Em nota, a assessoria do tribunal se limitou a comunicar à imprensa que o Juizado da Infância ainda não designou a data da audiência
Por Redação, com ABr – de Brasília:
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou nesta segunda-feira que a audiência de apresentação à Vara da Infância e Juventude do adolescente que, na última sexta, disparou contra outros alunos de uma escola particular de Goiânia (GO), matando dois estudantes e ferindo quatro, não acontecerá nesta segunda, conforme inicialmente anunciado.
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Em nota, a assessoria do tribunal se limitou a comunicar à imprensa que o Juizado da Infância ainda não designou a data da audiência e que, por razões legais; não fornecerá novos detalhes sobre o caso, que corre em segredo de Justiça.
Até a realização da audiência, o adolescente de 14 anos deve permanecer na cela da Delegacia de Apuração de Atos Infracionais; onde está apreendido desde a sexta-feira. Na noite de sábado, a juíza Maria Cezar Moreno Senhorelo, que não responde pela Vara da Infância e Juventude, mas estava de plantão; acatou a recomendação do Ministério Público estadual edeterminou a internação provisória do adolescente por 45 dias.
Pela decisão da juíza, o garoto deveria ser transferido para o Centro de Internação Provisória (CIP) da capital goiana; onde aguardaria o julgamento do caso pelo Juizado da Infância e Juventude; conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Defesa
No domingo, no entanto, a mesma juíza acatou o pedido da defesa do autor dos disparos e determinou que o adolescente permaneça na cela de uma delegacia até ser apresentado ao Juizado da Infância e Juventude.
Segundo a advogada que defende o estudante, o centro de internação não é seguro para o adolescente, uma vez que seus pais são policiais militares e seu pai já atuou no sistema prisional. O MP também solicitou que o adolescente seja colocado em separado dos demais internos.
Em depoimento ao MP e à Polícia Civil, o jovem afirmou ter premeditado o crime, tendo; inclusive, pesquisado por seis meses, na Internet, sobre armas e ataques em escolas; como os ocorridos em um colégio de Columbine, nos Estados Unidos, em 1999, e em Realengo, no Rio de Janeiro, em 2011.
Depoimentos
A Polícia Civil retomou hoje os depoimentos sobre o caso. Durante a manhã, o delegado Luiz Gonzaga Júnior; responsável pelo caso, ouviu o pai do adolescente autor dos disparos. Também serão ouvidos os pais das vítimas do ataque; além da coordenadora do colégio, Simone Maulaz Elteto, e outras testemunhas; como os primeiros policiais militares que chegaram ao local da ocorrência.
Foi a coordenadora escolar quem conseguiu acalmar o jovem, convencendo-o a parar de atirar contra os estudantes.
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