O número de mortes causadas pelo coronavírus na Argentina passou a marca de 5 mil, informou o governo na terça-feira, em meio a um salto na cifra de casos da doença nas últimas semanas, levando o país sul-americano a subir na lista de países mais afetados.
Por Redação, com Reuters – de Buenos Aires
O número de mortes causadas pelo coronavírus na Argentina passou a marca de 5 mil, informou o governo na terça-feira, em meio a um salto na cifra de casos da doença nas últimas semanas, levando o país sul-americano a subir na lista de países mais afetados, apesar de meses de lockdown e de um início promissor no controle da pandemia.
Pessoas fazem fila para receber alimentos em meio à pandemia de covid-19 em Buenos AiresA Argentina está sob quarentena desde 20 de março, embora as autoridades tenham anteriormente relaxado restrições em muitas partes do país, medida que foi apontada como responsável pela alta no número de casos.
O país registrou 7.043 novos casos de covid-19 na terça-feira, levando o total de infecções confirmadas para 260.911, ultrapassando a Itália. O dado mais recente do governo aponta que 5.004 pessoas morreram da doença.
A capital Buenos Aires e a província em seu entorno tiveram uma quarentena mais rígida, mas ainda assim tornaram-se o ponto focal do surto no país.
Preocupação
Na terça-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) manifestou preocupação especial com a alta no número de casos na Argentina, após meses nos quais o país pareceria ter a epidemia sob controle.
Mais de 100 mil casos de covid-19 estão sendo registrados diariamente nas Américas, disse a OMS.
Américas
Mais de 100 mil casos novos de covid-19 são notificados diariamente nas Américas, metade deles nos Estados Unidos, e há aumentos preocupantes em países que tinham conseguido controlar suas epidemias, como Argentina e Colômbia, disse a diretora regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), Carissa Etienne, na terça-feira.
– Nossa região continua sob o comando da covid-19 –disse Etienne em entrevista virtual de Washington com outros diretores da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Etienne disse também que a interrupção dos serviços de saúde ameaça provocar um aumento de casos de doenças que estavam sob controle, como tuberculose, HIV e hepatite.