Diversos deles expuseram suas plataformas no lançamento de suas campanhas nesta segunda-feira, e embora todos tenham mostrado disposição para estabelecer uma agenda doméstica, foi o Brexit que dominou.
Por Redação, com Reuters – de Londres
Defensor destacado da separação britânica da União Europeia, Boris Johnson prometeu cortar impostos dos que ganham mais, caso se torne o próximo primeiro-ministro do Reino Unido agora que a corrida para suceder Theresa May, e assumir o Brexit, começou oficialmente nesta segunda-feira.
Boris Johnson, que busca suceder premiê britânica, Theresa MayMay renunciou à liderança do governista Partido Conservador na sexta-feira, tendo fracassado três vezes na tentativa de obter o apoio do Parlamento a uma desfiliação da UE que deveria solucionar a maior crise política britânica em uma geração.
As candidaturas devem ser registradas até esta segunda-feira, e cada um dos 11 candidatos declarados precisa angariar ao menos oito apoiadores entre os mais de 300 parlamentares conservadores eleitos.
Vários concorrentes parecem incapazes disso, e uma votação no final desta semana reduzirá o páreo ainda mais.
Campanhas
Diversos deles expuseram suas plataformas no lançamento de suas campanhas nesta segunda-feira, e embora todos tenham mostrado disposição para estabelecer uma agenda doméstica, foi o Brexit que dominou.
Quase todos prometerem que conseguem solucionar a charada do Brexit, que derrotou May após três anos de conversas com a UE, em meros três meses, entre a escolha do novo líder, no final de julho, e o prazo atual de saída de 31 de outubro.
– Sem o Brexit, não haverá um governo conservador e talvez nem um Partido Conservador – disse o secretário das Relações Exteriores, Jeremy Hunt, no lançamento de sua campanha. “Das minhas conversas com líderes europeus, está claro para mim que existe um acordo a ser feito; eles querem que apresentemos propostas.”
Dominic Raab, que foi ministro do Brexit e saiu por rejeitar o acordo de saída de May, disse que ele também poderia conseguir um novo pacto, mas prometeu que o Reino Unido deixará o bloco em 31 de outubro, mesmo que isso signifique regredir para os termos comerciais básicos da Organização Mundial do Comércio (OMC).
As diferenças entre os candidatos refletem a desunião dos conservadores na questão, o que significa que, três anos após 52% do país decidir pela ruptura com a UE, continua incerto como, quando ou até se esta ocorrerá.
A incerteza afetou a economia britânica, que encolheu 0,4% em abril, mostraram cifras oficiais nesta segunda-feira, um recuo maior do que qualquer economista previu em uma pesquisa realizada pela agência inglesa de notícias Reuters na semana passada.