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Brasília lança campanha contra violência feminina

17 de Novembro de 2017, 14:25 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Segundo levantamento da Secretaria de Segurança Pública do DF, houve aumento nos casos de violência contra mulheres. Passaram de 360 no ano passado

Por Redação, com ABr – de Brasília:

O Governo do Distrito Federal anunciou nesta sexta-feira o lançamento da campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. O tema é Meninas, Mulheres & Respeito. A programação começará na próxima segunda-feira, dia da Consciência Negra, e contará com mais de 20 atividades como o lançamento do Aplicativo Viva Flor, palestras, capacitações, oficinas, mobilizações e debates, tudo em função do combate à violência contra mulheres e meninas.

O Governo do Distrito Federal anunciou nesta sexta-feira o lançamento da campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres

O encerramento será no dia 6 de dezembro. A proposta é chamar a atenção da sociedade para os vários fatores que determinam a agressão de mulheres por pessoas do sexo masculino, em especial, por companheiros, pais e parentes próximos.

– A campanha é importante para chamar a atenção e sensibilizar parte da sociedade. Para chamar a atenção também das famílias nos cuidados que devem ter porque podem estar vivendo situações abusivas – disse a secretária-adjunta da Mulher, Igualdade Racial e dos Direitos Humanos do Distrito Federal, Márcia de Alencar.

Crescem casos de violência contra mulheres

Segundo levantamento da Secretaria de Segurança Pública do DF, houve aumento nos casos de violência contra mulheres. Passaram de 360 no ano passado para 560 até outubro deste ano. A predominância ocorre entre meninas de 10 a 14 anos, e de maioria negra. Em 95% dos casos, a agressão é cometida onde as vítimas moram.

Márcia alertou para os possíveis sintomas de uma vítima de estupro. “A criança apresenta sinais de falta de apetite; sonolência, sintomas de depressão e começa a sentir vergonha do próprio corpo; além de sinais de agressividade de uma forma desproporcional. A violência sexual não é apenas física. Mas principalmente psicológica e pode gerar transtornos significativos para o desenvolvimento saudável da criança”, afirmou.

No Distrito Federal, as ações da campanha terão foco nas regiões de maior vulnerabilidade social; como o Sol Nascente, na Ceilândia, com mais casos de estupro. Para qualquer denúncia de violência contra a mulher, o Governo do Distrito Federal disponibiliza o telefone 156, opção 6. Há, ainda, os números nacionais 100 e 180.

Pretos ou pardos são 63,7% dos desocupados

Entre os 13 milhões de desocupados no país no terceiro trimestre, 63,7% eram pretos ou pardos. Os dados constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira e equivalem a 8,3 milhões de pretos ou pardos sem ocupação. A taxa de desocupação dessa parcela da população ficou em 14,6%, enquanto a de trabalhadores brancos totalizou 9,9%.

Comportamento semelhante foi registrado na taxa de subutilização, indicador que agrega a taxa de desocupação; de subocupação por insuficiência de horas (menos de 40 horas semanais) e a força de trabalho potencial.

Para o total de trabalhadores brasileiros, o índice fechou o terceiro trimestre em 23,9%. Entre a população de pretos ou pardos, a taxa saltou para 28,3%, enquanto entre os brancos ela ficou em 18,5%. Do total de 26,8 milhões de subutilizados, 65,8%, eram pessoas pretas ou pardas.

Trabalhadores ocupados e carteira assinada

No terceiro trimestre de 2017, as pessoas pretas ou pardas representavam 54,9% do total da população brasileira de 14 anos ou mais e eram 53% dos trabalhadores ocupados. No recorte racial, 52,3% dos pretos ou pardos estavam ocupados, enquanto 56,5% dos brancos se encontravam na mesma situação. O rendimento dos trabalhadores brancos foi de R$2.757 no período e o de trabalhadores pretos e pardos, de R$1.531.

Em relação ao percentual de empregados do setor privado com carteira assinada, no fechamento do terceiro trimestre do ano o dado de pretos ou pardos chegava a 71,3%, mais baixo do que o observado para o total do setor (75,3%). Dos 23,2 milhões de empregados pretos ou pardos do setor privado, somente 16,6 milhões tinham carteira de trabalho assinada.

Trabalho doméstico e informal

Na distribuição da população ocupada por grupo de atividades, a participação dos pretos e pardos era superior à dos brancos na agropecuária, na construção, em alojamento e alimentação e, principalmente, nos serviços domésticos, categoria em que eles representam 66% do contingente total.

A Pnad Contínua mostrou, ainda, que, no Brasil, somente 33% dos empregadores eram pretos ou pardos. Já entre os trabalhadores por conta própria, essa população representava 55,1% do total. Mais de um milhão de trabalhadores pretos ou pardos atuavam como ambulantes, totalizando 66,7% dos trabalhadores deste tipo de ocupação.

Em três anos o contingente de ambulantes pretos e pardos chegou a crescer 5,8 pontos percentuais, passando de 19,4% em 2014 para 25,2% no terceiro trimestre deste ano.

Análise

Na avaliação do coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, indicadores como esses revelam o tamanho da desigual do mercado de trabalho no país. “Entre os diversos fatores [que determinam esta desigualdade] estão a falta de experiência, de escolarização e de formação de grande parte da população de cor preta ou parda”.

Para ele, esses números são resultados de um processo histórico, que vem desde a época da colonização. “Claro que se avançou muito, mais ainda tem que se avançar bastante, no sentido de dar a população de cor preta ou parda igualdade em relação ao que temos hoje na população de cor branca”, destaca.

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Fonte: https://www.correiodobrasil.com.br/brasilia-lanca-campanha-contra-violencia-feminina/

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