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CCJ cumpre o combinado e vota relatório favorável a Michel Temer

18 de Outubro de 2017, 19:48 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Acordo nos bastidores devolve mandato ao tucano Aécio Neves e Michel Temer segue no Palácio do Planalto.

 

Por Redação – de Brasília

 

Por 39 votos a favor e 26 contrários, com uma abstenção, 66 parlamentares votaram na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e aprovaram, nesta quarta-feira, o relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG). A peça político-jurídica segue, agora, ao Plenário da Câmara, para ser votada por todos os deputados. Um acordo de bastidores, no entanto, já adianta que o resultado tende a ser favorável ao presidente de facto, Michel Temer. Ele é alvo da denúncia por formação de quadrilha e obstrução de Justiça.

Aécio ouvir de Temer que a agenda da ultradireita, com o sequestro de direitos, será implementada

Parceiro, Temer liberou R$ 200 milhões em emendas aos senadores que votaram com Aécio

Os resultados positivos para o grupo encastelado no Palácio do Planalto, porém, têm custado caro aos contribuintes brasileiros. Na primeira denúncia, o peemedebista liberou cerca de R$ 130 milhões em emendas parlamentares. Um número semelhante, acrescido de cargos na máquina pública, sustentou a defesa de Temer contra as últimas flechas do agora ex-procurador-Geral da República (PGR) Rodrigo Janot.

Ajuda mútua

Mas o acordo, segundo denúncia formulada pela mídia conservadora, desta vez foi mais intrincado. Michel Temer teria liberado R$ 200 milhões em emendas aos senadores. Os recursos destinariam-se para salvar o mandato de Aécio Neves (PSDB-MG), na sessão da noite passada, no Senado. Ambos foram cúmplices no golpe de Estado, em curso, com o apoio do ex-deputado, hoje prisioneiro, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Com o apoio ao senador tucano, Temer teria garantido os votos dos deputados, na CCJ.

“Unido a Aécio Neves por solidariedade política e penal, Michel Temer mobilizou-se para devolver ao senador tucano o mandato; a liberdade noturna e o passaporte. Para virar votos no plenário do Senado, Temer autorizou seus operadores políticos a acenar com a liberação de R$ 200 milhões em emendas orçamentárias”, denuncia o jornalista Josias de Souza, colunista do portal Uol. 

“Não basta a Aécio dizer ‘muito obrigado’. Temer espera receber sua retribuição na Câmara, onde tramita a segunda denúncia da Procuradoria contra ele. Aécio já ajudara a organizar o enterro da primeira denúncia. O Planalto espera que auxilie muito mais no segundo velório. Uma mão lava a outra. Mas o resto permanece sujo”, acrescentou.

Sem chance

Ainda segundo Souza, “o ruído que se ouve ao fundo é o eco do diálogo vadio que Aécio manteve com o delator Joesley Batista”. Na conversa, Aécio negocia R$ 2 milhões em propinas, entregues a seu primo Fred Pacheco, hoje em prisão domiciliar. Agora, Temer tenta fechar a compra da bancada ruralista liberando a volta do trabalho escravo nas fazendas; com o fim da fiscalização”, afirma. A decisão tem sido contestada, internacionalmente, e pela própria Secretaria de Direitos Humanos do atual governo.

Embora esteja de volta ao mandato, o senador Aécio Neves segue figura non grata no ninho tucano. Nesta manhã, após restabelecido na Casa, o presidente interino do partido, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse ser favorável a que o colega mineiro afaste-se, definitivamente, da Presidência do partido.

— Ele não tem condições, dentro da circunstância que está, de ficar como presidente do partido. E nós precisamos ter uma solução definitiva e não provisória — disse Jereissati.

Delação da JBS

O tucano cearense disse, ainda, que não conversou com Neves após a votação ocorrida na véspera. Segundo afirmou, a decisão do Senado foi “mal interpretada”.

— No meu entender, é dar ao senador Aécio o que ele não teve ainda, que é o direito de defesa. Aqui, no próprio Senado, ele ao Conselho de Ética, onde terá que se defender. E ao mesmo tempo o julgamento no Supremo continua e ele terá o direito de apresentar sua defesa — disse.

Aécio está licenciado da presidência do PSDB desde que foi envolvido nas investigações da delação da JBS.

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Fonte: https://www.correiodobrasil.com.br/ccj-cumpre-combinado-vota-relatorio-favoravel-michel-temer/

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