protagonistas principais de um arremedo de democracia.
Os brasileiros, nesse entrevero, nessas disputas espúrias, nessas brigas de poder ficam à margem. O sistema está falido, é hora de ir para as ruas, organizados e conscientes que temos servido apenas de massa de manobra seja dos grupos econômicos, seja dos políticos que os representam, dos juristas de meia pataca a serviço desses grupos e do papel da mídia de esgoto.
Osvaldo Bertolino: Mídia e a Corrupção, Tudo a Ver
апреля 26, 2013 21:00 - no comments yet
27 de Abril de 2013 - 12h15
Nota do blog castorphoto: Este artigo do Bertolino também mostra, mais uma vez, a IMENSA CORRUPÇÃO vigente no JUDICIÁRIO com a INDÚSTRIA de LIMINARES concedidas por esse PODER.
Os corruptos verdadeiros, os que não aparecem na mídia corrupta como tal, normalmente são pessoas que entregam seu dinheiro apenas para instituições bancárias muito bem enfronhadas nas malandragens do mundo financeiro. Se não fosse assim, já teriam perdido tudo ou grande parte do que possuem.
Por Osvaldo Bertolino*
Os departamentos de private banking das mais conhecidas instituições financeiras do Brasil recrutam profissionais com a tarefa exclusiva de atender a esse seleto público — essa categoria de pessoas, os chamados high net worth clients (HNWC), só aceita conselhos de consultores que consideram do seu próprio nível. No extrato mais rico da população estão indivíduos acostumados a obter as melhores informações em relação às diversas formas de investir na ciranda financeira.
Muitas vezes eles conhecem os mercados financeiros tão bem quanto os próprios consultores. Utilizam cada vez mais freqüentemente a Internet. Sabem o que se passa no mundo financeiro — lêem revistas como Business Week, The Economist, Forbes e Fortune. E são mestres na arte da sonegação de impostos. A universalização da malandragem nessa área mostra uma outra face perversa do Brasil.
Estima-se que do total de contribuintes mais endinheirados a quantidade que declara sua renda deve representar entre 40% e 50%.
Quando o ex- secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, depôs na CPI dos Bancos, ele revelou números estarrecedores. Das 530 maiores empresas do país, metade não paga Imposto de Renda (IR). O mesmo ocorre com os bancos. Das 66 maiores instituições financeiras, 42% não recolhem IR. A Receita tinha, na ocasião, R$ 115 bilhões a receber em impostos devidos pelas empresas que não foram pagos por causa do que Maciel chamou de "indústria de liminares". No sistema financeiro, 34% dos débitos reconhecidos com a Receita estavam com o pagamento suspenso por causa de liminares.
Em 1999, as empresas deixaram de pagar cerca de R$ 12 bilhões em impostos nos últimos cinco anos decorridos até ali, dos quais R$ 3,5 bilhões seriam devidos pelos bancos. O motivo: a Lei 8200, de 1991, permitiu a correção monetária das despesas nos balanços, mas não fez o mesmo com as receitas. Boa parte dos dólares aplicados por investidores estrangeiros no país seria de brasileiros. O dinheiro, depositado em paraísos fiscais, retorna ao país sob a forma de investimento em ações e em aplicações de renda fixa, sem identificação do titular da conta, e sai sem pagar imposto algum. As empresas estrangeiras registram o capital que investem no país como empréstimos feitos pela matriz para poder remeter os juros às matrizes sem pagar IR.
Sonegar virou uma vantagem “competitiva” no Brasil. As empresas que atuam na legalidade são obrigadas a enfrentar concorrentes que, por não pagarem ou pagarem muito pouco imposto, podem praticar preços mais baixos e se beneficiar de margens de lucros mais elevadas. O assunto já rendeu até uma CPI, promovida pelo Senado em 1994. Uma pesquisa da Receita Federal na ocasião, feita com 214 mil empresas de todos os ramos de atividade, revelou que no setor de alimentos 98% do IPI devido não eram recolhidos pelas empresas. Em seguida vinham setores como químico (59%), têxtil (54%) e metalúrgico (51%). Essa evasão, segundo os técnicos da Receita, tem como causas a sonegação pura e simples e a inadimplência (o contribuinte declara o imposto mas não paga).
Há ainda a chamada elisão fiscal. Por esse nome está enquadrada toda a gama de recursos legais para o não pagamento de tributos. Durante muito tempo convencionou-se (com base em estimativas da Receita) que a cada dólar arrecadado em impostos corresponderia outro sonegado. Outro ex-secretário da Receita, o combativo Osíris Lopes Filho, também revela números estarrecedores. Ele estudou a concentração de imposto no Brasil e chegou à conclusão de que os 150 maiores contribuintes pagam 50% de todo o imposto de renda da pessoa jurídica; e 70 empresas recolhem a metade do IPI. “O grau de concentração não reflete a realidade da geração de renda nacional”, disse Lopes Filho.
O afunilamento se mantém em relação aos tributos cobrados pelos Estados. Em São Paulo, que recolhe US$ 16 bilhões por ano em impostos, 50 grandes contribuintes comparecem com 30% do ICMS. Abrindo um pouco mais o leque, verifica-se que os 1 600 maiores entram com três quintos. Em contrapartida, 344 mil empresas contribuem com apenas 15% do arrecadado. Diante desse quadro, não é difícil imaginar quem se beneficia da universalização da malandragem e quem paga por isso. A transformação do Fisco num instrumento de defesa de quem cumpre com suas obrigações e, por isso mesmo, tem o direito de exigir que as regras do jogo sejam iguais para todos, passa também pelo seu reaparelhamento.
Sua máquina sofreu estragos consideráveis durante a “era FHC”. Para se ter uma ideia, em 1969, quando o o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro era de US$ 160 bilhões, o órgão contava com 12 mil fiscais, segundo a CPI da Evasão. Atualmente, são cerca de 8 mil. Uma máquina mais azeitada e um sistema tributário mais equitativo são as pedras fundamentais para o encaminhamento da questão fiscal no Brasil. Mas as dificuldades são de toda ordem, sobretudo políticas. Ela exige, também, uma descomplicação e agilização nos processos de cobrança dos sonegadores — os depósitos judiciais chegam atualmente a US$ 17 bilhões. Pendências de 5 e até 10 anos são corriqueiras. Que ninguém se iluda: a noção de que pagar impostos é uma obrigação de todo mundo e não apenas de um punhado terá de ser arrancada a fórceps.
No Brasil, quantas pessoas estão cumprindo pena por não pagar impostos? Mas esses sonegadores falam pelos cotovelos, publicam lixos como a revista Veja e o jornal Folha de S. Paulo, promovem passeatas pela “paz” pedindo “mais segurança” e pregam sistematicamente contra o governo.São elas também que atribuem a existência do Primeiro Comando da Capital (PCC) à “frouxidão” das autoridades e pregam uma dura política repressiva como prova visível de que o crime não compensa. Para essas pessoas, a solução seria colocar a polícia nas ruas com metralhadoras a tiracolo, implantar uma política de “tolerância zero” e adotar a pena de morte.
*Osvaldo Bertolino é jornalista e editor do Portal da Fundação Grabois.
Comentário do Jotamorim: A mídia nunca mostra os sonegadores! Nunca faz reportagens sobre eles! Por que será?