por Blog de Noélia Brito
Apenas quatro deputados estaduais de Pernambuco disseram "não" à corrupção que toma conta de Prefeituras e Secretarias do Governo de Pernambuco votando contra o projeto de lei do governador Paulo Câmara que extingue a Decasp, Delegacia Especializada no Combate à Corrupção e que indiciou quase 50 políticos, servidores e empresários por práticas corruptas, colocando na cadeia empresários donos de empresas ligadas à Máfia da Merenda, até então tidos como intocáveis.
Foram contra a corrupção na votação de ontem os deputados Antônio Moraes (PP), Edilson Silva (PSOL), Priscila Krause (DEM) e Socorro Pimentel (PTB), os demais ou votaram a favor da corrupção ou se omitiram vergonhosamente, priorizando outras agendas.
Dos que estiveram ausentes à votação, somente o deputado Álvaro Porto (PTB) justificou sua ausência em razão de licença médica para realização de uma cirurgia, mediante nota enviada ao Blog, onde ainda informou que se estivesse presente votaria contra o projeto.
A iniciativa do governo Paulo Câmara de extinguir a Delegacia que combate a corrupção levou o Ministério Público Estadual, por intermédio do GAECO, a solicitar à justiça que todo o material probatório que foi apreendido pela Decasp na Operação Castelo de Farinha, que teve como alvo as atividades ilícitas da empresa Casa de Farinha em uma licitação de R$ 22 milhões, na cidade de Ipojuca, onde teria até ameaçado de morte outros licitantes, ficasse sob a guarda do Gaeco e que este passasse a ser o encarregado pela investigação que também inclui contratos milionários da mesma empresa com as prefeituras do Cabo de Santo Agostinho e do Recife e com secretarias estaduais, ambas comandadas por aliados do governador
É clara a desconfiança de que a extinção da delegacia teria como objetivo dar um freio nas investigações contra empresa e órgãos próximos ao governador e aliados. A repercussão da extinção da Decasp é tal que foi matéria nacional da GloboNews.
SAIBA MAIS