A ação, que envolve cerca de 420 militares, envolve um cerco à região, a remoção de barricadas, revista de pessoas e de veículos e checagem de antecedentes criminais.
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro
As Forças Armadas fizeram nesta quinta-feira uma operação conjunta com a Polícia Militar na comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Forças Armadas fazem operação na comunidade do JacarezinhoA ação, que envolve cerca de 420 militares, envolve um cerco à região, a remoção de barricadas, revista de pessoas e de veículos e checagem de antecedentes criminais.
De acordo com o Comando Militar do Leste, do Exército, também participaram da operação 90 policiais militares. Eles verificam denúncias de atividades criminosas, em especial as relacionadas à venda de drogas ilícitas. Mandados judiciais poderão ser cumpridos durante a ação.
Algumas vias e acessos à região poderão ser interditados, de acordo com o Comando Militar.
Polícia prende milicianos
Vinte e duas pessoas foram presas na quarta-feira durante operação do Comando de Polícia Ambiental da Polícia Militar contra a milícia que atua na Zona Oeste do Rio. A finalidade foi enfraquecer economicamente as milícias que atuam em Vargem Grande, uma das regiões que mais crescem no Rio, depois que a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes praticamente esgotaram a disponibilidade de áreas para construção, devido à expansão imobiliária na região.
De acordo com a Polícia Militar, a quadrilha é responsável por vários crimes ambientais, entre eles desmatamento, extração irregular de recursos hídricos, loteamento e desmembramento ilegal do solo destinado à venda sem autorização do estado e construções clandestinas de condomínios em área de preservação ambiental.
A polícia também identificou pessoas responsáveis por veicular propostas, contratos e distribuir prospectos ao público com afirmações falsas sobre a legalidade dos loteamentos, todos sem documentação e registro dos terrenos e lotes na prefeitura.
Durante a ação, também foram apreendidos duas retroescavadeiras, dois caminhões pipas, além do fechamento de dezenas de poços artesianos ilegais.
Atuação de milícia
Na terça-feira, o Ministério Público do Rio, ajuizou ação de representação por inconstitucionalidade, com pedido de medida cautelar, da Lei Complementar 188, que alterou as leis complementares 160 e 161, ambas de 2015, que regulamentam o uso, a ocupação e a regularização de parcelamentos do solo que contenham edificações.
De acordo com o MP, a medida “representa ameaça de agravamento do fenômeno de ocupação desordenada na capital fluminense, com a criação de construções clandestinas e irregulares, principalmente na zona oeste do Rio, onde a atuação da milícia é maléfica para a população da região”.
Segundo o MP, as leis complementares, de autoria do vereador Chiquinho Brazão (Avante), incorrem em inconstitucionalidade formal, na medida em que violam a iniciativa exclusiva do chefe do Poder Executivo municipal para tratar de ordenamento e planejamento urbano, matérias que, segundo a Constituição Estadual, são de competência exclusiva do prefeito.