A reunião da Celac, em Quito, também marcará o fim da presidência pro tempore do Equador na entidade
Por Redação, com ABr e Agências de Notícias – de Brasília:
A presidenta Dilma Rousseff embarca, nesta terça-feira,para Quito, capital do Equador, onde participa na quarta-feira da quarta cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Dilma terá uma reunião com o presidente equatoriano Rafael Correa no início da noite. Durante o encontro, os dois chefes de Estado devem abordar a integração regional e temas como comércio, investimentos, educação, ciência e tecnologia.
Segundo o subsecretário-geral da América do Sul, Central e do Caribe do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Paulo Estivallet de Mesquita, o Equador tem sido um parceiro brasileiro no combate à imigração ilegal e também na área social. De acordo com o embaixador, há grande interesse equatoriano pelos programas sociais brasileiros e pela experiência do Brasil na redução da desigualdade.

A reunião da Celac , em Quito, também marcará o fim da presidência pro tempore do Equador na entidade. O comando passará agora para a República Dominicana. Segundo o Itamaraty, a cúpula será a oportunidade para que os chefes de Estado e de Governo dos 33 países-membros estabeleçam diretrizes para a continuidade das atividades de articulação política, cooperação setorial e relacionamento externo da Celac.
Reuniões com o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social
A presidenta Dilma Rousseff reativa nesta semana o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão. O órgão consultivo, formado por 90 representantes da sociedade civil, do empresariado e das centrais sindicais, não se reúne desde julho de 2014.
O foco das atividades do Conselhão será a busca de sugestões a serem adotadas pelo governo para retomar a confiança na economia brasileira em curto e médio prazos. Na primeira reunião, nesta quinta-feira (28), Dilma vai discursar no encerramento das discussões, propondo que sejam criados grupos de trabalho no âmbito do órgão para debater, entre outros, temas como a reforma da previdência. A possibilidade de o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ser usado como garantia de empréstimos também poderá ser discutida pelos integrantes do órgão.
O governo pretende enviar, no primeiro semestre, uma proposta ao Congresso Nacional com o objetivo de sanar o déficit no setor. A presidenta tem dito que uma das possibilidades é aumentar a idade mínima para aposentadoria, solução criticada por representantes dos trabalhadores. No Conselhão, ela poderá receber contribuições de integrantes como o presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas.
Michel Temer
O vice-presidente Michel Temer foi convidado pela presidenta para participar do órgão, mas não comparecerá no primeiro encontro devido às viagens que já havia agendado anteriormente. Na semana passada, ele sugeriu à presidenta que o retorno do Conselhão seja uma oportunidade de o governo escutar o setor empresarial e acatar as propostas viáveis.