Milhares foram às ruas na noite de quinta para comemorar o pacto firmado entre Fatah e Hamas no Cairo. Alto-falantes tocaram canções nacionalistas
Por Redação, com Reuters – de Gaza:
Não levou muito tempo depois de a fumaça dos fogos de artifício se dissipar em Gaza para alguns palestinos começarem a questionar se um acordo de união entre suas duas facções mais importantes vingará.
Homem solta fogos de artifício durante comemoração pelo acordo entre Hamas e Fatah, em Gaza
Conforme o acordo de reconciliação, o Hamas entregará o controle administrativo de Gaza; incluindo a passagem de fronteira de Rafah; que no passado foi a principal via de acesso dos dois milhões de palestinos do território ao mundo; a um governo apoiado pelo partido majoritário Fatah.
Uma década atrás, forças do Hamas tomaram a Faixa de Gaza de forças do Fatah em uma guerra civil breve. Tentativas de mediação anteriores do Egito para reconciliar os dois rivais não proporcionaram resultados duradouros. A mais recente obteve o acordo ainda incerto depois de uma pressão econômica sobre o Hamas.
Analistas disseram que o pacto tem mais chance de vingar do que anteriores; dado o isolamento crescente do Hamas; e o reconhecimento de quão difícil é administrar e reconstruir Gaza; cuja economia foi afetada por bloqueios na fronteira e que teve sua infraestrutura arrasada pelas guerras com Israel.
Moradores
Para Huwaida al-Hadidi, uma mãe de sete filhos que tem 34 anos de idade; o alívio econômico é mais do que bem-vindo. Como cerca de 250 mil outros habitantes do território; seu marido está desempregado. Incapaz de pagar o aluguel, a família está morando em uma barraca desde que foi expulsa por seu locador três dias atrás.
Com o controle das passagens de fronteira de Gaza com Israel e o Egito; a Autoridade Palestina, que é dominada pelo Fatah; e exerce um governo limitado na Cisjordânia ocupada: pode permitir uma movimentação mais livre de pessoas e bens pela divisa.
Fatah
Ainda segundo o acordo, cerca de 3 mil seguranças do Fatah devem se unir à força policial de Gaza. Mas o Hamas continuará sendo a facção palestina armada mais poderosa com seus cerca de 25 mil militantes bem equipados.
Hamas e Fatah também estão debatendo uma data em potencial para eleições presidenciais; e legislativas e reformas na Organização pela Libertação da Palestina; responsável pelos esforços de paz há muito estancados com Israel.
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