Os medicamentos hidroxicloroquina e cloroquina tiveram muito destaque na mídia nos últimos meses após serem citados, inclusive por lideranças políticas, como uma opção de tratamento para combater a covid-19.
Por Redação, com Sputnik – de Tel Aviv/Moscou
Os medicamentos hidroxicloroquina e cloroquina tiveram muito destaque na mídia nos últimos meses após serem citados, inclusive por lideranças políticas, como uma opção de tratamento para combater a covid-19.
Pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, Israel, analisaram dados do Sistema de Notificações de Eventos Adversos da Administração de Controle de Alimentos e Drogas dos EUA, um banco de dados global de relatórios de segurança pós-comercialização, para verificar os efeitos dos medicamentos hidroxicloroquina e cloroquina, usados normalmente contra a malária.
Os cientistas observaram que ambos os remédios estão associados a taxas mais altas de vários problemas cardiovasculares, incluindo eventos de arritmia cardíaca com risco de vida, insuficiência cardíaca e danos ao próprio músculo cardíaco.
– Além disso, mostramos como esses eventos adversos carregam altos riscos para resultados graves, incluindo morte, mesmo com doses padrões dos medicamentos – afirma ao portal EurekAlert Elad Maor, um dos autores do estudo, que foi publicado na terça-feira na revista científica British Journal of Clinical Pharmacology.
– A mensagem principal do nosso trabalho é que os médicos em todo o mundo devem ser cuidadosos ao prescrever esses medicamentos para indicações que não estão no rótulo, especialmente para pacientes com doenças cardíacas – conclui Maor.
Covid-19 e cloroquina
Desde o começo da pandemia do novo coronavírus, o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foram entusiastas do uso dos medicamentos hidroxicloroquina e cloroquina contra a covid-19.
Recentemente, o número de mortes causadas pela covid-19 nos EUA chegou a 200 mil, enquanto o Brasil se aproxima dos 140 mil mortos.
Antibiótico natural revolucionário
Cientistas russos foram os primeiros a encontrar um antibiótico natural universal capaz de superar a resistência de patógenos a medicamentos.
De acordo com os autores do estudo, publicado pela revista Applied Biochemistry and Microbiology, a substância descoberta ajudará eficazmente no combate às doenças mais infecciosas causadas por bactérias e fungos em humanos e animais.
Cientistas da Universidade Estatal de Tyumen afirmaram que uma das tarefas da farmacologia é buscar antibióticos naturais capazes de combater microrganismos resistentes a múltiplos medicamentos (MDR, na sigla em inglês) ou extremamente resistentes a medicamentos (XDR, na sigla em inglês).
Eles foram os primeiros a demonstrar a capacidade do peptídeo de emericillipsin A quando isolado dos fungos miceliais de emericillipsin alcalina. Isso porque a substância inibe a capacidade da bactéria de formar biofilmes, que é um dos principais fatores de sua resistência a antibióticos.
A principal característica terapêutica da substância é um efeito universal, explicam os cientistas, ressaltando que não apenas as bactérias MDR (resistentes a múltiplos medicamentos) e XDR (extensivamente resistentes a medicamentos), como também quase todos os eucariotos patogênicos são vulneráveis a emericillipsin A.
– Emericillipsin A afeta os eucariotos e procariotos através de diversos mecanismos moleculares. Os eucariotos, que são fungos e células tumorais, morrem, pois o peptídeo destrói sua membrana celular, enquanto o procarioto virulento é destruído para prevenir a formação de biofilme – afirmou Yevgeny Rogozhin, pesquisador do Laboratório de Resistência Antimicrobiana X-BIO da Universidade Estatal de Tyumen.
A descoberta vai ajudar a combater diferentes patógenos, incluindo tumores, bem como todos os tipos de infecções causadas por bactérias e fungos.
A terapia pode ser realizada através de injeção ou por uso tópico, tratando diretamente o tecido afetado.
O próximo passo dos cientistas será trabalhar com modelos celulares, realizando testes laboratoriais do medicamento.