A empresa japonesa Meltin MMI publicou no dia 11 de março um vídeo em que apresentou as capacidades de seu novo robô humanoide MELTANT-α, capaz de ser sincronizado de forma exata com os movimentos do operador
Por Redação, com Sputnik – de Tóquio:
O MELTANT-α possui um algoritmo que analisa e reproduz em tempo real os movimentos do corpo humano conectado ao robô. A principal característica deste robô é que seus pontos de controle foram projetados tendo como modelo a estrutura anatômica da mão humana, o que implica que seus movimentos são os mais semelhantes possíveis àqueles que os músculos executam.
O MELTANT-α possui um algoritmo que analisa e reproduz em tempo real os movimentos do corpo humano conectado ao robô
O novo “robô avatar” japonês é capaz de realizar com alta precisão várias ações, tais como fazer gestos com os dedos; abrir uma porta, selecionar uma carta ou até transportar recipientes cujo peso varia entre dois e quatro quilos.
O robô inovador que une o corpo humano e o robô é apenas o primeiro passo para a criação de modelos mais sofisticados no futuro próximo. O objetivo final é que este tipo de robôs controlados por um humano possa ser usado em diferentes áreas da vida humana, por exemplo; em situações de emergência como a desativação de uma bomba ou operações de trabalho em um local altamente radioativo.
Do robô Fyodor à respiração aquática
A Fundação de Pesquisas Avançadas (FPI, na sigla em russo), frequentemente comparada; com a Agência de Projetos Avançados de Investigação de Defesa (DARPA, na sigla em inglês) dos EUA; está realizando vários projetos que atraem a atenção a nível internacional. Como vão as investigações avançadas e em que fases estão os projetos mais conhecidos?
A fundação desenvolve atualmente 50 projetos em paralelo e tem um portfólio de 25 projetos concluídos. Os temas das pesquisas abrangem um leque variado de áreas; desde “submergir na fossa das Marianas a ir ao espaço”, disse Vitaly Davydov, presidente do conselho científico da FPI, ao jornal russo Izvestia.
Os projetos realizados
Entre os projetos já terminados, Davydov destacou o protótipo do motor rotativo de detonação. Junto com a empresa Energomash, a FPI construiu e testou as tecnologias deste novo tipo de motor; a ser utilizado tanto em foguetes espaciais, como em veículos aéreos.
Outro projeto famoso é o robô Fyodor, o androide projetado para ser dirigido à distância e trabalhar nas zonas de catástrofes; a pedido do Ministério das Emergências russo.
– O desenvolvimento do Fyodor está finalizado. O projeto interessou também à Roscosmos; que agora quer um robô para testar a nave espacial Federatsiya; e à Rosatom; interessada nas tecnologias usadas em condições perigosas para os humanos, por exemplo, na conservação de resíduos nucleares – explicou o especialista.
O demostrador tecnológico do “pseudosatélite” Sova; veículo autónomo de voos de longo curso a grandes altitudes; também cumpriu seu programa de testes.
O drone realizou um voo de longa duração a uma altitude de 20 quilômetros; e mostrou a viabilidade da abordagem tecnológica escolhida; fornecendo dados indispensáveis para a criação de um veículo “de pleno direito”.
Projetos em andamento
O estudo da respiração aquática continua, afirmou Davydov. Essa tecnologia pode ser usada não apenas nas operações de resgate de submarinos; que foi declarado o objetivo principal do projeto.
– Essa tecnologia pode salvar milhares de vidas. Sem falar dos tripulantes dos submarinos; há um monte de enfermidades pulmonares em que a respiração aquática pode ajudar a curar – explicou ele.
Outro projeto promissor seria o arrefecimento rápido do corpo; às vezes necessário para desacelerar o metabolismo e assim dar mais tempo para uma intervenção médica.
A Fundação
A Fundação tem também projetos informáticos. No âmbito da substituição de importações, o FPI criou o software de engenharia russo que será integrado nos processos de projeção da Rosatom e Roscosmos.
– Com a empresa Kamaz, o maior produtor de caminhões russo; estamos testando óculos de realidade aumentada que monitoram o processo de montagem. O programa mostra; que componente pegar e onde o colocar. Se o operador comete um erro, o sistema indica como ele deve fazê-lo corretamente – revelou o especialista.
Finalmente, Davydov falou sobre os avanços no campo das telecomunicações quânticas. O gerente lembrou o primeiro grande avanço em 2016; quando foi estabelecida a linha quântica de 30 quilômetros; e revelou planos para experiências atmosféricas e espaciais.
– O FPI está estudando os problemas da computação quântica e da criação do equipamento necessário para usá-lo. Enquanto as experiências da China atualmente dominam as manchetes da mídia; também não estamos parados – concluiu ele.
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