Essa é a terceira queda mensal consecutiva do faturamento real, que acumula retração de 8% neste período, segundo a CNI. Com isso, o faturamento da indústria recuou ao menor valor desde junho de 2020, quando a economia e o setor produtivo ainda se recuperavam do fechamento das atividades na primeira onda de covid-19.
Por Redação, com ABr – de Brasília
O faturamento real da Indústria de Transformação caiu 2% em outubro, em relação a setembro, de acordo com os Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgados nesta quarta-feira.
A produção da indústria tem caído, mês a mês, desde o anúncio de que a pandemia do novo coronavírus chegou ao paísEssa é a terceira queda mensal consecutiva do faturamento real, que acumula retração de 8% neste período. Com isso, o faturamento da indústria recuou ao menor valor desde junho de 2020, quando a economia e o setor produtivo ainda se recuperavam do fechamento das atividades na primeira onda de covid-19. Na comparação com outubro de 2020, o faturamento registra queda de 12,8%.
Emprego
O emprego na indústria de transformação ficou estável pelo segundo mês seguido, o que indica, segundo a CNI, um esgotamento da recuperação das contratações, iniciada em agosto de 2020.
A massa salarial, soma de todos os salários pagos aos trabalhadores da indústria de transformação, caiu 1,4% em outubro na comparação com setembro, após dois meses de pequenas altas. Com isso, a massa salarial real se encontra no nível mais baixo desde julho de 2020. Na comparação com outubro de 2020, a queda alcança 2,1%
O rendimento médio real recuou 1,2% em outubro, em comparação com setembro, na série livre de efeitos sazonais. Essa é quarta retração seguida no indicador, que registra sucessivas retrações ao longo de 2021. Na comparação do acumulado entre janeiro e outubro de 2020 com igual período de 2020, o rendimento médio real dos trabalhadores da indústria apresenta queda de 2,5%.
Capacidade Instalada
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) caiu 0,6 ponto percentual em relação a setembro e recuou para 80,8%. Essa é a quarta retração consecutiva.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), por sua vez, recuou 3,3 pontos de outubro para novembro deste ano e chegou a 97 pontos em uma escala de zero a 200. De setembro para outubro, o indicador havia subido 0,4 ponto.
A queda em novembro foi puxada pela piora na confiança dos empresários em relação ao presente e ao futuro. O Índice da Situação Atual recuou 2,5 pontos e chegou a 97. Já o Índice de Expectativas cedeu 4,5 pontos e atingiu 95,8.
Segmentos
O ICE consolida os índices de confiança empresariais medidos pela FGV em quatro áreas: indústria, construção, serviços e comércio.
Os quatro segmentos tiveram queda na confiança na passagem de outubro para setembro, com destaque para o comércio, que caiu 6,2 pontos e chegou a 88, o patamar mais baixo entre os setores analisados.
A indústria teve a segunda maior queda (-3,1 pontos), mas continuou com o maior patamar entre os quatro segmentos (102,1 pontos) e foi o único a ficar acima de 100. A confiança dos serviços recuou 2,3 pontos, para 96,8, enquanto a construção cedeu 0,8 ponto, para 95,3 pontos.