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Governo quer ‘flexibilizar’ data de validade dos alimentos, em supermercados

17 de Junho de 2021, 15:15 , por Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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A Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que promove o Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, convidou a ministra Tereza Cristina (Agricultura), porta-voz do grupo formado para avaliar a pauta, adiantou que a proposta será definida nas próximas duas semanas.

Por Redação – de Brasília

O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pressionado por níveis cada vez mais altos dos preços, principalmente no setor de alimentos, decidiu criar um grupo de trabalho para avaliar proposta de flexibilização da regra que trata da validade dos produtos perecíveis. Sem uma fórmula definida, o objetivo é chegar a um modelo que permita vendas de baixo custo e doações a partir de determinado prazo.

O preço dos alimentos recebeu o maior impacto, nos últimos meses, em face da pandemiaO governo quer vender alimentos com prazo de validade vencida, ou muito próxima ao vencimento, por preços mais em conta

‘Best before’

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que promove o Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, convidou a ministra Tereza Cristina (Agricultura), porta-voz do grupo formado para avaliar a pauta, adiantou que a proposta será definida nas próximas duas semanas.

— A gente poderia fazer uma adaptação, sem precarizar nada. Podemos rever uma série de fatores e gargalos, principalmente em relação à validade dos nossos alimentos. A pandemia nos trouxe esse tema de maneira perceptível, temos que agir rapidamente — disse a ministra.

Presente ao encontro da Abras, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse representantes da pasta integrarão o grupo. Ele disse, ainda, que seria interessante somar a reformulação do programa social Bolsa Família ao combate ao desperdício no país.

O modelo em curso considera a data de validade. Dentro desse período, o produto é considerado seguro para consumo. Após o vencimento, ele não deve ser ingerido. Outros países adotam o modelo do “best before” (consumir preferencialmente antes de). Nele, o produto pode perder frescor ou nutrientes após certa data, mas pode ainda ser seguro para uso.

Excesso

No caso brasileiro, o ministro da Economia sugere que sobras de alimentos de famílias e restaurantes sejam destinadas a pessoas vulneráveis.

— O prato de um (cidadão de) classe média europeu, que já enfrentou duas guerras mundiais, são pratos relativamente pequenos. E os nossos aqui, nós fazemos almoços onde às vezes há uma sobra enorme. Isso vai até o final, que é a refeição da classe média alta, até lá há excessos — acrescentou.

Guedes também se diz favorável a que os supermercados possam vender medicamentos que não exigem apresentação de receita médica. O modelo, já utilizado nos Estados Unidos, sofre com resistência do setor de farmácias.


Fonte: https://www.correiodobrasil.com.br/governo-flexibilizar-data-validade-alimentos-supermercados/

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