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Claudio Andre O

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AS BELEZAS DA CAATINGA ENCONTRADAS NO SÍTIO ARQUEOLÓGICO PERI-PERI EM VENTUROSA/PE

17 de Outubro de 2018, 9:39 , por CLÁUDIO ANDRÉ - O POETA - | No one following this article yet.
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O umbuzeiro é uma árvore de pequeno porte (mede até seis metros de altura), pertencente à família das anacardiáceas, de copa larga (até quinze metros de largura), originária dos chapadões semiáridos do Nordeste brasileiro, que se destaca por fornecer sombra e aconchego.

Cacto típico de todo sertão nordestino. Invadem as serras e caatingas do nordeste. Seus galhos se arrastam pelo chão formando verdadeiros alastrados. Os espinhos são agudos brancos e se formam em um conjunto com vários espinhos. A planta é de cor verde claro. Ao lado do mandacaru é um dos frutos da caatinga disputados por colecionadores da espécie e integra alguns cardápios exóticos do Nordeste brasileiro (com pratos como o "cortado" de xique-xique). 

Caverna e Pedra do Hipopótamo
Salienta-se sua massiva presença no sertão nordestino. A caatinga engloba as vegetações deciduais, com muitas cactáceas, sendo plantas xerófilas em sua maioria. Seu solo costuma ser salinizados, com plantas de pequeno porte, raízes profundas e basicamente xerófilas com estoque de água. Imagina-se que há, em torno, de duas mil espécies diferentes de vegetação nas caatingas.

A Caatinga em plena estiagem tem suas características singulares da atual estação. As plantas perdem suas folhas, o mandacaru se destaca com o seu verde exuberante, o juazeiro troca a roupagem, o ambiente arde em calor. O Sertão possui suas asperezas naturais. Falta água, falta alimento, falta vida aparente. Bastará uma chuva forte para novas cores tomarem todo o ambiente, a Caatinga é um verdadeiro camaleão.

Os solos desse bioma possuem alta variabilidade, com maior ou menor capacidade de reter as chuvas. A quantidade de nutrientes é influenciada pelas mesmas características que influenciam a retenção de água. Os solos mais argilosos retêm mais água e nutrientes, já os de textura mais arenosa tem pouca capacidade de retenção. Fragmentos de rochas são frequentes na superfície, resultando em um solo com aspecto pedregoso.

Cordilheira pernambucana (De Venturosa a Pesqueira)
Uma cordilheira é uma área geográfica definida por um conjunto de montanhas relacionadas geologicamente. As cordilheiras formam um grande sistema de montanhas reunidas, geralmente resultado do encontro de duas placas tectônicas que muitas vezes lançam ramos ou cadeias de montanhas secundárias. 

Cláudio André O Poeta
Escalar serras, descobrir lugares que quase ninguém conhece, conhecer in loco como é a sobrevivência na caatinga, entender a fauna e a flora dentro do bioma caatinga, que na linguagem Tupi, significa "mata branca", é uma experiência indescritível.

A engenharia do ninho do casaca-de-couro impressiona a todos. Esse pássaro é uma ave passeriforme da família Furnariidae. Com sua penugem amarelada e um bico que mais parece uma tesoura, sabe direitinho costurar com galhos secos e folhas, seu próprio habitat. Na fazenda onde fica a caverna e pedra do Hipopótamo, encontrei vários ninhos do casaca-de-couro em cima das algarobeiras, que mesmo com altas temperaturas resistem a seca, pois, sua raiz vai fundo buscar água no lençol freático da região.

No mesmo cercado onde encontrei as algarobeiras verdinhas, está aí a realidade do solo e de outras plantas que tentam sobreviver ao clima do semiárido dentro do município de Venturosa.

Tem como o gado sobreviver num lugar assim? Até as vassourinhas estão morrendo por falta d'água. Espera-se que nessa região, agora em novembro, período de trovoadas, volte a chover e da uma nova vida a vegetação da caatinga. Quando fiz essa foto, andando pelo cercado rumo a pedra e caverna do Hipopótamo, os desafios foram a pouca ventilação, sol escaldante e inalação do pó que sai da folhagem seca, além do solo quente. Mas, escapamos...

A pedra do Troféu
Vejam acima que toda essa geoforma da pedra feita de argila, há pegadas, gravuras rupestres. Eis a questão, de quem são as pegadas, como alguém conseguiu essa façanha. São pegadas de vários tamanhos...
Eis o Morro dos Ossos... Nesse local virou um cemitério de animais mortos. Na última seca que demorou cerca de 07 anos, morreu umas duas centenas de "cabeça de gado", como o sertanejo fala. 

O proprietário dessa fazenda reservou esse espaço para que todas as reses mortas ficassem distante das residências que margeiam a PE-217 que da acesso ao município de Alagoinha e não proliferassem doenças. Quem fez a festa foram os urubus...

Uma antiga pedreira desativada deixou rastros de destruição. Algumas rochas foram dinamitadas e o que sobrou foram blocos de pedras que seriam utilizadas na produção de mesas de mármore. Infelizmente, mais um crime ambiental promovido pela ignorância do homem racional.

Foi entardecendo e os urubus sobrevoando a caverna de pedra do Hipopótamo. Como existem no entorno da rocha, resto de animais mortos, os urubus se encarregam de fazer uma limpeza no meio ambiente.

Debaixo de um pé de algaroba fiz questão de fazer essa imagem, quando mostro a beleza da caatinga com o espaço sideral. Em pleno meio-dia de domingo, com temperatura acima dos 40 graus, Deus nos mostra sua Obra de Criação. A caatinga, o sertão, a fauna e a flora, ricas de detalhes. Quem contempla tudo isso, contempla o Criador do Universo.

Na próxima e última reportagem da série, estaremos publicando novas imagens e contando novas histórias...

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Fonte: https://claudioandreopoeta.blogspot.com/2018/10/as-belezas-da-caatinga-encontradas-no.html