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Conselho da Petrobras, após tumulto, questiona nomeações

13 de Abril de 2021, 14:56 , por Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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A decisão inesperada do representante dos acionistas minoritários, o advogado Marcelo Gasparino, de renunciar ao cargo assim que tomar posse levará, de acordo com as regras internas do colegiado, à necessidade de uma nova eleição geral para a escolha de todos os demais integrantes recém-eleitos para o Conselho.

Por Redação – do Rio de Janeiro

A nova formação Conselho de Administração da Petrobras, com maioria dos titulares alinhados ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), concorre ao título de ser o mais breve na história da companhia. A eleição, debaixo de um tumulto inusual para os padrões internacionais da estatal do petróleo, ocorrida na véspera, definiu os nomes de oito membros do colegiado.

O general Silva e Lula, que assume a Petrobras, presidiu a Itaipu Binacional e ocupou o ministério da Defesa, no governo do presidente de facto Michel Temer

A decisão inesperada do representante dos acionistas minoritários, o advogado Marcelo Gasparino, de renunciar ao cargo assim que tomar posse levará, de acordo com as regras internas do colegiado, à necessidade de uma nova eleição geral para a escolha de todos os demais integrantes recém-eleitos para o Conselho. No sistema de voto múltiplo, cada ação dá direito a tantos votos quantos forem os membros do conselho, e o acionista tem o direito de direcionar esses votos para um só candidato ou distribuí-los entre vários.

— Vou renunciar para que haja um processo mais justo na próxima assembleia — avisou Gasparino, em entrevista a um dos diários conservadores paulistanos, nesta manhã.

Minoritários

“A decisão, segundo ele, foi pensada no sentido de contribuir para o desenvolvimento da governança corporativa no país. Isso porque, segundo ele, a forma em que o sistema de voto a distância ocorre no Brasil quando se é estabelecido o sistema de voto múltiplo, dificulta a eleição de minoritários”, acrescenta O Estado de S. Paulo (OESP).

— A Assembleia mostrou um problema grave nas votações em empresas brasileiras. A grande maioria dos votos dos minoritários foi desperdiçada por erros de preenchimento ou contabilização — continua Gasparino.

Instabilidade

Em relação ao mercado financeiro, no entanto, governo venceu a queda de braço ao eleger sete dos oito nomes indicados ao conselho da estatal. Grandes fundos de investimento estrangeiros ficaram com apenas uma das duas vagas disputadas com a União, na conturbada Assembleia-Geral Extraordinária (AGE) de mais de três horas de duração.

Novo dirigente da companhia, o general Joaquim Silva e Luna, substituto do economista Roberto Castello Branco, precisará lidar nas próximas semanas com a instabilidade administrativa da maior petroleira da América do Sul.


Fonte: https://www.correiodobrasil.com.br/conselho-da-petrobras-apos-tumulto-questiona-nomeacoes/

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