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Apesar dos almoços e jantares, Temer não convence base aliada

December 7, 2017 15:09 , von Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Presidente de facto, Michel Temer não conseguirá votar reforma da Previdência, afirma Rodrigo Maia.

 

Por Redação – de Brasília

 

De pouco ou nada adiantaram os jantares, almoços e cafés da manhã oferecidos, com dinheiro do contribuinte, aos parlamentares dos partidos de centro-direita; no esforço de convencimento para a aprovação da atual proposta de mudança da legislação previdenciária. Após a intensificar as articulações do governo a favor da reforma da Previdência, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira que ainda não há votos suficientes para aprovar a proposta. Ele e o Palácio do Planalto trabalham com um calendário de uma semana a 10 dias para “criar as condições” para votar a medida. Sabe, porém, que não será tempo suficiente para conseguir mais votos na Câmara.

Temer, o mandatário mais impopular do planeta, livrou-se de mais uma denúncia, na noite passada

Temer, o mandatário mais impopular do planeta, não tem votos para aprovar reforma da Previdência

— Eu tenho certeza que se nós tivéssemos mais quatro semanas… Não tenho dúvida que a reforma da Previdência estaria, com certeza, aprovada. Mas nos não temos. Nós temos no máximo uma semana; dez dias. Vamos trabalhar com esse prazo para criar as condições — disse Maia, a jornalistas.

Sem data

A chance de a tentativa dar certo, porém, é mínima, conforme o próprio presidente da Câmara admite.


— Agora, sempre de forma realista. Não dá para a gente passar numa reunião com os partidos da base com o presidente da República e fazer uma análise que não seja real. Porque se a gente não passar uma análise da verdade, a gente acaba tendo um resultado, na hora de votar, negativo — acrescentou.

Na noite de quarta, Temer esteve, mais uma vez, reunido com assessores, parlamentares e presidentes de partidos aliados. Tentavam para traçar um cenário do apoio à reforma na Câmara, mas não conseguiram enxergar nenhum. Diante da derrocada, o discurso mudou. Se, na tarde desta quarta-feira, falavam em alterar a Constituição, na próxima terça-feira; nesta manhã já admitiam que não será possível. Após o encontro, ficou decidido o adiamento sobre a data em que a proposta será pautada; assim como voltar a buscar na tarde desta quinta um quadro mais realista do tamanho do apoio à medida.

Maia, por sua vez, voltou a propor que a reforma da Previdência somente seja colocada na pauta de votações caso haja a garantia dos 308 votos necessários para aprovar a medida.

Sem Plano B

Sem apoio no Parlamento, não resta outra opção ao governo instalado com a cassação da presidenta Dilma Rousseff (PT) senão aceitar a derrota. Para o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, o governo não tem um plano B. O único cenário imaginável é que a reforma da Previdência seja votada em breve.

Segundo ele, o trabalho agora é de convencimento dos parlamentares para aprovar a matéria. E as fortes reações negativas do mercado financeiro mostram “importância da reforma da Previdência”. Os investidores elevaram fortemente a cotação do dólar, nesta quinta-feira. Repercutiram a incapacidade do governo em realizar sua promessa básica para derrubar o governo democraticamente instalado.

— O governo está preparado para aprovar (a reforma). Não trabalhamos com o cenário de não aprovar. Não tem saída. Tem que aprovar a reforma. Já temos um gasto alto, o mercado sabe disso e olha para isso — disse Guardia em evento da Comissão de Valores Mobiliários realizado no Rio de Janeiro.

Apesar do discurso otimista de lideranças da base nos últimos dias, o governo do presidente de facto, Michel Temer, decidiu adiar a decisão sobre se a nova versão da reforma da Previdência irá ao plenário da Câmara; na próxima semana.

Reação imediata

Diante dos fatos, a reação do capital nacional e internacional foi imediata. A moeda norte-americana foi elevada em quase 2 por cento contra o real, as taxas dos contratos futuros de juros mais longos avançavam com força e o Ibovespa amargava uma queda de cerca de 2,5 por cento.

— O momento é de organizar a base, e o mercado reage com mais ou menos ansiedade aos fatos políticos. O ideal é aprovar agora na Câmara e já iniciar o próximo ano discutindo no Senado — disse ele.

Para aprovar a reforma na Câmara são necessários os votos de 308 dos 513 deputados; em dois turnos de votações no Plenário da Casa. Posteriormente, a Proposta de Emenda à Constituição que muda as regras previdenciárias terá ainda de ser analisada pelo Senado.

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