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Doria dissemina factoide sobre lixo reciclado para alimentar pobres

16 de Outubro de 2017, 15:30 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Ainda segundo Durán, a “plataforma Sinergia, empresa criadora da ‘farinata’, opera hoje com a ajuda de indústrias licenciadas, mas nunca produziu em escala, apenas amostras do produto que foram distribuídas para algumas creches.

 

Por Redação – de São Paulo

O prefeito de São Paulo, João Doria, na ânsia de se tornar viável para uma candidatura à Presidência da República teria chegado ao máximo da irresponsabilidade ao divulgar que restos de alimentos poderiam servir para combater a fome dos desvalidos, na capital paulista. Criticado, imediatamente, por nutricionistas, Doria agora passa também por mentiroso.

João Doria vai sair limpando as ruas de São Paulo

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“A empresa responsável por produzir o produto chamado pelo prefeito João Doria de ‘abençoado’ e que seria capaz de suprir necessidade de pessoas desnutridas não tem fábrica em atividade e nem capacidade de produzir em escala”. A afirmação consta de um artigo do jornalista Pedro Durán, da Rádio CBN.

Programa



Ainda segundo Durán, a “plataforma Sinergia, empresa criadora da ‘farinata’, opera hoje com a ajuda de indústrias licenciadas, mas nunca produziu em escala, apenas amostras do produto que foram distribuídas para algumas creches. Em entrevista à CBN, a dona da empresa, Rosana Perrotti, disse, no entanto, que não pode revelar o nome das indústrias parceiras por acordos de confidencialidade”.

— Nossa fábrica foi inaugurada em 2013, mas não tínhamos volume suficiente pra processar porque são tecnologias que são aplicadas na indústria de alimentos e farmacêutica e que demandam volumes. Então, agora, vamos fazer um estudo de qual é o volume e nós vamos adequar essas máquinas para esses volumes — desconversou Perroti. 

A empresária, ainda segundo Durán, diz ainda que muito provavelmente o produto nem será distribuído em São Paulo; até porque pra isso é necessário um estudo de análise da população desnutrida. O estudo seria alvo do programa “Alimento para Todos”, sugerido por Doria.

Fase de testes

Secretária municipal de Direitos Humanos de São Paulo, Eloísa Arruda também reconheceu que o programa acaba de ser criado e não pode prever sequer se e quanto o produto seria distribuído.

— O plano de atuação para que a lei seja colocada em prática está só começando. A lei foi aprovada há um mês então nós ainda não temos esse número. Então esses números precisam ser apurados, as populações identificadas para que nós façamos a complementação nutricional para determinada população — diz a secretaria de Doria. Ela confirma, assim, mais um factoide do polémico gestor.

Antes de levar os restos alimentícios reciclados aos desvalidos paulistanos, o produto seria distribuído, em uma espécie de “fase de testes’ para países da África e para Síria”, segundo a secretária.

Feita a partir de restos de alimento perto de vencer como feijão, arroz, batata e tomate, a farinata não tem uma tabela nutricional única. Suas propriedades nutritivas dependem da base de processamento. “Ela ainda pode ser consumida no formato original ou servir de base para pães, bolos, sopas e shakes”, explica.

Qualquer negócio

Para conseguir uma vaga entre os concorrentes ao Palácio do Planalto, em 2018, vale não apenas distribuir factoides, mas posar ao lado dos mais polêmicos candidatos. Doria, em conversa com jornalistas, nesta manhã, voltou a negar que seja candidato, mas seguirá firme na agenda de viagens. Se não bastasse, mostrou-se disposto a uma aproximação dos grupos radicais. Principalmente, aquele que apoia uma candidatura do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) à sucessão presidencial.

Não faltaram, ainda, elogios ao Movimento Brasil Livre (MBL). Os militantes de ultradireita criticam o PSDB, partido de Doria, e passa a apoiar Bolsonaro. Ainda assim, o prefeito rejeita o rótulo de “direita”.

— Sou um liberal. A posição mais ao centro é a mais equilibrada — diz ele.

O prefeito também emite sinais duvidosos quanto trata de temas polêmicos. Ele evita se posicionar sobre casamento gay e se coloca contra a legalização da maconha e do aborto. Questionado sobre o discurso extremista de Bolsonaro, afirmou:

— Ele tem suas convicções. É um direito dele.

Doria, porém, não descarta o apoio de Bolsonaro:

— Apoio não se nega, se incorpora.

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Fonte: https://www.correiodobrasil.com.br/doria-dissemina-factoide-lixo-reciclado-alimentar-pobres/

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