Segundo Kurz, a Áustria já acolheu “44 mil afegãos nos últimos anos” e tem a “quarta maior comunidade afegã no mundo, se considerarmos a distribuição por número de habitantes”. “A integração dos afegãos é muito difícil e exige um gasto de energia que não podemos nos permitir”, disse.
Por Redação, com ANSA – de Roma
O chanceler da Áustria, Sebastian Kurz, afirmou que seu país não acolherá “nenhum afegão em fuga” enquanto ele estiver no poder. A declaração foi dada em entrevista ao jornal italiano La Stampa e confirma a postura ‘linha dura’ do governo austríaco desde a volta do Talebã ao poder no Afeganistão.
O chanceler da Áustria, Sebastian Kurz– Não acolheremos em nosso país nenhum afegão em fuga, não sob meu poder – declarou o chanceler conservador de 35 anos, que governou entre 2017 e 2019 em aliança com a extrema direita, mas hoje chefia uma coalizão com o Partido Verde.
– Está claro para todos que a política de 2015 sobre os refugiados não pode ser a solução, nem para Cabul, nem para a União Europeia – acrescentou Kurz, em referência à crise migratória que levou centenas de milhares de refugiados para a UE em 2015.
Comunidade afegã
Segundo Kurz, a Áustria já acolheu “44 mil afegãos nos últimos anos” e tem a “quarta maior comunidade afegã no mundo, se considerarmos a distribuição por número de habitantes”. “A integração dos afegãos é muito difícil e exige um gasto de energia que não podemos nos permitir”, disse.
Para o chanceler, a Europa deve exercitar uma “pressão maciça sobre o Talebã para que eles respeitem os direitos humanos” e fornecer ajuda aos países que fazem fronteira com o Afeganistão, uma forma de evitar que refugiados tentem chegar ao velho continente.