Um paquistanês acusado de ferir duas pessoas com um cutelo diante da antiga redação do Charlie Hebdo na última sexta-feira não sabia que a revista satírica havia se mudado e queria incendiar sua redação, disse o procurador de Paris.
Por Redação, com Reuters – de Paris
Um paquistanês acusado de ferir duas pessoas com um cutelo diante da antiga redação do Charlie Hebdo na última sexta-feira não sabia que a revista satírica havia se mudado e queria incendiar sua redação, disse o procurador de Paris.
Operação policial perto da antiga redação da publicação Charlie Hebdo, em Paris, após novo ataque na semana passadaJean-François Ricard disse em uma coletiva de imprensa que o suspeito portava três garrafas de solvente de tinta. Ele também disse que o homem agiu usando uma identidade falsa e que uma foto de passaporte encontrada em seu celular mostrou que ele tem 25 anos, e não 18, como ele mesmo disse inicialmente.
– Seu plano inicial era entrar na redação da revista, possivelmente com a ajuda de um martelo, e incendiá-la com as garrafas de solvente – disse Ricard.
Charlie Hebdo
Em 2015, 12 pessoas foram mortas por homens armados que atacaram a redação do Charlie Hebdo para se vingar da publicação de charges que zombavam do profeta Maomé.
O semanário, que se mudou para um local secreto após o ataque, republicou as charges no início deste mês para assinalar o começo do julgamento de 14 pessoas com supostos laços com os assassinos do Charlie Hebdo.
Ricard disse que, ao chegar à rua onde a revista se localizava, o suspeito viu as duas vítimas e as atacou, pensando que trabalhavam no local.
Ataque
O procurador ainda disse que o homem explorou a área em três dias separados pouco antes do ataque e que comprou o cutelo no dia da agressão.
– Em seu celular, encontramos um vídeo de três minutos em urdu no qual ele anuncia seu plano, dizendo que ‘aqui na França eles fazem caricaturas de nosso grande e puro profeta Maomé. Hoje… me rebelarei contra isto’ – relatou Ricard.