Vários extremistas responsáveis pelo ataque foram mortos nos confrontos, informou o governo. No entanto, o número oficial de óbitos não foi divulgado.
Por Redação, com agências internacionais – do Cairo e Mogadíscio
Aumentou nesta sábado para 55 o número de policiais egípcios mortos, desde a noite passada, em uma emboscada de rebeldes islamitas no deserto, a cerca de 200 km a sudoeste da capital egípcia. O ataque é considerado um dos piores desde 2013, quando aconteceram uma série de atentados extremistas contra as forças de segurança do Egito.
A ofensiva ocorreu quando o presidente Abdel Fattah al-Sissi se preparava para participar das comemorações do 75º aniversário da batalha de El Alamein, que marcou a vitória decisiva contra as forças fascistas na Segunda Guerra Mundial. De acordo com o ministério do Interior, o grupo de agentes, que estava à procura de islamitas na região, foi atacado na estrada que conduz ao oásis de Bahariya, que já foi um famoso destino turístico.
Caminhão-bomba
Vários extremistas responsáveis pelo ataque foram mortos nos confrontos, informou o governo. No entanto, o número oficial de óbitos não foi divulgado. Desde que as Forças Armadas destituíram, em 2013, o presidente Mohamed Mursi, ligado à Irmandade Muçulmana, os grupos extremistas têm multiplicado atentados contra militares e policiais.
As autoridades no Cairo lutam, especialmente, contra o braço egípcio do grupo jihadista Estado Islâmico (EI); autor de atentados no norte da Península do Sinai (leste do Egito). Centenas de soldados e policiais já morreram nestes ataques.
Ainda neste sábado, morreu mais uma vítima do atentado com dois caminhões-bomba cometido no último sábado por supostos integrantes do grupo jihadista Al Shabab na capital somali, Mogadíscio. A contagem de mortos chega a 216 pessoas. Há mais de 350 feridos, confirmaram à agência espanhola de notícias Efe fontes dos serviços de saúde do país.
Milícias radicais
Os hospitais, escassos de medicamentos e sangue, estão superlotados. O ataque ao Safari Hotel e a um movimentado mercado da cidade é o pior já ocorrido na história do país com base no balanço de mortos, que ainda pode aumentar. De acordo com a imprensa somali, a maioria dos mortos eram civis, principalmente vendedores ambulantes.
Embora a mídia local considere certo o Al Shabab por trás do atentado, o grupo ainda não reivindicou autoria. Al Shabab, que em 2012 se filiou à rede internacional da Al Qaeda, controla parte do território. Tanto no centro quanto no sul do país, tenta instaurar um Estado islâmico wahabista na Somália.
O país vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado. O golpe deixou o país sem um governo efetivo e em mãos de milícias radicais islâmicas; senhores da guerra que respondem aos interesses de um clã determinado e grupos armados.
O post Aumenta número de mortos em ataques de extremistas muçulmanos na África apareceu primeiro em Jornal Correio do Brasil.