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Decreto lança cortina de fumaça quanto à pior crise na História do país

14 de Outubro de 2021, 16:08 , por Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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A lei foi proposta em 2012 pelo ex-senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Em 2013, o relator da proposta na Câmara, o então deputado José Luiz Stedile – irmão do coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, João Pedro Stédile – lembrou as propostas de Goulart.

11h39 – de Brasília

Em despacho divulgado no Diário Oficial da União (DOU) nesta quinta-feira, Jair Bolsonaro (sem partido) vetou projeto de lei que “denomina Rodovia Presidente João Goulart o trecho da rodovia BR-153 compreendido entre o Município de Cachoeira do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul, e o Município de Marabá, no Estado do Pará”. Com isso, tenta pautar outro assunto que não seja o aumento da fome e a disparada dos preços, que têm levado milhões de brasileiros ao desespero.

João GoulartO presidente João Goulart, no histórico comício da Central do Brasil, reafirmou sua luta por todos os brasileiros pobres e caiu por isso

A lei foi proposta em 2012 pelo ex-senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Em 2013, o relator da proposta na Câmara, o então deputado José Luiz Stedile – irmão do coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, João Pedro Stédile – lembrou as propostas de Goulart, que levaram à derrubada de seu governo pelo golpe militar em 1964.

“Um plebiscito fez voltar o presidencialismo e Goulart, com o referendo popular, tentou implantar um elenco de reformas estruturais. No célebre comício na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em 13 de março de 1964, com a presença das centrais sindicais, de representantes das Ligas Camponesas, da União Nacional dos Estudantes (UNE), dos padres, dos partidos de esquerda que apoiavam o governo e do Partido Comunista, Jango assumiu publicamente os decretos das primeiras duas reformas de base: a agrária e a encampação das refinarias particulares de petróleo.

Neofascista

“Depois viriam a elegibilidade de sargentos, cabos e soldados, a reforma urbana, a reforma bancária, o voto dos analfabetos e o plebiscito para a reforma da Constituição. Dezoito dias depois, João Goulart foi derrubado pelos militares no golpe de 31 de março”, diz o texto.

Em seu veto, Bolsonaro ataca a memória de Goulart e diz que “busca-se que personalidades da história do País possam ser homenageadas em âmbito nacional desde que a homenagem não seja inspirada por práticas dissonantes das ambições de um Estado Democrático”.

O mandatário neofascista diz ainda que “entende-se que escolher homenagear apenas uma figura histórica poderia representar descompasso com os anseios e as expectativas da população de cada unidade federativa abrangida pela Rodovia”.


Fonte: https://www.correiodobrasil.com.br/decreto-lanca-cortina-fumaca-quanto-pior-crise-historia-pais/

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